quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022

Rússia invade Ucrânia e sugere a soldados ucranianos que se rendam





tanques russos invadem o território ucraniano

Forças militares russas iniciaram nesta quinta-feira (24/2) uma ampla invasão da Ucrânia. Há relatos de tropas cruzando diversos pontos da fronteira e explosões perto das principais cidades ao redor do país — e não apenas na região de Donbas, onde grupos separatistas foram reconhecidos e apoiados recentemente pela Rússia. Há ao menos sete mortos e 19 desaparecidos até agora, segundo autoridades ucranianas.

Em um pronunciamento televisionado, o presidente russo, Vladimir Putin, anunciou que a Rússia não planeja ocupar a Ucrânia, mas alertou que a resposta será "imediata" contra qualquer um que tente parar a operação.

Putin instou os soldados ucranianos a se renderem e voltarem para casa — do contrário, a própria Ucrânia seria culpada pelo derramamento de sangue, disse o presidente russo. Ele acrescentou que o conflito entre as forças russas e ucranianas são "inevitáveis" e "apenas uma questão de tempo".

Logo depois, unidades militares ucranianas foram atacadas. "Putin lançou uma invasão em larga escala da Ucrânia", afirmou o governo ucraniano


A correspondente da BBC no Leste Europeu Sarah Rainsford informou que já é possível escutar sons de explosões na cidade de Kramatorsk. O jornalista da BBC Paul Adams também relatou explosões na capital, Kiev

Segundo Adams, da BBC, os ataques parecem vir de diversas direções, incluindo Belarus ao norte da Ucrânia e Crimeia ao sul.

Não está claro ainda o que foi atingido. Segundo a polícia ucraniana, um ataque a uma unidade militar em Podilsk (próximo a Odessa, no sudoeste ucraniano) deixou seis mortos e outros sete feridos. Há 19 pessoas desaparecidas. Uma pessoa também morreu em Mariupol (no leste ucraniano), segundo as autoridades.

Em pronunciamento em vídeo, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, decretou lei marcial em todo o país, instaurando um regime de guerra e substituindo a legislação vigente até em então. Grande parte dos reservistas foi convocada.

"Sem pânico. Nós somos fortes. Estamos prontos para qualquer coisa. Nós vamos derrotar qualquer um porque nós somos a Ucrânia", disse Zelensky. Ele afirmou ainda que a Rússia fez bombardeios em infraestruturas militares e unidades de segurança na fronteira.

Putin sentado, olhando para livro

CRÉDITO,EPA

Legenda da foto,

Presidente russo afirmou no início desta quinta-feira (24/2) que o conflito entre as forças russas e ucranianas é 'apenas uma questão de tempo

Autoridades militares da Ucrânia disseram ainda que quarteis militares, pistas de pouso e armazéns em Dnipro e Kharkiv e na capital Kiev, cidade de 3 milhões de habitantes onde foram ouvidas sirenes de alerta. Há diversas imagens de cidadãos procurando abrigo ou fugindo da capital de carro e transporte público.

Além dos relatos de explosões em diversas cidades ucranianas, há registros também de disparos nas proximidades do aeroporto de Boryspil, em Kiev.

Em uma última tentativa de evitar o confronto com a Rússia, antes do pronunciamento de Putin, Zelensky alertou que o país vizinho poderia dar início a uma "ampla guerra na Europa" e exortou os cidadãos russos a se oporem à invasão militar da Ucrânia.

Estima-se que a Rússia tenha mobilizado 200 mil combatentes e milhares de veículos de combate ao redor da Ucrânia. Não está claro quantos entraram no país, por onde e com que destino.

Aliados da Ucrânia no Ocidente, como Estados Unidos e Reino Unido, fizeram diversos alertas de que a Rússia estava prestes a invadir a Ucrânia. Mas Putin e outras autoridades russas negaram diversas vezes que isso ocorreria.

O anúncio de Putin aconteceu no mesmo momento em que ocorria uma reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) em Nova York, Estados Unidos, sobre a crise.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, discursou pedindo "do fundo do coração": "Presidente Putin, detenha suas tropas de atacar a Ucrânia".

Mapa

Em resposta à operação militar russa, o presidente americano, Joe Biden, afirmou que os EUA e seus aliados iriam de forma unida e decisiva responder ao "ataque injustificado e não provocado das forças militares da Rússia" na Ucrânia.

"O presidente Putin escolheu uma guerra premeditada que acarretará em catastróficas perdas de vida e em sofrimento humano", afirmou Biden. "O mundo fará a Rússia responder por isso."

