terça-feira, 26 de setembro de 2017

IVETE:"Que mamãe mais exibida! Bolota total"


"Que mamãe mais exibida! Bolota total", escreveu Ivete Sangalo em seu Instagram na manhã desta segunda-feira (25). As fotos compartilhadas são do show que a cantora participou no último domingo (24), o Salvador Fest.


Vestindo um macaquinho branco com cristais, a baiana fez questão de exibir a barriga da gravidez. Ela espera duas meninas, e confirmou a notícia no dia 12 de setembro, também pela rede social. 

Durante o festival, Ivete for presenteada com balões em forma de bebês pelos fãs. O cantor Xanddy também homenageou a cantora publicando um vídeo em que aparece beijando a barriga da amiga. 

No dia 15 de setembro, Ivete se apresentou no Rock in Rio. A modelo Gisele Bundchen subiu ao palco para acompanhar a cantora baiana na música "Imagine" de John Lennon. 

No Rock in Rio, Ivete revelou o sexo dos bebês, quando dedicou seu show "às duas irmãzinhas" de Marcelo, seu primeiro filho.

The voice

No lançamento da sexta temporada do "The Voice" (Globo), Ivete falou sobre a gravidez. 

Ela explicou o motivo de não ter revelado antes a gestação. "Somos artistas, pessoas públicas, mas é reservado à gente também o direito de viver os sabores do privado", disse ela.

Carnaval

Ivete não participará do Carnaval de Salvador em 2018. Isso porque a data será próxima do nascimento das bebês. "Eu sou uma cantora do Carnaval, eu tenho uma relação muito forte e intensa com essa festa. É paixão total, o que me faz sentir muito por essa ausência", escreveu ela nas redes sociais.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Cultura:IV Conferência Estadual de Cultura recebe inscrições

A Secretaria de Cultura de Pernambuco e a Fundarpe abrem nesta segunda (25) até o dia 20 de outubro, as inscrições para a IV Conferência Estadual de Cultura de Pernambuco/ IV CEC-PE, cuja Plenária Final irá acontecer até o final de março de 2018. Com o Tema: “Um Plano Estadual de Cultura para Pernambuco” o objetivo é exatamente este: a construção de um plano que dará maior estruturação e consolidação ao Sistema de Cultura de Pernambuco.
“Será uma Conferência que reunirá fazedores de cultura da sociedade civil e do poder público para discutir e aprovar a proposta do Plano Estadual de Cultura de Pernambuco, ajudando, portanto a estruturar e consolidar o Sistema Estadual de Cultura de Pernambuco e democratizar ainda mais os processos de participação social nas políticas públicas de cultura”, anuncia o secretário estadual de Cultura Marcelino Granja.
Convocada pelo Decreto Estadual Nº 44.803, de 31 de julho de 2017, a IV CEC-PE realizará vinte e cinco pré-conferências. Sendo doze Pré-Conferências Regionais de Cultura, uma em cada Região de Desenvolvimento (RD) do Estado, como etapas que antecedem a realização da Plenária Estadual Final. E ainda doze Pré-Conferências Setoriais de Cultura, na forma definida pela Comissão Organizadora da IV CEC-PE, que abranjam todos os segmentos culturais: Artes Visuais; Artesanato; Audiovisual; Cultura Popular; Circo; Dança; Design e Moda; Fotografia; Gastronomia; Literatura; Música; Teatro e Ópera; e Patrimônio Cultural.
Os Municípios sede para a realização das Pré-Conferências Regionais de Cultura serão definidos pela Comissão Organizadora da IV CEC-PE e divulgados posteriormente pela Secult e Fundarpe. As Pré-Conferências servirão para analisar, debater e apresentar propostas à Minuta do Plano Estadual de Cultura e, ainda eleger, em plenária, os delegados para a Plenária Estadual Final, conforme metodologia a ser definida pela Comissão Organizadora da IV CEC-PE. A Comissão Organizadora também definirá as datas, horários e locais de realização das Pré-Conferências Regionais, Setoriais e da Plenária Estadual Final, bem como os regramentos inerentes ao funcionamento de todas as etapas da IV CEC-PE.
Poderão se inscrever pessoas maiores de 18 anos, que residam em alguma das doze Regiões de Desenvolvimento do Estado, para a participação nas Pré-Conferências Regionais de Cultura; e ainda as que sejam vinculadas a algum dos segmentos culturais previstos no Art. 6º, para a participação nas Pré-Conferências Setoriais. Cada pessoa inscrita poderá participar de, no máximo, uma Pré-Conferência Regional e uma Pré-Conferência Setorial, escolha esta que será definida no momento da inscrição, a ser formalizada através do preenchimento do formulário próprio, disponibilizado por meio eletrônico, pela Comissão Organizadora designada pelo Secretário de Cultura.
Acesse AQUI o formulário de Inscrição da IV CEC-PE
Acesse AQUI o decreto que Convoca a IV CEC-PE
Acesse AQUI a Portaria que institui as regras para inscrição da IV CEC-PE
Dúvidas a respeito da inscrição podem ser encaminhadas para o email
Jan Ribeiro/Secult-PE/Fundarpe
Jan Ribeiro/Secult-PE/Fundarpe
O secretário Marcelino Granja destaca que a IV Conferência de Cultura construirá Plano Estadual de Cultura para o estado.
Com informações do Portal Cultura de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasil tem 68 partidos sendo criados

