quinta-feira, 26 de outubro de 2017

As imagens do incêndio que há nove dias devasta a Chapada dos Veadeiros


Pessoas olham fogo queimando
Image captionNa Chapada dos Veadeiros, em Goiás, fogo consome parque nacional há nove dias | Foto: Davi Boarato/BBC Brasil

Uma das mais importantes unidades de conservação do país, a Chapada dos Veadeiros, em Goiás, tem sido consumida por um incêndio de grandes proporções há nove dias. Um quarto do parque já foi devastado, a despeito dos esforços de 200 brigadistas que se revezam no combate às chamas, ainda sem controle.
O cenário à noite, com focos de fogo espalhados em meio à vegetação, parece com o de um vulcão em atividade, afirmam eles.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Amigos do Temer e inimigos do povo.

Deputados pernambucano que salvaram o mandato de Temer. Ricardo Teobaldo se ausentou da votação mesmo sendo base do governo. 

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Preta, uma mulher guerreira nos deixa nessa manhã

Faleceu  às 8:10 minutos da manhã desta quinta-feira, 26 de outubro de 2017, a Senhora Edileide Barbosa de Lima Barros,  50 anos de idade, agricultora, mãe, mulher trabalhadora conhecida carinhosamente  por "PRETA".  Mariano e filhos comunicam aos amigos e familiares que o corpo da Senhora Edileide está sendo velado em sua residência na Rua Manoel Augusto número 20, próximo da Câmara Municipal. O sepultamento será nesta sexta, às 9:00 horas  no cemitério local. Os familiares agradecem o comparecimento  a solidariedade de todos.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Análise da denúncia contra Temer e ministros | 25/10/2017. veja aqui em LEIA MAIS




Professor Edgar Bom Jardim - PE

A República da Corrupção:Como nomeações e R$ 1 bi em emendas devem ajudar Temer a enterrar segunda denúncia na Câmara



Michel TemerDireito de imagemUESLEI MARCELINO/REUTERS
Image captionMichel Temer liberou mais de R$ 800 milhões entre setembro e outubro para projetos de parlamentares

Em busca de votos para derrubar o segundo pedido de denúncia da Procuradoria-Geral da República, o presidente Michel Temer investiu na liberação de dinheiro para obras de deputados federais, por meio do empenho de emendas parlamentares - quase R$ 1 bilhão em setembro e outubro - e fez uma série de nomeações a cargos do segundo escalão.
A expectativa do governo é que a Câmara dos Deputados aprove o relatório da Comissão de Constituição e Justiça que recomenda a rejeição da denúncia, mas Temer quer chegar próximo ao número de votos favoráveis obtido em julho, quando os parlamentares impediram que o presidente fosse processado criminalmente no Supremo Tribunal Federal.
Na época, 263 deputados votaram a favor de livrar Temer do processo, 227 votaram contra. Houve duas abstenções e 19 ausências. Para que a denúncia da PGR possa prosseguir, é preciso que 342 dos 513 deputados votem contra o relatório da CCJ que recomenda o arquivamento.
O governo teme que, na comparação com a votação anterior, mais deputados da base aliada e do próprio PMDB se ausentem da sessão desta quarta, diminuindo a margem de vitória.
A intenção é evitar que Temer saia enfraquecido da votação e perca fôlego para negociar a aprovação das reformas trabalhista e previdenciária- consideradas essenciais pelo governo para as metas de equilíbrio fiscal.
Nesta segunda denúncia feita pela PGR, Temer e os ministros ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral) são acusados de organização criminosa. Temer é acusado ainda de obstrução à Justiça.


