quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Diploma inútil? Por que tantos brasileiros não conseguem trabalho em suas áreas


Com tantos graduados no mercado, muitos não conseguem exercer suas profissõesImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionCom tantos graduados no mercado, muitos não conseguem exercer suas profissões

Milhares de jovens pelo Brasil enfrentam todos os anos o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), prova que pode garantir a entrada deles na universidade. Os estudantes apostam na graduação para começar uma carreira. No entanto, muitos dos que pegam o diploma hoje não conseguem exercer sua profissão.
A culpa não é só da crise econômica, que levou o desemprego a 11,8% no terceiro trimestre deste ano, segundo o IBGE, mas do perfil dos recém-formados. Eles se concentram em poucas áreas e, quando buscam uma vaga, percebem que não há tanto espaço para as mesmas funções.
Essa análise foi feita pelo economista e professor da USP Hélio Zylberstajn, a partir de um cruzamento de dados do Censo do Ensino Superior e da Rais (Relação Anual de Informações Sociais), do Ministério do Trabalho.
Os números de 2014, os mais recentes disponíveis, mostram que 80% dos formandos estudavam em seis ramos: comércio e administração; formação de professor e ciências da educação; saúde; direito; engenharia e computação. Ao olhar o que faziam os trabalhadores com ensino superior, o professor notou que os cargos não existiam na mesma proporção dos diplomas.
Um bom exemplo é o setor de administração que, em 2014, correspondia a 30% dos concluintes. Apesar da fatia expressiva, apenas 4,9% dos trabalhadores com graduação eram administradores de empresa. Outros 9,4% eram assistentes ou auxiliares administrativos, função que nem sempre exige faculdade.
"As pessoas fazem esses cursos, mas evidentemente não há demanda para tantos advogados ou administradores. Elas acabam sendo são subutilizadas", diz Zylberstajn.
O professor também diz que o número total de graduados seria superior ao que o mercado brasileiro pode suportar. De acordo com o Censo do Ensino Superior, em 2014, um milhão de pessoas saíram das salas de aula. Em 2004, eram 630 mil.

Mais gente no ensino superior

Mas o que levou esse número a crescer tanto?
A multiplicação das instituições privadas, ao lado da maior oferta das bolsas do Prouni e do Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), facilitaram o acesso dos brasileiros à graduação. De 2000 a 2014, a quantidade de instituições dessa natureza aumentou 15%. Outro fator, dizem os entrevistados, é cultural: no país, a beca é sinônimo de status.
"A gente despreza o técnico e supervaloriza o superior. É uma tradição ibérica. Como por muito tempo foi uma coisa da elite, passou a ser considerado um meio de ascender socialmente", afirma Zylberstajn.
Para a professora Elisabete Adami, da Administração da PUC-SP, esse objetivo está ligado à ideia de que o diploma basta para ganhar mais.
Ela diz que deu aulas em faculdades privadas de São Paulo e notava o desejo de seus alunos de melhorar de vida.
"Na sala, tinha três que eram carteiros, muitos motoboys, o pessoal que trabalhava em lojas. O que eles queriam ali? Subir."

Rodolfo Garrido foi fazer faculdade de engenharia porque queria ganhar maisImage copyrightARQUIVO PESSOAL
Image captionRodolfo Garrido foi fazer faculdade de engenharia porque queria ganhar mais