Eleitor anda sob centenas de santinhos
Image captionSe todos os partidos em formação fossem aprovados, o Brasil teria mais de 100 legendas lançando candidatos e recebendo Fundo Partidário | Foto: Ag. Brasil
Juntos, eles são 68. Já têm nome, sigla e estatuto. Alguns têm até hino. Mas, apesar de tudo isso, ainda são partidos em formação.
Para cada um deles ser uma legenda com direito a lançar candidatos e a receber uma fatia do Fundo Partidário, que, no ano passado, atingiu R$ 819 milhões, é preciso apresentar quase meio milhão de assinaturas que devem ser coletadas em pelo menos nove Estados - e de quem não é filiado a nenhuma sigla.
Na lista, tem sigla para todo o tipo de causa. Tem o dos Animais, o Militar, o Frente Favela Brasil, o Nacional Indígena, o da Família Brasileira e até o Movimento Cidadão Comum. Seis deles carregam a palavra "cristão" no nome.
As possíveis novas legendas defendem causas aleatórias que vão da proteção aos animais e ao meio ambiente a pautas específicas como o direito à segurança e defesa dos interesses de servidores públicos e privados e também dos pequenos e microempresários.
Há ainda releituras de legendas como a Arena e a UDN, que ajudaram a escrever a história política do Brasil, disputas por siglas como a Prona, do ex-deputado Enéas Carneiro (1938-2007), e até movimentos como o Conservador, que há mais de 20 anos tenta, sem sucesso, sair do papel.
Dos 68 partidos na fila, apenas dois estão em processo mais adiantado. São eles o Partido da Igualdade (ID), que defende a causa de pessoas com deficiência física, e o Muda Brasil (MB), que tem entre os idealizadores o ex-deputado Waldemar da Costa Neto, ex-presidente do PR e condenado no processo do mensalão.
O número de partidos em formação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mais do que dobrou em dois anos, como tentativa de driblar a legislação eleitoral, que passou a exigir fidelidade partidária dos eleitos a partir de 2007.
Isso porque o Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que deputados federais, estaduais, distritais e vereadores podem perder o mandato caso troquem de partido, a menos que migrem para legendas recém-criadas.
Essa regra, contudo, não se aplica a cargos majoritários, ou seja, aos eleitos presidentes da República, governadores, senadores e prefeitos, conforme decisão da corte de 2015.
Se conseguirem o registro, as novas legendas dividirão com as 35 já existentes o auxílio financeiro distribuído pelo TSE, que vem do orçamento federal, de multas e doações.
Poderiam ainda abrigar deputados federais e vereadores já eleitos em seus quadros, que, ao trocarem de legenda, levariam com eles o tempo de TV no horário eleitoral gratuito proporcional aos votos recebidos por esses parlamentares.

