domingo, 29 de julho de 2018

Os "fantasmas" do racismo na Coreia do Sul, um dos países mais prósperos do mundo


bandeira e pessoas Coreia do SulDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO desenvolvimento industrial e econômico da Coreia do Sul é comparável ao de muitos países ocidentais
Coreia do Sul é vista por muita gente como um "oásis" asiático e, segundo o Banco Mundial, é também palco de um "milagre econômico" no leste da Ásia. Mas o país também tem seus fantasmas.
Desde a divisão das duas Coreias em 1948, o país se converteu em um dos mais prósperos da Ásia. Enquanto o vizinho do Norte viu a pobreza e o totalitarismo se aprofundarem, a Coreia do Sul, com apenas 30 anos de democracia, é modelo para muitos no continente.
Com um PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 38 mil per capita, segundo dados da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico), a economia sul-coreana supera a de países como Espanha e México e a coloca ao nível do Reino Unido.
Ainda assim, em termos de renda, a Coreia do Sul está distante de países como Estados Unidos. No entanto, em 50 anos, a distância da renda média dos sul-coreanos em relação à dos americanos diminuiu em cerca de 60%, de acordo com a OCDE.

Economia e democracia

Se o critério é qualidade da democracia, o país asiático superou, em 2017, os Estados Unidos no ranking elaborado pela unidade de inteligência da revista britânica The Economist. Apesar da boa classificação, no entanto, especialistas consultados pela BBC News Mundo, o serviço em espanhol da BBC, afirmam que a realidade do país é bem mais complexa e nem sempre positiva.
Mas a Coreia do Sul também tem desafios a enfrentar. A corrupção é um problema grave no país, com reiterados escândalos envolvendo todos os principais líderes políticos. A ex-presidente Park Geun-hye, por exemplo, está presa por acusações de suborno, abuso de autoridade, coerção e vazamento de segredos governamentais após uma longa audiência.
Park Geun-hye.Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPark Geun-hye, presidente sul-coreana entre 2013 e 2017, cumpre uma pena de 24 anos de prisão por corrupção
"Tenho a sensação de que se ressaltam muito a democracia sul-coreana, mas o que realmente não sem entende é que há problemas importantes como um forte estado policial com profundas restrições à democracia", assinala Owen Miller, doutor em Estudos do Leste Asiático da Universidade SOAS, em Londres.
Certamente a Coreia do Sul tem melhores índices de crescimento, prosperidade e democracia que a vizinha Coreia do Norte. Mas também teu seu lado obscuro, especialmente uma resistência aos imigrantes que tentam entrar no país, seja por razões humanitárias ou não.

Nacionalismo étnico

A Coreia do Sul tem sido uma nação tradicionalmente homogênea etnicamente, uma condição impulsionada pelo nacionalismo étnico muito arraigado que se estende também aos coreanos do norte da península.
O patriotismo exacerbado remonta milhares de anos atrás, durante o nascimento da nação e do que é chamado de minjok, ou a raça coreana.
Mas foi a ocupação japonesa na região, durante grande parte da primeira metade do século 20, que fez ressurgir o nacionalismo moderno de uma forma mais contemporânea e também mais polêmica.
"É um nacionalismo de sangue e terra, como o que pode ser encontrado em outros países", explica Steve Denney, especialista em estudos asiáticos da Universidade de Toronto, no Canadá.
Mapa de CoreiaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionA península coreana esteve sob o domínio do Japão entre 1910 e 1945 e foi considerada colônia japonesa até o início da 2ª Guerra Mundial

