sábado, 21 de outubro de 2017

Por que hashtag de solidariedade após maior atentado da história da Somália não viraliza?


Pôster de alunos da University College London em solidariedade à Somália
Image captionPôster de alunos da Universidade College London em solidariedade à Somália (Crédito: Student Union UCL)

É comum que as redes sociais sejam tomadas por uma onda de solidariedade após ataques extremistas, com hashtags que vão desde "Pray for..." ("Reze por...") a "I am" ("Eu sou…") passando por filtros para mudar fotos de perfil no Facebook.
Mas não foi isso o que se viu após o ataque mais letal da história recente da Somália, no leste da África, no último sábado.
A repercussão foi significativamente inferior àquela gerada por atentados semelhantes nos Estados Unidos e na Europa.
O ataque deixou pelo menos 300 mortos, quando um caminhão-bomba explodiu na capital do país, Mogadíscio. A explosão foi tão forte que alguns corpos não puderam ser identificados.
Nas redes sociais, alguns usuários começaram a questionar a falta de solidariedade e a escassez de hashtags sobre a Somália.
Khaled Beydoun, um professor de Direito da Universidade de Detroit Mercy, nos Estados Unidos, criticou a profundidade da cobertura da imprensa nas redes sociais em um post que foi amplamente compartilhado nas redes sociais.
"Odeio comparar tragédias humanas, mas a imprensa tradicional me obriga a fazer isso", escreveu ele.
"Não há slogans dizendo 'nós somos Mogadíscio' nem imagens chamativas circulando pelas redes sociais em demonstração de solidariedade", acrescentou.
Beydoun não é o único a fazer a crítica.
Entre sábado, o dia do ataque, e as primeiras horas de segunda-feira, a hashtag #IAmMogadishu ("#EuSouMogadíscio", em português) gerou 200 tuítes.
Já na terça-feira 13 mil tuítes nas redes sociais reclamaram da falta de atenção da imprensa em relação aos ataques.

Somalis protestam contra ataque extremistaDireito de imagemREUTERS
Image captionMilhares de pessoas tomaram ruas de Mogadíscio para protestar contra o Al-Shabab com bandanas vermelhas

Apesar da aparente falta de solidariedade do Ocidente com a Somália nas redes sociais, os próprios somalis estão se organizando na internet.
Voluntários criaram um grupo para ajudar a identificar as vítimas chamado Gurmad252, com uma página no Facebook e um site.
Gurmad significa "venha ajudar uns aos outros" em somali e 252 é o código internacional da Somália.
Um homem de nacionalidade somali criou uma página de financiamento coletivo para pagar pelo serviço de ambulâncias a pessoas afetadas. Em pouco tempo, alcançou seu objetivo inicial de US$ 12 mil (R$ 37 mil).
Além disso, milhares de pessoas tomaram as ruas de Mogadíscio para protestar contra o Al-Shabab, grupo extremista acusado pelo atentado, com bandanas vermelhas amarradas à cabeça.
"As bandanas representam o sangue do meu povo que foi morto na explosão", disse uma manifestante ao correspondente da BBC na África, Alastair Leithead.

O ataque

Um caminhão cheio de explosivos foi detonado destruindo hotéis, prédios de governos e restaurantes em uma área movimentada da capital somali, matando pelo menos 300 pessoas e deixando outras centenas feridas.
Duas pessoas foram presas no ataque que tinha como objetivo atacar o aeroporto internacional de Mogadíscio, onda há várias embaixadas, segundo autoridades locais.
O ataque foi atribuído ao al-Shabaab, um grupo extremista islâmico local e uma das organizações extremistas mais letais do mundo dos últimos anos.
No país, o atentado foi descrito como o "11 de setembro da Somália", em referência ao ataque contra as Torres Gêmeas nos EUA.
* Com reportagem de Rozina Sini, da BBC.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

UPE em Arcoverde


O governador Paulo Câmara e o reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), Pedro Falcão, inauguraram, na manhã desta sexta-feira (20), um campus da UPE em Arcoverde, no Sertão de Pernambuco. A sede teve o terreno doado pela prefeitura do município e foi financiado pelo MEC e o Governo do Estado, pelo convênio de aproximadamente R$ 6 milhões.

