A figura de Moro ganha espaços nas manchetes. Ele escorrega, sabe inventar histórias, mas se encontra numa situação desagradável. A política se cansa de repetir desgovernos e assume medos de rompimentos radicais. Há quem busque se mostrar amigo da neutralidade e se aproveita dos fãs de redes sociais. Todos temos uma concepção de mundo, optamos por valores, vivemos relações de poder. Os devaneios fazem parte das histórias.Fingir não é fácil, inquieta palavras, veste máscaras. Observe as danças incríveis no circo das mensagens ditas fatais. Raivas que parecem eleger dignidades. As dúvidas não adormecem e se transferem para sentimentos obscuros.
As denúncias estão na crista da onda. Uma arena de suspenses se constrói com reforço das manchetes e das análises dos especialistas. A luta política não estranha as armadilhas, os gritos, o óleo de peroba. Inventa torcidas, convive com jogo de vaias e aplausos.Talvez, o abismo se aprofunde com as intolerâncias crescentes. Quem sabe o caminho diante de tantas complexidades? A tecnologia provoca as razões instrumentais. Houve tramas, porém como esclarecê-las? As tensões invadem o cotidiano, como também as esquizofrenias que arrancam delírios familiares. Moro é ágil, joga para plateia, fez curso para artes cênicas, precisa de textos mais seguros.
A política não é lugar de conversas sempre pacíficas. Resistem ao diálogo, querem silêncios servis O assanhamento dos interesses não morre. Como negar a desigualdade e o privilégio? Existiu já um consenso que engrandeceu a convivência com flores divididas? Quem se esqueceu das perversões disfarçadas, das torturas no governos totalitários, das bombas nas guerras mundiais, das falas mirabolantes de Jair? Ser animal social não significa eleger tranquilidades. A sociedade anda desenhando polêmicas, não abandona os pesadelos e gosta de fazer tremer os desesperos. Há quem se arrependa do passado sem revelar suas dores e suas síndromes. Conserva perdões íntimos.
O século XXI promete embates cheios de questões tresloucadas. Haverá namoros fortes com práticas fascistas, como também mudanças de comportamentos e valores considerados insuperáveis. Muito controle vai seguir cada passo da cidadania. A tecnologia não garantiu éticas sublimes,mas empurra para a banalidade. O embrulho é pesado. Basta olhar as controvérsias e as relações de poder. Como se organiza a Rússia? Quem é Trump? Quem concentra privilégios com a globalização?A instabilidade habita cada cultura, imaginações flutuam e submergem. As ambições atacam e a moda comanda a forma de aparecer na vitrine. Portanto, cuidado com as luzes que cegam e com as escuridões que assassinam.
A astúcia de Ulisses
Professor Edgar Bom Jardim - PE