Rodolfo Garrido pensava nisso quando largou o ensino técnico para entrar em uma faculdade privada. Ele ganhava R$ 2.600 como programador de produção em uma metalúrgica. Como engenheiro, diz, seu salário poderia subir para R$ 4.000.
Com a oportunidade do financiamento estudantil, decidiu apostar.
"Já trabalhava na área, então só juntei os estudos. Para poder me graduar e ter um salário melhor, poderia ganhar o dobro. Quando surgiu o incentivo do governo, comecei a pesquisar, porque antes era uma bolada."
Depois de três semestres, teve que deixar as aulas porque ficou desempregado.
Segundo a diretora do Escritório de Desenvolvimento de Carreiras da USP, Tania Casado, a crença de Rodolfo é endossada por pesquisa. Elas indicam salários maiores para empregos de nível superior. Mas A a professora faz uma ressalva: os estudos são feitos com quem já está trabalhando nesses cargos.
"Os dados são verdadeiros, só que é preciso lê-los corretamente. O fato de você fazer uma faculdade não significa que vai para um vaga desse tipo."
Os motivos pelos quais Rodolfo escolheu engenharia também ajudam a explicar a concentração dos estudantes em seis áreas, que incluem saúde, direito e computação. São profissões tradicionais, teoricamente mais estáveis e bem pagas. Além disso, são as mais oferecidas pelas instituições privadas, responsáveis por 87,4% da educação superior no país.
"As pessoas vão para faculdades pagas, que têm cursos de menor custo, como Direito e Administração", diz o professor Hélio Zylberstajn.
Eles são mais baratos porque não usam outros equipamentos a não ser a sala de aula. Cursos de Química, por exemplo, exigem laboratórios e substâncias controladas.
Outro fator para decisões tão parecidas seria a pouca idade com que os brasileiros escolhem uma profissão.
"É uma meninada de 17, 18 anos, que faz Administração porque o pai fez, ou porque acha legal ser CEO", diz a professora Elisabete Adami, da PUC-SP.

Evelyn queria ser administradora de empresas, mas trabalha como assistente administrativaImage copyrightARQUIVO PESSOAL
Image captionEvelyn queria ser administradora de empresas, mas trabalha como assistente administrativa

Aceitar o que tiver

Com tantos professores, administradores e advogados no mercado, muita gente tem dificuldade de conseguir um bom cargo na sua área. Às vezes o jeito é aceitar vagas que pedem apenas ensino médio.
Quando Evelyn Maranhão se formou, em 2011, pensava que seria administradora de empresas. Cinco anos e muitas negativas depois, trabalha como assistente administrativa. Ela registra pedidos e lança horas-extras no sistema de uma empresa de manutenção predial.
"Achei que ia lidar com estatística, relatório, análises, e, na verdade, faço o que uma secretária faria. Imaginava que estaria na tomada de decisões."
Há quem nem consiga exercer sua profissão.
Antes de cursar enfermagem, Vivian Oliveira trabalhava com eventos. Mesmo depois da formatura, continua organizando congressos, feiras e festas. Nesse meio tempo, diz, mandou incontáveis currículos, mas não foi chamada para entrevistas. Só foi contratada por uma clínica, onde ficou um ano.
"Até há vagas, mas como não tenho muita experiência, eles não chamam."
Para a enfermeira, o fato de não ter estudado em uma universidade conceituada prejudicou sua trajetória "Se surgir uma posição no (hospital Albert) Einstein, vai entrar alguém de faculdade renomada. Vi que meus colegas buscam fazer pós em lugares reconhecidos, porque colocam esse nome no currículo."

Formada em enfermagem, Vivian trabalha com eventosImage copyrightARQUIVO PESSOAL
Image captionFormada em enfermagem, Vivian trabalha com eventos

Faculdade renomada

A falta de experiência e a formação em instituições pouco prestigiadas são os principais empecilhos que os formandos enfrentam nos processos de seleção, diz Luciane Prazeres, coordenadora de Recursos Humanos da agência de empregos Luandre.
Prazeres relata que muitos profissionais chegam no mercado sem ter feito estágio porque precisavam trabalhar para pagar os estudos. E alguma experiência na área é sempre requisitada pelos empregadores.
"A maioria são recepcionistas, operadores de call center que buscam o oposto do que estão fazendo. Mas, se ele não sai do mercado para fazer estágio, é difícil conseguir uma oportunidade."
Segundo ela, é comum que, ao abrir um posto, as empresas peçam candidatos formados em determinada universidade.
Professora na PUC-SP, Elisabete Adami diz notar essa diferença ao ver que seus alunos saem empregados do curso.
"Pega estudantes da PUC, da FGV, do Insper, da USP...eles não estão tão sem trabalho. O pessoal de faculdades de segunda linha não encontra espaço e vai ter que fazer uma pós para complementar a formação."
Para Adami, houve uma proliferação de escolas com menos qualidade, que entregariam profissionais deficientes.
"Esses conglomerados pagam, em média, R$ 17 a hora-aula. Que tipo de professor você vai ter?"
No entanto, pondera, a estrutura ruim não é sempre sinônimo de profissionais mal-preparados. Só que, nesses ambientes, eles são mais frequentes do que em instituições de ponta.
"Sai gente boa, mas por conta própria, porque são esforçados."
Entre uma graduação ruim e uma boa formação técnica, diz Adami, ela aposta na segunda.
"Essa mania de ser o primeiro da família a se formar é uma ilusão, mas é forte no Brasil. É algo secular. Na França e na Alemanha, você não tem esse percentual de jovens na universidade."