Influências do racismo

Owen Miller, por sua vez, não vê nenhuma característica particular no caso do nacionalismo sul-coreano. Ele argumenta que certas características nasceram como uma resposta à colonização japonesa, mas também foram influenciadas pelas correntes do racismo, do socialismo darwinista e do nacionalismo étnico que vieram da Europa no final do século 19 e início do 20.
"O nacionalismo étnico coreano e japonês tem muitas similaridades e se cetra em ideias como linhas sanguíneas e raças únicas, mas não é algo único da Coreia do Sul, pode ser visto em outros lugares", diz Miller.
Mas é exatamente esse tipo de nomenclatura, com alusões a sangue e raças, que faz muita gente a olhar com desconfiança esse tipo de nacionalismo. Há até muito pouco tempo, a Coreia do Sul usava de forma institucionalizada o termo danil minjok para se referir à raça pura coreana.
"É a ideia de que a Coreia manteve seu "eu" característico e racialmente puro, rejeitando os invasores, impedindo assim a desintegração de sua linhagem de sangue com estrangeiros, indicando que a Coreia é e deve permanecer um país etnicamente homogêneo", esclarece Denney.
Presidente sulc-oreano Moon Jae-in e o primeiro ministro do Japão Shinzo Abe.Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDepois do fim da ocupação japonesa, sul-coreanos e japoneses demoraram 20 anos para reestabelecer as relações
Quando se pergunta se essa ideia de raça pode ser equiparada com a da raça ariana, Denney reconhece que "em grande parte é comparável com outras concepções de pureza étnica e nacionalismos étnicos de todo o mundo".

"Purismo" ensinado nas escolas

Durante décadas, o mito de uma "raça pura" foi ensinado em escolas, segundo um artigo de opinião do sul-coreano Se-Woong Koo publicado no jornal americano New York Times. Koo é editor de um jornal no país e recebeu parte desse doutrinamento quando era uma criança como parte da justificativa de se formar uma "unidade nacional".
Em 2007, uma convenção da ONU para eliminar o racismo instou Seul a proibir o uso dessa terminologia alegando que "a ênfase colocada na homogeneidade étnica da Corea pode representar um obstáculo para a promoção do entendimento da tolerância e amizade entre os diferentes grupos étnicos e nacionais que vivem em seu território".
Mas Koo lembra no artigo que os problemas persistem. Apesar do chamado de atenção das Nações Unidas, em 2009, ficou famoso no país o caso de um estudioso indiano em Seul que apresentou uma queixa criminal contra um sul-coreano por insultos racistas e sexistas contra ele e sua companheira sul-coreana.
Refugiados do Iêmen na ilha de Jeju.Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO número de cidadãos do Iêmen que chegaram nos últimos seis meses na Coreia do Su é maior que o dos últimos 20 anos
Em outro caso mais recente, em junho de 2017, um bar no popular distrito de Itaewon, em Seul, recusou um cliente indiano. "Nenhum índio", dizia o segurança.
O país vive também uma crise envolvendo refugiados do Iêmen, há mais de três anos em guerra civil e em estado de fome. A cris ampliou o clima anti-imigração da Coreia do Sul que pode ser observado junto à parte da população e também em certas medidas que o próprio governo adotou.

Barreiras a estrangeiros

Depois da chegada de mais de 552 cidadãos do Iêmen entre janeiro e maio deste ano, a Coreia do Sul eliminou o país de uma lista dos que não precisam de visto para pisar no território sul-coreano.
Em resposta, mais de meio milhão de sul-coreanos solicitaram ao Presidente Moon Jae-in que afaste todos os refugiados.
Em junho, o Ministério da Justiça anunciou que estava enviando mais pessoal para acelerar o processamento dos requerentes de asilo iemenitas, supostamente para expulsá-los mais cedo. O ministério também vai pressionar por uma revisão da Lei dos Refugiados, para evitar que os estrangeiros "se aproveitem do sistema de refugiados por razões econômicas ou de residência".
Mapa com rotas migratóriasDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO mundo tem 68,5 milhões de pessoas deslocadas por motivos forçados, sendo que 24,5 milhões são refugiados
Quem conhece a relação histórica do país com imigrantes, no entanto, não se surpreende com a atitude dos sul-coreanos em relação aos refugiados.
De acordo com um relatório da Human Rights Watch, a Coreia do Sul aceitou apenas 2,5% de todos os requerentes de asilo desde 1994 (sem contar os desertores norte-coreanos), de acordo com a Human Rights Watch.

