sexta-feira, 21 de junho de 2013

Batman é o guardião da sua cidade?


Por Antonio Rezende.

Imaginar aventuras é muito diferente de vivê-las. Há perigos que nem todos gostam. O medo da instabilidade e da surpresa deixa um suspense. Melhor, para muitos, é ficar de olho na TV ou no cinema e mergulhar nas fantasias alheias. A diversão faz parte da vida, tem seu preço, não há como negar seus encantos. Não é à toa que existem tantos paraísos, sonhos e formas de enganar a incompletude. O desejo de superação circula solto atiçando os corpos e as mentes. Temos  capacidade de criação e ânimo, o desafio de viver está anunciado no cotidiano.
Batman é um dos heróis contemporâneos. Faz sucesso, como protetor de sua amada cidade. Seu companheiro de lutas, Robin, é solidário e provoca comentários irônicos. Nem tudo é exaltação, mas as culturas procuram ritmar contrapontos. Quem pensa num mundo homogêneo idealiza o impossível. A história possui  quietudes e permanências, mas  o seu movimento, nem sempre, é constante. Não podemos festejar que há um progresso indiscutível. Os desencontros são visíveis, as desigualdades marginalizam e as minorias conseguem assegurar riquezas. Fala-se em democracia para amenizar as vacilações políticas e esconder as negociações obscuras.
As cidades são lugares especiais. Elas passam por  descontroles que seus governantes não parecem compreender. Sempre há um planejamento, muita celebração de mudanças futuras, porém o desmantelo se expande, ganhando espaço e a desconfiança aumentando. Por isso, a lembranças dos heróis. Os norte-americanos fabricam muitos. Eles os divulgam em revistas em quadrinhos com produções fabulosas. Encantam, inventam produções cinematográficas. Querem enfatizar que o bem está forte e há quem o defenda com coragem inusitada. A cidade é lugar de mitos e de assombrações, não apenas de construções negociáveis.
Batman combate figuras surrealistas. Simbolizam maldades, trazem coreografias inesperadas, firmam truques surpreendentes. Quem não se recorda do Coringa? Não é fácil destruir suas astúcias e suas ambições. Não faltam manobras inteligentes. Batman e os heróis não têm sossego, as cidades são cenários de violências que intimidam. A vitória do bem contra mal é assistida nos silêncios dos cinemas. Atrai a plateia. A catarse se realiza, mesmo que os mais críticos demonstrem-se saturados com o desfilar de certas extravagâncias. Negam o divertimento. Jogam Batman e o Coringa no lixão das manias descartáveis.E as nossas cidades que se desmancham e sofrem com as agressões de todo tipo?
Há falta do primordial. A grande maioria sente-se na corda bomba. Até suas moradias são precárias, esperam destruições, não sustentam um cotidiano com um mínimo de sossego. Quem são seus heróis? Eles têm que superar o pesadelo das chuvas frequentes, gritar pela mobilidade e o transporte público, denunciar ausências e ironizar certas situações. Suas bicicletas não passeiam. Vão ao trabalho. Existem para diminuir as despesas e não para ajudar a curtir o sol. Viver a cidade é ocupá-la democraticamente, fortalecendo direitos e socializando conquistas. É preciso ficar atento aos enganos e observar quem determina os privilégios. As armadilhas também divertem e a política brinca com sutilezas. Por que não cultivar a responsabilidade e o diálogo?

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Simon espera pronunciamento de Dilma à nação sobre manifestações nas ruas




Da Redação

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) disse esperar que a presidente Dilma Rousseff fale à Nação a respeito do quadro político após as manifestações no país. Em pronunciamento na tribuna, nesta sexta-feira (21), Simon avaliou que esse será o mais importante pronunciamento de Dilma, estando seu prestígio e mesmo sua reeleição amarrados ao que dirá em resposta ao recado que está vindo das ruas.
- É hora de ela se identificar com esse povo que está nas ruas - afirmou.
Simon destacou ainda a reunião da presidente com um grupo de ministros para avaliar a situação. Para o senador, ela deve assumir papel de comando, não pelo “grito”, mas no “diálogo”, mas deixar claro que acabou a tolerância com a política de barganhas. Disse que a mensagem deverá ser também transmitida aos partidos da base governista.
- Seria ridículo de minha parte pedir que Dilma rompesse com as alianças. Não digo isso, mas que ela pode reunir os partidos para mostrar as manchetes que estão percorrendo o mundo inteiro – disse.
Além da crença em que as manchetes sirvam como elemento de convencimento, ele também manifestou confiança na capacidade pessoal de Dilma Rousseff para enfrentar a situação. O senador lembrou que a presidente mostrou força para, ainda jovem, superar a tortura. Também mencionou suas qualidades como gestora, desde que participou do governo do Rio Grande do Sul e como chefe da Casa Civil de Lula. Agora, assinalou, Dilma deve tomar posição a favor de uma nova forma de fazer política.
- Ou continua com a política do ‘troca-troca, vota comigo’ e as emendas serão atendidas ou com a política da grandeza – afirmou.
O senador também comentou a condenação de Dilma ao fato de o PT, em São Paulo, ter orientado a militância a participar dos protestos. Líderes e manifestantes estão rejeitando a presença organizada de partidos. Simon lembrou que a iniciativa ocorreu depois da reunião de Dilma com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente do PT e o marqueteiro João Santana. A seu ver, isso acabou estimulando a interpretação de que a ideia nasceu da reunião.
Simon condenou ainda a ação de manifestantes que, na contramão da maioria, praticaram atos de vandalismo durante os protestos.
Agência Senado
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Movimento gay apoia mudança na Constituição para garantir casamento civil igualitário

