sábado, 24 de março de 2018

Saúde: 12 hábitos para emagrecer e não engordar nunca mais


Não foi do dia para a noite que você aprendeu a gostar de fritura, salgadinho, doce de leite. Então, se está disposta a comer melhor e mudar de vida, não espere milagre instantâneo. O pulo-do-gato é fazer uma mudança por vez. Só depois que a primeira modificação vira hábito, você parte para o próximo desafio.
“Para fazer essa virada, é preciso acreditar que a nova atitude vai trazer um benefício e que não exigirá um grande esforço para entrar na nossa vida. Com isso em mente, fica mais fácil fazer as alterações na alimentação“, diz a nutricionista Kristine Clark, professora da Universidade da Pensilvânia (EUA), que aposta no método.
Para ajudar você nessa empreitada, a nutricionista Rosana de Oliveira, de Natal, preparou um programa de três meses. Na primeira semana, você começa a beber mais água até chegar a 2 litros por dia. Fácil demais? A regra que comanda esse jogo é: devagar e sempre. Na segunda semana, você investe em mais um novo hábito e treina durante sete dias, sem, é claro, abandonar a conquista da semana anterior. E assim vai.

 1ª semana: água antes de comer

Você já sabe que o corpo precisa de oito a dez copos todo dia. O truque é quando tomar. Anote: dois copos de água uma hora antes do café da manhã, do almoço e do jantar. Antes de cada lanche, mais um copo. “Nosso corpo nem sempre identifica bem a sede”, diz Kristine Clark. “Por causa disso, às vezes confundimos a falta de hidratação com fome e exageramos na comida.”
Tática: você pode deixar lembretes do tipo “não se esqueça da água” na agenda ou no alarme do celular. Manter uma garrafinha cheia na mesa de trabalho ou na bolsa dá certo.

2ª semana: café da manhã todos os dias

Pesquisas comprovam que quem toma um café da manhã nutritivo corre menos risco de comer muito nas outras refeições. Além disso, você garante mais pique e concentração. Uma fruta, uma xícara de café com leite desnatado e uma fatia de pão integral com presunto magro ou peito de peru é uma ótima pedida para começar bem o dia.
Tática: se não tem apetite quando acorda, comece com a fruta e, aos poucos, acrescente outros alimentos. Quem vive correndo pode optar por produtos prontos e saudáveis, como iogurte desnatado, suco natural, torrada integral e barrinha de cereais.

3ª semana: mais refeições

“Quem divide o que come em cinco refeições por dia acelera o metabolismo entre 5 e 15%”, diz a nutricionista Heloísa Guarita, especialista em fisiologia do exercício. Imagina se você ainda maneirar nas porções: é emagrecimento na certa porque você evita os picos de fome.
Tática: o ideal é comer a cada três ou quatro horas. Se você toma o café da manhã às 7h, faça um lanche às 10h, almoce às 13h, lanche às 16h e jante às 20h.

4ª semana: refrigerante uma vez por semana

Aproveite que você já adquiriu o hábito de beber mais água e reduza o refrigerante, que não acrescenta nada de bom ao organismo. Light ou normal, tanto faz: consumidos com a comida, diluem o suco gástrico e prejudicam a digestão.
Tática: nas refeições, tome no máximo meio copo de água. No barzinho ou no restaurante, vá de sucos pouco calóricos, como maracujá e limão com adoçante.

5ª semana: mais fruta, menos fome

As frutas frescas são cheias de vitaminas, minerais e fibras. Ou seja, alimentam e enganam a fome. Coma de três a quatro porções por dia, variando os tipos e inclua sempre uma cítrica (laranja, mexerica, limão) para melhorar a absorção do ferro presente nos outros alimentos.
Tática: substitua o doce da sobremesa por uma fruta e economize um montão de calorias. Se detesta fruta, comece com as desidratadas, que são bem docinhas.