A instituição vai fornecer os cursos de Odontologia e Direito. Cerca de 300 alunos serão beneficiados. Os estudantes terão espaços e equipamentos modernos no novo campus, além da criação de uma clínica odontológica dentro da sede. A expectativa é que, posteriormente, sejam ofertados mais cursos para esse campus.

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A criação de uma clínica odontológica no campus visa aumentar o atendimento para mais de 60 pessoas por dia. A partir de 2018 é esperado que as clínicas realizem cirurgias de baixa complexidade.

O prédio tem 5.507,60 m² de área construída, e possui além das dalas administrativas, 20 salas de aula, laboratório de informática e odontologia, 12 consultórios odontológicos, biblioteca e sala de vídeo conferência.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Tragédia em Goiânia: massacres de Columbine e Realengo despertaram em adolescente 'interesse em matar', diz delegado

Movientação na frente de escola após crime
Image captionAluno de escola particular atirou contra colegas de classe durante horário de aula | Foto: Geovanna Cristina/Futura Press
Meses antes de tirar a pistola .40 da mãe do móvel em que ficava escondida em casa, sair para a escola com a arma na mochila e abrir fogo contra seus colegas na sala de aula do 8º ano do Colégio Goyases, em Goiânia, o adolescente X., de 14 anos, fez pesquisas na internet sobre os massacres de Columbine, nos EUA, e de Realengo, no Rio de Janeiro.
Os ataques de atiradores nas duas cidades - que mataram 12 alunos e um professor em 1999 e 12 adolescentes em 2011, respectivamente - "despertaram interesse em matar", como o jovem relatou em depoimento à Polícia Civil horas depois do ataque.
"Ele foi inspirado por essas duas tragédias e motivado pelo bullying que sofria de um dos adolescentes de sua turma, que ele resolveu matar", diz o delegado Luiz Gonzaga Júnior, da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais (Depai), que colheu o depoimento de X. horas após o ataque.
No fim da manhã desta sexta-feira, X. matou dois adolescentes cujas idades ainda não foram divulgadas anos e deixou outros quatro feridos na escola particular de ensino infantil e fundamental na capital goiana, que tem alunos de classe média.

Bullying na escola

Alunos colegas de X. contaram à imprensa local que o jovem costumava sofrer bullying e era chamado de fedido por não usar, segundo corria na turma, desodorante.
O segundo jovem morto, de acordo com o delegado, era um amigo próximo do atirador, de quem ele "gostava muito", como teria dito no depoimento.
Dentre os feridos, dois estão em estado grave, internados na UTI de dois hospitais em Goiânia. Uma das jovens, internada em situação estável, faz 14 anos na próxima terça-feira.
O jovem falou à polícia acompanhado de seu pai, "completamente consternado", segundo o delegado. Ambos os pais do adolescente são policiais militares, e a arma era ferramenta de trabalho de sua mãe, propriedade da Polícia Militar do Estado de Goiás.
"Ele se apoderou da arma da mãe com a intenção de matar esse desafeto. Mas é claro que agiu com total desequilíbrio emocional, causando essa chacina", diz Gonzaga Junior.
O policial diz que o depoimento indicou que o jovem já teve problemas psicológicos e chegou a iniciar um acompanhamento - que depois foi abandonado.
Memorial em homenagem às vítimas do atentado em Realengo
Image captionMassacre do Realengo completou seis anos em abril desde ano - 12 alunos morreram | Foto: Tânia Rego/Ag. Brasil

Intervenção cessou tiros

De acordo com o delegado, o número de vítimas poderia ter sido maior. A intervenção da coordenadora parece ter sido decisivo para conter X.
Depois de fazer suas primeiras vítimas na sala de aula, o cartucho da pistola esvaziou e todos conseguiram fugir. X., entretanto, levara um segundo cartucho. Recarregou a arma e foi até o corredor "para matar mais".
Mas a coordenadora se interpôs e começou a dialogar com ele.
"Ele confessou que pensou em matar a coordenadora. Pensou em se matar também", conta o delegado.
"Ela conseguiu serenar seu ânimo e talvez propiciar um despertar de lucidez", considera. "Pode ter evitado um número ainda maior de vítimas."
X. teria concordado então em acionar a trava da arma e ir para a biblioteca com a coordenadora, que então acionou a Polícia Militar e aguardou a chegada dos agentes ao lado do atirador. Ele rendeu sua arma e se rendeu.
O jovem foi autuado em flagrante dois homicídios consumados e quatro tentativas de homicídio, e será agora apresentado ao Ministério Público da Infância e da Juventude. Um juiz da infância decidirá por quanto tempo X. ficará detido, mas o período máximo de detenção será de três anos, conforme determinado pelo Estatuto da Criança e Adolescente.