Temer em negociação com deputados da base aliadaDireito de imagemALAN SANTOS/PR
Image captionTemer fez nomeações para agradar a partidos como PSC, PMDB e Solidariedade

À frente na lista de concessões em troca de apoio ao presidente, está a liberação de dinheiro de emendas parlamentares, que são recursos que os deputados alocam no Orçamento Federal para projetos em seus redutos eleitorais.
Só em setembro e outubro, o presidente liberou R$ 960,8 milhões - em setembro, foram empenhados R$ 273.394.568, e em outubro, R$ 687.460.176, segundo dados fornecidos à BBC Brasil pela Comissão Mista de Orçamento (CMO).
O partido que mais se beneficiou foi o próprio PMDB, com R$ 144,2 milhões em setembro e outubro. O PT, com R$ 106,6 milhões, e o PSDB, com R$ 101,4 milhões, foram segundo e terceiro maiores beneficiados.
É natural que essas três legendas, por serem detentoras das maiores bancadas da Câmara, recebam mais recursos, já que tendem a conseguir incorporar mais emenedas ao orçamento federal.
Os demais partidos que mais receberam dinheiro fazem parte do "centrão", composto por legendas de médio porte que integram a base aliada de temer- o PP obteve R$ 99,3 milhões, seguido pelo PR, com R$ 71,4 milhões, e o PSD, com R$ 57 milhões. O DEM, importante aliado de Temer, vem em sétimo na lista, com R$ 55,7 bilhões.


Michel TemerDireito de imagemEVARISTO SA
Image captionTemer enfrenta, nesta quarta, segunda votação de denúncia da Procuradoria-Geral da República

A liberação de recursos só não foi maior que nos meses de junho e julho, quando Temer negociava apoio para se livrar da primeira denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República. Naqueles dois meses, foram empenhados mais de R$ 4 bilhões em emendas para projetos de deputados.
O volume liberado durante as negociações por apoio para a derrubada da primeira e segunda denúncia supera - e muito - os pagamentos somados dos meses em que o futuro de Temer não dependia tão diretamente do Congresso Nacional. De janeiro a maio, foram liberados, no total, R$ 102,3 milhões- valor bem menor que o pago entre junho e 23 de outubro- R$ 5,14 bilhões.
As transferências de dinheiro por meio de emendas são comuns em épocas de negociações intensas para a aprovação de propostas no Congresso Nacional ou em períodos de crise.
Em 2016, a então presidente Dilma Rousseff liberou, só em maio, R$ 3,8 bilhões em emendas- as negociações ocorreram exatamente no mês de votação do processo de impeachment pela comissão especial do Senado, etapa anterior à análise final do pedido de afastamento pelo plenário.
O pagamento das emendas parlamentares previstas no Orçamento é, atualmente, obrigatório, mas o ritmo é ditado pelo Executivo, que utiliza a liberação como instrumento de barganha em votações.
É comum que as liberações aumentem quando o ano vai chegando ao fim, mas, ainda assim, o volume de recursos liberados de junho a outubro de 2017 foi quatro vezes maior que o do ano anterior. Em 2016, foram empanhados, de junho a outubro, R$ 1,28 bilhões, enquanto, em 2017, o valor no mesmo período foi de R$ 5,14 bilhões.
A Secretaria de Comunicação da Presidência foi procurada pela BBC Brasil e negou que a liberação do dinheiro, em volume maior nos meses de discussão das denúncias da PGR, tenha sido deliberada.
"As emendas parlamentares são impositivas e, portanto, de execução obrigatória. E os empenhos são uma condição para que as emendas possam ser pagas. O governo está apenas cumprindo a lei. Não há, assim, qualquer vinculação entre o pagamento ou o empenho de emendas - pagas, inclusive, a parlamentares da oposição - e o calendário de discussões e votações no Congresso Nacional", disse.
Agrados à bancada ruralista
Além de transferências diretas de recursos a projetos de parlamentares, o governo Temer lançou mão de medidas apoiadas pela bancada ruralista, composta por cerca de 200 deputados federais- o suficiente para mudar o jogo a favor ou contra o presidente na votação da denúncia da PGR.
Uma delas foi a portaria do Ministério do Trabalho que altera as regras para a inclusão de nomes de pessoas e empresas na lista suja de trabalho escravo e flexibiliza conceitos sobre o que é trabalho forçado, degradante e trabalho em condição análoga à escravidão.
Na terça, a ministra do Supremo Tribunal Federal Rosa Weber suspendeu a aplicação das novas regras até o que o plenário do tribunal julgue se elas violam ou não a Constituição.
Outro aceno à bancada ruralista foi a assinatura de um decreto, na segunda-feira, que dá desconto de 60% em multas ambientais e que prevê que os recursos sejam usados para a prestação de serviços de preservação do meio-ambiente.
Nomeações
A BBC Brasil apurou ainda que, entre setembro e outubro, o presidente peemedebista também assinou uma série de nomeações para cargos do segundo escalão para atender, principalmente, a alas rebeldes do PMDB e aos partidos do "centrão".
Temer se dispôs a receber pessoalmente deputados que o procuravam em busca de benefícios em troca de apoio, nos dias que antecederam a votação da Câmara.


