Segundo o candidato, falta a Geraldo Julio estatura política (Foto: Leo Caldas/Divulgação)
Não bastasse criticar a gestão nos últimos dias por onde tem passado, o candidato da coligação Pernambuco Vai Mais Longe ao Governo do Estado, Armando Monteiro Neto (PTB), foi mais enfático ao avaliar o prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB), nesta quarta-feira (24). O petebista disse ter se arrependido de ter votado no socialista na disputa para a Prefeitura do Recife, em 2012, quando verifica a situação da capital pernambucana hoje. Na época, Geraldo disputou a eleição contra um PT rachado.
“Eu queria até fazer aqui um mea culpa porque votei em Geraldo Julio. Naquelas circunstâncias, tendo em vista as contradições que marcavam a posição do PT, você sabe que houve uma fratura ali, uma fratura grave naquela circunstância, eu entendi que diante daquelas divisões internas que deveria se buscar uma alternativa. E aí votei no prefeito, apoiei o prefeito e o prefeito destacava publicamente a importância do meu apoio à época, em 2012”, disse Armando Monteiro Neto em entrevista à Rádio JC News.
De acordo com o petebista, falta ao atual prefeito “aquele elemento de natureza política”, que seria “a capacidade de entender as reais prioridades da cidade”.
Segundo o candidato, falta a Geraldo Julio estatura política. “Me arrependi do voto. Porque no caso de Geraldo, há dois elementos: o primeiro é que ele não revelou estatura política. E o prefeito do Recife tem que ser um ente político também, alguém que tenha liderança própria”, alfinetou.
Ao ser questionado se acredita que o ex-prefeito João da Costa (PT) tem essa estatura política, Armando Neto afirmou que o petista tinha um perfil mais político devido à sua trajetória política. “Mas o fato é que Geraldo não revelou essa envergadura política. Ou seja, a capacidade, vamos dizer, de falar para a cidade, de liderar o processo da cidade, de promover um amplo diálogo social, ele revela uma insuficiência nesse perfil. E do ponto de vista administrativo, o gestor me parece muito ausente à administração”, declarou.