Reforma política

As futuras novas legendas, contudo, podem ser as mais afetadas pelas mudanças nas regras eleitorais que estão sendo discutidas no Congresso. Debatida de forma fatiada, a atual reforma política ainda precisa passar pelos plenários da Câmara e do Senado até o 7 de outubro para valer nas eleições de 2018.
Mas a Câmara já aprovou o fim das coligações partidárias a partir das eleições municipais de 2020 e novas regras para distribuir o fundo partidário. Os deputados ainda precisam votar destaques para, em seguida, o Senado analisar as mudanças.
O texto-base que passou na Câmara estabelece a chamada cláusula de desempenho nas urnas já partir da eleição de 2018. Pelas novas regras, só terão acesso à assistência financeira e à propaganda eleitoral gratuita no rádio e na TV os partidos que preencham os seguintes requisitos: obtenham ao menos 1,5% dos votos válidos na eleição para deputados federais, distribuídos por ao menos nove Estados (com mínimo de 1% dos votos em cada um desses Estados); ou elejam ao menos nove parlamentares vindos de pelo menos nove Estados.
As barreiras aumentariam progressivamente até 2030, dificultando ainda mais a atuação de partidos novatos ou dos conhecidos como nanicos, título que a maioria das legendas com pouca ou nenhuma representatividade no Congresso rechaçam.
Se todos os partidos em formação saíssem do papel e fossem parar nas urnas eletrônicas, seria de mais de cem o número de legendas no Brasil. Aumentaria, assim, a concorrência entre as siglas, muitas delas dependentes do Fundo Partidário, em especial depois que as doações de empresas foram proibidas pelo STF.

Ideologia

De acordo com o texto aprovado pela Câmara para o fim das coligações, siglas com afinidade ideológica poderão, a partir de 2020, se unir em federações para disputar eleições para deputados federal, estadual e vereadores.
Se juntas atingirem as exigências da cláusula de desempenho, mantêm acesso ao fundo partidário e ao tempo de rádio e TV. Mas, em contrapartida, serão obrigadas a se manter unidas, atuando como um bloco parlamentar durante toda a legislatura.
Entre os partidos em formação, nem todos decidiram se seriam progressistas ou conservadores nem têm posições definidas sobre, por exemplo, qual deve ser a participação do Estado na economia.
"Obrigatoriamente teremos que nos posicionar em relação a todos os temas, mas isso fica para um momento seguinte, depois que virarmos um partido", diz Alexandre Gorga, presidente do Partido dos Animais.
Registrada em cartório no ano passado, a legenda se autointitula o "primeiro movimento político no Brasil visando a ampla defesa dos animais não humanos em todas as suas representações biológicas". Gorga diz que a sigla conta com o apoio de 102 ativistas veganos, integrantes de mais duas dezenas de ONGs e de protetores independentes em 18 Estados.
Mas o que os motivou a tentar tirar do papel um partido, em vez de defender a causa por meio de ONGs ou movimentos em defesa dos animais?
"Associações já tem muitas. Queremos mudanças que venham debaixo para cima. Estamos cansados de ver os políticos aparecendo de quatro em quatro anos e nenhum deles defendendo realmente a nossa causa", argumenta Gorga, que é funcionário público em Brasília.
Já o Partido Pirata do Brasil, ou simplesmente Piratas, quer "hackear" o sistema político por dentro para mostrar as disfuncionalidades do modelo brasileiro e "buscar o empoderamento popular", diz um de seus representantes, Daniel Amorim.
A possível sigla surgiu no Brasil enquanto movimento no final de 2007, a partir da rede Internacional de Partidos Piratas, que defendem acesso à informação, compartilhamento do conhecimento e transparência na gestão pública.
Questionado sobre se definirem como de direita ou de esquerda, Amorim diz: "Defendemos a democratização da economia e isso dá um bug nas pessoas" diz, emendando que no estatuto do Piratas está previsto ainda a liberdade de expressão, a plena autodeterminação individual e o ativismo hacker.