Proliferação de faculdades levou à formação de profissionais deficientes, diz professoresImage copyrightTHINKSTOCK
Image captionProliferação de faculdades levou à formação de profissionais deficientes, diz professores

Ensino técnico

O ensino técnico é citado pelos entrevistados como uma opção interessante.
Hélio Zylberstajn, da USP, diz que o ensino é negligenciado e faz falta para o país. O professor sugere que disciplinas ligadas ao ensino técnico sejam incluídas na grade curricular do ensino médio, e não em institutos, como acontece hoje.
"Estamos carentes de técnicos. No ensino médio, deveríamos formar mão de obra em cooperação com as empresas."
Esse tipo de formação é uma possibilidade que deve ser analisada antes da decisão definitiva pelo ensino superior, diz Tania Casado, do Escritório de Desenvolvimento de Carreiras da USP.
"É preciso olhar para o lado e ver que há muitas posições não preenchidas, porque as pessoas não têm estudo específico. Os jovens precisam saber disso ao se lançarem em um curso."
Se a escolha for pelo ensino superior, Casado diz que o estudante não deve conhecer apenas a profissão, mas as ocupações que ela abrange. Um graduado em Medicina, por exemplo, pode tornar-se um gestor de plano de saúde. Da mesma forma, alguém formado em Administração pode tornar-se um consultor.
Além de analisar as alternativas que o mercado oferece, aconselha a diretora, o candidato deve olhar para si e escolher algo com o que se identifique. Se depois quiser mudar de área, a transição não tem que ser dolorosa. Nem sempre uma nova faculdade é necessária, afirma. Às vezes uma especialização ou cursos livres são suficientes.
"Carreira é isto: olhar o entorno e se olhar, o tempo inteiro. E saber que, à medida que você vai evoluindo, pode haver outros interesses, o que é bom. É preciso se preparar para esses interesses, mas não necessariamente isso passa por uma graduação." Fonte:Ingrid Fagundez
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Senado aprova em 1º turno cláusula de barreira e fim de coligações


Senado aprovou nesta quarta-feira (9) por 58 votos favoráveis e 13 contrários uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que prevê mudanças no atual sistema político do país.
O texto prevê a criação de cláusulas de desempenho eleitoral para que os partidos políticos tenham acesso ao fundo partidário e ao tempo gratuito de televisão.

A PEC também acaba com coligações para eleições proporcionais (deputados e vereadores). Atualmente, a legislação eleitoral permite alianças entre os partidos para eleger deputados e vereadores. Por esse sistema, os votos obtidos pelas siglas são somados, e se elegem os candidatos mais votados da coligação.

