domingo, 18 de setembro de 2011

Heloísa Helena,Edílson Silva e Marina Silva conversam sobre novo Partido

SÃO PAULO - Sem espaço no PSOL, a ex-senadora Heloísa Helena decidiu embarcar no projeto de Marina Silva, que deixou o PV em julho e estuda criar um partido para se candidatar novamente à Presidência em 2014. A ex-senadora deve ser acompanhada por aliados como os presidentes estaduais do PSOL, Jefferson Moura (RJ) e Edílson Silva (PE), que se reuniram com Marina na última quarta-feira.

Heloísa renunciou à presidência do PSOL depois da eleição, e ago­ra autorizou a amiga a usar seu nome no movimento suprapartidário que deve dar origem a uma sigla sob sua liderança. A aliança seria formalizada na quarta-feira, em Brasília, mas Heloísa não pode ir por problemas de saúde - ela se recupera de um possível AVC (acidente vascular cerebral).

“É um momento muito especial. Espero estar com Marina na construção deste processo, que poderá culminar, como acho que certamente acontecerá, numa organização partidária para 2014”, disse Heloísa. A ex-senadora afirmou não se sentir presa ao PSOL, que ajudou a fundar depois de ser expulsa do PT por negar apoio a reformas do governo Lula. “Não tenho mais nenhuma relação mística com estruturas partidárias, como se elas fossem donas da verdade absoluta ou proprietárias das bandeiras ideológicas com que me identifico”, disse.

Heloísa ficou em terceiro lugar na corrida presidencial de 2006, com 6,5 milhões de votos. No ano passado, perdeu a eleição para o Senado por Alagoas. Ela é vereadora em Maceió e diz não saber se disputará a reeleição em 2012. Na terça-feira passada, ela quebrou o silêncio sobre o Governo Dil­ma Rousseff (PT), que comparou às gestões de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Lula (2003-2010). “É a mesma coisa. O mes­mo fatalismo neoliberal na política econômica e a mesma metodologia da rou­balheira política”, atacou.

A ex-senadora ironizou a faxina promovida pela presidente Dilma, que afastou ministros e servidores acusados de corrupção. “Acredito em fadinhas e bruxinhas, mas não acredito nisso. O sistema precisa que algumas partes podres sejam retiradas para que o odor não chegue de tal forma que a opinião pública queira destruir o sistema todo. Ao longo da história, esta prática já foi usada muitas vezes. Faz de conta que promove a limpeza para preservar o corpo putrefato”, afirmou.

Fonte: Folhapress    Por Blog Professor Edgar Bom Jardim - PE

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