Dificuldades

Mas Amorim admite que, para um partido de militância como o Piratas, é muito difícil passar por todas as barreiras impostas pela legislação.
Como foi registrada em cartório em 2012, a legenda não precisa, por exemplo, recolher assinaturas em até dois anos - regra imposta pela Justiça Eleitoral para os partidos em formação criados a partir de 2015.Ainda assim, o representante afirma que o processo é caro e os entraves burocráticos, muitos.
"A lei de partidos é vaga, e às vezes falta um entendimento mais consistente por parte do próprio Tribunal Eleitoral. Tudo fica difícil e caro. Conseguir um CNPJ, abrir conta em banco, publicar o estatuto no Diário Oficial foi complicado para nós", diz.
Segundo ele, coletar mais de 460 mil assinaturas, número exigido pelo TSE, é também um desafio para quem não tem dinheiro. Além de informações pessoais, a assinatura precisa estar igual à do título do eleitor do apoiador.
Há mais de 30 anos o fotógrafo e arquiteto Elton Moreira tenta tirar do papel o Partido Conservador. Na sua opinião, no passado era ainda mais difícil conseguir cumprir todas as regras - mas convencer um eleitor a apoiar a criação de um partido está cada vez mais complicado.
"Muitas pessoas resistem e dizem que não querem apoiar o ladrão do futuro", lamenta Moreira, citando a decepção de muitos eleitores com os partidos e os políticos.

Como criar um partido

101
pessoas, em pelo menos 9 Estados, têm que aprovar e assinar um estatuto de criação
  • * Registrar ata de fundação em cartório
  • * Publicar estatuto no "Diário Oficial"
  • * Informar o TSE em até 100 dias
  • * Recolher mais de 490 mil assinaturas em 9 ou mais Estados em até 2 anos
Crédito: Agência Brasil
A ideia de criar o Conservador, que chegou a ser registrado em cartório em 1995 como PACO, renasceu no ano passado, quando Moreira e seus amigos viram que pautas como Estado mínimo e bandeiras contra o aborto, a legalização de drogas e a união homoafetiva passaram a ganhar mais adeptos.
O deputado federal Jair Bolsonaro é o nome que mais combina com as ideias do PACO, afirma ele.
O parlamentar, atualmente filiado ao PSC, está sendo cortejado e apoiado por diferentes legendas já criadas e outras em formação.

O nome é meu

O PEN (Partido Ecológico Nacional) conseguiu seu registro de partido oficial em 2012, mas decidiu mudar de nome para garantir a filiação de Bolsonaro. Adilson Barroso Oliveira, líder da sigla, fez uma consulta virtual para saber se seus apoiadores queriam manter o nome original ou se preferiam Patriota ou Prona.
Venceu Patriota, sugestão do próprio Bolsonaro, diz ele.
Mas na lista de partidos em formação há uma sigla com nome muito parecido: Patriotas. "O nosso é no singular", assinala Oliveira, que diz ter recebido um telefonema do presidente da possível legenda que leva o nome no plural pedindo para reavaliar o nome.
O PEN, contudo, deve levar a ideia adiante e pedir a troca de nome no TSE. "Ter ecológico no nome acaba sendo confundido com radicalismo. Não somos radicais, defendemos o sustentável", justifica Oliveira.
Ele espera poder usar o nome Patriota já na próxima eleição, mas isso depende da agilidade do TSE em aprovar o pedido.
Jair Bolsonaro discute com a deptuada Maria do Rosário no plenário da Câmara
Image captionPEN quer mudar o nome para Patriota para abrigar o deputado federal Jair Bolsonaro (centro) | Foto: Ag. Brasil
Outro partido que ainda nem saiu do papel, mas já apoia Bolsonaro é o Partido Militar, cujo principal mentor é o deputado federal José Augusto Rosa, o Capitão Augusto (PR-SP). A sigla em formação também tem uma relação próxima com a palavra "patriota".
"Assim como os petistas se chamam de companheiro, nós, no Partido Militar, nos chamamos de patriota", diz o parlamentar.
A ideia de criar o Partido Militar, diz Rosa, surgiu em 2010, quando ele se deparou com pesquisas que mostravam que uma grande parcela do eleitorado brasileiro não se identificava com nenhum partido e que um montante expressivo se declarava conservador.
Ele admite que foi criticado por colocar a palavra militar no nome do partido, mas diz que não há motivos para se ter qualquer tipo de receio de associação com o regime militar. Além disso, garante, a legenda não é nem será classista, ou seja, não é para membros das Forças Armadas. Mas vai defender a ordem, o progresso e a segurança pública, afirma.
Em 2010, para criar a legenda, ele conseguiu fazer um encontro virtual, com autorização da Justiça Eleitoral, que reuniu mais de 18 mil pessoas. Agora, corre contra o tempo para coletar as assinaturas que faltam para o Partido Militar poder disputar a próxima eleição.
"Não falta muito", diz, otimista.
Painel no plenário da Câmara
Image captionBrasil tem 35 partidos registrados, 28 deles com representação no Congresso | Foto: Ag. Brasil
Segundo ele, ainda há um esforço no Congresso para mudar a legislação em vigor e jogar para março de 2018 o prazo final para filiação partidária. Atualmente, é preciso se filiar um ano antes para disputar um cargo público.
Apesar de estar à frende de um partido em formação, o deputado acha que a Justiça Eleitoral precisa conter o aumento das legendas que não têm representatividade. "Ter partido é um grande negócio. Dá poder e dinheiro", diz, referindo-se ao que chama de "legendas de aluguel" por negociarem apoios em período eleitoral.
"Não acho que tenham que restringir a criação, mas tem que garantir a representatividade", completa.
Com BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Seis brasileiros têm a mesma riqueza que os 100 milhões mais pobres

