terça-feira, 4 de outubro de 2011

Dilma deu garantias à União Europeia (EU)


Bruxelas - A presidente Dilma Rousseff garantiu nesta terça-feira à União Europeia (UE) que o bloco "pode contar com o Brasil" e os países emergentes estão preparados para "assumir sua responsabilidade" na economia mundial.

"O Brasil, e aqui tenho a certeza que expresso o sentimento das economias em desenvolvimento, está disposto a assumir sua responsabilidade de forma cooperativa", afirmou Dilma em uma declaração à imprensa após a 5ª cúpula euro-brasileira.

"Somos parceiros da União Europeia, podem contar com o Brasil", declarou diante dos presidentes do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.

Dilma reiterou que é um diálogo do qual "toda América do Sul" deve fazer parte também. A governante falou ainda sobre o encontro dos próximos dias dos ministros da Fazenda da União de Nações Sul-americanas (Unasul) para coordenar suas posições face à reunião do Grupo dos Vinte (G20, que reúne os países mais ricos e os principais emergentes), que acontecerá em Cannes (França) nos dias 3 e 4 de novembro.

Van Rompuy afirmou que a União Europeia "está determinada a manter a estabilidade da área do euro e estimular o crescimento econômico e a produtividade".

Acrescentou que a UE "continuará atuando de maneira contundente para enfrentar as atuais tensões no mercado da dívida soberana e reforçar os alicerces da união monetária".

Dilma destacou que a ação conjunta do G20 "evitou o colapso bancário e a recessão", embora "por isso não se tenha conseguido retomar o crescimento sustentável" e abriu espaço para "elevados índices de desemprego e a erosão de conquistas sociais".

"A ausência de uma regulação eficaz do sistema financeiro está na origem de todo este processo", avaliou, e considerou que a crise entrou em uma "segunda etapa" caracterizada pelo "elevado endividamento público na grande maioria dos países europeus".

Para combater essa situação, defendeu por uma maior coordenação política entre os países e por estimular o crescimento econômico e a estabilidade macroeconômica, "conjugando políticas sociais".

"Ao mesmo tempo deveriam ser todas medidas macroeconômicas e de combate firme ao desemprego", enfatizou.

No que diz respeito às negociações entre a UE e o Mercosul (Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai) para um acordo de associação, os dois lados fizeram um balanço e ressaltaram o interesse em culminar os trabalhos para alcançar um pacto "ambicioso e equilibrado" que gere benefícios para todos, apontou Barroso.

Nesse contexto, Van Rompuy destacou que o acordo não só inclui o livre-comércio - área na qual as negociações estão mais atrasadas -, mas persegue estabelecer uma "relação global" também no terreno político e de cooperação.

A governante brasileira destacou por outro lado que conversou com a UE sobre a importância que a ONU "esteja à altura de um mundo multipolar", e contou com a colaboração dos sócios europeus para o êxito da cúpula internacional para enfrentar a mudança climática Rio+20, que será realizada no Rio de Janeiro em 2012.

Diferentes ministros brasileiros e comissários europeus assinaram acordos bilaterais em áreas como de pesquisa, turismo, política espacial e cultura, e respaldaram um novo plano de ação para 2012-2014 que dará conteúdos à associação estratégica que a UE e Brasil impulsionaram em 2007.
Fonte: Agência EFE  folhape  Por: Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE

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