Temer em reunião com a base aliada
Image captionTemer assumiu pessoalmente negociações e recebeu demandas de parlamentares

Entre os esforços para atender a exigências de legendas aliadas está a nomeação do vice-presidente nacional do Solidariedade, Jefferson Coriteac, para a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário, em 17 de outubro. O partido tem 14 deputados federais.
A pedido do líder do governo, André Moura (PSC-CE), e de outros parlamentares do PSC, Temer nomeou, também no dia 17 de outubro, Walterson da Costa Ibituruna para o cargo de diretor da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). Ibituruna atuou como assessor parlamentar em gabinetes de deputados do PSC nos últimos cinco anos.
Outra nomeação, publicada em setembro, que teria sido solicitada pelo PSC é a de Gedson do Nascimento Ramos para o cargo de superintendente na Bahia do Instituto Regional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O posto é considerado estratégico por influenciar na resolução de disputas fundiárias no Estado.
Também houve nomeação para agradar ao próprio PMDB, como a de Daniel Mamédio, ex-vice-prefeito de Itaquira (MS), para delegado federal do Desenvolvimento Agrário em Mato Grosso do Sul, cargo também considerado importante na resolução de conflitos agrários.
Perguntada pela BBC Brasil sobre as nomeações, a assessoria da Presidência disse: "No que diz respeito às nomeações, faz parte da rotina de todos os governos nomear e demitir em qualquer lugar e a qualquer tempo."
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 24 de outubro de 2017

TJPE: Banca organizadora do concurso nega fraude

O concurso do TJPE é alvo de polêmica desde a primeira segunda-feira pós prova, quando candidatos denunciaram ter presenciado falhas na fiscalização e o descumprimento de itens do edital
O concurso do TJPE é alvo de polêmica desde a primeira segunda-feira pós prova, quando candidatos denunciaram ter presenciado falhas na fiscalização e o descumprimento de itens do editalFoto: Cortesia
O Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), banca organizadora do concurso do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), negou qualquer evidência de fraude durante a aplicação das provas realizadas no último dia 15. Por meio de nota encaminhada nesta terça-feira (24), o IBFC afirma que o delegado Lucas Sá, da Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa, na Paraíba, “falta com a verdade”.

A banca comenta que “nunca impediu qualquer investigação policial”, tendo “contribuído ativamente com todas as autoridades envolvidas”. Ainda, acusa o delegado Lucas de nunca ter solicitado “qualquer acesso aos locais de prova do concurso”. O IBFC afirmou ter “encaminhado, com dez dias de antecedência, ao delegado todas as informações acerca dos candidatos que já eram investigados".

Por fim, a organizadora diz que “mais de metade dos suspeitos nem mesmo compareceu no dia da avaliação”, prometendo tomar providências “contra toda e qualquer manifestação caluniosa” à banca. 

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Delegado rebate

Procurado pela Folha de Pernambuco nesta terça, o delegado Lucas Sá disse “que há fortes indícios” de que houve fraude no certame. Um dos indícios é de que três suspeitos presos pela Operação Gabarito, realizada pela Polícia Civil da Paraíba (PCPB), estavam inscritos na prova.