Complexo da Maré
Cena do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, em 2014. A pobreza diminuiu, mas a desigualdade ainda é aterradora
Um novo relatório da ONG britânica Oxfam a respeito da desigualdade social no Brasil mostra que os seis brasileiros mais ricos concentram a mesma riqueza que os 100 milhões de brasileiros mais pobres. Os dados estão no relatório A Distância Que Nos Une, lançado nesta segunda-feira 25 pela Oxfam Brasil. 
A conclusão tem origem em um cálculo feito pela própria ONG, que compara os dados do informe Global Wealth Databook 2016, elaborado pelo banco suíço Credit Suisse, e a lista das pessoas mais ricas do mundo produzida pela revista Forbes.
Segundo a Forbes, Jorge Paulo Lemann (AB Inbev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hermmann Telles (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Ermirio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim) têm, juntos, uma fortuna acumulada de 88,8 bilhões de dólares, equivalente a 277 bilhões de reais atualmente.
A Oxfam lembra em seu relatório que, ao longo das últimas décadas, o Brasil conseguiu elevar a base da pirâmide social, retirando milhões da pobreza, mas que os níveis de desigualdade ainda são alarmantes. “Apesar de avanços, nosso país não conseguiu sair da lista dos países mais desiguais do mundo. O ritmo tem sido muito lento e mais de 16 milhões de brasileiros ainda vivem abaixo da linha da pobreza”, explica Katia Maia, diretora-executiva da ONG.
Segundo o estudo da ONG, entre 2000 e 2016, o número de bilionários brasileiros aumentou de aproximadamente 10 para 31. Em conjunto, eles possuem um patrimônio de mais de 135 bilhões de dólares. Mais da metade dos bilionários (52%) herdou patrimônio da família, o que revela a incapacidade do Estado brasileiro de desconcentrar a riqueza – algo que sistemas tributários mais progressivos, como visto em países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), podem ajudar a fazer.
Na outra ponta, estimativas para os próximos anos são ruins para o Brasil a respeito da pobreza. Segundo o Banco Mundial, só em 2017 até 3,6 milhões de pessoas devem cair outra vez na pobreza.
Para a diretora da Oxfam Brasil, essa situação é inadmissível e precisa ser enfrentada por todos para que realmente seja solucionada. “Existe uma distância absurda entre a maior parte da população brasileira e o 1% mais rico, não apenas em relação à renda e riqueza, mas também em relação ao acesso a serviços básicos como saúde e educação. Atacar essa questão é responsabilidade de todos", afirma.
Ainda segundo a ONG, uma pessoa que recebe um salário mínimo mensal levaria quatro anos trabalhando para ganhar o mesmo que o 1% mais rico ganha em média, em um mês, e 19 anos para equiparar um mês de renda média do 0,1% mais rico. 
O relatório estima ainda que as mulheres terão equiparação de renda com homens somente em 2047 e os negros ganharão o mesmo que brancos somente em 2089, mantida a tendência dos últimos 20 anos. Pelo ritmo atual, o Brasil vai demorar 35 anos para alcançar o atual nível de desigualdade de renda do Uruguai e 75 anos para chegarmos ao patamar atual do Reino Unido, se mantivermos o ritmo médio de redução anual de desigualdades de renda observado desde 1988.
Também segundo a Oxfam, os 5% mais ricos detêm a mesma fatia de renda que os demais 95% da população.
Com informação de Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 24 de setembro de 2017