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse estar "chocado pelos eventos assustadores na Ucrânia" e que o presidente Putin "escolheu um caminho de sangue e destruição ao lançar um ataque não provocado". Ele acrescentou ter falado com o colega ucraniano, Zelensky, sobre como responder, prometendo ações decisivas do Reino Unido e de outros aliados.

Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia, afirmou que os países europeus estão preparando uma série de sanções contra a Rússia. "Com este pacote, visaremos setores estratégicos da economia russa bloqueando seu acesso a tecnologias e mercados-chave. Vamos enfraquecer a base econômica da Rússia e sua capacidade de modernização. (...) Além disso, congelaremos os ativos russos na União Europeia e impediremos o acesso de bancos russos ao mercado financeiro europeu. Assim como no primeiro pacote de sanções, estamos alinhados com parceiros e aliados. prejudicam os interesses do Kremlin e sua capacidade de financiar a guerra."

Rússia vem reforçando sua defesa, reduzindo a dependência do dólar e tentando tornar sua economia à prova de sanções. Entenda aqui o plano do país para tentar resistir às medidas internacionais.

Otan e apoio da Rússia a regiões separatistas

A operação militar da Rússia teve início poucos dias depois que o país reconheceu as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia.

Após esse anúncio, os separatistas, que controlam vastas áreas na região de Donbas, pediram apoio militar de Moscou.

Em seu anúncio sobre a operação militar iniciada na Ucrânia nesta quinta (24/2), Putin afirmou que o objetivo da medida é defender um povo submetido a oito anos de "genocídio pelo regime de Kiev".

A declaração parece fazer referência ao período iniciado com os protestos em massa na Ucrânia que derrubaram o presidente pró-Rússia, Viktor Yanukovych, em 2014.

Moradores de Kiev procuram abrigo em estações de metrô

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Moradores de Kiev procuram abrigo em estações de metrô

Segundo Putin, a operação na Ucrânia visa "a desmilitarização e a desnazificação" da Ucrânia.

Por repetidas vezes, Kiev e seus aliados no Ocidente refutaram como "absurdas" as declarações de Putin de que a Ucrânia estava sendo comandada por neonazistas. E que a Ucrânia, diferentemente do avanço autoritário na Rússia, era uma nação com avanços em instituições democráticas.

Os temores de ataque começaram a meses.

Putin acusou diversas vezes os EUA e seus aliados de ignorarem as demandas da Rússia de evitar que a Ucrânia se juntasse à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e de oferecer garantias de segurança a Moscou.

Na quarta-feira (23/2), o estado de emergência na Ucrânia foi amplamente aprovado pelo Legislativo. A medida introduziu, por exemplo, abordagens de cidadãos para checagem de documentos pessoais e restrições nas comunicações no sistema de rádio.

A Ucrânia também ordenou que milhões de seus cidadãos vivendo na Rússia voltassem para seu país, além da restrição do espaço aéreo ucraniano para voos civis devido ao "risco potencial".

Além disso, o prefeito de Kiev anunciou também pontos de controle ao redor da cidade, além de limitações ao acesso a prédios públicos.

BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 20 de fevereiro de 2022

Moradores e comerciantes de Bom Jardim reivindicam ação da prefeitura para evitar problemas ambientais

Enchente em Bom Jardim-PE 03/05/2011 - YouTube




Moradores e comerciantes do centro de Bom Jardim protocolaram por meio do Ofício nº 01/2022,  Pedido de Providências,  que notifica a atual gestão da  prefeitura da necessidade imediata de empreender  esforços e ações para limpar o rio Tracunhaém, podar árvores, retirar excesso de terra, lixo e entulhos em função de construções de obras públicas e da  ação antrópica que  degrada o rio e coloca a comunidade em situação de risco.

O documento assinado por uma comissão composta por  dez moradores e empreendedores locais pede  diálogo, debate entre comunidade e  prefeitura, também sugere  realizar  campanhas de conscientização para evitar danos ao meio ambiente, o assoreamento do rio e consequentes problemas ambientais com os fenômenos naturais chuvas que provocam enchentes e prejuízos  de toda ordem.

A comunidade reivindica realização de obras de contenção de águas  do rio Tracunhaém em pequenas barragens para abastecimento de comunidades rurais, projetos agrícolas, piscicultura, pede a construção de muro de contenção de água, drenagem de esgotos, aproveitamento de pedras que há no próprio rio e aproveitamento da mão obra local para gerar oportunidades e renda para profissionais e pessoas desempregadas. 

