quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Dono de empresa presta depoimentos

Após se apresentar espontaneamente na sede da Polícia Federal (PF), no Recife, na última terça-feira, o empresário Altair Moura, de 46 anos, repetiu o ato ontem, na sede do PF de Caruaru. Moura é o dono da empresa Na Intimidade, razão social da Império do Forro de Bolso, apontada como a compradora de lixo hospitalar americano reutilizado na fabricação de forros de bolso, no Polo de Confecções do Agreste. A PF e a Polícia Civil (PC) iniciaram investigações conjuntas que apuram o crime de contrabando, crime ambiental, contra a saúde pública, organização de trabalho e contra o consumidor possivelmente praticados por ele. No final da tarde de ontem, um pedido de prisão temporária do suspeito foi expedido pela PC para a Justiça Estadual, mas remetido para a Justiça Federal, que até o fechamento desta edição não julgou o pedido.

Moura afirmou à Folha de Pernambuco que é inocente. “Sou completamente inocente”, frisou. O confeccionista estava desaparecido desde a semana passada. Visivelmente apreensivo, o empresário confessou temer pela sua integridade física, porque vem sofrendo retaliações da população de Santa Cruz do Capibaribe, local da sede da empresa. “Já bateram no meu carro. Temo porque tenho família, filhos. Não sei se volto para a cidade”, disse. O empresário negou ter importado lençóis, fronhas e batas de hospitais dos Estados Unidos e que a carga que importava para sua fábrica de forros eram de tecidos legais.

O comerciante preferiu não falar sobre o funcionamento do negócio. O advogado Gilberto Lima disse que acredita na inocência do cliente e o classificou como vítima. “Aquilo que foi encontrado no Porto de Suape não foi encomenda dele. Altair fez uma encomenda de tecidos novos”, retrucou sobre a carga de 42 toneladas de material de lixo hospitalar descoberta pela Receita Federal, há uma semana. Lima levantou suspeita sobre a empresa exportadora e sobre deficiências na alfândega americana. “O que pode ter acontecido foi um envio desse material por engano ou criminoso, porque desde 2009, meu cliente compra mercadoria nova ou com pequenos defeitos dos Estados Unidos”, comentou.

Gilberto Lima apresentou ainda laudos de que os produtos da empresa não representam risco à saúde. Os documentos são de 2009, ano em que também foi levantada suspeita sobre a procedência dos tecidos de forro da Na Intimidade. “Em dezembro de 2009 amostras foram levadas para exames em laboratórios da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e no laboratório Aquaflex Ltda e ficou provado que as manchas não eram contaminantes. Como sempre importamos da mesma empresa acreditamos que seja um erro”, destacou. Ele ainda alegou que mesmo com logomarcas de hospitais, os tecidos foram rejeitados antes de serem usados em sistema de saúde estrangeiros porque tinham avarias. Fonte:folhape.com

Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE

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