Caso 'raro'

Após o ataque, moradores de Goiânia colocaram símbolos e manifestações de luto em suas páginas nas redes sociais. O choque se espalhou pelo país todo, diante de uma modalidade de crime rara no Brasil.
"Nos EUA esses ataques são difundidos e armas de fogo têm acesso muito livre", aponta Gonzaga Júnior. "Aqui em Goiânia, nunca vimos um caso desses. Afora o caso de Realengo não conseguimos nos lembrar de outro no Brasil", diz o delegado.
Em abril de 2011, um atirador abriu fogo contra crianças e adolescentes da Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na zona oeste do Rio, matando 12 alunos e deixando outros 13 feridos.
O caso gerou um duplo choque - com o massacre em si, e com a importação de um crime visto com uma frequência desconcertante nos EUA, mas não no Brasil.
Como no caso de Realengo, o ataque em Goiânia despertou uma nova onda de debate sobre o acesso a armas - mas, sobretudo, sobre o grave problema do bullying nas escolas.
Na página da escola no Facebook, muitos deixaram mensagens de apoio, destacando a qualidade do ensino e desejando força para os alunos, suas famílias e o corpo docente. Mas outros deixaram comentários duros, criticando uma suposta falta ação contra casos de bullying.
De acordo com Gonzaga Junior, informações preliminares indicam que X. não levava os relatos de bullying de volta para casa nem para a direção da escola. "Os pais, aparentemente, nunca haviam tomado conhecimento disso", diz. De acordo com o delegado, as investigações agora serão aprofundadas para atestar a real motivação do crime.
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Gabriel O Pensador:"Matei o presidente" faz crítica à Temer provoca Jair Bolsonaro usando o termo 'mito'



Cena do clipe
(Foto: Youtube/ Reprodução)
JC Online

Gabriel O Pensador lançou hoje (20) clipe para a segunda versão da música Tô Feliz (Matei o Presidente). Recebendo elogios e críticas sobre as letras da sua nova música, o rapper e escrito.
A primeira versão da música foi gravada em 1992 e lançada no álbum Gabriel O Pensador, em 1993, onde tinha como foco Fernando Collor. Agora, no governo Temer, Gabriel usa a fala da população para atacar indiretamente o atual presidente.

Críticas:

As críticas não foram pelos ataques à Temer, mas por um trecho da música onde Gabriel faz uma indireta para Bolsonaro usando o termo 'mito'.
Confira o videoclipe:
Fonte: JC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bancada da REDE recebe 10 prêmios no Congresso em Foco


Na noite desta quinta (19), o Prêmio Congresso em Foco divulgou o resultado dos melhores parlamentares do Congresso Nacional na avaliação de jornalistas e da sociedade. Os parlamentares da REDE tiveram papel de destaque com dez premiações.
O deputado Alessandro Molon (REDE/RJ) foi eleito o Melhor Deputado do Ano pelo Júri e o senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP), escolhido como o Senador Mais Bem Avaliado pelos Jornalistas em 2017. O deputado Miro Teixeira (REDE-RJ) ficou entre os dez Melhores Deputados do Ano, escolhido pelos jurados, e entre os cinco primeiros na avaliação pelos jornalistas.
O deputado Alessandro Molon (REDE/RJ) dedicou o prêmio para toda a população brasileira com a expectativa de que um dia a atividade política seja motivo de orgulho para os brasileiros. “Essa premiação renova minha força no combate por um Brasil melhor, com mais igualidade de oportunidade para todos e todas. E que um dia sejamos um País que tenha orgulho dos nossos representantes”.
O senador Randolfe Rodrigues (REDE/AP) falou do momento complicado da política, mas reafirmou seu compromisso no combate à corrupção e na defesa das instituições da República. “Queria reafirmar a fé na República. A corrupção não corrompe somente o estado, mas também as futuras gerações que virão. Esse prêmio é para o povo do Amapá e o povo brasileiro neste momento complicado da política”.
Confira todas as premiações recebidas pelos parlamentares da REDE:
Melhores Deputados do Ano pelo Júri 
1º lugar – Alessandro Molon
Entre os 10 melhores – Miro Teixeira
Senadores Mais Bem Avaliados pelos Jornalistas
1º lugar – Randolfe Rodrigues
Deputados Mais Bem Avaliados pelos Jornalistas
2º lugar – Alessandro Molon
5º Lugar – Miro Teixeira
Melhores Senadores pelo voto popular
5º lugar – Randolfe Rodrigues
Melhores Deputados pelo voto popular
6º lugar – Alessandro Molon
Categoria Especial – Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Júri)
Entre os quatro melhores – Alessandro Molon e Randolfe Rodrigues
Categoria Especial – Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Voto Popular)
2º lugar – Alessandro Molon
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quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Sport pressiona, mas não sai de empate contra o Santos

