A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público de Pernambuco (MPPE), está investigando um desvio de mais de R$ 7 milhões dos cofres públicos do município de Araçoiaba. Ontem, representantes de cada instituição estiveram na cidade para coletar provas. A Polícia Federal recolheu computadores, documentos e discos rígidos da prefeitura e da casa do prefeito Alexandre Sobrinho (PMDB), que governa a cidade desde janeiro de 2005 e está afastado do cargo desde o mês passado.
A suspeita é que pelo menos R$ 2 milhões foram desviados, nos últimos dez anos, do Fundo Previdenciário do município, além de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Ainda foram encontrados indícios de irregularidades na distribuição de merenda escolar, em processos licitatórios, uso de cheques da Prefeitura por agiotas, apresentação de notas fiscais frias e utilização de pessoal e material público para residências particulares.
As investigações começaram depois que foi descoberto um desfalque no Fundo Previdenciário de Araçoiaba, logo após o afastamento de Alexandre Sobrinho, em julho. Em seu lugar, assumiu o vice-prefeito Carlos Jogli (PSDB), que descobriu ainda irregularidades nos recursos das obras do PAC. “Vi no site do Portal da Transparência que tinham sido repassadas duas verbas, uma de R$ 520 mil e outra de R$ 220 mil. Os recursos foram passados, em abril deste ano, para obras de abastecimento de água e essa obra nunca foi feita”, explicou o tucano. O atual prefeito também afirmou que o ex-secretário de Finanças e a ex-tesoureirada Prefeitura, conhecidos como Gilmar e Edjanira, respectivamente, também podem estar envolvidos no caso.
De acordo com o delegado da Polícia Federal responsável pela investigação, Nilson Antunes, uma conta onde o dinheiro do fundo previdenciário poderia estar sendo depositado está sendo apurada. “Nós ainda não temos a informação se houve saque ou se nunca houve um depósito. O que nós sabemos é que deveriam ter recursos que não estão na conta”, revelou, em entrevista à Rede Globo.
A PF ouvirá, em municípios vizinhos, sete pessoas que prestarão esclarecimentos acerca das irregularidades apontadas durante as investigações, sendo elas ocupantes de cargos e funções públicas ligadas às finanças do município. Alexandre Sobrinho foi afastado do cargo de prefeito, em julho, acusado de fraudes em processos licitatórios e desvio de merenda escolar. Cinco dias depois, ele retornou ao cargo. Somente no final de agosto, Carlos Jogli conseguiu derrubar a liminar favorável a Sobrinho. Com Informaçõe da folhape.com
terça-feira, 13 de setembro de 2011
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