domingo, 23 de setembro de 2018

Como nasceu o primeiro sistema de transporte coletivo do mundo


Modelos da carruagem de PascalDireito de imagemREPRODUÇÃO DO LIVRO 'CONDUZINDO O PROGRESSO'
Image captionPascal desenvolveu um sistema de transporte urbano de carruagens com itinerários fixos, tarifa e horários regulares
Considerado um dos grandes pensadores da humanidade, o francês Blaise Pascal (1623-1662) estava longe de atuar apenas no campo das ideias.
Conhecido por seus teoremas matemáticos e tratados filosóficos estudados até hoje, poucas pessoas sabem que, no século 17, o matemático, que inventou a primeira máquina de calcular da história, criou algo que também mudaria para sempre a vida das pessoas nas grandes cidades: o transporte coletivo.
Graças ao espírito inquieto de Pascal, o transporte urbano mundial tem até data de nascimento: 1662.
Naquela época, Paris já era uma grande cidade com cerca de meio milhão de habitantes, mas as pessoas que não tinham meios próprios se deslocavam de um lugar para outro, na maior parte das vezes, a pé.
Para facilitar a vida dos cidadãos, Pascal desenvolveu um sistema de transporte urbano de carruagens com itinerários fixos, tarifa e horários regulares. O filósofo sugeriu ao duque de Roaunez pedir permissão ao rei Luis 14 para explorar o serviço, no que foi atendido.
A passagem do sistema pioneiro custava cinco "sols", oriunda de "sou", moeda que circulava na França na época de Luis 14. Eram três linhas iniciais. A primeira servia entre a porte Saint-Antoine e o Luxembourg e começou a operar em 18 de março de 1662.
Em 11 de abril foi inaugurada a segunda linha, que ia da Rue de Saint-Antoine até a Rue Saint Honoré. A terceira e última rota foi aberta em maio daquele ano e ligava o bairro de Montmartre ao Luxembourg.
Decreto Luis XIV autorizando transporte coletivo em ParisDireito de imagemREPRODUÇÃO DO LIVRO 'CONDUZINDO O PROGRESSO'
Image captionDecreto de Luis 14 autorizando o transporte coletivo em Paris
A novidade foi um sucesso entre a população parisiense, conforme depoimento da própria irmã de Pascal, Gilberte Pérrier, presente ao evento de inauguração:
"O 'estabelecimento' iniciou sábado às sete horas da manhã, mas com um brilho e pompa maravilhosos. Distribuíram-se as sete carruagens que ocuparam esta primeira rota", registrou Gilberte.
Mas na viagem inaugural já começaram os conhecidos problemas de mobilidade urbana e transporte enfrentados pela população até hoje.
"A coisa obteve tanto sucesso que, desde a primeira manhã, havia uma quantidade de carruagens cheias; mas, depois do almoço, havia uma multidão tão grande que não se podia se aproximar delas, e os outros dias foram iguais. De modo que o maior inconveniente delas é aquele temido: a multidão nas ruas esperando uma carruagem, mas quando ela chega está cheia."
"Havia alguns (passageiros) que diziam que ele foi perfeitamente bem inventado, mas que era uma grande falha só ter sete carruagens na rota, e que elas não davam nem para a metade das pessoas que dela necessitavam", completou a irmã de Pascal - ele, por causa da saúde precária, morreu no mesmo ano em que o seu invento foi para as ruas.
O sistema funcionou por mais alguns anos, mas devido a problemas como a administração, foi encerrado e só surgiria novamente na Europa muito tempo depois.
A invenção de Pascal surpreende de forma positiva até os estudiosos em Ciências Humanas.
Eurico Galhardi, pesquisador em história do transporte públicoDireito de imagemARQUIVO NTU
Image caption'(Pascal) conseguiu enxergar, já naquela época, que para uma cidade progredir é necessário resolver o problema de mobilidade urbana', diz pesquisador
"Imaginamos que os grandes filósofos estão sempre no mundo das ideias e longe do cotidiano das pessoas, o que não é verdade", explica o filósofo Luis César Oliva, professor do Departamento de Filosofia da Universidade de São Paulo (USP).
"Quando estudamos a vida deles a fundo, descobrimos o quanto eles eram humanos e tinham um cotidiano como nós, o que é incrível", completa Oliva, que fez o seu mestrado e doutorado sobre a obra de Blaise Pascal.
"O ensino formal geralmente fica muito em cima das grandes obras filosóficas e esquece que os pensadores também inventaram coisas muito bacanas e essenciais para o nosso dia a dia", completa o professor da USP, lembrando que Pascal também inventou uma máquina aritmética de cálculo mecânico, considerada a avó das calculadoras modernas.
"Pascal era um grande pensador. Ele conseguiu enxergar, já naquela época, que para uma cidade progredir é necessário resolver o problema de mobilidade urbana", diz o pesquisador em história do transporte público Eurico Galhardi, autor do livro Conduzindo o Progresso - A História do Transporte.