“Ficou comprovado que a organização criminosa, investigada pela PCPB, havia negociado vagas para este concurso (do TJPE), pelo menos desde março de 2017”. As irregularidades na aplicação do teste estariam comprovadas por causa das “mais de 400 denúncias feitas ao Ministério Público”.

Sobre críticas a sua atuação, Lucas Sá nega qualquer tipo de sensacionalismo. “Não é nosso objetivo atuar de maneira sensacionalista. Se fosse, teríamos divulgado todos os arquivos”, rebateu. Segundo o delegado, foi analisado aproximadamente 14 mil arquivos digitais.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

China pune 1 milhão de corruptos em maior expurgo desde Mao

Pôster compara Xi Jinping a Mao Tsé-TungDireito de imagemAFP
Image captionMais de 1 milhão de funcionários públicos já foram punidos até agora
Desde que se tornou a principal liderança da China, em 2012, Xi Jinping vem comandando uma grande e implacável campanha anticorrupção que já puniu até agora mais de 1 milhão de funcionários públicos.
Mais de 170 ministros e vice-ministros foram demitidos e muitos deles acabaram na prisão após serem acusados de crimes como corrupção, má conduta e transgressão das diretrizes do partido.
Essa é a conclusão de um estudo realizado pela BBC que mostra o que alguns descreveram como um expurgo interno sem precedentes de opositores, em uma dimensão nunca antes vista desde Mao Tsé-Tung (1893-1976).
Arquiteto e fundador da República Popular da China, Mao se livrou de muitos altos comandantes do partido. Ele governou o país de sua criação, em 1949, até sua morte, em 1976.
Xi acaba de ser elevado ao mesmo status que Mao. Por unanimidade, seu nome e sua teoria de governo foram incluídos na constituição do partido.

Expurgo

A maior diferença é que desta vez muitas convenções que existiam no Partido Comunista Chinês (PCC) desde a época de Mao foram quebradas.
Várias autoridades estatais, por exemplo, foram julgadas e figuras proeminentes discretamente retiradas de cena.
Nos últimos cinco anos, 35 membros com e sem direito a voto no poderoso Comitê Central do PCC foram punidos.
Ou seja, quase o mesmo número dos que tiveram a mesma sorte entre 1949 e 2012.

'Na mira'

Os dados oficiais indicam a punição de 1,34 milhão de funcionários do governo em todos os níveis (apelidados de "tigres e moscas") durante os primeiros cinco anos do governo Xi.
Eles foram acusados de corrupção e transgressões disciplinares.
Nenhuma área foi poupada: as baixas atingiram desde líderes de vilarejos e gerentes de fábricas, passando por ministros e generais do governo.
A chamada "grande limpeza" atingiu, inclusive, a cúpula do regime.
Um caso emblemático foi o de Zhou Yongkang. Ex-chefe da segurança interna, ele foi condenado à prisão perpétua por suborno, abuso de poder e "intencionalmente revelar segredos nacionais".
Já Sun Zhengcai perdeu o cargo de secretário do partido na cidade de Chongqing. Também se tornou o quarto membro do politburo - o comitê que reúne as principais lideranças do PCC - a ser expulso do partido.
Ele tinha ascendido à cúpula do governo chinês antes de Xi chegar ao poder e havia a expectativa de que poderia futuramente liderar o politburo.
Quase 70% dos membros do Comitê Central serão substituídos no Congresso do Partido Comunista, que acontece desde a semana passada.
Mas, na maioria dos casos, o motivo não está ligado à corrupção ou a transgressões semelhantes, mas à idade.
Muitos dos membros do Comitê têm mais de 60 anos e, de acordo com a tradição, devem se aposentar.

