quarta-feira, 23 de maio de 2018

Corrupção?Advogado de Trump 'foi pago pela Ucrânia' para viabilizar reunião entre os presidentes americano e ucraniano

Poroshenko cumprimenta TrumpDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPoroshenko se encontrou com Trump na Casa Branca em junho de 2017.
O advogado pessoal de Donald Trump, Michael Cohen, recebeu secretamente um pagamento de ao menos US$ 400 mil (R$ 1,45 milhão) para viabilizar uma reunião entre o presidente da Ucrânia e o presidente americano, segundo fontes em Kiev próximas aos envolvidos no caso.
O pagamento foi feito por intermediários que agiam em nome do líder ucraniano, Petro Poroshenko, segundo estas fontes, ainda que Cohen não estivesse registrado como um representante da Ucrânia, como exige a lei americana.
A reunião ocorreu na Casa Branca em junho passado. Pouco depois do presidente ucraniano voltar para casa, a agência anticorrupção de seu país interrompeu uma investigação sobre o ex-coordenador de campanha de Trump, Paul Manafort.
Um oficial de inteligência do alto escalão do governo de Poroshenko descreveu o que ocorreu antes da visita à Casa Branca.
Cohen foi envolvido na questão, ele disse, porque os lobistas ucranianos registrados e a embaixada do país em Washington não conseguiriam para Poroshenko muito mais do que um breve encontro em que os dois presidentes poderiam ser fotografados juntos. O líder ucraniano precisava de mais. Ele desejava uma ocasião que poderia ser descrita como uma reunião, com maior duração.
O oficial diz que Poroshenko decidiu, então, estabelecer um canal secundário de comunicação com Trump. Essa missão foi conferida a um ex-assessor, que pediu ajuda a um parlamentar ucraniano leal ao governo.
O parlamentar usou contatos pessoais em uma organização de caridade do Estado de Nova York, a Port of Washington Chabad, o que acabou levando ao contato com Michael Cohen.
Não há qualquer indício de que Trump sabia do pagamento feito a seu advogado.
Michael Cohen deixa tribunal em Nova YorkDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMichael Cohen (ao centro) é alvo de uma investigação criminal nos Estados Unidos.

Tráfico de influência

Uma segunda fonte em Kiev deu os mesmos detalhes, mas divergiu quanto ao valor pago, afirmando que seria de US$ 600 mil (R$ 2,17 milhão).
Michael Avenatti, um advogado americano que teve acesso a detalhes das finanças de Cohen, corroborou essa versão. Ele representa uma atriz pornô, Stormy Daniels, em um processo contra Trump.
Avenatti disse que relatórios de movimentação suspeita sobre a atividade bancária de Cohen, enviados pelo banco do advogado de Trump ao Tesouro americano, mostram que ele recebeu dinheiro de "fontes ucranianas".
Contatados pela BBC, Cohen e dois ucranianos que teriam viabilizado o canal secundário de contato com Trump negaram as alegações.
O oficial de inteligência em Kiev também disse que Cohen foi auxiliado por Feliz Sater, um ex-mafioso condenado pela Justiça que já foi sócio de Trump. O advogado de Sater negou as acusações. O presidente ucraniano se recusou a comentar.

Encontro marcado

Assim como foi amplamente noticiado em junho passado, Poroshenko ainda não sabia quanto tempo teria com Trump ao voar para Washington.
A programação da Casa Branca apenas indicava que o ucraniano o faria uma rápida visita ao Salão Oval em um intervalo das reuniões do presidente americano com sua equipe.
Isso foi organizado por meio de canais oficiais. O valor pago a Cohen foi para que Poroshenko tivesse a oportunidade de ter mais do que alguns poucos minutos com Trump, suficientes apenas para uma troca de cumprimentos e algumas palavras triviais.
As negociações continuaram até as primeiras horas do dia marcado para a visita. O lado ucraniano estava insatisfeito, disse o oficial, porque Cohen havia recebido "centenas de milhares" de dólares deles para algo que ele aparentemente não conseguiria concretizar.
Até o último momento, o líder ucraniano não tinha certeza se ele conseguiria evitar o que via como uma humilhação. "O círculo mais próximo de Poroshenko estava chocado por quão sujo era todo esse combinado [com Cohen]."
Poroshenko estava desperado para se encontrar com Trump devido ao impacto causado por informações sobre a campanha presidencial americana.
Em agosto de 2016, o jornal The New York Times publicou um documento que mostrava que o gerente de campanha de Trump, Manafort, havia recebido milhões de dólares de fontes pró-Rússia na Ucrânia.
Era uma página do chamado "livro negro" do Partido das Regiões, um partido pró-Rússia que contratou os serviços de Manafort quando ele tinha uma consultoria política na Ucrânia.
A página aparentemente vinha do Bureau Nacional Anticorrupção da Ucrânia, que estava investigando o coordenador de campanha. Após a divulgação das informações, ele renunciou ao cargo.
Paul ManafortDireito de imagemREUTERS
Image captionApós encontro entre presidentes, investigação na Ucrânia sobre Paul Manafort foi encerrada.