Multiculturalismo recente

Owen Miller diz que a ideia de raça pura, que se instalou nos anos 1920 e superada até certo ponto na cultura ocidental onde esse conceito foi criado, surpreendentemente sobreviveu até muito recentemente na Coreia do Sul, estimulada, inclusive, pelo sistema educacional do país.
Ele aponta duas explicações possíveis. "Em parte, se dá pelo legado do regime autoritário que a Coreia do Sul teve até o final dos anos 1980 e que usava esse discurso. Outra razão é que, até os anos 1990, não havia muitos estrangeiros. Foi a partir dai que o país teve que decidir se se define como uma sociedade de raça pura ou multicultural".
O país optou há dois anos pelo multiculturalismo, ou damunhwa, de acordo com os documentos oficiais que se referem, basicamente, ao casamento de coreanos com estrangeiros.
Agora, com a crise dos refugiados, as novas medidas anunciadas pelo Ministério da Justiça e os protestos nas ruas de Seul com gente levando faixas e cartazes pedindo que os solicitantes de asilo fossem embora do país estão levantando dúvidas sobre a disposição dos sul-coreanos em se abrir para outras culturas.
Protestos em Seul contra refugiados.Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionProtestos em Seul em junho deixaram claro que parte da população é contra a chegada de imigrantes
Os níveis de recepção de estrangeiros não apenas afetam os que pedem refúgio, mas também cidadãos de outros países que decidem morar na Coreia do Sul.
Os residentes não nascidos nas duas Coreias não são mais que dois milhões numa população de 51 milhões, de acordo como censo de 2014. Os estrangeiros equivalem a 4%, uma porcentagem muito baixa se comparada a outros países.
E apesar de casais multirraciais (ou sangue misto como foi dito até 2007), segundo diz Denney, já não serem mais um tabu e estarem aumentando, eles podem atrair olhares desconfiados. As pessoas de pele escura chamam ainda mais atenção, segundo Jiye Choi, estudante sul-coreana que faz mestrado em Londres.
"Mas a aceitação dos que têm outra raça, uma cor distinta de pele, depende das pessoas, como em qualquer lugar", diz Jiye Choi.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 27 de julho de 2018

A aldeia global gira a solidão

Resultado de imagem para aldeia

A sociedade gosta das novidades. Não aprofunda a razão da inquietação constante. Não observa a superficialidade do mundo das mercadorias. Passeia pela rua com medo da violência e se refugia na lojas para se distrair e sonhar com o consumo. O cotidiano é melancólico, porque há muitas permanência e poucas ousadias. As novidade não evitam os medos. Existem as religiões que negociam o sagrado de forma infame. Querem poder, emissoras de rádio, cargos políticos. É o transtorno e a lucidez se embriaga, lembrando-se das festas de Baco.
O mundo repleto de comunicações brinca com a subjetividade. massifica até a dor para facilitar a venda  e divulgação de produtores salvadores. Portanto. a solidão se disfarça, pois é preciso ter pressa. Continuamos cartesianos, depois de muitos séculos. A história não responde as nossas perguntas, nem queremos aprofundar questões. A vida se reparte e o trabalho alienado ganha adeptos. A grana está no pedaço e as loteia, prometem milhões. Não há como derrubar um messianismo que emociona as pessoas.
A aldeia global não dispensa moda. Não faltam espelhos, nem objetos estranhos. O importante é celebrar a possibilidade do futuro. Não se percebe as diferenças, tudo se transforma num discurso poderoso. A felicidade é também uma mercadoria. Ela é valiosa, se estende pela cultura. Cada um faz sua ilusão e se entrega. Deixa a crítica e tropeça. O momento vale sacrifícios, desde que amanhã a vida flutue. Os meios de comunicação garantem notícias escolhidas para consagrar certos tipos de aventuras. Quem não segue uma fofoca surta?
As bombas são sofisticadas, os celulares cheio de aplicativos, as paixões se aliam com as fugas. É difícil definir porque se inventou o pecado original. A história não abandonou a sua complexidade. Temos teorias. Foucault, Freud, Marx, Buda, Lacan buscam explicações. Muitos intelectuais  curtem as vitrines, fundam academias. vislumbram saídas. Há altares para o profano e fantasias racionalizadas. A aldeia global gira. Lá fora alguém me chama para dividir a solidão. É o eclipse tomando conta da noite.
Por Paulo Rezende.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