Diego Souza
Diego SouzaFoto: Paullo Allmeida/Folha de Pernambuco
O risco do rebaixamento exigia que o Sport conseguisse os três pontos, nesta quinta-feira, diante do Santos, no estádio da Ilha do Retiro. E o Leão foi todo ataque desde o início da partida. Mas o espaço dado no início do jogo complicou o duelo para os anfitriões rubro-negros. Ao final do jogo, empate em 1x1, que garantiu, pelo menos, um degrau alcançado na classificação da Série A do Campeonato Brasileiro. Agora, os pernambucanos estão na 14ª posição, com 35 pontos. Detalhe: três a mais que a Ponte Preta, primeira equipe dentro do Z4.
Em sequência, dois lances idênticos, em três minutos de jogo. Bola enfiada para Ricardo Oliveira que, no mano a mano com algum defensor do Sport, conseguiu finalizar. Na primeira tentativa, um chute fraco e defesa de Magrão. No seguinte, falha do goleiro rubro-negro – pasmem. O placar de 1x0, tão cedo no jogo, contribuiu para o desenrolar do jogo na primeira etapa. Isso porque, com o peso do resultado negativo, e a zona de rebaixamento nos calcanhares, naturalmente o Leão se mandaria ao ataque. E lances de perigo foram protagonizados pelos rubro-negros. Do outro lado, no entanto, os pernambucanos encontraram um goleiro Vanderlei inspirado.
A primeira grande defesa do arqueiro santista aconteceu aos 13 minutos. Osvaldo bateu falta da direita, Rithely desviou de cabeça, e Vanderlei foi buscar. Um verdadeiro milagre, no entanto, aconteceu aos 34 minutos. Diego Souza driblou dentro da área do Santos e bateu rasteiro, de esquerda. Vanderlei se esticou, no contrapé, e evitou novamente o empate. O intervalo de tempo entre os dois lances tem, sim, uma justificativa. O fato é que o Santos conseguiu dominar o meio de campo por boa parte do primeiro tempo – principalmente por conta do nervosismo leonino. Antes da ida das equipes para os vestiários, Vanderlei ainda salvou uma bola com os pés, em dividida com André.
Na volta para o segundo tempo, Luxemburgo resolveu mandar o Sport ainda mais ao ataque. Duas substituições aconteceram. Samuel Xavier entrou no lugar de Raul Prata e o Wesley saiu para Juninho ir ao jogo. As alterações fizeram o Leão alugar o campo de defesa do Santos, que apostaram apenas nos contra-ataques. Mas os gols voltaram a ser perdidos pelos rubro-negros. O próprio Juninho, jogador que mais apareceu na etapa final do jogo, acabou desperdiçou ótima chance, aos 21 minutos. O empate, enfim, aconteceu. Aos 38 minutos, Rogério cruzou na área e acabou mandando direto para o gol.
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Briga entre deputados Zé Maurício e Joel da Harpa em audiência do Pacto Pela Vida