Interferências

Diversas fontes na Ucrânia disseram que Poroshenko autorizou o vazamento do documento, acreditando que a vitória de Hillary Clinton era algo certo.
Se for esse o caso, foi um erro desastroso - a Ucrânia havia apoiado a candidata que acabou derrotada na eleição. Independentemente de como ocorreu o vazamento, isso prejudicou Trump, mas não o impediu de vencer a disputa.
A Ucrânia estava (e ainda está) em guerra com a Rússia e separatistas apoiados pelos russos. O país não podia se dar ao luxo de ter um presidente americano inimigo.
Então, Poroshenko parecia estar aliviado ao se encontrar com Trump no Salão Oval.
Ele se vangloriava de ter se encontrado com o novo presidente dos Estados Unidos antes do presidente russo, Vladimir Putin. Ele se referiu ao encontro como uma "visita substancial". Ele realizou uma coletiva de imprensa triunfante em frente à Casa Branca.
Uma semana depois de Poroshenko voltar a Kiev, o Bureau Nacional Anticorrupção anunciou que não estava mais investigando Manafort.
Na época, uma autoridade me explicou que Manafort não havia assinado o "livro negro" reconhecendo o pagamento do dinheiro. E, de qualquer forma, disse, Manafort era americano, e a lei só permite que o bureau investigue ucranianos.
A Ucrânia não encerrou a investigação sobre Manafort por completo. O caso foi enviado para o Ministério Público, mas não avançou.
Na semana passada, em Kiev, o promotor à frente do caso, Serhiy Horbatyuk, disse à BBC: "Nunca houve uma ordem direta para parar de investigar Manafort, mas, pela forma como a investigação progrediu, ficou claro que nossos superiores estavam tentando criar obstáculos."
Petro PoroshenkoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPoroshenko celebrou bastante sua reunião com Trump.

'Cortesia'

Nenhuma de nossas fontes disse que Trump usou a reunião no Salão Oval para pedir a Poroshenko que desse fim à investigação. Mas, se houve um canal secundário de comunicação entre os dois lados, teria Cohen usado isso para dizer aos ucranianos o que se esperava deles?
Talvez ele não precisasse fazer isso. Uma fonte em Kiev disse que Poroshenko deu a Trump "um presente" - garantir que a Ucrânia não encontraria mais evidências que contribuíssem com a investigação que buscava saber se a campanha do presidente americano havia atuado de forma conivente com a Rússia para influenciar o resultado da eleição.
Poroshenko sabia que fazer o contrário, disse outra fonte, "seria como cuspir no rosto de Trump".
Um relatório de um integrante da comunidade de inteligência de um país ocidental diz que a equipe de Poroshenko acredita que eles estabeleceram um "pacto de não agressão" com Trump.
Com base em fontes de inteligência "sênior e bem posicionadas" em Kiev, o relatório aponta a seguinte sequência de eventos:
"Assim que Trump foi eleito, diz o relatório, a Ucrânica parou de investigar Manafort 'proativamente'.
Um contato com o governo americano foi removido do Bureau Nacional Anticorrupção para um cargo de assessor sênior do governo.
O relatório afirma que Poroshenko voltou de Washington e, em agosto ou setembro de 2017, decidiu encerrar completamente a cooperação com agências americanas que investigavam Manafort. Ele não deu a ordem para implementar essa decisão até novembro de 2017.
O governo americano tomou conhecimento da ordem após visitas programadas por um assessor sênior de Poroshenko a [Robert] Mueller e ao diretor da CIA em novembro e dezembro serem canceladas.
O relatório diz que foi fechado um 'acordo' entre Poroshenko e Trump de que a Ucrânia concordava em importar carvão dos Estados Unidos e assinou um contrato de US$ 1 bilhão de compra de trens americanos a diesel.
A Ucrânia tem sua própria fabricante de locomotivas e suas próprias minas de carvão. Esses acordos só podem ser interpretados como uma compra de apoio americano por Poroshenko, diz o documento.
Em março, o governo Trump anunciou uma venda de 210 itens de artilharia anti-mísseis para a Ucrânia."