REDE convida a população para participar da primeira Convenção Nacional da legenda


“Nada é mais poderoso do que uma ideia que chegou no tempo certo”, Victor Hugo.
A REDE Sustentabilidade convida todas as pessoas filiadas, simpatizantes, apoiadoras e voluntárias da legenda, que acreditam na união do País e na construção de uma nova política, para participar da primeira Convenção Nacional Eleitoral do partido. O encontro ocorrerá em Brasília, no próximo dia 4 de agosto (sábado), e será marcado pela oficialização da candidatura de Marina Silva à Presidência da República.
Venha participar deste dia histórico para a nossa democracia!
Pedro Ivo Batista e Laís Garcia
Porta-vozes Nacionais da REDE Sustentabilidade
SERVIÇO
Convenção Nacional Eleitoral da REDE Sustentabilidade
Dia: 4 de agosto (sábado)
Horário: 9h
Endereço: Minas Hall Espaço de Eventos, no Setor de Clubes Esportivos Norte, Trecho 3, Conjunto 6, Brasília (DF)
redesustentabilidade.org.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Castelo de Areia:TSE será inflexível com candidatos ficha-suja nas eleições, diz Fux

Foto: Evaristo Sá/AFP (Foto: Evaristo Sá/AFP)
Foto: Evaristo Sá/AFP
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luiz Fux, disse hoje (26) que o tribunal será inflexível com candidatos ficha-suja que pretendem disputar as eleições de outubro. Segundo o ministro, quem estiver inelegível pela Lei da Ficha Limpa “está fora do jogo democrático”.

“Com relação à Lei da Ficha Limpa, o tribunal demonstrou e demonstrará ser inflexível com aqueles que são considerados fichas-sujas, ou seja, aqueles que já incidiram nas hipóteses de inelegibilidade. O Tribunal Superior Eleitoral sintetiza sua atuação em um binômio: não à mentira e ficha suja está fora do jogo democrático", afirmou.

As declarações foram feitas durante evento no qual o TSE recebeu uma lista, do Tribunal de Contas da União (TCU), com nomes de 7,4 mil gestores públicos que tiveram as contas rejeitadas por tribunais de contas por irregularidades insanáveis. Com base nas informações, a Justiça Eleitoral poderá rejeitar os registros de candidatura dos citados.

Luiz Fux deixará o comando da Corte eleitoral no dia 14 de agosto, quando será substituído pela ministra Rosa Weber. A ministra será responsável por comandar a Justiça Eleitoral durante as eleições de outubro.
Com informação do Diario de Pernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