Beija-mão

Segundo Galhardi, após o encerramento do projeto de Pascal, o transporte público sobre rodas renasceria muito longe da França, mais precisamente no Brasil. "Criamos o segundo projeto de transporte coletivo no mundo", diz Galhardi, que é presidente do conselho diretor da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
A chegada Família Real ao Brasil, em 1808, instituiu a cerimônia do "beija-mão", em que os súditos iam até a Corte para agradar o rei chegado de Portugal. O problema era a distância a ser percorrida pelo povo para chegar à cerimônia no palácio e tentar alguns favores, perdões ou mesmo benefícios reais.
Para resolver isso, em 18 de agosto de 1817 o rei D. João 6º assinou um decreto que autorizava um dos empregados da Corte, Sebastião Surigué, a explorar um serviço de carruagens entre o Paço Imperial, no centro do Rio de Janeiro, e a Fazenda Santa Cruz, a cerca de 50 quilômetros e uma das residências oficiais da Família Real.
"Esse decreto é uma verdadeira certidão de nascimento do transporte coletivo no Brasil", diz Galhardi. Os veículos eram puxados por quatro animais, os lugares eram numerados e as passagens custavam oito réis.
Uma segunda linha de carruagens para facilitar o "beija-mão" ligava o Paço Imperial à Quinta da Boa Vista, outra residência oficial da Família Real e que abrigava até recentemente o Museu Nacional, destruído por um incêndio em setembro deste ano.
"Há muito tempo sabemos a necessidade de criar formas de deslocamento coletivos para as pessoas se movimentarem", diz o presidente executivo da NTU, Otávio Cunha. A entidade desenvolve diversos estudos e projetos de mobilidade urbana no país.
Cunha lembra que o Brasil é pioneiro também em outra modalidade de transporte que posteriormente se espalhou pelo mundo: o Bus Rapid Transport (BRT), criado em Curitiba (PR) na década de 70 pelo então prefeito Jaimer Lerner. Na época, a ideia era desenvolver um sistema de transporte sobre rodas rápido e eficiente como o metrô, mas a custos menores do que o transporte subterrâneo.
"Apesar do nosso pioneirismo em criar sistemas, pagamos um alto preço por não ter políticas públicas eficientes de transporte coletivo para facilitar a mobilidade urbana em nossas cidades. Com isso, deixamos de fazer o que o resto do mundo fez nesse sentido, como ocorreu na Europa", diz Cunha. BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Histórias: A praça é do povo e moradia das carências