Por se tratar de uma emenda à Constituição, a PEC ainda precisa ser analisada em segundo turno pelo Senado, com apoio mínimo de três quintos dos senadores (49 dos 81). A previsão é de que a nova votação seja no próximo dia 23.
Se passar na segunda votação, a proposta ainda seguirá para análise da Câmara dos Deputados, onde também precisará ser aprovada em dois turnos para entrar em vigor.
Pelo texto da PEC, os partidos que não atingirem os requisitos mínimos de desempenho eleitoral também serão obrigados a ter uma estrutura menor na Câmara, sem direito, por exemplo, a cargos de liderança e a parlamentares em comissões permanentes, além de cargos na Mesa Diretora.
Os requisitos que a PEC exige dos partidos a partir da eleição de 2018 são:
- obter pelo menos 2% dos votos válidos para deputado federal em todo o país;
- conseguir 2% dos votos para deputado federal em, no mínimo, 14 unidades da federação.
A PEC prevê, ainda, que, a partir das eleições de 2022, a taxa mínima de votos apurados nacionalmente será de 3%, mantida a taxa de 2% em pelo menos 14 unidades federativas.
Ponto a ponto
A PEC prevê que os partidos que não alcançarem os requisitos mínimos poderão se unir nas chamadas federações.
Pela proposta, esses partidos federalizados funcionarão, no Congresso, como um bloco, unido do início da legislatura até a véspera da data de início das convenções partidárias para as eleições seguintes.
Dessa forma, o bloco poderá ter funcionamento parlamentar, além de ter acesso às verbas partidárias e ao tempo de televisão, divididos entre as legendas segundo a proporção de votos obtidos na eleição.
O texto também determina o fim das coligações para eleições de deputados federais, estaduais e vereadores.
Atualmente, a legislação eleitoral permite alianças pontuais entre legendas para eleger deputados e vereadores. Por esse sistema, os votos obtidos pelas siglas unidas são somados, e se elegem os candidatos mais votados da coligação, de acordo com o número de cadeiras ao qual a coligação terá direito.
Se aprovada a proposta, não haverá mais coligações na eleição proporcional (para deputados federais, estaduais e vereadores). O fim das coligações favorece os grandes partidos, uma vez que um partido “nanico” não poderia se unir a outros para aumentar sua força.
Redução
Segundo levantamento feito pelo G1, se a cláusula de desempenho prevista nesta proposta já estivesse em vigor nas eleições de 2014, ela limitaria o funcionamento de 14 siglas no Congresso, além de restringir o acesso delas a verbas partidárias e ao tempo de TV.
Entre as legendas que seriam afetadas estão algumas tradicionais, como o PC do B, e PPS, além de partidos de criação mais recente, caso do PSOL e PROS.
Das 27 legendas que existem hoje na Câmara, restariam, com a cláusula de barreira, somente 13 com funcionamento parlamentar. Seriam elas:
- PMDB
- PT
- PSDB
- DEM
- PDT
- PP
- PR
- PRB
- PSB
- PSC
- PSD
- PTB
- SD
Perderiam o funcionamento parlamentar as seguintes legendas:
- PPS
- PROS
- PV
- PC do B
- PEN
- PHS
- PRP
- PRTB
- PSL
- PSOL
- PT do B
- Rede (não disputou as eleições de 2014. Mesmo com os quatro deputados que tem hoje, não atingiria o mínimo previsto pela PEC)
- PTN
- PMB (também não disputou as eleições de 2014. Com os dois deputados que tem hoje, não atingiria o mínimo previsto pela PEC)
A PEC prevê ainda que, a partir das eleições de 2022, a taxa mínima de votos apurados nacionalmente seja de 3%. Com isso, PSC e SD também entrariam na lista dos que ficariam sem funcionamento parlamentar.
Discussão
Durante o debate sobre a proposta, o líder da oposição no senado, Lindbergh Farias (PT-RJ), disse ser a favor da cláusula de desempenho, mas votou contra o texto porque, para ele, os requisitos mínimos previstos na PEC são muito rigorosos e prejudicam partidos com forte embasamento ideológico, como PC do B, PSOL e Rede.
Autor da proposta ao lado de Ricardo Ferraço (PSDB-ES), o senador Aécio Neves defendeu o texto e disse que, na Câmara, existe a possibilidade de os deputados flexibilizarem as regras.
“Existem no Brasil 35 partidos registrados hoje. Mais de 30 outros processos estão em curso no TSE para se constituírem novos partidos. Negar essa proposta é admitir que na política brasileira possamos ter disputando eleições 50, 60 legendas. Quero reiterar, que na Camara dos deputados há possibilidade de haver alguma flexibilização na proposta. Votar não a essa proposta é dizer que alguém possa governar com cinquenta legendas, isso é impossível”, afirmou Aécio. Fonte:G1.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Obama prega unidade e diz que facilitará transição a governo Trump

