terça-feira, 23 de agosto de 2011

Brasileiros contam como passaram pelo terremoto na Costa Leste dos Estados Unidos

Em um país que ainda vive sob o espectro de uma ameaça terrorista, é até compreensível que um raro terremoto de 5,9 pontos na escala Richter seja confundido com um bombardeio. Foi essa a primeira sensação que o brasileiro Felipe Palha teve nesta terça-feira, quando parte da Costa Leste dos EUA foi sacudida por tremores de terra.

“O prédio onde eu trabalho na Park Avenue começou a tremer. Fui na janela e ouvi barulho de sirenes, todo mundo estava nas janelas. Achei que tinham explodido uma bomba na estação da linha 6 na 33rd ou em Grand Central”, relatou, direto de Nova Iorque, na página do GLOBO no Facebook.

A resposta para as primeiras especulações veio por meio de uma voz mais experiente, segundo ele: “Todo mundo estava assustado até uma assistente mais velha no escritório falar que se lembrava de algo parecido em um terremoto em Westchester (condado do Estado de Nova Iorque) há 25 anos”, disse.

Fortes tremores naquela região se tornaram tão raros que poucos sabiam como agir, principalmente os imigrantes recém-chegados, como a brasileira Luiza Castro de Sá, que se mudou para Nova Iorque em julho para estudar produção cinematográfica. Ela contou ao Eu-repórter que estava vendo TV de pijama na hora do terremoto.

“No começo, eu pensei que era o trem que tem aqui do lado de casa que estava passando. Mas aí começou a tremer muito, a TV balançava, e eu me toquei que poderia ser um terremoto. Como nunca tinha passado por essa situação, não soube como agir. Não sabia se trocava de roupa, se fazia uma mala com roupas e tal ou se largava tudo e saía correndo de pijama mesmo”, relatou ela que, após tantas indecisões, percebeu a diminuição do tremor e optou por continuar em casa.

Após o prédio em que trabalha em Nova Iorque sacudir, Renata Alves foi dispensada do trabalho. Ao pegar o ônibus, percebeu que não fora a única a sair mais cedo: “Todos estão no telefone falando sobre o terremoto. Não houve feridos ou danos materiais, mas dá para sentir no ar que os nervos estão à flor da pele".

A sorte de Flávia Paródia é que ela ainda estava na sala de espera do dentista quando tudo em volta começou a balançar. “Foi um susto muito grande”, disse ela no Facebook do GLOBO. A princípio, Paródia pensou que era um problema no prédio, que parecia desmoronar. A fotógrafa, que mora na Filadélfia, afirmou ainda que os celulares pararam de funcionar por alguns minutos.

Também na Filadélfia, Davi da Silva relatou no Facebook do jornal que matava as saudades de um típico churrasco brasileiro na hora do terremoto. “Linguiça, copo, picanha, caipirinhas... tudo no chão.”

Da Agência O Globo

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