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Pode parecer estranho, mas nem tudo permanece com era antes.  Os ritmos se distanciam. São as famosas mudanças que inquietam e trazem expectativas. Fala-se que o movimento da história é progressivo. É a navegação no mar das mentiras. Conto porque vi. Tomei um susto, mesmo sabendo que não falta miséria na nossa pátria amada. Passava apressado por uma praça bela. Um lugar que provoca encanto. Durante o dia, recebe muitas pessoas, animais domésticos e serve de estacionamento de carros. Antes, era tranquila, hoje ponto de drogas e conversas suspeitas. Não perde, no entanto, o seu charme. Merece cuidado. A história a pune de forma arbitrária.
Seguia. Era noite e observei os bancos da praça. Fiquei surpreso. Estavam todos ocupados. As pessoas dormiam ou tentavam se conciliar com a escassez de sonhos. O sombrio prevalecia, as lâmpadas vacilavam. Na nudez das lacunas sociais, tudo ganha outro sentido. Haja criatividade. Criam-se moradias. Improvisa-se. Não há como fugir de tantos desamparos, apesar das promessas dos políticos. A cidade é também moradia de ruínas, mostra que há desmantelos e cidadania cheia de buracos. O cinismo engorda, nem ousa fazer dietas. Escute as dissonância, não fique mudo.
Lamenta-se a irresponsabilidade dos governantes. Não basta a praça. o quadro é assustador. Não vou além. Lembro-me que brincava com minhas meninas  mais velhas, sem problemas e aproveitando a vegetação. Burle Max tremeria com o desprezo que existe. O que era lugar para esticar as pernas, dialogar, soltar fofocas, virou um laboratório de melancolias. Sigo apressado. Não tenho medo.Sei que a barra pesa e não há como estabelecer equilíbrio numa desordem que favorece privilégios. Não é incomum.As minorias curtem suas acumulações e a maioria busca sobreviver. Até quando?
A cidade  forma um cartografia de desajustes. Assombra quem se recolhe em casa, para meditar sobre os desencontros da vida. Guarda-se. Cada dia uma violência, um descaso, um sofrimento, um risco na utopia. A sociedade estraga-se, porque o capitalismo quer se revitalizar. Passa por desafios. Sobram máscaras. Há quem arquitete revoluções fantasiosas, quem intensifique o comércio de armas, quem se vista de generosidade. As multidões andam nas ruas como zumbis. O ônibus demora, as escolas têm grades, a polícia pede aumento, os médicos entram  em greve. A praça é do povo ou o povo é da praça? Na esquina uma farmácia concentra luzes. Por Paulo Rezende
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Sport precisa ganhar nove jogos para não ser rebaixado. Perdeu mais uma