Negócios inéditos

Mesmo durante o governo Obama, os Estados Unidos não venderam armas para a Ucrânia. Uma figura conhecida em Kiev, hoje aposentada de seu cargo no governo, disse à reportagem que não gostava do que havia ocorrido com a investigação sobre Manafort, mas que, no entanto, a Ucrânia estava batalhando por sua sobrevivência. "Defendo o cumprimento da lei, mas sou um patriota", disse.
Ele afirmou que se manteve em contato com seus ex-subordinados e que ouviu muitos detalhes sobre o "canal secundário de comunicação de Cohen".
Michael Cohen em elevador na Trump TowerDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMichael Cohen visitou o então recém-eleito presidente americano na Trump Tower em 2016 .
A mesma fonte disse que, se os ucranianos acreditassem que um acordo corrupto havia sido feito quanto a Manafort, "isso poderia destruir o apoio à América".
O serviço doméstico de inteligência, o SBU, fez seu próprio relatório secreto sobre Manafort e apontou que não houve apenas um, mas três "livros negros" e que milhões de dólares a mais do que veio a público foram pagos a Manafort, que nega ter feito algo de errado.
Essa informação foi dada por um policial de alto escalão que teve acesso ao documento. Ele diz que isso não foi passado aos americanos.
* Com reportagem de Suzanne Kianpour

Professor Edgar Bom Jardim - PE

População reclama do aumento abusivo da gasolina em Bom Jardim


Caminhoneiros promovem em todo país uma greve contra a política de  aumento dos combustíveis do governo Temer. O Brasil é um grande produtor mundial de petróleo. Mesmo diante de tanta corrupção na Petrobras não se justifica que a população brasileira pague a conta pela  falta de honestidade dos governantes e dos empresários. Até 2015, o preço da gasolina e do  óleo diesel era controlado pelo governo federal. Desde 2016, quem determina a alta de preço é a variação do mercado internacional e do dólar.

Por causa da paralisação dos caminhoneiros iniciada desde o dia 21 de maio 2018, motoristas formam longas filas nas capitais, nas grandes cidade e também no interior. O desespero desnecessário dos consumidores faz com que o preço aumente muito e de forma abusiva. 

O Governo Federal sem credibilidade, sem  apoio popular, já sinalizou com redução dos preços  nas distribuidoras. Na cidade de Bom Jardim, o litro da gasolina começou o dia ao preço de R$4,39 e foi reajustado para R$ 4,99, segundo apuramos junto aos populares após a investida da polícia ao posto local. "Houve uma reação popular, o povo não aceitou o aumento... Isso é uma covardia com o povo", comentavam os populares. A polícia determinou a redução do preço. Motoristas que compraram mais caros ficaram revoltados. Os policiais ouviram populares e frentistas.  

Em algumas cidades brasileiras já há desabastecimento de combustíveis e alimentos. A população deve ter calma . Fazer compras compulsivas vai ter efeito negativo no bolso. Qual vai ser o preço da gasolina e do diesel amanhã? Quando Temer vai deixar o poder? 



Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 22 de maio de 2018

O candidato oficial de TEMER é tudo para os bancos e desemprego, fome, gás de cozinha caro para o povo