6ª semana: a vez dos integrais

Seu organismo gasta mais calorias para digerir os produtos integrais do que os refinados. Quer mais? As fibras presentes especialmente nos grãos e nas farinhas integrais melhoram o funcionamento do intestino, varrem as toxinas do corpo e aumentam a sensação de saciedade, já que tornam a digestão mais lenta.
Tática: troque o pão branco pelo integral, de centeio ou de aveia, de preferência, light. Depois, faça o mesmo com o arroz e o macarrão. Acrescente grãos (soja, cevadinha, grão-de-bico) nas saladas; aveia nas sopas; granola no iogurte; gérmen de trigo nos sucos ou nas frutas picadas.

7ª semana: chocolate pela metade

Esse é o tipo de alimento que na medida certa faz bem: a todo momento surgem estudos comprovando que o polifenol, substância presente no chocolate, protege o coração, reduz o colesterol ruim, combate o envelhecimento precoce. Em excesso, a gente já sabe…
Tática: em vez de comer uma barra inteira, coma metade mais uma maçã ou uma fatia de mamão. A fruta vai ajudá-la a chegar a poucos quadradinhos por dia. Barrinhas de cereais e frutas secas cobertas com chocolate também matam o desejo e têm inúmeras calorias a menos.

8ª semana: lanches mais saudáveis

A mania de comer biscoito, bala e docinhos o tempo inteiro é um perigo para a dieta. Veja só: 1 bombom + 50 g de ovinhos de amendoim + 3 balas + 3 biscoitos recheados = 553 calorias, mais de 1/3 do que deveria consumir num dia inteiro.
Tática: se você ama doce, na hora do lanche procure trocar o biscoito recheado por ameixa, banana ou damasco seco. Se não vive sem salgado, vá de sanduíche de pão integral com peito de peru assado. Outras opções gostosas: iogurte light com frutas; um punhado de amêndoas cruas sem sal; 1 água de coco com 2 torradas integrais; um capuccino com leite desnatado.

9ª semana: mastigue, mastigue e mastigue

Quanto mais você mastigar os alimentos, melhor para a digestão e para espantar os quilos extras. A saciedade tem a ver com o tempo que levamos para comer. A partir de 20 minutos de mastigação, o cérebro começa a receber mensagens de que o corpo já está satisfeito. Se terminar a refeição antes desse tempo, vai querer repetir o prato.
Tática: a cada garfada, descanse os talheres ao lado do prato enquanto mastiga. Você também pode contar o quanto mastiga cada garfada: 20 vezes é um bom número.

10ª semana: 50% menos gordura

Você não vive sem batata frita? Não precisa eliminá-la da sua vida, mas também não leve-a ao prato todo dia. Reserve as frituras para os fins de semana e corte a quantidade pela metade.
Tática: em casa, mude a forma de preparo. No lugar de mergulhar os alimentos na frigideira, leve-os ao forno. A dica serve para o bife e os filés de peixe e de frango.

11ª semana: verde antes de tudo

Você pode comer folhas à vontade: são levíssimas e têm um montão de vitaminas e fibras. Um prato só delas antes do almoço vai ocupar seu estômago e diminuir as chances de atacar alimentos que engordam. Para temperar, use uma colher de chá de azeite com limão e pouco sal; mostarda; shoyu light, vinagre ou molho de iogurte.
Tática: rúcula, agrião, escarola, acelga e alface podem ser consumidos refogados, picadinhos nas sopas, na carne moída, no frango de panela, no recheio das tortas, massas e panquecas e até nos sucos – só evite coá-los para manter as fibras intactas.

12ª semana: jantar até as 20h

Quando dormimos, o metabolismo desacelera e a gente consome menos energia. Quanto mais próximo da hora de dormir você jantar, maior o risco de armazenar gorduras. O ideal é comer pelo menos duas horas antes de ir para a cama: se isso acontece por volta das 22 h, jantar às 20h é uma boa pedida.
Tática: quando for impossível comer mais cedo, faça um prato mais leve, com salada, vegetais cozidos e carnes brancas magras, de preferência grelhadas ou tome uma sopa de legumes – mas nunca deixe de jantar.
Fonte:Boa Forma
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 23 de março de 2018