Lances de Sport 0x1 Palmeiras, pela Série A
Mais uma derrota e o rebaixamento está cada vez mais próximo na Praça da Bandeira. Com a Ilha do Retiro recebendo um bom público, o Sport decepcionou a sua torcida mais e uma vez e saiu derrotado de campo por 1x0 para o Palmeiras, neste domingo (23). Estagnado nos 24 pontos e na vice-lanterna, o Leão precisa vencer sete dos 12 jogos que restam ainda nesta Série A. Pior ainda: terá que vencer um deles fora de casa, já que só atuará mais seis em seus domínios.
Em campo, o clima de decisão era emanado pelas arquibancadas, com a torcida leonina comparecendo em excelente número acreditando numa reviravolta do clube Brasileirão 2018. Optando pela manutenção da base da equipe que perdeu para o Corinthians, na rodada anterior, Eduardo Baptista apostou em Rogério para solucionar a ausência de Hernane Brocador, lesionado. E Rogério sequer viu a cor da bola no primeiro tempo. Estático, o ataque rubro-negro era presa fácil para a defesa palmeirense, uma das melhores nesta Série A. Nos últimos 11 jogos na competição, os comandados de Luis Fzlipe Scolari tomaram apenas dois gols, mantendo uma média incrível de menos de 0,5 gol tomado por partida.
Por outro lado, o Verdão também não investiu tanto nas investidas ofensivas. A melhor oportunidade veio logo no começo. Em falha grotesca da zaga do Sport, Deyverson ficou de frente para Magrão e finalizou para a boa defesa do goleiro rubro-negro. Na reta final, Felipe Melo aproveitou rebote e chutou com perigo, mas a pobreza do primeiro tempo ficou evidente.
Na etapa final, a situação se invertiu e logo nos primeiros minutos as chances de gol surgiram em sequência, mas para o lado paulista. Na primeira chance, Guerra saiu de cara com Magrão e chutou rasteiro parao utra bela defesa do arqueiro. Um minuto depois, Deyverson ficou de cara com Magrão após falha pitoresca de Ronaldo Alves. Dessa vez, Magrão ficou pelo caminho, mas o atacante palmeirense finalizou para fora e perdeu gol incrível.
A resposta rubro-negra veio com Neto Moura. Aos 22 minutos, o meia leonino mandou uma bomba de fora e Jaílson fez grande defesa. Em seguida, o volante Jair quase marcou o gol leonino, após confusão na área. Porém, o castigo para os pernambucanos veio aos 35 minutos. Após escanteio cobrado, o zagueiro Gustavo cabeceou para a grande defesa de Magrão, mas no rebote o meia William, que tinha acabado entrar, escorou para abrir o placar e decretar a vitória alviverde. No apito final, muitas vaias das arquibancadas e gritos de protesto por parte dos torcedores do Sport, que enxerga o rebaixamento cada vez mais próximo.
Ficha técnica
Sport 0
Magrão; Ernando, Ronaldo Alves (Cláudio Winck), Durval e Sander; Marcão, Jair e Neto Moura (Pablo Pardal); Morato (Matheus Peixoto), Marlone e Rogério. Técnico: Eduardo Baptista.
Palmeiras 1
Jaílson; Myke, Luan, Gustavo Gomez e Victor Luis; Felipe Melo, Jean (William), Thiago Santos, Hyoran (Dudu) e Lucas Lima (Guerra); Deyverson. Técnico: Luiz Felipe Scolari.
Local: Ilha do Retiro (em Recife). Árbitro: Árbitro: Paulo Roberto Alves Júnior (PR). Assistentes: Luciano Roggenbaum e Luiz Renesto (ambos do PR). Gol: William (aos 35 do 2ºT). Cartões amarelos: Jair (Sport). Luan e Felipe Melo (Palmeiras). Público: 18.681. Renda: R$ 139.705,00 

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O sucesso da Cavalgada de João Alfredo

A cavalgada de João Alfredo vem se afirmando cada vez mais no calendário turístico do Agreste.


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sábado, 22 de setembro de 2018

Moradores de João Alfredo comemoram obra de calçamento

Os moradores da Rua Carlos Fernandes e Comunidade da Escola Miguel Arraes  da cidade de João Alfredo comemoram com muita alegria a realização da obra de calçamento que vai fortalecer em muito  a circulação de pedestres e condutores de veículos. "As terão mais qualidade de vida, nossos estudantes também serão beneficiados",afirmou Maria Sebastiana, prefeita da cidade.

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sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Reforço pra saúde de João Alfredo

A prefeitura de João Alfredo realiza grande festividade para entregar um microônibus novo para saúde do município. Conquistado em parceria com o Ministério da Saúde e também será inaugurado o calçamento da Rua Carlos Fernandes que vai beneficiar moradores,  condutores de veículos e  estudantes da Comunidade Escolar Miguel Arraes de Alencar. A festa será nesta sexta, dia 21 de setembro 2018, às 16 horas.

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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