Exército

Nenhuma área foi reestruturada de forma mais radical pelo governo do que a militar. Xi foi rápido em reorganizá-la e modernizá-la em grande escala.
Mais de 60 generais foram investigados e demitidos como parte de um plano para inserir um estilo ocidental de comando conjunto e colocar jovens em postos de comando.
Soldados chinosDireito de imagemREUTERS
Image captionReestruturação atingiu em cheio área militar
Mesmo quando os delegados começaram a se reunir em Pequim para o Congresso, o ritmo da campanha de expurgo não dava sinais de desaceleração.
Dois generais, Fang Fenghui e Zhang Yang, desapareceram da cena pública no mês passado e uma série de investigações de alto nível foi anunciada.

O que Xi quer?

A expectativa é que Xi permaneça como chefe do partido, mas que uma nova leva de líderes surja - o que ajudará o presidente chinês a consolidar o seu já amplo poder.
Se tudo sair conforme planejado, ele deverá pôr seus aliados mais fiéis em posições-chave. Desde sua ascensão ao comando da China, vários deles foram promovidos.
O poder de Xi ficará patente quando os sete lugares do Comitê Permanente do Politburo estiverem ocupados.
A identidade de seus membros (e dos que compõem o politburo) será revelada nesta quarta-feira, tão logo o congresso acabe.
Mas, de acordo com analistas, Xi e Wang Qishan, seu chefe anti-corrupção e braço direito, usaram essa campanha de limpeza para ajudar a determinar quem será o novo líder da China.
O PCC tem governado por consenso há décadas, mas analistas dizem que Xi está reescrevendo as regras e concentrando o poder em suas próprias mãos.
Seus críticos o acusam de fomentar um culto de personalidade. Eles afirmam que a maioria dos altos funcionários que foi punida apoiova seus opositores ou ex-líderes, como Jiang e Hu.
Já os defensores de Xi alegam que a campanha anticorrupção é necessária para restaurar a credibilidade do partido, em um momento em que a China caminha para substituir os Estados Unidos como a maior economia do mundo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Relatório de CPI do Senado diz que Previdência Social não tem déficit


O relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência, senador Hélio José (PROS-DF), apresentou nesta segunda-feira (23) o relatório final dos trabalhos ao colegiado, com a conclusão de que a Previdência Social não é deficitária, mas, sim, alvo de má gestão.

Segundo o senador, "está havendo manipulação de dados por parte do governo para que seja aprovada a reforma da Previdência". Ele acrescentou que "quando o assunto é Previdência, há uma série de cálculos forçados e irreais".

Em 253 páginas, o relatório destaca que o "maior e mais grave problema da Previdência Social vem da vulnerabilidade e da fragilidade das fontes de custeio do sistema de seguridade social". No documento, o relator destaca que, "antes de falar em déficit, é preciso corrigir distorções".

Outro trecho do documento ressalta que "a lei, ao invés de premiar o bom contribuinte, premia a sonegação e até a apropriação indébita, com programas de parcelamento de dívidas (Refis), que qualquer cidadão endividado desse país gostaria de poder acessar.

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Proposta
Ao contrário da maioria das CPIs, que, segundo Hélio José, ao final costumam pedir o indiciamento de pessoas, desta vez, o relatório é apenas propositivo. Nesse sentido, sugere dois projetos de lei (PLS) e três propostas de emenda constitucional (PECs). Uma delas proíbe a aplicação da Desvinculação de Receitas da União às receitas da seguridade social.

Votação

Após um pedido de vista coletiva - mais tempo para analisar o parecer – o relatório precisa ser votado até o dia 6 de novembro, quando termina o prazo de funcionamento da comissão. Antes da votação final os membros da CPI podem sugerir mudanças no documento.

Histórico

Instalada no fim de abril , em pouco mais de seis meses, a CPI realizou 26 audiências públicas e ouviu mais de 140 pessoas entre representantes de órgãos governamentais, sindicatos, associações, empresas, além de membros do Ministério Público e da Justiça do Trabalho, deputados, auditores, especialistas e professores. A comissão é presidida pelo senador Paulo Paim (PT-RS), e é formada por seis senadores titulares e cinco suplentes.