A comunicação na forma de documento oficial dos moradores visa resolver problemas antigos e emergentes, vai gerar bons resultados para o município ao buscar proteção para moradores do campo e da cidade, respeito ao meio ambiente, saúde com estruturação do saneamento básico, preservação do patrimônio e geração de renda. Resumidamente é o que se pode afirmar de fato ação sustentável, dentro de perspectiva de cidade inteligente.

O pedido de providências endereçado ao ao prefeito João Francisco Neto (Janjão)  foi protocolado na Prefeitura de Bom Jardim- PE, em 11 de janeiro de 2022, com cópia para Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Obras do município.

"É preciso cuidar de nossa cidade, respeitar o meio ambiente, fazer obras estruturadoras, parcerias e mudança de mentalidade. Não podemos passar por situações idênticas ao ocorrido na enchente de 2011, temos que  evoluir com nossa consciência, com união da comunidade e poder público frente aos desafios que afetam homens, natureza, poder público e comunidade", Edgar Santos, Luciano Florentino, João de Farias, Maria das Graças Vasconcelos, Cristina Campos, Verônica Barros, Figueiredo Moura, Ulisses Pessoa, Reginaldo Francisco, Joaquim Freire, Júlio Antônio, Ana Nery Souto. Pela Comissão.



Vídeo Enchente em Bom Jardim - You Tube - Claudiano Silva

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mais 14 municípios são alertados por Promotorias de Justiça sobre obrigatoriedade da vacinação infantil


Pesqueira, Belo Jardim, Primavera, Abreu e Lima, Caruaru, Santa Maria do Cambucá, Frei Miguelinho, Calçado, Lagoa do Carro, São Lourenço da Mata, Jurema, Carpina, Altinho e São José do Belmonte são mais alguns municípios que já receberam recomendações das Promotorias de Justiça locais sobre a obrigatoriedade da imunização do público de 5 a 11 anos de idade contra a Covid-19, salientando as consequências prejudiciais a crianças caso ocorra a negativa dos pais e/ou responsáveis. Os membros do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) responsáveis frisam nos documentos a autorização de vacinas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e os alertas das autoridades sanitárias. As recomendações seguem o mesmo teor da expedida pelo procurador-geral de Justiça, Paulo Augusto Freitas, sob o nº 02/2022, que trata da adoção das mesmas providências para vacinar o público infantil.  

Assim, as Promotorias de Justiça alertam as Prefeituras que garantam às crianças a completa imunização contra a Covid-19, respeitada a ordem de prioridade estabelecida pelas autoridades sanitárias, usando os imunizantes Pfizer/Comirnaty e CoronaVac, autorizados pela Anvisa. É preciso que também observem as expressas orientações das autoridades sanitárias federal e estadual, nos termos do disposto no artigo 14, § 1°, do Estatuto da Criança e do Adolescente.   

As vacinas devem ser aplicadas de acordo com a faixa etária indicada: 5 anos somente com o imunizante Pfizer/Comirnaty. De 6 a 11 anos com os imunizantes Pfizer/Comirnaty e CoronaVac (desde que não imunocomprometidos nesta última hipótese), evitando assim erros vacinais e reações adversas desconhecidas dos fabricantes e das autoridades sanitárias.   

Os estabelecimentos de ensino públicos e privados devem, sem prejuízo da apresentação da Caderneta de Vacinação, solicitar o comprovante de vacinação da Covid-19, para fins de cadastro, matrícula e renovação da matrícula dos alunos. No caso de descumprimento, a Prefeitura deve expedir notificação aos responsáveis legais da instituição desobediente para fazê-lo, fazendo concomitantemente a comunicação do fato ao Conselho Tutelar e/ou ao MPPE, para adoção das providências cabíveis. No entanto, a ausência de apresentação da caderneta de vacinação e do comprovante da vacinação da Covid-19 não devem ser impedimento à matrícula ou à frequência escolar.    

Já aos Conselhos Tutelares cabe, ao receberem uma denúncia, notificação ou representação contra os pais ou responsáveis relativas à não oferta da vacina, notificá-los para comparecimento à sede do Conselho Tutelar, aconselhando-os sobre a importância da vacinação, aplicando, no que couber, as medidas previstas no art. 129, I a VII, do ECA. Após atendimento, deve ser estabelecido um prazo máximo de 15 dias para se dirigirem ao local de vacinação e imunizarem as crianças em questão.  

