Ao discursar na abertura da 66ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, ontem, a presidente Dilma Rousseff chamou a atenção da plateia. Primeira mulher da história a abrir a reunião, Dilma falou sobre a crise econômica mundial, criticando as grandes potências mundiais, e ainda pleiteou a vaga permanente no Conselho de Segurança da ONU e defendeu o Estado palestino. Confira trechos do discurso.
Crise
(...) Enfrentamos uma crise econômica que, se não debelada, pode se transformar em uma grave ruptura política e social. (...) Essa crise é séria demais para que seja administrada apenas por uns poucos países. Seus governos e bancos centrais continuam com a responsabilidade maior na condução do processo, mas como todos os países sofrem as consequências da crise, todos têm o direito de participar das soluções. Não é por falta de recursos financeiros que os líderes dos países desenvolvidos ainda não encontraram uma solução para a crise. É - permitam-me dizer - por falta de recursos políticos e, algumas vezes, de clareza de ideias. (...) O desafio colocado pela crise é substituir teorias defasadas, de um mundo velho, por novas formulações para um mundo novo.
Primavera Árabe
Desde o final de 2010 assistimos a uma sucessão de manifestações populares, que se convencionou denominar “Primavera Árabe”. (...) Os brasileiros se solidarizam com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma cultura, porque é universal: a liberdade. (...) Estamos convencidos de que, para a comunidade internacional, o recurso à força deve ser sempre a última alternativa.
Conselho
(...) O ex-presidente Joseph Deiss recordou-me um fato impressionante: o debate em torno da reforma do Conselho já entra em seu 18º ano. Não é possível protelar mais. O mundo precisa de um (...) Conselho que incorpore novos membros permanentes e não permanentes, em especial representantes dos países em desenvolvimento. O Brasil está pronto a assumir suas responsabilidades como membro permanente do Conselho. (...)Tenho orgulho de dizer que o Brasil é um vetor de paz, estabilidade e prosperidade.
Estado palestino
(...) Lamento ainda não poder saudar, desta tribuna, o ingresso pleno da Palestina na Organização das Nações Unidas. O Brasil já reconhece o Estado palestino como tal, nas fronteiras de 1967, de forma consistente com as resoluções das Nações Unidas. (...) Acreditamos que é chegado o momento de termos a Palestina aqui representada a pleno título. O reconhecimento ao direito legítimo do povo palestino à soberania e à autodeterminação amplia as possibilidades de uma paz duradoura no Oriente Médio.
Mulheres
(...) Além do meu querido Brasil, sinto-me aqui também representando todas as mulheres do mundo. As mulheres anônimas, aquelas que passam fome e não podem dar de comer aos seus filhos; (...) aquelas que sofrem violência e são discriminadas no emprego, na sociedade e na vida familiar; aquelas cujo trabalho no lar cria as gerações futuras. Junto minha voz às vozes das mulheres que ousaram lutar, que (...) conquistaram o espaço de poder que me permite estar aqui hoje. Como mulher que sofreu tortura no cárcere, sei como são importantes os valores da democracia, da justiça, dos direitos humanos e da liberdade. Fonte:folhape.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim- PE
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
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