Gretchen participará de shows de Katy Perry no Brasil

Katy Perry chegará ao Brasil no próximo mês,  trazendo a turnê Witness para Curitiba, São Paulo e Rio de Janeiro. A surpresa dos shows ficará por conta da participação da rainha do rebolado, Gretchen. A ideia inicial é de que Gretchen participe de duas apresentações dançando ao lado da cantora pop. A parceria das duas começou quando a brasileira foi convidada para participar do vídeoda música Swish Swish, carro-chefe do álbum de Katy, que dá nome à turnê. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 22 de março de 2018

Pernambuco faz Plano Estadual de Cultura. Votação do texto final acontecerá na Plenária Final da IV Conferência Estadual de Cultura, dias 23, 24 e 25 de março, no Recife.



A Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundarpe, em parceria com os Conselhos de Políticas Culturais, de Preservação do Patrimônio Cultural e do Audiovisual, finalizaram o ciclo de pré-conferências setoriais e regionais de Cultura, cujo principal objetivo foi debater e colher contribuições para o texto final da Minuta do Plano Estadual de Cultura de Pernambuco (PEC-PE).
Foram 26 encontros da gestão estadual de cultura com a sociedade civil e gestores públicos municipais, em todas as microrregiões do estado e com todos os segmentos da cultura (ver quadro). Ao todo, as pré-conferências reuniram 1942 participantes e elegeram 160 delegados titulares da sociedade civil e 33 titulares do poder público. O próximo passo será a realização da Plenária Final da IV Conferência Estadual de Cultura, que acontece nos dias 23, 24 e 25 de março, no Recife, no Centro de Formação e Lazer do Sindsprev (BR 101 Norte – Km 57 – Guabiraba).
Os delegados eleitos aprovarão uma proposta de Plano, que seguirá para aprovação do Conselho Estadual de Política Cultural e posterior desdobramento em legislação, Lei e Decretos que normatizarão o planejamento da política pública de Cultura do Estado.
O Plano Estadual fortalece o Sistema Estadual de Cultura de Pernambuco, ao se somar aos seus outros dois pilares: o Sistema de Inventivo à Cultura, que tem no Funcultura o principal mecanismo de fomento da produção independente no estado. Os recursos do Funcultura saltaram de R$ 30 para 36 milhões, com a sanção da Lei 16.113, de 5 de julho de 2017, que também criou novas modalidades de financiamento da cultural: o Mecenato Cultural de Pernambuco (MCP) e o Crédito Pernambucano de Incentivo à Cultura (CREDCULTURA), ambos em fase de regulamentação. O segundo pilar do Sistema Estadual de Cultura são os mecanismos de participação popular na elaboração da política cultural, por meio dos Conselhos, que em Pernambuco são logo três, desde o final de 2015: o Conselho de Preservação do Patrimônio Cultural, o Conselho de Política Cultural e o Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco. Todos atuando na formulação das políticas públicas de cultura do estado e em seus segmentos.