Faz-se também necessária a ampla divulgação da importância da imunização contra a Covid-19 para esse público-alvo, com a veiculação de conteúdo destinado a convocar a população para a vacinação nas unidades de saúde local, especialmente nas escolas, que deverão ser utilizadas como centros avançados/itinerantes de vacinação.  

Ao todo, são agora 53 Prefeituras que receberam essa recomendação específica do MPPE quanto a importância e necessidade da vacina para o público infantil.

Imagem acessível: fotografia de garoto recebendo vacina no braço aplicada por uma profissional de saúde, ambos usando máscara, tem sobrepostos os dizeres Municípios recebem recomendações sobre obrigatoriedade de vacinar crianças. Acima, slogan Vacina no bracinho. Ao lado, logomarca dos 130 anos do MPPE


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Rainha Elizabeth 2ª, de 95 anos, testa positivo para covid-19



Rainha Elizabeth 2ª

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Legenda da foto,

Monarca britânica está com sintomas leves de resfriado e passa bem

A rainha Elizabeth 2ª, de 95 anos, recebeu diagnóstico positivo para covid-19, informou o Palácio de Buckingham neste domingo (20/2).

A monarca britânica está com "sintomas leves de resfriado" e passa bem.

Ela espera continuar com "tarefas leves" em Windsor durante a semana.

"Ela continuará recebendo atendimento médico e seguirá todas as orientações apropriadas", acrescentou o Palácio de Buckingham, por meio de um comunicado


Elizabeth 2ª estava em contato com seu filho mais velho e herdeiro do trono, o príncipe Charles, que havia recebido diagnóstico positivo para covid-19 na semana passada pela segunda vez

Várias pessoas teriam testado positivo no Castelo de Windsor, onde a rainha reside.

O primeiro-ministro Boris Johnson tuitou: "Tenho certeza de que falo por todos ao desejar a Sua Majestade a Rainha uma rápida recuperação da covid e um rápido retorno à boa saúde vibrante


O anúncio ocorre semanas depois que a rainha se tornou a monarca reinante mais longeva do Reino Unido, alcançando seu Jubileu de Platina (70 anos de reinado) em 6 de fevereiro.

Ela realizou seu primeiro grande compromisso público em mais de três meses na véspera de seu jubileu, ao encontrar voluntários na Sandringham House.

O correspondente real da BBC, Nicholas Witchell, diz que não há dúvidas de que a rainha está totalmente vacinada.

A rainha, que completará 96 anos em abril, tomou sua primeira vacina em janeiro de 2021 e acredita-se que tenha recebido todas as outras doses depois disso.

Segundo Witchell, Elizabeth 2ª estava levando a vida "com mais facilidade" desde que passou uma noite no hospital para exames médicos em outubro do ano passado.

Enquanto isso, o correspondente de saúde da BBC, Jim Reed, disse que os medicamentos antivirais recém-aprovados podem ajudar na recuperação da rainha.

Ele disse que as drogas agora são uma maneira fundamental de reduzir o risco de pessoas vulneráveis ​​precisarem de tratamento hospitalar, acrescentando que seria de se supor que estas sejam oferecidas à monarca.

Os antivirais atualmente disponíveis precisam ser tomados dentro de três a cinco dias após os primeiros sintomas da doença.

O príncipe Charles, de 73 anos, testou positivo na quinta-feira da semana passada, tendo se encontrado com a rainha dois dias antes. Os sintomas da covid geralmente aparecem de dois a 14 dias após a exposição ao vírus.

Na terça-feira, a rainha participou de seu primeiro compromisso oficial desde que entrou em contato com o príncipe Charles, realizando uma reunião virtual com dois novos embaixadores no Reino Unido.

No dia seguinte, ela sorriu ao sugerir que tinha problemas de mobilidade durante uma reunião com a equipe de defesa. De pé, usando uma bengala, ela apontou para a perna esquerda e disse: "Bem, como você pode ver, não consigo me mexer".

A esposa do príncipe Charles, a duquesa da Cornualha, de 74 anos, também testou positivo na semana passada, dias depois de seu marido.

Foi a primeira vez que a duquesa contraiu o coronavírus e a segunda vez para o príncipe Charles.

A Casa Real tem seus próprios médicos, e o da rainha é Huw Thomas, médico do St Mary's Hospital em Londres e professor de genética gastrointestinal no Imperial College London.

Ele é "chefe da casa médica", que faz parte da Casa Real que cuida da saúde da família.