Polícia prende mais uma quadrilha que rouba carros-fortes e bancos em Pernambuco


A Polícia Militar prendeu um grupo que se preparava para assaltar carros-fortes no Sertão de Pernambuco neste domingo (24). Os dois líderes e os dois comparsas da quadrilha foram capturados no município de Cabrobó, distante 531 quilômetros do Recife. 
Os suspeitos foram presos em uma residência do assentamento Jiboia, onde também foram encontradas armas de grosso calibre, como um fuzil equipado com luneta e 18 munições. Ainda foram apreendidos um revólver calibre .38; uma espingarda de repetição calibre .12; uma pistola 9 mm; três placas de colete balístico; três espoletas de detonação de dinamite; dois veículos roubados; e 218 g de cocaína.
Ainda de acordo com a PM, os indivíduos capturados vinham planejando um ataque quando foram surpreendidos pelos policiais.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Como a eleição de Angela Merkel na Alemanha influencia o futuro da América Latina


Angela MerkelDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionPesquisas apontam a reeleição de Merkel, mas também para uma ascensão do nacionalismo

Apesar de seu peso econômico, as eleições na Alemanha parecem gerar pouca agitação política. No entanto, poucas votações como esta podem ter consequências tão importantes.
A vitória da atual chanceler Angela Merkel, se confirmadas as pesquisas de boca de urna, significa que ela comandará o governo alemão pelo quarto mandato consecutivo. Ela está no cargo desde 2005 e pode ficar pelo menos até 2021.
No entanto, sua permanência não garante a continuidade de um governo de coalização com o principal partido da oposição, os social-democratas do SPD, com quem dividiu o poder nos últimos anos.
Na Alemanha, nenhum partido tem - ou terá após essas eleições - uma maioria suficiente para formar um governo sozinho. Nem mesmo a poderosa União da Democracia Cristã, a legenda de Merkel.
A decisão tomada pelos 61 milhões de eleitores neste domingo sobre quem guiará a quarta economia do mundo e a maior da União Europeia terá consequências no continente e e outras regiões do planeta, inclusive na América Latina.
Entenda a seguir como o pleito impacta os países latino-americanos.
Vínculos e acordos
A Alemanha e a América Latina têm vários vínculos. Do ponto de vista comercial, o país europeu está entre os maiores exportadores para algumas das principais economias da região, como Brasil, Argentina, México, Colômbia e Chile.
Levando em conta toda a América Latina, é o terceiro principal exportador, segundo o Fundo Monetário Internacional.

Merkel com Mauricio Macri, presidente da ArgentinaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionSob o comando de Angela Merkel, a Alemanha forjou vínculos com países latino-americanos

Do ponto de vista político, o papel alemão como motor da União Europeia faz com que as dependências mútuas sejam enormes.
"O que temos vistos nos últimos anos é que o bloco sofre com muitas crises e instabilidades internas. Por isso, é essecial que a Alemanha, junto com a França consigam definir um caminho comum para levar adiante a União Europeia rumo a um projeto internacional que dê estabilidade a ela", diz Günther Maihold, vice-diretor do Instituto Alemão para Política Internacional e Segurança, um centro de estudos independente.
"A ênfase continua a ser em organizar a economia mundial por meio de um esforço multilateral e não se deixar levar por um protecionismo nacionalista: buscar fortalecer acordos po meio de tratados e livre comércio, especialmente com o Mercosul."
Relação com a América Latina
Neste sentido, apontam analistas, a chegada de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos pode reforçar de forma indireta as relações entre Alemanha e América Latina.
Desde o fim da 2ª Guerra Mundial, os Estados Unidos se tornou o principal aliado da Alemanha fora da Europa.