Michel Temer e o MDB lançaram nesta terça-feira 22 a pré-candidatura presidencial de Henrique Meirelles, ex-ministro da Fazenda. Nos discursos da dupla e no documento que é uma espécie de rascunho da plataforma eleitoral de Meirelles, desenha-se uma campanha baseada na ideia de que é preciso manter a atual política econômica para o País seguir progredindo, em vez de regredir.
.
Convencer o eleitorado de que o rumo está certo será um baita desafio para os emedebistas. Há muita gente com motivo para achar que a vida piorou depois da política econômica de Meirelles.
Nos dois anos do governo Temer, o Brasil ganhou 2,3 milhões de desempregados. Eram 11,4 milhões em maio de 2016, agora são 13,7 milhões, segundo o IBGE. O número de cidadãos que desistiu de procurar trabalho, por achar inútil, o chamado desalento, também subiu. De 3,2 milhões no segundo trimestre de 2016 passou a 4,6 milhões no primeiro de 2018, 1,4 milhões a mais.
Os próximos seis meses, tempo restante para o fim do mandato de Temer, não reservam algo lá muito melhor, na percepção dos eleitores. Na última pesquisa CNT/MDA, de 14 de maio, os que acham que a situação do emprego no País vai melhorar caíram para 21% (eram 28% em março). Para 43%, ficará como está (eram 37% em março). Para 31%, vai piorar (índice igual ao de antes).
Entre os brasileiros que conseguiram ter alguma fonte de renda trabalhando em 2017, entrou menos dinheiro no bolso do que em 2016. De um ano a outro, o rendimento médio caiu de 2,223 mil para 2,178 mil mensais, conforme a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, do IBGE.
Com base nessa PNAD Contínua, uma consultoria do “mercado”, a LCA, calculou que 1,5 milhão de brasileiros voltaram para a pobreza extrema de 2016 para 2017. Os miseráveis somavam 14,8 milhões no fim do ano passado, graças, segundo a consultoria, a um crescimento econômico modesto, de 1%, e da geração de empregos precários, sem carteira assinada.
O número de trabalhadores com carteira assinada no fim de primeiro trimestre de 2018 foi o mais baixo registrado nas estatísticas do IBGE. Um total de 32,9 milhões, 493 mil a menos do que no mesmo período de 2017.
Ao filiar-se ao MDB em 3 de abril, Meirelles reconhecia que o mundo real, o da vida dos cidadãos, era um problema para sua ambição eleitoral. “A sensação de bem-estar social ainda não está estabelecida na sociedade”, afirmava.
Naquele mesmo dia, o senador Renan Calheiros dizia à reportagem não entender a entrada do ex-ministro no partido. “Ele não acrescenta nada ao MDB, aprofundou a recessão e o desemprego.”
Não à toa, outro senador do partido, Roberto Requião, mandou, em 16 de maio, um email a 30 mil delegados emedebistas com a proposta de ser ele o candidato a presidente. Na economia, Requião pensa o contrário de Meirelles.
Com esse movimento, diz um interlocutor de Requião, o senador quer tentar matar a candidatura de Meirelles na sigla e afastar o MDB de uma eventual união com Geraldo Alckmin, do PSDB. Se possível, obter até, quem sabe, uma aproximação com o PT, de quem Requião toparia ser vice.
Contra esse plano, que Calheiros apoia e algumas lideranças nordestinas do MDB também, Temer ameaçou: divergências serão resolvidas na Convenção Nacional do partido que oficializará uma posição sobre a eleição presidencial. Quem não apoiar Meirelles na eleição, que saia do partido.
E por que, apesar da vida real do eleitorado e das resistências de setores do MDB, Meirelles acredita ter chances? Pesquisas qualitativas, comentou ele ao lançar sua pré-candidatura.
Segundo o ex-ministro, entrevistados que não o conhecem reagem bem quando apresentados a seu CV. Nesta apresentação, Meirelles lembra que trabalhou no governo Lula, do qual foi presidente do Banco Central.
No discurso desta terça-feira 22, ele disse que “desde 2003, o País mudou”, alusão ao início da gestão do petista. É bem provável que, se sua candidatura emplacar, Meirelles leve para a campanha na TV imagens dele ao lado de Lula.
Entre os pré-candidatos da direita ou da centro-direita, Meirelles é quem tem a menor rejeição, conforme a pesquisa CNT/MDA. Seu índice era de 48%. Temer, que parece enfim ter abandonado o sonho da reeleição, tinha 87%. Marina Silva (Rede), 56%. Alckmin e Rodrigo Maia (DEM), 55%. Jair Bolsonaro (PSL) 52%.
Abaixo dos 50%, como Meirelles, só os presidenciáveis de esquerda ou centro-esquerda, o que sugere uma eleição a ser realizada com um sentimento de “mudança” por parte do eleitorado. Lula, Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT) tinham 46%.
Na ausência de um candidato presidencial do tipo outsider, como Joaquim Barbosa, do PSB, ou o apresentador global Luciano Huck, Meirelles tentará posar como alguém suprapartidário, capaz de servir tanto ao governo do PT quanto ao de Temer.
Como a disputa parece embolada e provavelmente irão para o segundo turno candidatos com baixa votação no primeiro, algo entre 15% e 20%, será que golpe de marketing dará certo?
Com informação de Carta Capital
Foto: O Globo
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Relatório da CIA responsabiliza SNI e comando do Exército por atentado no Riocentro