A Agência Brasil procurou a Secretaria de da Previdência, que até o momento não se manifestou sobre o relatório da CPI.
Agência Brasil/
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Encontro de agricultores agroecológicos em Bom Jardim também foi marcado por críticas aos governos

O encontro familiar  dos agricultores realizado em Bom Jardim, não foi só um  evento para comercialização dos produtos cultivados sem o uso de veneno e substâncias químicas nocivas a saúde humana(agrotóxicos). O ambiente da feira foi amplo, desde a comercialização, falação e  protestos.
Foi bem além da exposição e da venda de banana, laranja, batata, mandioca, coentro, cebolinha, beterraba, rabanete, salsa, tomate, cenoura, mel, licor, pomadas, ervas, bolos, cocadas, doces , caldo de cana, artesanato e demais alimentos produzidos em Bom Jardim e cidades do agreste onde a Agroflor e Centro Sabiá atuam como parceiros.

Fundada em 31 de outubro de 1999, a Agroflor é uma entidade que atualmente conta com 109 associados no município de Bom Jardim. Desenvolve a prática da  agricultura familiar por meio da agroecologia nas comunidades rurais  de Barroncos, Barra Nova, Camará, Cipoais,  Feijão, Oiteiro, Paquevira, Torto e Umari.

Seus associados estimam produzir e comercializar até o final deste ano  600 (seiscentas) toneladas de alimentos que são destinadas para as feirinhas agroecológicas nos Bairros de Boa Viagem, Graças, Setúbal e Santo Amaro em Recife e nas feiras livres de Bom Jardim.
A Agroflor vende produtos para o PAA e PNAE. Com a KNH( instituição da Alemanha) tem uma parceria que financia projetos voltados para a cidadania das crianças e jovens  do meio rural. Através do MDS/Governo Federal tem convênios com o Programa 1(hum) Milhão de Cisternas 1 e 2. A prefeitura de João Alfredo fechou um contrato para compra de R$ 336.000,00 (trezentos e trinta e seis mil reais) de produtos para alimentação da merenda escolar 2017.

Usando da fala no momento do cerimonial de abertura do evento diversos agricultores não pouparam críticas aos cortes feitos pelo Governo Federal para o orçamento dos programas voltados para agricultura familiar em 2018. A programação cultural contou com o Forró Sem Pantim, desfile e teatro organizado por jovens que participam do movimento patrocinado pela KNH. O público se fez presente, comprou produtos e visitou os diversos stands e barracas  de agricultores e secretarias municipais. As vendas dos produtos expostos atingiram 60% das expectativas. De acordo com o coordenador  Adeildo Barbosa da Silva, o evento foi muito positivo. As professora Lígia Souza e Juliana Interaminense, trouxeram seus alunos da rede municipal para vivência de uma aula diferenciada. 

O encontro realizado no Pátio de Eventos João Salvino Barbosa, na terça-feira 17/10/2017, contou  com o apoio do SEBRAE, Centro Sabiá, Prefeitura de Bom Jardim, Centro de Apoio as Mulheres. Farmácia Santa Luzia. A Rede Globo Nordeste fez uma cobertura ao vivo do evento, além dos Blogs locais e Rádio Cult e Rádio Jornal de Limoeiro.



Fotos:Edgar Severino dos Santos.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 22 de outubro de 2017

Vereadores petistas vão apoiar Marília Arraes para o Governo


Em Serra Talhada, no Sertão de Pernambuco, uma reunião na noite de sábado (21) definiu apoiar a candidatura da vereadora Marília Arraes para o Governo do Estado nas próximas eleições. Foi o primeiro encontro de vereadores petistas no estado, idealizado pelo Vereador de Caruaru Daniel Finizola. 

O encontro começou na noite de sexta-feira (20), com a presença do Senador Humberto Costa, o Presidente do PT, Bruno Ribeiro, lideranças sindicais e movimentos sociais. No sábado houve ainda o debate ‘Modo Petista de Legislar’, com Dilson Peixoto e a oficina de comunicação com Rafael Vilela, pelo Mídia Ninja, e Natália Kozmhinsky, assessora de imprensa. 

Humberto Costa, Bruno Ribeiro e Luciano Duque, prefeito de Serra Talhada, conduziram o debate sobre Conjuntura Nacional e Estadual para as eleições de 2018. Ao final, vereadores apresentaram à Plenária uma carta de apoio à candidatura própria do Partido dos Trabalhadores (PT) ao Governo do Estado.

Confira a carta na íntegra:

“O Brasil e o mundo clamam por renovação política. Às vésperas dos 30 anos da promulgação da constituição de 88, que nos devolveu o Regime Democrático, vemos essa mesma democracia cambaleante, seja pelo golpe de 2016, seja pelo distanciamento na identificação entre a sociedade e as lideranças partidárias. 

A força social que levou o PT ao comando de governos, sindicatos e entidades sociais, nasceu da expressão renovadora da geração que lutou pela redemocratização. Três décadas depois, o PT é o partido com maior presença na vida real do povo brasileiro. Deve-se a isso, o resultado de 13 anos de inclusão social à frente do Governo Federal a ser o partido responsável por tirar nosso país do mapa da fome. 

A crise de representatividade que atinge o cenário político atual exige do nosso partido a capacidade de, a um só tempo, manter-se fiel aos princípios de inclusão social que sempre nos nortearam e de renovar nossa atuação política, dano voz aos novos atores e atrizes, que disputam o protagonismo político, acompanhados de novas linguagens, símbolos, demandas e identidades. 

Se algum partido tem legitimidade e enraizamento social para apresentar à Pernambuco, um projeto de renovação das esperanças, esse partido é o PT. Mas pra isso, é preciso coragem e desprendimento individual. Por isso, saudamos efusivamente a decisão do Diretório Estadual por candidatura própria do PT ao governo do Estado. 

Pernambuco anseia por mudança. Do litoral ao sertão, reclama-se a inércia, incompetência e ausência do Governador Paulo Câmara e suas políticas. O PT tem a obrigação de responder a essa necessidade popular. Não há outra alternativa realmente inclusiva capaz de resgatar a dignidade do povo pernambucano, que sofre com índices superiores a de conflitos e guerras internacionais. 

Por tudo isso, estamos convictos de que o PT deve apresentar candidatura própria ao Governo de Pernambuco nas eleições de 2018. Para renovar-se a si mesmo e também ao Palácio das Princesas. 

Consideramos que dentre os nomes ventilados, o da companheira Marília Arrares, Vereadora do Recife, eleita com mais 11 mil votos, mulher, combativa e qualificada, enraizada nas melhores tradições e práticas da esquerda, reúne as condições de reencantar Pernambuco com o PT, colaborar com a eleição de Lula Presidente e implementar um programa de gestão capaz de resgatar Pernambuco das páginas policiais. 
É hora de mudança. É hora de ousadia. É hora de Marília Governadora e Lula Presidente!" 

Serra Talhada, 21 de outubro de 2017

VEREADORES E VEREADORAS DO PT:

Daniel Finizola - Caruaru
Ernesto Maia - Santa Cruz
Deomedes Brito - Santa Cruz 
Sinézio Rodrigues - Serra Talhada
Manoel Enfermeiro - Serra Talhada
Almir dos Santos (Mika) - Cedro
Gilmar Santos - Petrolina 
André Cacau - Salgueiro 
Orestes Albuquerque - Sertânia 
Ivete Ramos - Surubim
Aristóteles Monteiro - Tabira
Adeilton Patriota - Flores
Kildares Nunis - Itacuruba 
Ezequiel Santos - Cabo de Santo Agostinho
Everaldo Valério - Ouricuri
Luciano Duque - Prefeito de Serra Talhada

Professor Edgar Bom Jardim - PE

A incerta posição da Globo na nova “flechada” em Temer

Globo
Ato contra a Globo em 2016: a emissora continua muito importante na política nacional
O lobista da Rede Globo em Brasília, Paulo Tonet Camargo, passou pelo Congresso na terça-feira 17 e foi sondado sobre a posição da empresa quanto à última “flechada” em Michel Temer, a acusação de formação de quadrilha e obstrução da Justiça. Ainda quer a cabeça do presidente, como no caso da mala de propina? Parlamentar que falou com Camargo achou-o evasivo. 
A posição da emissora parece ter mudado, na visão de certos deputados. Um fator importante para os acontecimentos em Brasília. Se não tem mesmo poder de interferir na vida nacional como na eleição de 1989, segue um ator que os políticos levam em conta em suas decisões, vide declarações recentes do ex-presidente Lula de que quer derrotar na campanha de 2018 o candidato da Globo. 
Para um deputado do PMDB que votou a favor do presidente no episódio da mala e prepara-se para repetir a dose na quarta-feira 25, a unanimidade contra o presidente na Globo virou pó. Já se veria argumento em defesa do peemedebista por ali. 
Para outro deputado, da oposição de esquerda, é evidente que o canal perdeu a vontade de derrubar o chefe da nação. Uma suspeita que se ampara com a disposição global para transmitir as “flechadas”. 
Na primeira, a da mala de meio milhão de reais em suborno carregada pelas ruas de São Paulo por um então assessor especial de Temer, a “Vênus Platinada” transmitiu ao vivo, em sinal aberto, toda a votação dos deputados. Uma opção que era anunciada com duas semanas de antecedência. 
Agora no caso da formação de quadrilha e obstrução de Justiça, a transmissão ao vivo estava incerta até o fim da semana que antecedia a nova votação. Nos corredores da emissora, comentava-se que era possível, mas não garantido, que houvesse transmissão ao vivo. Certo mesmo, só que a Globonews, seu canal exclusivo para quem paga, mostraria tudo.
Quando da primeira “flechada”, a Globo levou ao ar um noticiário francamente desfavorável a Temer desde o estouro do escândalo Friboi, em 17 de maio, até o enterro da denúncia pelos deputados, 2 de agosto. Agora esse ímpeto refluiu, embora o Jornal Nacional tenha deitado e rolado com os vídeos da delação do criminoso doleiro Lúcio Funaro. 
Em um lance inédito em seus anais, a Câmara divulgou em seu site todos os vídeos da delação de Funaro gravada perante a Procuradoria-Geral da República. O doleiro é peça-chave da denúncia contra Temer e diz coisas embaraçosas. 
O mandatário teria pedido via Eduardo Cunha grana suja para a campanha de Gabriel Chalita, então no PMDB, à prefeitura paulistana em 2012, além de ter se reunido com o próprio doleiro numa igreja. Sabia de todas as bandalheiras correntes dentro do PMDB, pois comandava o partido, e ainda levava uma parte dos lucros das maracutaias de Cunha. E por aí vai. 
Os vídeos nada acrescentam ao conteúdo da delação, mas puderam ser reproduzidos por emissoras de tevê, meio de comunicação de maior penetração no País. E tome desgaste para os deputados que topam livrar a cara de Temer. 
Os vídeos de Funaro tinham sido enviados à Câmara em 21 e 22 de setembro pelo Supremo Tribunal Federal, onde Temer será julgado, caso os deputados permitam. Foram divulgados dia 29, sem alarde. Só viraram notícia em 14 de outubro, na Folha de S. Paulo, pois até então nenhum jornalista tinha se dado conta da existência do material. 
Curiosamente, alguns dias antes, a segunda-feira 2, Maia fora ao STF conversar com a presidente da Corte, Cármen Lúcia, sobre o material. Relator do caso Temer, o juiz Edson Fachin foi chamado por Cármen para a reunião e comentou haver certo conteúdo sigiloso no material. O que significa que outra parte não era. Maia ainda comentou: com 513 deputados, seria impossível guardar segredo. 
Profético, hein? O plmplim agradece.
Professor Edgar Bom Jardim - PE