Jan Ribeiro
Pre-Conferência Setorial Teatro e Ópera ofereceu importante contribuição para a minuta do Plano Estadual de Cultura
A minuta de proposta de Plano, em discussão na IV Conferência, foi elaborada pela Secretaria de Cultura e Fundarpe, a partir de demandas anteriores, desde as propostas retiradas das três conferências estaduais de cultura, dos seminários do Todos por Pernambuco, das comissões e fóruns setoriais.
“Essa IV Conferência é muito importante e tem várias singularidades, principalmente por este momento do país, que tem afetado a democracia. Quando nós, do Estado, pensamos a Conferência, esse processo tinha sido interrompido no país (por parte do Ministério da Cultura, que não convocou nova Conferência Nacional de Cultura). Levamos esse debate para os conselhos estaduais de cultura de Pernambuco e a conclusão foi de realizar a conferência. Nas democracias consolidadas, a realização de conferências é prática comum de diálogo amplo com a sociedade civil, todas as vezes em que temas estratégicos precisam ser discutidos e pactuados para o desenvolvimento de uma política pública”, pontuou a secretária-executiva de Cultura Silvana Meireles, em sua fala na última pré-conferência, que reuniu dezena de fazedores de cultura do Sertão do Moxotó, no município de Arcoverde.
Para Silvana, uma das grandes vilãs da política pública para a cultura é a descontinuidade, daí a importância  do Plano Estadual de Cultura, que deve virar lei e nortear as políticas para os próximos 10 anos.
PRÉ-CONFERÊNCIAS – O processo de realização das pré-conferências começou em novembro de 2017 e seguiu até março deste ano. Foram treze setoriais: Artesanato, Audiovisual, Literatura, Teatro e Ópera, Circo, Design e Moda, Gastronomia, Cultura Popular, Música, Patrimônio Cultural, Fotografia, Artes Visuais e Dança. E treze regionais: Agreste Setentrional, Sertão de Itaparica, Sertão do Pajeú, Sertão do São Francisco, RMR Norte, RMR Centro, Zona da Mata Norte, Sertão Central, Sertão do Araripe, Agreste Central, Agreste Meridional, Zona da Mata Sul e Sertão do Moxotó.
Jan Ribeiro
Jan Ribeiro
Em Arcoverde, a Pré-Conferência do Sertão do Moxotó encerrou a primeira etapa de realização da IV Conferência Estadual
O Plano está dividido em oito eixos: Patrimônio Cultural e Memória; Gestão, Infraestrutura e Participação Social; Desenvolvimento Simbólico da Cultura, Economia da Cultura, Pesquisa e Formação Artístico Cultural, Cultura e Educação, Cultura e Comunicação e Territórios, Territorialidades e Políticas Afirmativas. Dentro desses oito eixos, foram formulados 24 objetivos estratégicos com 96 ações estratégicas. Após discussões em grupos de trabalho durante as pré-conferências, as propostas/ações estratégicas tiveram uma média de 78% de aprovação, e cerca de 21% das propostas foram editadas.
Na última das pré-conferências, que aconteceu no município de Arcoverde, a função do evento, de contribuir para a estruturação da política pública do Estado (e consequentemente de seus municípios) ficou mais que demonstrada. Arcoverde é um exemplo do quanto os municípios estão cientes do papel de cada esfera pública na estruturação do Sistema Nacional de Cultura. “Em abril de 2017 a Prefeitura de Arcoverde criou a Secretaria de Comunicação e Cultura de Arcoverde. Agora já temos o projeto de criação do nosso Conselho de Cultura e a minuta da lei do Fundo de Incentivo à Cultura, que em breve será encaminhado para a Câmara dos Vereadores. No segundo semestre deste ano vamos vencer mais uma etapa para fortalecimento da cultura e queremos fazer parte desse processo de construção no nível estadual de uma política pública para o estado, que contemple também a realidade da nossa região”, colocou a secretária da pasta, Tereza Padilha.
IV CONFERÊNCIA – A IV Conferência Estadual de Cultura acontecerá nos dias 23, 24 e 25 de março com um objetivo central: aprovar o primeiro Plano Estadual de Cultura de Pernambuco. Os delegados e as delegadas eleitas nas pré-conferências chegarão à Plenária Final com o objetivo de ajustar a minuta final do Plano Estadual de Cultura de Pernambuco e aprová-la, por meio de votação. “O resultado exitoso dos debates acontecidos até aqui são resultado do empenho e do compromisso de muitos artistas, agentes culturais e produtores,do Conselho Estadual de Política Cultural de Pernambuco, do Conselho Estadual de Preservação do Patrimônio Cultural de Pernambuco, do Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco, além de todo corpo da Secretaria de Cultura e da Fundarpe. Juntos estamos construindo os caminhos para a garantia dos instrumentos de participação social e dando passos largos rumo ao primeiro Plano Estadual de Cultura de Pernambuco”, comemora o secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja

SERVIÇO:
IV CONFERÊNCIA ESTADUAL DE CULTURA
Data: 23, 24 e 25 de março
Local: Centro de Cultura e Lazer do Sindsprev PE (BR 101 Norte – Km 57 – Guabiraba Fone: 3437-5019)
Com informações de cultura.pe.gov.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Secult e Fundarpe divulgam roteiro dos espetáculos incentivados pelo Edital Pernambuco de Todas as Paixões