Um mês depois do atentado do Riocentro, ocorrido durante show em comemoração ao 1º de maio de 1981, no Rio de Janeiro, os Estados Unidos já tinham indícios de que o malogrado ataque a bomba tinha sido organizado por militares brasileiros, e não por grupos de esquerda, como a ditadura militar alegava na época.
A revelação está em um relatório da inteligência americana guardado no Arquivo Nacional, no Rio de Janeiro e foi feita nesta segunda-feira (22), no Jornal Nacional, da Rede Globo, em reportagem de Flávia Freitas e Murilo Salviano, da GloboNews.
O relatório de integrantes da CIA, baseados em Brasília, descreve as circunstâncias do atentado do Riocentro e discute o nível de participação de integrantes do governo militar. De acordo com o relatório, que chegou ao Departamento de Defesa americano, em Washington, no dia 29 de maio de 1981, um dos objetivos do atentado seria atrasar a abertura política.
Conforme o relatório, “não restam dúvidas de que o sargento Guilherme Pereira do Rosário e o capitão Wilson Luís Chaves Machado provocaram o ataque, e não foram as vítimas. Sendo nítido que os dois, como membros do DOI-Codi, agiram sob ordens superiores, e que o diretor do Serviço Nacional de Inteligência e o comandante do Exército, provavelmente, sabiam de todos os detalhes da bomba no Riocentro”.
Mas o serviço de inteligência dos Estados Unidos não expõe o nível de responsabilidade do então presidente João Figueiredo. Afirma que ele “não precisa necessariamente ter se envolvido de alguma forma com as ações do Exército nestes incidentes”.
O atentado
O atentado no Rio Centro foi um dos últimos e um dos mais desastrados movimentos da ditadura militar no Brasil. Durante um show em comemoração ao Dia do Trabalho, em primeiro de maio de 1981, uma bomba explodiu dentro de um carro modelo Puma, onde estavam o sargento Guilherme Pereira do Rosário, que morreu, e o capitão Wilson Luís Chaves Machado, que ficou ferido.
Na época, o exército tentou responsabilizar a esquerda pelo atentado, mas a tese não colou. O caso nunca foi resolvido. O Ministério Público denunciou, em 2014, seis nomes ligados ao Exército por terem planejado o ataque minuciosamente. Mas a ação penal está trancada na Justiça Federal do Rio de Janeiro e aguarda recurso no Superior Tribunal de Justiça.
Fonte:revistaforum.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Goleada no Arruda

Santa Cruz teve uma no Copa do Nordesteruir de maneira desastrosa. Após ser derrotado no jogo de ida para o ABC/RN, por 1x0, restava ao Tricolor vencer por dois gols de diferença jogando em seus domínios. Mas a Cobra Coral nem passou perto da vitória. Muito pelo contrário. O time foi atropelado pelo adversário potiguar com uma goleada de 4x1 - gols de Higor Leite, Marcos Júnior, Felipe Guedes e Matheus Carvalho, para os visitantes. Hericles ainda descontou no fim, marcando um melancólico gol de honra, que marcou a despedida do time do Nordestão.
ite para se esquecer no Arruda. Nesta terça-feira, a equipe viu o sonho de avançar na
Embora estivesse em vantagem, o ABC/RN não veio ao Arruda para se fechar em busca de um empate. Longe disso. Desde o pontapé inicial que a equipe de Natal tomou a iniciativa. Não bastasse isso, a defesa do Santa voltou a cometer erros primários. Melhor para os oponentes. Após cruzamento rasteiro na área tricolor, Sandoval afastou mal e Higor Leite pegou a sobra para abrir o placar, logo aos sete minutos do primeiro tempo. Pouco depois, aos 21, em contra-ataque, Higor Leite rolou para Marcos Júnior, na entrada da área. O meio-campista driblou o marcador e bateu da meia-luta para fazer o segundo.
Não parou por aí. Aos 36, Higor Leite deu um belo passe para Felipe Guedes, que ficou na boa para marcar o terceiro do emblema potiguar. Para a tragédia ficar ainda maior para a nação tricolor, Augusto Silva foi expulso aos 44 minutos da etapa inicial. Era um fim de jogo antecipado. Assim, no segundo tempo, coube ao ABC/RN praticamente administrar a ampla vantagem. Mesmo assim, houve tempo para outro gol do time visitante. Aos 24 minutos, Matheus Carvalho recebeu dentro da área, fez o giro e anotou o quarto. Já no fim, aos 39 minutos, Hericles aproveitou boa jogada de Augusto e fez o gol de honra coral.
Fonte: Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Suécia orienta população a se preparar para guerra e distribui panfletos de alerta