Briga entre os deputados Joel da Harpa (PTN) e Zé Maurício (PP) ocorreu em meio à audiência sobre o Pacto Pela Vida / Foto: Paulo Veras/Especial para o JC
Briga entre os deputados Joel da Harpa (PTN) e Zé Maurício (PP) ocorreu em meio à audiência sobre o Pacto Pela Vida
Foto: Paulo Veras/Especial para o JC
Paulo Veras
Atualizada às 18h02
Policiais militares e populares tiveram que separar uma discussão entre os deputados Joel da Harpa (PTN) e Zé Maurício (PP) durante uma audiência pública para debater o Pacto Pela Vida na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), na tarde desta quinta-feira (19). A reunião acabou após o bate-boca entre deputados do governo e da oposição e pessoas que acompanhavam o debate. É a segunda vez neste ano que uma reunião para discutir a segurança pública na Alepe é encerrada por causa de discussões.
Em meio a troca de críticas entre governo e oposição, Joel e Zé Maurício começaram a gritar e colocar o dedo um na cara do outro. Foi preciso que as pessoas que estavam ao lado, incluindo o deputado Ricardo Costa (PMDB), separassem os dois. Policiais militares entraram no meio entre os dois parlamentares, que continuaram gritando um com o outro, mesmo a distância.
Policiais também isolaram o púlpito do auditório Sérgio Guerra, no primeiro andar da nova sede da Alepe, onde estavam as autoridades que participavam da discussão. Governo e oposição trocaram acusações sobre quem iniciou o bate-boca. Enquanto a oposição acusa o governo de ter levado uma claque para tumultuar o debate, os governistas acusaram a oposição de querer evitar o debate. Parlamentares dos dois lados avaliaram como difícil que a Alepe volte a fazer uma reunião para discutir a violência.
Por causa da briga, nem representantes da OAB, nem da sociedade civil, como sindicatos de policiais e o Gajope, conseguiram falar. Embora o caso entre Joel da Harpa e Zé Maurício tenha sido o mais grave, houve bate-boca entre outros deputados do governo e da oposição.

O que diz Zé Maurício?

No final da tarde, o deputado Zé Maurício divulgou uma nota de esclarecimento em que afirma que o desentendimento se deu por necessidade de se garantir, através da tentativa de diálogo com o deputado Joel da Harpa, o tempo reservado para pronunciamento dos demais integrantes da reunião.
"O deputado Zé Maurício lamenta o acontecido, na esperança de que outros debates sobre o Pacto pela Vida sejam realizados na Casa Joaquim Nabuco, de maneira efetivamente democrática, respeitando o princípio da participação popular, a fim de trazer proposições favoráveis à segurança da população pernambucana e contribuições ao PPV", afirma o texto.

O que diz Joel da Harpa?

Em conversa com o JC por telefone, o deputado Joel da Harpa afirmou não ter problema com o colega Zé Maurício, a não ser naquele momento em que os ânimos estavam mais exaltados. Ele também disse que o parlamentar do PP foi no seu gabinete após o encerramento da audiência e que os dois se entenderam.
"O caso com o deputado Zé Maurício foi que no meio de toda aquela turbulência criada por aquele grupo do governo que estava ali infiltrado. Ai o deputado Zé Maurício veio cobrar de mim porque eu passei mais tempo na tribuna. Eu fui falar para ele que eu tinha direito de falar como o secretário teve. Aí ele se exaltou comigo, eu me exaltei com ele, e terminou que tivemos aquele certo contratempo. Mas eu já conversei com ele após ter passado aquilo ali. É um deputado com quem a gente se dá muito bem na Casa. Não tem problema nenhum de relacionamento. Foi uma coisa pontual do momento. E jamais a gente vai levar isso para o pessoal e para o dia-a-dia da Casa", afirmou Joel.

Presidente lamenta

Presidente da Comissão de Administração da Alepe, o deputado Lucas Ramos (PSB) lamentou o encerramento precoce da reunião, também por meio de nota. "O deputado Joel da Harpa, ao optar por usar a Tribuna para discutir um problema pessoal contra o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, deixou de lado o importante debate sobre a Segurança Pública no Estado, tema de interesse de toda a população pernambucana. Diante da radicalização que se estabeleceu dentro do auditório, não restou ao deputado Lucas Ramos, presidente da Audiência Pública, outra alternativa a não ser encerrá-la", explicou o socialista. 