Pernambucanos e turistas que vão passar a Semana Santa no Estado têm a oportunidade de conferir o trabalho e valorizar artistas locais que encenam, com profissionalismo e muita dedicação ao teatro, espetáculos gratuitos da Paixão de Cristo. Por meio do X Edital Pernambuco de Todas as Paixões, o Governo do Estado (Secult/Fundarpe) está garantindo financiamento no valor de R$ 340 mil para 12 montagens em 14 municípios.
Wilker Mattos/Limoeiro em Foco
Wilker Mattos/Limoeiro em Foco
A Paixão de Cristo de Limoeiro é um dos espetáculos contemplados pelo edital
“São encenações que trazem as marcas do engajamento comunitário e do esforço de atores, figurinistas, iluminadores, enfim, de toda uma cadeia de agentes culturais que perpetuam esta tradição nas mais diversas regiões pernambucanas”, comenta Marcelino Granja, Secretário Estadual de Cultura.
As Paixões foram cuidadosamente selecionados por profissionais das artes cênicas que analisaram critérios como histórico dos espetáculos, estratégias para acessibilidade, geração de renda e ainda a coerência dos custos apresentados. Pelo quarto ano consecutivo, os membros da Comissão de Análise de Mérito Cultural também foram selecionados por convocatória pública. Entre eles, o ator, jornalista e pesquisador Leidson Ferraz.
“A primeira alegria foi ser aprovado nesta seleção pública, que qualquer pessoa ligada ao teatro pode participar. Sempre me interessou acompanhar esse processo porque trabalhei por onze anos na Paixão de Cristo do Recife e não conheço os espetáculos do Interior, já li muito sobre algumas montagens e acho que vai ser um enorme aprendizado poder ver as diferenças de encenação entre as regiões, como se dá a contação de uma história que é tão tradicional, mas que também permite muita ousadia por parte dos encenadores”, conta Leidson. Além de terem avaliado os projetos, os profissionais também farão visitas técnicas aos municípios, contribuindo para a ainda maior qualificação dos grupos cênicos. “Essa troca com os artistas vai ser um grande aprendizado, a ideia é chegar cedo, acompanhar desde os bastidores até a encenação e conversar com os realizadores não apenas sobre os espetáculos, mas também sobre os projetos, pois alguns grupos ainda têm certa dificuldade de escrever suas propostas, de colocar no papel o que desejam levar ao palco”, complementa o pesquisador.
Para a Presidente da Fundarpe, Márcia Souto, o “Edital Pernambuco de Todas as Paixões está consolidado na nossa política cultural como um instrumento de fundamental importância para o fortalecimento das cenas teatrais da capital e do interior, que estimula o turismo, premia a criatividade e impulsiona a economia das cidades”.
Divulgação
Divulgação
A Paixão de Cristo de Bom Jardim recebe novamente o incentivo do Governo do Estado
ROTEIRO DAS APRESENTAÇÕES – PERNAMBUCO DE TODAS AS PAIXÕES 2018
PAIXÃO DE CRISTO DE BOM JARDIM – FAZENDO HISTÓRIA EM PERNAMBUCO
Período e horário: 28 a 30 de março, às 20h
Locais: Início na Praça de São Sebastião e término na Capela de Nossa Senhora do Carmo – Centro 
PAIXÃO DE CRISTO DE LIMOEIRO
Período e horário: 28 a 31 de março, às 20h
Local: Centro Cultural Ministro Marcos Vinícius Vilaça, Praça da Bandeira, s/n 
PAIXÃO DE CRISTO: UM ESPETÁCULO DE FÉ
Dias e horário: 30 de março e 01 de abril, às 19h
Local: Praça Coronel Abílio, ao lado da Igreja Matriz – Orobó
JESUS DE NAZARÉ, UMA HISTÓRIA DE AMOR – ANO 30
Período e horário: 24, 29 e 31 de março, às 20h
24/03 – Praça da Igreja Matriz, Centro – Santa Cruz
29/03 – Avenida Francisco Coelho de Amorim, s/n, Pátio de Eventos – Bairro José e Maria – Petrolina
31/03 – Praça Central, ao lado da Igreja Nossa Senhora de Santana – Centro – Parnamirim
A PAIXÃO DE CRISTO DE SALGUEIRO
Período e horário: 28 a 30 de março, às 21h
Local: Pátio da Antiga Estação Ferroviária, Rua Tenente Osvaldo Varejão (próximo ao Centro Cultural) 
JESUS ALEGRIA DOS HOMENS
Período e horário: 29 a 31 de março, às 19h30
Local: Rua do Magano, Bairro do Magano (próximo ao ponto turístico Cristo do Magano) – Garanhuns
A FORÇA DA PAIXÃO
Dias e horário: 30 e 31 de março, às 19h
Local: Avenida Laura Cavalcante s/n, Praça Beira Mar de Gaibú (calçadão de Gaibú) – Cabo de Santo Agostinho
PAIXÃO DA PONTE – 2018
Dias e horário: 29 e 30 de março, às 20h
Local: Arena Paixão da Ponte, intersecção entre a Rua das Acácias e Rua das Dálias, Loteamento Cidade Jardim, Ponte dos Carvalhos – Cabo de Santo Agostinho
PAIXÃO DE CRISTO DE CAMARAGIBE – A PAIXÃO DOS CAMARÁS
Período e horário: 30 e 31 de março e 01 de abril, às 20h
Local: Praça de Eventos, Avenida Padre Oséas Cavalcanti – Bairro Vila da Fábrica (próximo ao SESI)
PAIXÃO DE CRISTO DE CASA AMARELA
Período e horário: 29 a 31 de março, às 20h
Local: Sítio da Trindade, Estrada do Arraial, 3259 – Casa Amarela – Recife
A PAIXÃO DE CRISTO DE SÃO LOURENÇO DA MATA
Dias e horário: 30 e 31 de março e 01 de abril, às 19h
30 e 31/03 – Rua Nova Esperança, s/n, Praça da Televisão, Bairro Pixete (próximo à sede do Grupo de Dança Unidos de Nova Esperança)
01/04 – Praça da Matriz, s/n, Bairro Matriz da Luz, em frente à Igreja Nossa Senhora da Luz (zona rural)
AUTO DA VIA DOLOROSA
Período e horário: 26 a 29 de março, às 19h
Dia 26/03 – Igreja de Santa Cruz, Rua de Santa Cruz, 413 – Boa Vista – Recife
Dia 27/03 – Igreja do Carmo, Rua do Bonfim, Carmo – Olinda
Dia 28/03 – Paróquia São José, Rua da Matriz, 27, Rosário – Bezerros
Dia 29/03 – Santuário Nossa Senhora da Conceição, Estrada do Morro da Conceição, Casa Amarela – Recife
De cultura.pe.gov.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Policial morto na Rocinha ‘queria mudar o mundo’: ‘Estado vê PMs como descartáveis’