Nos próximos dias, a Inglaterra deve abandonar a exigência legal de auto-isolamento para aqueles que testam positivo, já que as últimas restrições para a covid podem ser suspensas

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2022

O que imagens de satélite revelam sobre movimento do exército russo na fronteira com a Ucrânia




Imagem de satélite mostra atividade militar russa em Belarus

CRÉDITO,MAXAR

As mais recentes imagens de satélite fornecidas pela empresa de tecnologia espacial americana Maxar mostram atividade militar russa em grande escala persistindo perto das fronteiras da Ucrânia, apesar de o governo russo ter afirmado que está retirando tropas após o fim de exercícios militares.

Imagens feitas em meados de fevereiro mostram que a Ucrânia permanece cercada com equipamentos de artilharia e concentração de tropas nas fronteiras com a Rússia e Belarus.

Atividade das tropas russas

Em especial, ucranianos se preocupam com a presença de um novo hospital de campanha a certa distância da área de treinamento de Osipovichi, no noroeste de Belarus.

Embora isso seja um elemento legítimo em qualquer exercício de grande escala, ele também pode ser uma indicação de um conflito iminente

Outras concentrações e atividades de tropas foram detectadas ainda mais próximas das fronteiras da Ucrânia
Hospital de campanha

Em 15 de fevereiro, foi fotografada uma ponte flutuante militar sobre o rio Pripyat. Ela fica a menos de 6 km da fronteira de Belarus com a Ucrânia.

Ponte flutuante

Analistas da McKenzie Intelligence Services, com sede em Londres, destacaram a grande área de preparação na margem direita do rio como um indicador da possível intenção de mover um grande número de veículos.

Alguns relatórios sugerem que a ponte pode ter sido removida.

Artilharia de treinamento

Outra imagem é de artilharia autopropulsada, ou canhões de grande calibre, montados em tanques em Brestsky, que fica a cerca de 50 km da fronteira.

Uma unidade recém-chegada de 20 helicópteros de ataque antitanque foi fotografada no aeródromo de Zyabrovka, a 30 km da fronteira.

Aeronaves

Os analistas da McKenzie Intelligence dizem que há 12 prováveis ​​helicópteros russos Hokum e cinco prováveis ​​helicópteros Hind ou Mi-28 Havoc.

É importante lembrar que a atual presença militar da Rússia com cerca de 30 mil soldados em Belarus, embora alarmante tanto para a Ucrânia quanto para a Otan, faz parte de exercícios conjuntos programados que devem terminar em 20 de fevereiro.

Portanto, um teste importante das intenções de Moscou virá depois dessa data, quando as imagens de satélite revelarão se a maioria das forças russas terá ido embora ou permanecido.

O que essas imagens não nos dizem

Não há nada nessas imagens que prove definitivamente que a Rússia está prestes a invadir a Ucrânia.

A Rússia continua insistindo que essa não é sua intenção e que tudo isso é apenas propaganda ocidental.

Mas as principais autoridades de defesa da Otan acreditam que a Rússia agora tem forças suficientes ao redor da Ucrânia para executar uma invasão se o presidente Putin der a ordem.

A escala, a magnitude e a disposição de soldados da Rússia perto das fronteiras da Ucrânia são inéditas - por exemplo, com unidades de defesa aérea trazidas de milhares de quilômetros de distância do leste da Sibéria.

Sob a liderança de Putin, as Forças Armadas da Rússia passaram por uma transformação dramática desde os dias sombrios da década de 1990, após o colapso da União Soviética.

GRAFICO DE ONDE AS TROPAS RUSSAS ESTAO

Aconteceram duas coisas que despertaram atenção internacional para as Forças Armadas da Rússia.

Em primeiro lugar, enormes somas de dinheiro do governo russo foram investidas na modernização e aprimoramento de tropas, equipamentos, armas, ciberataques e logística, desde as últimas versões de ataques cibernéticos até a reorganização de unidades de combate em "Grupos de Batalhão Tático" compactos com cerca de 800 soldados apoiados por tanques, artilharia e outras armas.

Em segundo lugar, os comandantes e estrategistas russos passaram os últimos sete anos ganhando experiência de combate na Síria e no leste da Ucrânia. Suas armas foram testadas no campo de batalha e os comandantes russos aprenderam com erros do passado.

De modo geral, analistas ocidentais acreditam que Moscou poderia, se quiser, manter uma presença militar considerável e ameaçadora ao redor das fronteiras da Ucrânia por semanas ou até mesmo meses.

  • Frank Gardner
  • Repórter de Segurança da BBC News
Professor Edgar Bom Jardim - PE