Menino olhando para velaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO governo enviou folhetos a 4,7 milhões de famílias explicando como se preparar melhor em caso de guerra
Comida enlatada, velas e lenços umedecidos. Estes são alguns dos itens que a Suécia aconselhou todas as famílias a estocarem em panfletos que o governo começou a distribuir.
Os folhetos foram enviados a 4,7 milhões de famílias explicando como se preparar para crises maiores. Elas incluem ataques terroristas e cibernéticos, desastres naturais, acidentes graves e conflitos militares.
A iniciativa chamou atenção por ser a primeira reedição de tais instruções desde a década de 80 - as versões originais foram distribuídas pelo governo na Segunda Guerra Mundial e a publicação continuou durante grande parte da Guerra Fria.
Aqueles que se preparam melhoram "a capacidade do país como um todo para lidar com uma tensão maior", diz o livreto.
"Pense em como você e as pessoas ao seu redor seriam capazes de lidar com uma situação na qual os serviços normais da sociedade não estão funcionando como de costume", acrescenta.
O panfleto, intitulado If Crisis or War Comes (Se a Crise ou a Guerra Chegar), foi distribuído em meio a preocupações sobre as atividades militares da Rússia, além da ascensão do terrorismo e das "fake news".
Em uma sessão chamada "dicas para preparação da casa", há uma lista bem eclética de alguns dos principais produtos que os domicílios devem ter.
O governo dá ênfase à importância de comprar alimentos não perecíveis "que exijam pouca água ou que possam ser ingeridos sem preparo", como pães com um longo prazo de validade, bolachas, lentilha pré-cozida, feijão, homus em conserva, sardinhas, macarrão instantâneo, arroz, purê de batata instantâneo e barras energéticas.
O folheto também alerta que, caso ocorra uma grande crise, o fornecimento de eletricidade pode falhar. Com o clima frio, isso significa problemas graves com o aquecimento dos domicílios.
Mantimentos guardadosDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionO panfleto, intitulado Se a Crise ou a Guerra Chegar, foi distribuído em meio a preocupações sobre as atividades militares da Rússia e a ascensão do terrorismo.
"Reúna a família em um cômodo, pendure cobertores nas janelas, cubra o chão com tapetes e construa um abrigo sob uma mesa para se aquecer", aconselha o texto.
Se não houver eletricidade, as pessoas devem se preparar para se manter aquecidas e informadas quando os sistemas de comunicações não estiverem mais funcionando. As recomendações para isso são deixar a postos roupas de lã, sacos de dormir, velas, rádios a pilhas ou a energia solar, uma lista de números de telefone importantes e um carregador de celular que funcione com a bateria do carro.
O folheto também inclui conselhos sobre como encontrar um abrigo antibombas e água limpa.

Como outros países se prepararam?

Diversos governos emitiram conselhos sobre qual seria a melhor forma de se preparar para uma grande crise ou mesmo uma guerra nos últimos anos.
Em 2016, a Alemanha aconselhou as pessoas a armazenarem alimentos e água para uso em caso de uma emergência nacional. O país sugeriu armazenar comida suficiente para 10 dias, assim como água para cinco dias.
Panfleto distribuído na SuéciaDireito de imagemSWEDISH CIVIL CONTINGENCIES AGENCY
Image captionO livreto sueco: instruções semelhantes foram distribuídas durante a Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria, mas a impressão dos panfletos cessou na década de 1980.
Foi a primeira vez desde a Guerra Fria que o governo alemão emitiu esse tipo de conselho, e alguns parlamentares da oposição o acusaram de alarmismo.
Também em 2016, a Lituânia disse aos cidadãos o que fazer no caso de uma invasão russa. Seu livreto incluía instruções para identificar tanques inimigos.
As relações de Moscou com seus vizinhos do Báltico se deterioraram desde 2014, quando a Criméia foi anexada à Ucrânia.
Nos últimos anos, a Suécia aumentou seus gastos militares, citando a deterioração da situação de segurança na Europa, particularmente à luz do papel da Rússia no conflito na Ucrânia.
Em 2016, o país restaurou a presença de tropas na estratégica ilha báltica de Gotland, em meio a preocupações com exercícios militares por parte de Moscou, além de debater a possibilidade de se aproximar da aliança militar da Otan.
Também reintroduziu o recrutamento militar no ano passado.
Fonte: BBC.
Professor Edgar Bom Jardim - PE