sexta-feira, 27 de julho de 2018

A aldeia global gira a solidão

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A sociedade gosta das novidades. Não aprofunda a razão da inquietação constante. Não observa a superficialidade do mundo das mercadorias. Passeia pela rua com medo da violência e se refugia na lojas para se distrair e sonhar com o consumo. O cotidiano é melancólico, porque há muitas permanência e poucas ousadias. As novidade não evitam os medos. Existem as religiões que negociam o sagrado de forma infame. Querem poder, emissoras de rádio, cargos políticos. É o transtorno e a lucidez se embriaga, lembrando-se das festas de Baco.
O mundo repleto de comunicações brinca com a subjetividade. massifica até a dor para facilitar a venda  e divulgação de produtores salvadores. Portanto. a solidão se disfarça, pois é preciso ter pressa. Continuamos cartesianos, depois de muitos séculos. A história não responde as nossas perguntas, nem queremos aprofundar questões. A vida se reparte e o trabalho alienado ganha adeptos. A grana está no pedaço e as loteia, prometem milhões. Não há como derrubar um messianismo que emociona as pessoas.
A aldeia global não dispensa moda. Não faltam espelhos, nem objetos estranhos. O importante é celebrar a possibilidade do futuro. Não se percebe as diferenças, tudo se transforma num discurso poderoso. A felicidade é também uma mercadoria. Ela é valiosa, se estende pela cultura. Cada um faz sua ilusão e se entrega. Deixa a crítica e tropeça. O momento vale sacrifícios, desde que amanhã a vida flutue. Os meios de comunicação garantem notícias escolhidas para consagrar certos tipos de aventuras. Quem não segue uma fofoca surta?
As bombas são sofisticadas, os celulares cheio de aplicativos, as paixões se aliam com as fugas. É difícil definir porque se inventou o pecado original. A história não abandonou a sua complexidade. Temos teorias. Foucault, Freud, Marx, Buda, Lacan buscam explicações. Muitos intelectuais  curtem as vitrines, fundam academias. vislumbram saídas. Há altares para o profano e fantasias racionalizadas. A aldeia global gira. Lá fora alguém me chama para dividir a solidão. É o eclipse tomando conta da noite.
Por Paulo Rezende.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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