Propostas

A audiência começou tranquila, com o líder da oposição, Sílvio Costa Filho (PRB), apresentando uma lista com 16 propostas para o governo tentar melhorar a segurança. Depois dele, o secretário de Planejamento, Márcio Stefanni, coordenador do Pacto Pela Vida, falou por mais de uma hora e meia, detalhando todas as ações realizadas pelo governo na área de segurança.
Stefanni agradeceu a colaboração da oposição e da OAB, que divulgou na semana passada um relatório com sugestões para a segurança, mas disse que boa parte das propostas já vinham sendo colocadas em prática, de alguma forma, pelo governo Paulo Câmara. Após o fim da reunião, Sílvio tentou marcar com Stefanni uma reunião na próxima semana para detalhar as sugestões.

Íntegra da nota de Zé Maurício:

NOTA OFICIAL
Em virtude da situação inesperada de desentendimento com o deputado Joel da Harpa, ocorrida após a Audiência Pública sobre o Pacto pela Vida (PPV) desta quinta (19), no auditório Sérgio Guerra da Assembleia Legislativa de PE, o deputado Zé Maurício (PP) esclarece que o incidente se deu por necessidade de se garantir, através de tentativa de diálogo com o deputado Joel da Harpa, o tempo reservado para pronunciamento dos demais integrantes da reunião.
O deputado Joel da Harpa vinha excedendo o tempo de fala na Tribuna, priorizando outros assuntos que não o tema da audiência – que é de máximo interesse público – gerando o tumulto. Assim, o deputado Lucas Ramos (Presidente da Comissão de Administração Pública) e os demais componentes da mesa decidiram encerrar a sessão. Desse modo, o deputado Zé Maurício tentou, sem sucesso, minimizar os ânimos elevados do deputado Joel da Harpa, o que culminou na discussão.
Diante disso, o deputado Zé Maurício lamenta o acontecido, na esperança de que outros debates sobre o Pacto pela Vida sejam realizados na Casa Joaquim Nabuco, de maneira efetivamente democrática, respeitando o princípio da participação popular, a fim de trazer proposições favoráveis à segurança da população pernambucana e contribuições ao PPV.
Gabinete do Deputado Estadual Zé Maurício (PP)

Íntegra da nota de Lucas Ramos:

NOTA OFICIAL
LUCAS RAMOS LAMENTA ENCERRAMENTO PREMATURO DE AUDIÊNCIA SOBRE PACTO PELA VIDA
O deputado estadual Lucas Ramos (PSB) lamenta o encerramento prematuro da Audiência Pública sobre o Pacto Pela Vida, promovida nesta quinta-feira, 19, na Assembleia Legislativa de Pernambuco. O deputado Joel da Harpa, ao optar por usar a Tribuna para discutir um problema pessoal contra o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, deixou de lado o importante debate sobre a Segurança Pública no Estado, tema de interesse de toda a população pernambucana. Diante da radicalização que se estabeleceu dentro do auditório, não restou ao deputado Lucas Ramos, presidente da Audiência Pública, outra alternativa a não ser encerrá-la.
Gabinete do Deputado Estadual Lucas Ramos (PSB)

Explicação de Joel da Harpa, por telefone:

O caso com o deputado Zé Maurício foi que no meio de toda aquela turbulência criada por aquele grupo do governo que estava ali infiltrado. Ai o deputado Zé Maurício veio cobrar de mim porque eu passei mais tempo na tribuna. Eu fui falar para ele que eu tinha direito de falar como o secretário teve. Aí ele se exaultou comigo, eu me exaltei com ele, e terminou que tivemos aquele certo contratempo. Mas eu já conversei com ele após ter passado aquilo ali. É um deputado com quem a gente se dá muito bem na Casa. Não tem problema nenhum de relacionamento. Foi uma coisa pontual do momento. E jamais a gente vai levar isso para o pessoal e para o dia-a-dia da Casa. A gente teve uma conversa depois, porque nosso gabinete fica no mesmo andar. Ele foi lá e a gente se entendeu. Não tem nenhum problema entre o eu e o deputado Zé Maurício a não ser naquele momento com os ânimos mais exaltados.
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Ele recebeu mais de 20 ligações de Aécio, afirma PF