Donald Trump e Angela MerkelDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEstados Unidos continua a ser o mais importante parceiro comercial da Alemanha, ainda que a relação esteja estremecida

Ainda que isso dificilmente mude, nos últimos meses, essa "relação especial" já foi afetada. "Em campanha, Merkel não fez oficialmente nenhum discurso controverso. Admite dificuldades, mas diz que os Estados Unidos segue como um parceiro muito importante", diz Stefan Reith, diretor do departamento para América Latina da Fundação Konrad Adenauer.
"Ainda assim, antes da cúpula do G20, realizada em Hamburgo em agosto, Merkel fez uma viagem ao México e à Argentina. É um sinal claro de que vê a América Latina, especialmente os membros do G20, como aliados importantes."
Com a vitória de Merkel, a tendência é que sejam mantidas suas principais políticas de Estado, como a defesa do livre comércio, e o compromisso com a União Europeia. No entanto, há questões em aberto.

Influência da direita

Um deles será saber até que ponto a Alemanha será afetada pelo crescimento dos movimentos populistas de extrema direita que já se fazem presentes em outros países como a França, onde a Frente Nacional disputou o segundo turno da eleição presidencial em julho.
As mais recentes pesquisas de boca de urna apontam que os democratas cristãos e seu partido-irmão na região da Baviera, a União Cristã (CSU) obtiveram cerca de 32,9% dos votos, frente a 20% para os social-democratas. Atual parceiro de coalizão de Merkel, o SPD disse que agora atuará na oposição.
Na terceira posição, com 13%, está o Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), um partido de extrema-direita fundado em 2013,
"Há movimentações populistas em todo o mundo. Existem na América Latina e na Europa, como na França, na Holanda e também aqui na Alemanha", diz Reith.
"O AfD está em alguns parlamentos regionais, e estas eleições mostram que vão ter mais influência no momento em que se conta com a Alemanha para ser um parceiro estável e confiável no campo das relações internacionais e também como aliado da América Latina."
Esse grupo começou a ganhar adeptos questionando a política de resgates financeiros a países do sul da Europa em plena crise do euro. No entanto, dizem analistas, a chamada crise de refugiados de 2015 e 2016 fez com que ganhasse força nas pesquisas de intenção de voto e em eleições regionais.

Cartazes de Martin Schulz e Angela MerkelDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAs tradições coalizões de governo estão em risco diante de um Parlamento muito fragmentado

Nesse período, a Alemanha recebeu mais de 1 milhão de pedidos de asilo. O discurso xenófobo do partido encontrou um terreno fértil na política inicial de abrir as portas a refugiados defendida por Merkel, e o AfD chegou a ter 15% nas pesquisas de voto.
A questão dos refugiados - junto com temas relacionados como imigração, o direito a asilo e a integração - dominaram a campanha. Mas, dois anos após o início da crise, com uma redução drástica no número de pedidos de asilo, Merkel recuperou apoio, e a tendência de alta do AfD se inverteu.

Coalizão complicada

Ainda assim, o Parlamento resultante dessas eleições será o mais fragmentado dos últimos 60 anos. "O partido A Esquerda, os liberais, os verdes, o AfD, os social-democratas e o democratas cristãos estão presentes. É o Parlamento com o maior número de partidos desde 1957", garante Matthias Dilling, pesquisador de Ciência Política da Universidad de Oxford, no Reino Unido.
"Isso é importante e fará com que a formação de coalizões seja algo muito mais complicado e imprevisível."
"Há a questão de se continuaremos a ter uma grande coalização ente os democratas cristãos e os social-democratas, se haverá apoio suficiente para uma coalizão entre o CDU e os liberais ou se assistiremos pela primeira vez desde a reunificação a uma coalização de mais de dois partidos. Isso seria uma grande mudança na política alemã a nível nacional", diz o especialista.
Diferentemente da vizinha França, onde a inesperada vitória de Emmanuel Macron sacudiu o sistema partidário, na Alemanha, as duas principais legendas se mantém à frente.
Sem grandes surpresas eleitorais, o futuro do governo da locomotiva da Europa - e seus aliados - será definido tanto pelo resultado das eleições quanto pela forma como as cartas serão repartidas a partir de agora.

Professor Edgar Bom Jardim - PE