O presidente dos EUA Barack Obama se pronunciou nesta quarta-feira (9) sobre o resultado da eleição presidencial e disse que instruiu sua equipe a garantir uma transição de sucesso para o próximo presidente, Donald Trump.
O presidente afirmou que o país precisa agora de um senso de "unidade, inclusão e respeito pelas instituições". "Somos todos americanos primeiro, patriotas primeiro. Todos queremos o que é melhor para o país", afirmou.
Ele pediu aos jovens americanos que se mantenham encorajados e não se tornem cínicos.
Obama também elogiou Hillary e disse que "não poderia estar mais orgulhoso dela". Disse ainda que sua candidatura foi "histórica" e "deixa uma mensagem às nossas filhas".
Ele afirmou que "não é segredo" que ele e Trump têm diferenças significativas, mas que o felicitou e o convidou para uma reunião na Casa Branca. O presidente falou sobre suas realizações no cargo e afirmou que sua equipe deixou um país melhor e mais forte do que oito anos atrás.
Obama participou ativamente da campanha da democrata Hillary Clinton, fazendo discursos e mesmo criticando a atuação do FBI na investigação dos e-mails da candidata. Ela foi acusada de usar seu servidor particular para tratar de assuntos confidenciais na época em que era secretária de Estado. Ao longo da campanha, Trump criticou a administração de Obama. 
'Diálogo muito agradável'
A chefe da campanha de Trump, Kellyanne Conway, tinha dito mais cedo que Obama telefonou para Trump na madrugada da quarta, quando ele estava em um evento com partidários em Nova York. Ele respondeu à chamada logo depois de descer do palco.
Presidente Barack Obama discursa após derrota da democrata Hillary Clinton para o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA (Foto: Associated Press)Presidente Barack Obama discursa após derrota da democrata Hillary Clinton para o republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA (Foto: Associated Press)
Os dois tiveram o que ela descreveu como um "diálogo muito agradável" e podem se reunir na quinta-feira (9).
O secretário de imprensa da Casa Branca, Josh Earnest, já havia dito a jornalistas na semana passada, a bordo do avião presidencial Air Forte One, que o presidente tinha sua agenda vaga nesta quarta e quinta para uma possível reunião com o eleito.
Hillary 
Após a vitória ser confirmada pelas projeções, Trump disse que recebeu uma chamada de sua adversária democrata. "Ela me ligou para me parabenizar por nossa vitória, e eu a parabenizei por uma campanha muito, muito dura. Ela lutou muito forte", afirmou em discurso para seus partidários. O republicano também disse que os americanos têm com Hillary uma dívida de gratidão por seus anos de serviço ao país.
 Ex-presidente Bill Clinton aplaude sua mulher, a candidata democrata Hillary Cinton, que fala em Nova York nesta quarta-feira após vitória do republicano Donald Trump (Foto:  AP Photo/Andrew Hamik)Ex-presidente Bill Clinton aplaude sua mulher, a candidata democrata Hillary Cinton, que fala em Nova York nesta quarta-feira após vitória do republicano Donald Trump (Foto: AP Photo/Andrew Hamik)
Em discurso nesta quarta-feira, Hillary afirmou que a derrota nas eleições foi dolorosa e mostra o quanto a opinião pública dos Estados Unidos está dividida. O discurso aconteceu horas após o anúncio da vitória do republicano Donald Trump.
“Eu sei o quão desapontados vocês se sentem. É doloroso e vai ser por muito tempo. Nós vimos que a nossa nação está mais dividida do que pensávamos”, afirmou em um hotel de Nova York. A democrata estava nitidamente emocionada.
Bastante aplaudida, Hillary desejou sucesso a Trump e disse que espera que ele trabalhe em prol de todos os americanos.
Votação
resultado da eleição americana foi definido por volta das 5h30 desta quarta-feira. Ao longo da noite, enquanto a apuração avançava, Trump conquistou vitórias surpreendentes em estados-chave, abrindo caminho para a Casa Branca.
Contrariando as sondagens, Michigan, Wisconsin e Pensilvânia votaram em um republicano pela primeira vez desde os anos 1980. Juntos, esses estados têm 46 delegados.
Além disso, Hillary perdeu em Flórida, Carolina do Norte e Ohio, que são alguns dos chamados "swing states" – que têm grande número de delegados no colégio eleitoral e onde, historicamente, não há favorito. Quase sempre, eles são decisivos nas eleições americanas. A Flórida tem 29 delegados, Ohio tem 18, e Carolina do Norte, 15. O candidato precisa ter 270 delegados para ser eleito presidente.
Para ganhar a eleição, os democratas contavam com votos dos estados do Centro-Oeste, como Iowa, Ohio e Wisconsin, por causa do tradicional apoio dos negros e dos trabalhadores brancos. Mas muitos dos brancos dessa região, especialmente sem formação universitária, decidiram votar em Trump.
A importância desse grupo para os democratas tinha sido subestimada em projeções feitas antes do pleito, segundo o jornal "The New York Times". Analistas dizem o apoio desses trabalhadores a Obama já tinha sido menor em 2012, principalmente pelo receio de perder o emprego para outros países.
Os trabalhadores rurais de estados centrais e do Norte também escolheram em peso o republicano e fizeram diferença no resultado. G1.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Veja Gols de Grêmio 0 x 3 Sport Melhores Momentos - Brasileirão 2016




Os próprios torcedores reconheceram que não era o habitual o ritmo do time dentro de campo. Ainda que atacasse com insistência, parecia faltar ao Grêmio maior ambição para buscar o gol. Claro, para isso também contribuía a ineficiência dos atacantes. Um tanto quanto dispersivo, Henrique Almeida estragou pelo menos dois ataques. Negueba destacou-se mais pelo descontrole emocional, como na dura falta sobre Renê, na qual escapou de ser expulso — já havia recebido um cartão amarelo. Pedro Rocha, apesar de ativo, voltava a apresentar dificuldades de conclusão. Restava a criatividade de Douglas, com seus passes sempre precisos, mas era flagrante a falta de Luan, preservado por cansaço.
A 18 minutos, Negueba avançou com liberdade pela direita, serviu a Douglas e o chute, rasteiro, passou muito perto. O Sport respondeu aos 21, quando Everton Felipe deu drible entre as pernas de Wallace Oliveira e chutou cruzado, para fora. Pedro Rocha teve sua oportunidade a 24 minutos, mas voltou a repetir uma de suas deficiências. Aproveitou a saída errada de Ronaldo, na frente da área, avançou alguns metros, mas arrematou fraco, nas mãos de Magrão.
Diego Souza, então, começou a fazer a diferença. Experiente, soube tirar proveito da desatenção dos volantes Walace e Jailson e passou a ocupar uma faixa de campo bem próxima da área. A 35, serviu a Neto Moura, que bateu muito alto. Aos 44, com um chute mágico, Diego Souza acertou o ângulo esquerdo, fora do alcance de Marcelo Grohe. Eram 44 minutos e a torcida do Grêmio, interessada em ver a ascensão de um adversário direto do Inter na luta contra o rebaixamento, retribuiu com aplausos. Com uma reverencial curvatura de corpo, o meia do Sport agradeceu na beira do campo.
Com duas alterações — o sul-africano Ty no lugar de Negueba e Batista no de Henrique Almeida —, o Grêmio sequer conseguiu se articular no começo do segundo tempo. Eram dois minutos quando Ruiz deixou Kannemann para trás, cruzou alto e Rogério, por trás de Wallace Oliveira, concluiu de primeira e ampliou para 2 a 0. De novo, sob aplausos de alguns dos torcedores adversários.
A noite dos sonhos do Sport foi fechada por Diego Souza. Sem marcação, ele avançou até perto da área e, com sutileza, encobriu Grohe. A bola, contudo, desviou na trave e não entrou. A compensação para o volante veio aos 44, com outro bonito gol do volante. A derrota quebrou a invencilidade tricolor de oito partidas. Quanto ao Sport, festejou sua primeira vitória em 74 anos contra o Grêmio em Porto Alegre _ a última havia sido em 1942, na antiga Baixada. Fonte: Zero Hora.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Sport deu uma surra no Grêmio.