Foto do soldado Filipe de Mesquita ao lado de crianças
Image captionSoldado morto em tiroteio buscava se aproximar dos moradores da Rocinha, principalmente das crianças | Imagem: Reprodução/Facebook

O soldado Filipe de Mesquita sonhava desde criança em ser policial militar, inspirado pelo exemplo do pai. "Ele era muito do bem. Tinha essa ideia de mudar o mundo", contou à BBC Brasil a designer Letícia Pinheiro, amiga de infância e vizinha do policial que trabalhava na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha.
Numa foto postada no Facebook, o PM contou que ficou emocionado quando crianças da comunidade pediram para tirar uma foto com ele. "São momentos como esse que fazem com que tenhamos certeza de que estamos no caminho certo", escreveu.
Segundo Letícia, o melhor amigo tentava se aproximar dos moradores da Rocinha, para explicar que não tinha a intenção de ferir. "O Filipe tirava bastante foto na comunidade, com as crianças. Ele sempre chegava falando que era gratificante uma criança chegar em você e dizer 'obrigada, você está protegendo a minha família'", conta.
"A visão que os bandidos passam na favela é que o policial é ruim. Ele queira mostrar que não era assim."
Mas, na quarta, os planos do jovem policial acabaram com um tiro. Num confronto com traficantres, na favela da Rocinha, ele foi baleado. Chegou a ser socorrido, mas não resistiu.