Das 46 ligações, 38 foram em um aparelho de Aécio.
A Polícia Federal grampeou dois telefones do senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), com autorização do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, e pegou conversas do tucano com o ministro do STF Gilmar Mendes e o diretor-geral da própria PF, Leandro Daiello. No caso de Gilmar Mendes, o tucano fez um pedido para que o ministro ligasse para um outro senador pedindo apoio ao projeto de abuso de autoridade. As duas conversas com Daiello tratam de uma visita que o senador deseja fazer ao diretor-geral e da suspensão de um depoimento em inquérito contra ele, porque Gilmar deferiu o acesso às investigações. Foram grampeados dois telefones usados também por Andrea Neves, irmã de Aécio.


Leia mais: https://oglobo.globo.com/brasil/ligacoes-telefonicas-de-aecio-com-gilmar-mendes-diretor-da-pf-foram-grampeadas-21366504#ixzz4w0GqBDVt 

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Dodge aponta Geddel como líder de organização criminosa


A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou em manifestação ao STF (Supremo Tribunal Federal) que o ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB) "fez muito em pouco tempo" e o apontou como "líder de organização criminosa".

A frase de Dodge sobre a atuação do peemedebista faz referência às suspeitas que lhe são imputadas, de embaraço a investigações e de ocultação de R$ 51 milhões.

A manifestação da procuradora-geral se dá no bojo de um pedido de liberdade da defesa do ex-ministro. Ela rejeita os argumentos dos advogados e pede a manutenção da prisão. O documento é do dia 16 de outubro.

"Em um primeiro momento, Geddel violou a ordem pública e pôs em risco a aplicação da lei ao embaraçar investigação de crimes praticados por organização criminosa. Num segundo momento, passados nem dois meses do primeiro, reiterou a prática ao ocultar mais de R$ 50 milhões de origem criminosa. Fez muito em pouco tempo", disse.


Geddel foi preso pela segunda vez no dia 8 de setembro na operação Tesouro Perdido, quando cumpria prisão domiciliar.

A Polícia Federal encontrou um bunker com malas e caixas de dinheiro - somados R$ 51 milhões - e identificou ao menos três digitais do político.

INVESTIGAÇÕES
Segundo Dodge, o valor "monumental" descoberto no apartamento é apenas "uma fração de um todo ainda maior e de paradeiro ainda desconhecido".

"Mesmo em crimes de colarinho branco, são cabíveis medidas cautelares penais com a finalidade de acautelar o meio social, notadamente porque a posição assumida por Geddel parece ter sido a de líder da organização criminosa", escreveu.

"A elevada influência desta organização criminosa evidencia-se, aos olhos da nação, em seu poder financeiro: ocultou cinquenta e dois milhões de reais em um apartamento de terceiro, sem qualquer aparato de segurança, em malas que facilitaram seu transporte dissimulado".

Na manifestação, Dodge fez referência às investigações da Cui Bono, que tem como tema desvios e fraudes na Caixa Econômica, banco que Geddel foi vice-presidente durante os anos de 2011 e 2013, sustentando que a liberdade do ex-ministro pode atrapalhar o andamento da apuração.

"Realço que é investigada uma poderosa organização criminosa que teria se infiltrado nos altos escalões da Administração Pública, e que seria integrada, segundo indícios já coligidos, por um ex-Ministro de Estado e o ex-Presidente da Câmara dos Deputados".

"Deve ser lembrado a este juízo, que se usufruir de prisão domiciliar, Geddel poderá manter contatos, receber visitas, dar ordens e orientações que podem frustrar os objetivos das medidas cautelares nesta investigação. Como referido acima, ele deu provas materiais de que atuará de toda forma para que esta persecução criminal não tenha o mesmo êxito que teria se estivesse preso".
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Novo:WhatsApp permite que seus contatos saibam em tempo real onde você está