"Cheiro de gambá", diz Josias de Souza sobre Centrão

Geraldo AlckminDireito de imagemREUTERS
Image captionAlckmin recebeu apoio formal do Centrão, composto por PP, PR, DEM, PRB e Solidariedade
"O grupo só não abre mão de sua eterna proximidade com os cofres públicos", declarou o jornalista Josias de Souza, em comentário sobre a aliança do Centrão.
Ladeado por outros onze homens em uma longa mesa, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) recebeu nesta quinta feira em Brasília o apoio formal do Centrão, bloco formado por PP, PR, DEM, PRB e Solidariedade, a sua candidatura à Presidência da República.
A ampla aliança garante ao tucano o maior tempo de propaganda eleitoral no rádio e na TV, aposta para elevar seu desempenho nas pesquisas de intenção de voto, que hoje não chega a 10%. Também representa mais capilaridade nacional para a campanha, assim como sinaliza para o eleitor condições de governabilidade em caso de vitória.
Não à toa, esses partidos, ou parte deles, foram disputados também por outros pré-candidatos, como Ciro Gomes (PDT), Jair Bolsonaro (PSL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em seu discurso, o tucano disse que estava "feliz" e que o "sentimento" em torno de seu nome hoje é diferente do de 2006, quando perdeu a disputa para a reeleição do então presidente Lula.
"Estamos aqui, para minha honra, recebendo o apoio de cinco grandes partidos que têm responsabilidade para com o povo brasileiro e para com o nosso país. Seria fácil de ir para o pré-candidato se eu estivesse em primeiro lugar, disparado nas pesquisas, mas não, estão vindo por convicção de que nós temos de estar juntos num grande esforço conciliatório", agradeceu.
No entanto, apesar desse apoio ser considerado importante para alavancar sua candidatura, pode não ser determinante caso prevaleça nos eleitores um voto de oposição ao atual governo, acreditam analistas políticos ouvidos pela BBC News Brasil. Os cinco partidos que anunciaram apoio a Alckmin, assim como o próprio PSDB, fazem parte da base do presidente Michel Temer, administração que enfrenta indíceis recordes de impopularidade.
Para o cientista político Antônio Lavareda, da Universidade Federal de Pernambuco, o apoio do Centrão "melhorou muito a capacidade de comunicação" de Alckmin, mas o resultado disso "vai depender da mensagem que a campanha vai vincular".
"Desde de a derrota de Ulysses Guimarães (candidato do PMDB em 1989), há diversos casos que mostram que o maior tempo de propaganda eleitoral não assegura necessariamente intenção de voto. Mas, embora não seja automático, em geral contribui para melhorar o desempenho eleitoral", nota o professor.

O peso de Temer

O cientista político Rafael Cortez, da consultoria Tendências, acredita que será uma estratégia natural dos outros adversários tentar desgastar Alckmin associando sua imagem à do atual presidente. Além de estar rodeado de aliados de Temer, a plataforma do ex-governador inclui uma agenda de reformas parecida com a defendida pelo emedebista - entre elas, a impopular reformulação da Previdência.
Presidente Michel TemerDireito de imagemREUTERS
Image captionCientista político disse que adversários de Alckmin devem tentar ligar sua imagem à do atual presidente, Michel Temer
"O apoio do Centrão pode não ser suficiente para Alckmin. Eleição presidencial costuma ser plebiscito sobre a continuidade ou não do governo. Como a maioria da população rejeita Temer, isso pode prejudicá-lo", ressalta.
Lavareda, por sua vez, considera que esse desgaste pode recair mais sobre Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda que pretende disputar a presidência pelo MDB, partido de Temer.
Na campanha tucana, a estratégia para tentar evitar o rótulo de candidato governista, por enquanto, tem sido ressaltar que Temer chegou ao planalto com os votos de Dilma Rousseff, já que era seu vice-presidente. Alckmin usou esse argumento em entrevista ao programa Roda Viva, no início da semana, e diversos aliados fizeram coro ao discurso nesta manhã.
"O adversário que jogar a pedra (de que Alckmin é continuidade de Temer) tem que ter cuidado para ela não cair na sua cabeça. Ele foi eleito na mesma chapa (de Dilma)", respondeu à BBC News Brasil o deputado federal Silvio Torres (PSDB-SP).
"Temer não vai ter muita presença na campanha, mesmo na do candidato do MDB (Henrique Meirelles). Vai ser esquecido", argumentou ainda.

Alckmin quer ser visto como moderado

Outro desafio da candidatura tucana, ressalta o cientista político Rafael Cortez, será conquistar eleitores fiéis a Lula, em especial no Nordeste, ao mesmo tempo que recupera votos perdidos para Bolsonaro entre um eleitorado mais conservador.

Com informações de BBC/ Uol Notícias.

Professor Edgar Bom Jardim - PE