Postagem do soldado Felipe de Mesquita diz: 'São momentos como esse que fazem termos certeza que estamos no caminho certo'
Image captionMesquita queria ser policial desde criança e se emocionava com o carinho das crianças na comunidade | Imagem: Reprodução/Facebook

Filipe Mesquita passou a engrossar a longa lista de policiais mortos - 29 só neste ano e 134 em 2017, segundo dados repassados à BBC Brasil pela PM do RJ. "É um número fora do comum, mas não é inédito. Infelizmente, em outras oportunidades, já perdemos até mais policias num mesmo dia", disse à BBC Brasil o major Ivan Blaz, porta-voz da PM do RJ.

Operação nem sempre envolve fuzil

Alguns meses antes de "virar estatística", Filipe Mesquita viveu um breve momento de "fama". Estampou a capa de um jornal local que falava de uma operação policial na Rocinha.
"Ele vinha chegando à nossa rua e eu disse: 'Você tá famoso, ein?'. Ele não tinha visto o jornal. Quando viu começou a chorar e disse: 'Meu sonho era aparecer assim, vestindo a farda. Vou pegar esse jornal para mim e colocar na parede'", relatou Letícia.
Mas uma das operações da qual Filipe Mesquita mais se orgulhava não envolveu armas nem confronto com traficantes. Foi o socorro a uma mulher grávida que acabou tendo o bebê antes de chegar ao hospital.
"Hoje tive uma das melhores sensações da minha vida. Pude socorrer uma mulher em pleno trabalho de parto. Ela só falava que a gravidez era de risco. A bebê tinha sopro no coração. Imediatamente colocamos ela na viatura e fomos em direção ao Miguel Couto, quando avistamos uma ambulância", postou no Facebook.
"É até dificil de falar. Era uma pessoa muito boa…. A gente tem que ficar com as lembranças boas e tendo a certeza que ele fez o certo", afirma Letícia.

Postagem do soldado Filipe de Mesquita comemora nascimento de criança
Image captionUma das operações da qual Mesquita mais se orgulhava foi o socorro a uma mulher grávida que acabou tendo o bebê antes de chegar ao hospital | Imagem: Reprodução/Facebook

Outros dois mortos no mesmo dia

Além de Filipe Mesquita, outros dois policiais foram assassinados no mesmo dia, num intervalo de 12 horas. O sargento Maurício Chagas Barros morreu durante troca de tiros com criminosos no Gogó da Ema, em Belford Roxo, Baixada Fluminense. Já o cabo Luciano Coelho foi morto a tiros durante um assalto dentro de um loja de departamentos no Centro de Cabo Frio, na Região dos Lagos.
"Como será o meu dia amanhã? Enterrar um filho muito querido vítima da violência do Rio", escreveu Geraldino da Silva Barros, pai de Maurício, no Facebook, quando soube da notícia.
Meses antes, o policial havia feito uma homenagem no aniversário do pai.
"Pai, eu não poderia deixar de, no dia de hoje, lhe prestar está justa homenagem. Todos os dias agradeço a Deus pela benção que é o privilégio de ser seu filho, te amo e espero ser um dia um pai tão zeloso e exemplar quanto és para mim", escreveu Maurício Barros, numa foto ao lado do pai publicada na rede social.

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Image captionPai do sargento Maurício Chagas Barros lamentou a morte do filho em postagem no Facebook | Imagem: Reprodução

Os três PMs que morreram num intervalo de 12 horas têm nome, pais, filhos, amigos e histórias. Mas, na visão do presidente Associação de Oficiais Militares Estaduais do Rio de Janeiro (AME/RJ), coronel da reserva Carlos Fernando Ferreira Belo, são vistos pelo Estado e por parte da sociedade apenas como números, juntamente com os outros 134 policiais assassinados em 2017.
"A consideração é a de que o policial é um ser descartável. Se morrer, enterra, toca o hino, joga a terra em cima, dobra a bandeira, entrega para a família e coloca outro (PM) no lugar", disse ele à BBC Brasil.
"O número de mortes em 2017 e 2018 é assustador. Nós vemos policiais morrendo a troco de nada. Falta armamento, falta munição, falta viatura e a vida do PM não é valorizada", critica.

'Polícia no morro sem presença do Estado não resolve'

O coronel Belo elenca alguns problemas que considera graves nas forças de segurança do RJ: salários baixos para soldados (cerca de R$ 2,6 mil), atrasos nos pagamentos, falta de investimentos, número baixo de efetivo (déficit de 20 mil homens, segundo ele) e treinamento deficiente nas corporações menos especializadas.
Mas ele também argumenta que o modelo de instalação de Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) não trouxe resultado, expondo policiais e moradores das favelas a riscos.
Isto porque, segundo ele, não adianta "colocar só policiais no morro" sem garantir a presença do Estado em áreas como saúde, cultura e educação.

policiaisDireito de imagemREUTERS
Image captionPara major Ivan Blaz, policiamento sem política social não resolve violência no Rio de Janeiro

"A mídia divulgou tão bem as UPPs que inicialmente os bandidos fugiram. Mas os demais órgãos do Estado não estiveram presentes. Não tem saúde, educação e cultura, não tem presença do Estado. Só polícia não resolve. Os bandidos voltaram", opina.
O coronel ainda afirma que os policiais foram deslocados para as UPPs sem treinamento suficiente. "Colocaram as UPPs sem formação técnica para os policiais. Temos 9.500 homens nas UPPs apenas. Elas estão exauridas", diz ele, acrescentando que seriam necessários mais 20 mil policiais para dar conta da violência no Rio de Janeiro.
O major Ivan Blaz também defende que policiamento sem política social não resolve o problema da segurança pública. Mas, para ele, o problema não está na falta de recursos para a PM, mas sim na "ocupação desordenada do solo" e na ausência de ações sociais.
"Os recursos que faltam não passam pela PM. O que faltam são políticas públicas que tratem de urbanização. Também faltam políticas sociais que abracem uma população que tem entre 14 e 22 anos, para impedir que os jovens migrem para o crime."

Violência contra policiais e de policiais contra civis

São muitas as críticas de que a PM age com truculência em relação aos moradores de comunidades pobres. O alto número de vítimas da violência nas favelas evidencia que a população pobre é a que mais sofre com a guerra contra o tráfico.
No dia 16, uma mulher de 58 anos e um bebê de um ano foram mortos durante troca de tiros no Complexo do Alemão. Mais recentemente, a morte da vereadora do Rio de Janeiro Marielle Franco, executada com quatro tiros, chocou o mundo.
A polícia ainda investiga a autoria, mas as balas utilizadas teriam sido desviadas de um lote destinado à Polícia Federal. Marielle era uma crítica ferrenha da intervenção militar no Rio e da violência policial nas favelas.

vidro atingido por tirosDireito de imagemREUTERS
Image captionEm 2018, morreram 29 policiais. Em 2017, foram 134 mortos

"Nós vemos a morte de uma representante do povo e nós lamentamos profundamente e esperamos que quem fez isso pague nos termos rigorosos da lei. Se foi um policial, foi um bandido travestido de PM. Hoje toda a sociedade já colocou na cota da PM a morte dela", afirma o presidente da Associação de Oficiais Militares Estaduais do Rio de Janeiro.
Sobre a morte de moradores da favela, durante confrontos com policiais, o coronal Belo alega que a "culpa" é "quase sempre" atribuída aos policiais, ainda que os disparos tenham sido feitos por traficantes.
"É uma situação de alto risco e com estresse gigantesco. Quando morre alguém já se atribui ao policial. O policial sobe o morro com a preocupação de não morrer e de que uma bala perdida de bandido ou dele não atinja um inocente, porque a culpa vai ser dele de qualquer jeito", afirma, ressaltando, porém, que nenhum policial pode entrar "atirando a esmo".
Da BBC Brasil
Professor Edgar Bom Jardim - PE