Imagens da nova função
Image captionO aplicativo afirma que a nova função é simples e segura | Foto: WhatsApp
Você está à espera de uma pessoa que repete a cada cinco minutos: "estou chegando". E, depois de meia hora, começa a questionar a história de que o trânsito está complicado ou da emergência no meio do caminho.
Os atrasados poderão finalmente confirmar o álibi com a nova função do WhatsApp que permite ver, em tempo real, o trajeto e os movimentos de contatos sobre o mapa.
Além de útil na situação anedótica - ainda que muito frequente - da espera, a novidade também vai permitir que os usuários se sintam mais seguros, por exemplo, quando estão voltando para casa à noite e querem compartilhar a localização para que um amigo ou familiar acompanhe à distância o trajeto.
A localização não será compartilhada de forma aberta com toda a lista de contatos.
Mulher observa celular à noiteDireito de imagemAFP
Image captionA nova função vai permitir que o trajeto dos usuários seja acompanhado à distância
"A função está protegida por criptografia de ponta e ponta e permite que o usuário controle quem pode acompanhar e por quanto tempo", destacou o aplicativo em comunicado sobre a privacidade dos usuários.
Em fase de testes, a opção de "compartilhar localização atual", que a companhia anunciou na quarta-feira, estará disponível nas próximas semanas tanto para os sistemas Android quanto para iOS.

Como funciona?

O WhatsApp já permite o compartilhamento de localização no mapa, mas sem a atualização da posição durante o deslocamento.
Ele pode ser acionado a partir de uma conversa particular ou em grupo, no ícone do clipe, no caso do sistema Android, ou no de seta, nos aparelhos de iPhone.
WhatsAppDireito de imagemAFP
Image captionA função 'Compartilhar localização atual' estará disponível nas proximas semanas para sistemas Android e iOS
A nova função pode ser acessada da mesma forma. Em vez do clicar em "Compartilhar localização", contudo, o usuário deverá optar por "Compartilhar localização atual" e selecionar um intervalo de tempo - que pode ser encerrado antes.
No caso das conversas em grupo, todos os participantes poderão acompanhar o deslocamento em tempo real. Se mais de um fizer o compartilhamento, eles aparecerão simultaneamente no mesmo mapa.
Lançado em 2009, o WhatsApp tem cerca de um bilhão de usuários no mundo. Pouco mais de 10% desse total, 120 milhões, estão no Brasil.
Funções semelhantes estão disponíveis em outros aplicativos de trocas de mensagens, como Telegram, que fez seu anúncio na semana passada.
Também é possível informar a localização por meio do Google Maps e do Facebook Messenger.
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quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Banco do Brasil fechará 12 agências em Pernambuco

Agência de Vertentes será fechada.

Segundo denúncia do Sindicato dos Bancários de Pernambuco, a superintendência estadual do Banco do Brasil (BB) determinou o fechamento de 12 agências no Estado. Os municípios atingidos serão Poção, Ipubi, Terra Nova, Jatobá, Jataúba, Orocó, Riacho das Almas, Guaraci, Escada, São Miguelinho,Vertentes e Palmerina. O BB foi procurado, mas ainda não se pronunciou sobre o assunto.

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Pernambuco teve, este ano, quase 150 investidas contra bancos
Fechamento de bancos no Brasil bate recorde

Conforme divulgado pelo Sindicato, o fechamento das agências deve atingir em torno de 100 bancários. Para a presidenta do Sindicato, Suzineide Rodrigues, o governo federal usa como pretexto para o fechamento das unidades as investidas criminosas e o suposto prejuízo que as agências estão apresentando. “Na verdade, essa decisão faz parte da política ultraliberal do governo golpista de Michel Temer que visa ao desmonte das empresas públicas objetivando a privatização”, denuncia. 

Ainda segundo Suzineide, a medida vai gerar um deficit na economia dos municípios e, consequentemente do Estado. “O banco público não tem como finalidade a obtenção do lucro, mas o fomento ao desenvolvimento social, destacadamente, da população e das regiões mais pobres. Quando um banco público fecha, caem os investimentos, diminui a circulação da moeda, aumenta o desemprego e a violência”, avalia.

Já segundo a secretária-Geral do Sindicato, Sandra Trajano, a falta de transparência no processo de reestruturação está preocupando os empregados e seus familiares. “Os colegas do BB estão sendo jogados ao léu. Ninguém sabe para onde vai e nem as condições. Isso mexe com a vida econômica e familiar dos funcionários. De nossa parte, vamos acompanhar o processo de perto para evitar abusos e ataques aos direitos da categoria”, conclui.
Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE