sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Anistia pede prisão de George Bush ao Canadá

Organização alega crimes contra o direito internacional

BRASÍLIA (ABr) - A organização não governamental (ONG) Anistia Internacional (AI) pediu às autoridades canadenses para prender e processar judicialmente o ex-presidente norte-americano George W. Bush por crimes cometidos contra o direito internacional. Bush estará no Canadá no próximo dia 20. O pedido está expresso em um memorando elaborado pela organização internacional de defesa dos direitos humanos e enviado às autoridades canadenses no dia 21 de setembro, conforme anunciado ontem, por meio de nota, pela a AI.

“O Canadá deve cumprir as suas obrigações internacionais e prender e processar judicialmente o ex-presidente Bush, dada a sua responsabilidade em crimes contra o direito internacional, incluindo tortura”, declarou a diretora da AI para a região das Américas, Susan Lee.

“Como as autoridades dos Estados Unidos não levaram à Justiça, até ao momento, o ex-presidente Bush, a comunidade internacional deve intervir. Se o Canadá se abstiver de cumprir o que foi pedido durante a sua visita, isso irá constituir uma violação da Convenção das Nações Unidas contra a Tortura e será uma manifestação de desprezo em face dos direitos humanos fundamentais”, salientou a representante.

As acusações estão relacionadas com um programa secreto da CIA (agência de inteligência americana), aplicado entre 2002 e 2009, que segundo a Anistia Internacional permitia contra os detidos o uso “de tortura e de outros tratamentos cruéis, desumanos e degradantes”.

LÍBIA
A Anistia Internacional também cobrou ontem das autoridades líbias explicações sobre detenções arbitrárias e denúncias de abusos generalizados no país. Há acusações de espancamentos e maus-tratos envolvendo aliados do presidente Muammar Gaddafi.

Atualmente, o país está sob o poder do Conselho Nacional de Transição (CNT) que faz oposição a Gaddafi. O diretor adjunto da Anistia Internacional para o Oriente Médio e Norte da África, Hassiba Hadj Sahraoui, disse que antigos padrões de conduta, como os que ocorriam no período do ditador estão sendo repetidos.

Segundo Sahraoui, a AI compreende que o CNT enfrenta “muitos desafios”. Desde o fim de agosto, foram detidas 2,5 mil pessoas nas regiões de Tripoli e Al Zawiya. Cerca de 300 prisioneiros foram entrevistados pela AI de agosto a setembro. De acordo com os detentos, não havia mandado de prisão e muitos disseram ter sido retirados de suas casas sem razões concretas. Pelo menos dois policiais, de centros de detenção, informaram à Anistia Internacional que espancam os detidos para a obtenção de confissões.

Nas prisões líbias, integrantes da ONG encontraram uma vara de madeira, uma corda e uma mangueira de borracha usados para açoitar os detentos. Em um centro de detenção, integrantes da organização ouviram o som de chicotadas e gritos. Fonte:folhape   

Por: Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE

0 >-->Escreva seu comentários >-->:

Postar um comentário

Amigos (as) poste seus comentarios no Blog