O descaso com a história


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Há um certo desprezo pelo história. Sente-se uma preguiça , um desconforto em falar de suas próprias histórias. Os meios de comunicação gostam de escândalos e denúncias. Não aprofundam. Promovem viagens curtas que não dialogam com a memória. É preciso criar contrapontos. Quando se deixa o passado de lado e vive-se o agora com muito entusiasmo, existe algo de torto no mundo. O imediato não deve ser sacralizado. Apagar as tradições é um erro. Elas merecem debates e conexões com os acontecimentos recentes.
Portanto, a história pede reflexão. Não é uma acumulação de fatos. Quem não a conhece, corre o risco de cair num abismo escuro e ficar fora das compreensões que ajudam a mudar o mundo. O excesso de tecnologia encanta, fermenta o consumo. Não seria importante saber a razão de tantos louvores aos celulares, computadores, carros? Seguir a trilha construída traz esclarecimento, modifica a sensibilidade, descongela teorias. O historiador desconfia, busca confrontos entre as fontes, socializa caminhos, aumenta a capacidade de visualizar o múltiplo.
Quando se esconde alguma coisa, a política se tensiona. A história não é neutra. As relações poder atuam, articulam controvérsias. Não é necessário ser  acadêmico para contar a história. Assista ao filme de Tim Burton, Peixe Grande,  e observe as fantasias, os sonhos, os movimentos dos afetos. Tudo isso é história. Não fique paralisado. Inútil é a apatia, a falta de motivação, a escolha por um pessimismo avassalador. Nunca teremos um paraíso. Evitar certos descontroles é possível. Nascemos incompletos, porém inventamos a cultura e a rebeldia.
Apagar a história é uma tragédia. Há exemplos práticos na imprensa, nas universidades, nos confrontos familiares. A história nos acompanha. Somos seres que desejam, que se enganam, que perdem a lucidez, contudo cada ato tem sua forma de se apresentar. Ninguém escapa das diferenças. Não aposte numa melancolia sem saída. Quem conta sua história inquieta os outros, assombra quem se nega a esticar suas aspirações.Afastar-se de si mesmo é uma renúncia perigosa. Por Paulo Rezende.
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Educação:IFPE Paulista abre seleção para curso pré-vestibular gratuito

Campus do IFPE
Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) Campus Paulista lançou, nesta quinta (20), edital para seleção de estudantes da rede pública de ensino que têm interesse em realizar curso preparatório gratuito para o vestibular da instituição. A iniciativa do programa de Acesso, Permanência e Êxito (Proifpe) irá oferecer 25 vagas. 

As inscrições podem ser feitas até o dia 25 de setembro, das 9h às 12h e das 14h às 17h no IFPE Paulista, no bairro Vila Torres Galvão. Para se inscrever, é exigida comprovação de renda familiar per capita igual ou inferior a 1,5 salário mínimo vigente (R$ 954). Além disso, é necessário apresentar original e cópia do RG ou certidão de nascimento, Ficha 19 ou do Histórico Escolar do Ensino Médio e declaração que comprove estar cursando a série final do Ensino Médio emitida por escola pública ou particular como bolsista.

seleção será feita pela análise da documentação. O edital completo pode ser acessado no site da instituição. O resultado preliminar será divulgado no dia 26 de setembro. As aulas terão início no dia 02 de outubro e ocorrerão às terças-feiras, das 7h15 h às 12h. Mais informações podem ser obtidas através do telefone (81) 98491-6722.
Com informação de Folha de Pernambuco
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quarta-feira, 19 de setembro de 2018

Haddad no segundo turno, diz Geraldo Alckmin



O candidato Geraldo Alckmin (PSDB) afirmou nesta quarta-feira (19) que o PT já está no segundo turno com Fernando Haddad, mas o líder das pesquisas, Jair Bolsonaro (PSL), não. "A curva do candidato do PT é ascendente. A do Bolsonaro não. Ele já está no teto e deverá cair", disse, em São Paulo após participar de evento da revista Veja.

Na véspera, pesquisa do Ibope mostrou que Haddad cresceu 11 pontos, isolando-se em segundo lugar. Bolsonaro permanece em primeiro. Parte da intenção de voto no capitão reformado do Exército "não é dele, é anti-PT", argumentou o tucano. 

Os eleitores pretendem votar em Bolsonaro achando que ele poderá derrotar Haddad, mas "eu enxergo de maneira contrária", assinalou Alckmin. "Ele é um passaporte para a volta do PT, o único que perde para o PT."

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Debate:saúde, educação e segurança foram os assuntos mais citados



Em mais um debate entre os candidatos ao Governo de Pernambuco, desta vez promovido pela Rádio Liberdade, de Caruaru, e transmitido pela Rádio Folha FM 96,7, nesta terça-feira (18), a administração de Paulo Câmara (PSB), que lidera as pesquisas, foi alvo de críticas dos outros candidatos. Além do governador e candidato à reeleição, também participaram o senador Armando Monteiro (PDT), Maurício Rands (Pros) e Dani Portela (PSol).

Entre os assuntos abordados, saúde, educação e segurança foram os mais citados, mas a reforma trabalhista também entrou na pauta dos postulantes. De acordo com as regras da sabatina, os questionamentos foram feitos entre os próprios candidatos, com temas livres ou direcionados, no decorrer dos quatro blocos. O último foi destinado às considerações finais.


Promessas

O senador Armando Monteiro Neto criticou as promessas de Paulo Câmara que não foram cumpridas durante a sua gestão. O socialista, por sua vez, justificou o não cumprimento em função da crise, mas ponderou que “conseguiu fazer o dever de casa”. O pedetista rebateu. “É por isso que o povo não acredita na classe política. Essa facilidade de prometer algo que, em algumas circunstâncias sabe que não pode cumprir”, alfinetou Armando.

Além da crise, Câmara também afirma ser vítima de “perseguição” do governo federal, sob o comando do presidente Michel Temer (MDB). Sobre isso, Maurício Rands afirmou que é preciso parar de “terceirizar a culpa” e que Temer e a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foram eleitos juntos. “Essa tragédia nacional começou com Dilma”, disse.

De Folha de Pernambuco
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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Bolsonaro continua líder, Haddad cresce 11 pontos e se isola em segundo, diz Ibope


Pesquisa Ibope divulgada nesta terça (18) mantém Jair Bolsonaro (PSL) na liderança da corrida presidencial, mas com Fernando Haddad se consolidando em segundo lugar, se distanciando de Ciro Gomes (PDT).

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Para Alckmin, pesquisa Datafolha mostra que disputa está estabilizada
Com Haddad subindo nas pesquisas, PT modula discurso econômico


O capitão reformado tem 28%, enquanto o petista subiu 11 pontos em relação ao levantamento anterior do Ibope e agora aparece com 19%. O pedetista aparece em terceiro, com 11%, mesmo índice da última pesquisa. Em seguida, tecnicamente empatados, estão Geraldo Alckmin (PSDB), com 7%, e Marina Silva (Rede), com 6%. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Com Folha de Pernambuco
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Qual é o tamanho atual do buraco na camada de ozônio?


Última visão do ozônio sobre Polo Sul (12 de setembro)Direito de imagemNASA
Image captionCamada de ozônio sobre o Polo Sul no dia 12 de setembro: em roxo e azul estão as áreas que têm menos ozônio, enquanto em amarelo e vermelho, as que têm mais
Apesar da pouca atenção que tem recebido recentemente, o buraco na camada de ozônio ainda existe, embora a comunidade científica esteja otimista sobre a redução do seu tamanho.
O ozônio é um gás incolor que forma uma fina camada na atmosfera e absorve os componentes nocivos da luz solar, conhecidos como raios "ultravioleta B" ou "UV-B", protegendo os seres humanos dos riscos de desenvolver câncer de pele ou catarata, entre outras doenças.
Mas nos últimos cem anos, a atividade do homem fez com que a camada de ozônio começasse a deteriorar.
É por isso que, em 1985, a descoberta de um buraco em cima no Polo Sul acendeu um alerta global. E o buraco na camada de ozônio passou a ser o maior ícone da luta pela preservação ambiental da época.
Dois anos depois, foi firmado o Protocolo de Montreal, em que os países signatários se comprometeram a reduzir a produção e comercialização de substâncias consideradas responsáveis pelo dano.
Com isso, a camada de ozônio começou a se recuperar. E, nas décadas seguintes, o tema perdeu protagonismo para outras questões ambientais, como o aquecimento global. O que não quer dizer que sua importância tenha diminuído.
Afinal, qual o estado atual da camada de ozônio?

Paciente em recuperação

TerraDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO Protocolo de Montreal proibiu o uso de certas substâncias para proteger a camada de ozônio, vital para conter a radiação ultravioleta
De acordo com a última avaliação da Nasa, agência espacial americana, realizada em setembro de 2018, o tamanho do buraco na camada de ozônio é de 23 milhões de km², quase a mesma superfície da América do Norte (24,7 milhões de km²).
Mas, apesar dessa lacuna, a quantidade de moléculas de ozônio na atmosfera ao redor do planeta é "bastante constante, com uma redução de cerca de 2% nos últimos anos", diz Stephen Motzka, pesquisador químico da Administração Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA, na sigla em inglês).
"Embora não haja nenhum indício de uma recuperação completa da camada de ozônio, há certamente uma melhoria na diminuição da concentração dos gases que causam a destruição do ozônio", diz Motzka à BBC.
Em 2017, a Nasa informou que o buraco atingiu o menor tamanho registrado desde 1988. Mas a melhora "excepcional", segundo os cientistas, estaria relacionada a condições climáticas, e não às ações de conservação.
Os especialistas esperam que o buraco seja reduzido para os níveis de 1980 até o ano de 2070.

Por que o buraco está sobre a Antártida?

Em 1986, a pesquisadora americana Susan Solomon mostrou que o ozônio estava sendo destruído pela presença de moléculas que contêm cloro e bromo provenientes dos clorofluorcarbonetos (CFCs).
Esses gases eram encontrados em quase tudo - de sprays para cabelo e desodorantes a geladeiras e aparelhos de ar-condicionado - e foram proibidos em 2006.
Quando tentamos localizar no planeta onde está o dano à camada de ozônio, olhamos para a Antártida.
"Quando falamos sobre o buraco na camada de ozônio, nos referimos à Antártida porque é onde a redução do ozônio é mais flagrante e maior durante uma época específica do ano, quando é a primavera (setembro-novembro)", explica Motzka.
O frio extremo da região e a grande quantidade de luz ajudam a produzir as chamadas nuvens estratosféricas polares.
Nestas nuvens frias, é produzida a reação química de cloro e bromo que destrói o ozônio.

Quais são os países mais afetados pelo buraco?

Aerossol poluente apontado para o planeta TerraDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAs moléculas de clorofluorcarboneto sobem para a atmosfera, onde se dissolvem e atacam a camada de ozônio
Com a destruição da camada de ozônio, os perigosos raios ultravioletas do Sol encontram o caminho livre para atingir a superfície da Terra.
É por isso que alguns países da América Latina são mais afetados que outros pelo aumento dos níveis de radiação.
"Países com altas latitudes no hemisfério sul podem ter uma exposição maior e ser mais afetados pelos danos da camada de ozônio sobre a Antártida", diz Motzka.
Aqueles que estão mais próximos do buraco, como Argentina e Chile, são os mais vulneráveis, segundo o especialista.

Substâncias perigosas

Em maio deste ano, um estudo conduzido por Motzka mostrou que, em algum lugar da Ásia, estão sendo geradas emissões de produtos químicos proibidos nocivos à camada de ozônio.
As substâncias a que ele se refere são os mesmos clorofluorocarbonetos (CFC-11), uma combinação de flúor, carbono e cloro.
Poucos meses depois, a Agência de Pesquisa Ambiental (EIA), com sede no Reino Unido, afirmou que esses gases poderiam ser provenientes de espumas de isolamento térmico de poliuretano, produzidas na China para uso doméstico a um preço reduzido. Mas o caso ainda está sendo investigado.
Agora, ficará nas mãos dos países signatários do Protocolo de Montreal tomar medidas para contornar o problema na próxima reunião, que será em novembro deste ano no Equador.
"Para que a camada de ozônio se recupere, precisamos que os controles do Protocolo de Montreal sejam cumpridos", disse Motzka à BBC Mundo, serviço em espanhol da BBC.
Mas o especialista não perde a esperança.
"Ainda sou otimista sobre a recuperação da camada de ozônio no futuro", diz ele.
Professor Edgar Bom Jardim - PE