O Grêmio deixou escapar a chance de ingressar no G-6 do Brasileirão, seu plano B para chegar à Libertadores. Indolente em alguns momentos, foi goleado por 3 a 0 para o Sport, na Arena, na noite desta segunda-feira, e manteve-se na oitava colocação. O mau desempenho pode ser explicada pela preservação de alguns titulares, entre eles Luan. Mas, com certeza, também passa pela falta de foco na competição, ainda que restem mais de duas semanas até o começo da decisão da Copa do Brasil, contra o Atlético-MG.
Já os torcedores pareceram não se incomodar com o resultado. Chegaram até a aplaudir os dois gols que fizeram a equipe pernambucana distanciar-se do Inter na luta para fugir da Série B em 2017.
Os próprios torcedores reconheceram que não era o habitual o ritmo do time dentro de campo. Ainda que atacasse com insistência, parecia faltar ao Grêmio maior ambição para buscar o gol. Claro, para isso também contribuía a ineficiência dos atacantes. Um tanto quanto dispersivo, Henrique Almeida estragou pelo menos dois ataques. Negueba destacou-se mais pelo descontrole emocional, como na dura falta sobre Renê, na qual escapou de ser expulso — já havia recebido um cartão amarelo. Pedro Rocha, apesar de ativo, voltava a apresentar dificuldades de conclusão. Restava a criatividade de Douglas, com seus passes sempre precisos, mas era flagrante a falta de Luan, preservado por cansaço.
A 18 minutos, Negueba avançou com liberdade pela direita, serviu a Douglas e o chute, rasteiro, passou muito perto. O Sport respondeu aos 21, quando Everton Felipe deu drible entre as pernas de Wallace Oliveira e chutou cruzado, para fora. Pedro Rocha teve sua oportunidade a 24 minutos, mas voltou a repetir uma de suas deficiências. Aproveitou a saída errada de Ronaldo, na frente da área, avançou alguns metros, mas arrematou fraco, nas mãos de Magrão.
Diego Souza, então, começou a fazer a diferença. Experiente, soube tirar proveito da desatenção dos volantes Walace e Jailson e passou a ocupar uma faixa de campo bem próxima da área. A 35, serviu a Neto Moura, que bateu muito alto. Aos 44, com um chute mágico, Diego Souza acertou o ângulo esquerdo, fora do alcance de Marcelo Grohe. Eram 44 minutos e a torcida do Grêmio, interessada em ver a ascensão de um adversário direto do Inter na luta contra o rebaixamento, retribuiu com aplausos. Com uma reverencial curvatura de corpo, o meia do Sport agradeceu na beira do campo.
Com duas alterações — o sul-africano Ty no lugar de Negueba e Batista no de Henrique Almeida —, o Grêmio sequer conseguiu se articular no começo do segundo tempo. Eram dois minutos quando Ruiz deixou Kannemann para trás, cruzou alto e Rogério, por trás de Wallace Oliveira, concluiu de primeira e ampliou para 2 a 0. De novo, sob aplausos de alguns dos torcedores adversários.
A noite dos sonhos do Sport foi fechada por Diego Souza. Sem marcação, ele avançou até perto da área e, com sutileza, encobriu Grohe. A bola, contudo, desviou na trave e não entrou. A compensação para o volante veio aos 44, com outro bonito gol do volante. A derrota quebrou a invencilidade tricolor de oito partidas. Quanto ao Sport, festejou sua primeira vitória em 74 anos contra o Grêmio em Porto Alegre _ a última havia sido em 1942, na antiga Baixada. Fonte: Zero Hora.
Professor Edgar Bom Jardim - PE