Gorette Brandão



Em audiência na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), nesta quarta-feira (19), parlamentares e integrantes do movimento LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) defenderam a previsão na Constituição do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. O direito já é garantido por recente resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obriga os cartórios a formalizarem casamentos entre homossexuais.
O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) argumentou que o casamento igualitário representa uma pauta positiva e afirmativa de direitos que merece o posto de “locomotiva da cidadania LGBT”. A seu ver, o movimento gay precisar enfrentar a homofobia institucional, tanto quanto a discriminação e a violência. Ele disse considerar inaceitável a exclusão jurídica do casamento igualitário.
- É preciso alterar o texto constitucional e da lei para que as uniões sejam garantidas e sejamos reconhecidos como cidadãos pelo Estado. Aí estaremos enfrentando a discriminação jurídica, fortalecendo a equidade de direitos e também o objetivo da República da promoção do bem de todos sem discriminação – disse o deputado.
A audiência serviu ainda para a mobilização de militantes da comunidade LGBT em apoio à campanha pelo casamento igualitário. O próprio Jean Wyllys já elaborou uma proposta de emenda constitucional destinada a alterar dispositivo da Carta Magna que trata do casamento. Ao fim, os participantes se dirigiram à Câmara dos Deputados para ajudar na coleta de assinaturas de deputados. Jean Wyllys disse que já reuniu mais de 80 assinaturas, mas precisa chegar a 171, o mínimo para o registro da PEC naquela Casa.
Pela proposta, a referência "o homem e a mulher", constante do art. 226, § 3º, daria lugar a "pessoas". Em oposição à mudança, um grupo de jovens evangélicos ocupou o fundo da sala da CDH e de lá exibiu cartazes com o lema “Pela família tradicional”. Houve aplausos à resposta dada por um jovem militante gay, por meio de cartaz improvisado com a frase “Por todas as famílias”.
Segurança jurídica
A busca por segurança jurídica foi outro argumento apresentado pelos defensores do casamento igualitário. Assim como Jean Wyllys, o advogado Paulo Vecchiatti, autor do livro Manual da homoafetividade, destacou como importante conquista o casamento gay amparado em decisões do Judiciário. Ele manifestou preocupação, no entanto, com mudanças de entendimento no Judiciário.
- Se o Supremo for invadido por conservadores, não se pode desprezar o risco de que possa mudar de ideia e revogar as disposições atuais. Por isso, alterar a Constituição e o Código Civil é importantíssimo – observou o advogado.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 14 de maio, adotou resolução para obrigar os cartórios a formalizar casamentos homoafetivos. O órgão levou em conta decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) favorável à possibilidade de casamento civil entre pessoas do mesmo sexo, com base numa ação específica, adotando no argumento da isonomia de direitos, levando ainda em conta que a Constituição não venda essa possibilidade, havendo apenas omissão. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu há dois anos a união estável homoafetiva.
Risco
Gustavo Carvalho Bernardes, da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, observou que a estratégia de debater a PEC e mudanças no Código Civil não estava totalmente isenta de riscos. Ele ponderou que, por interferência de parlamentares conservadores, as matérias poderiam ser emendadas com medidas para tornar assimétrico o casamento gay em relação ao casamento heterossexual.
Com base nisso, Bernardes questionou se não seria melhor continuar nesse momento com as conquistas obtidas por meio do Judiciário e investir maior esforço na aprovação do projeto que criminaliza a homofobia (PLC 122/2009). A proposta aguarda relatório do senador Paulo Paim (PT-RS) para ser votado na CDH. Jean Wyllys e Vecchiatti, porém, disseram que as duas pautas são complementares e devem caminhar juntas.
Obscurantismo
A audiência foi proposta pelos senadores Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) e Lídice da Mata (PSB-BA). Lídice aproveitou para criticar a aprovação do chamado projeto da “cura gay”, ocorrido nesta terça, na CDH da Câmara dos Deputados. A seu ver, os deputados da CDH, hoje esvaziada dos integrantes que contestam a eleição do pastor Marcos Feliciano (PR-SP) como presidente, optam pelo obscurantismo num século marcado pela afirmação dos direitos das minorias.
Em reforço, o senador João Capiberibe, vice da CDH, declarou que quem está precisando de cura “são algumas cabeças deformadas do nosso Parlamento”. Capiberibe dividiu a coordenação da audiência com a presidente da CDH, senadora Ana Rita (PT-ES), e o senador Eduardo Suplicy (PT-SP).
Também participaram os deputados Érica Kokay (PT-DF) e Chico Alencar (PSOL-RJ), além de Letícia Perez e Kátia Ozório, casal que obteve, por meio de ação iniciada na Justiça do Rio Grande do Sul, a primeira sentença do STJ favorável ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.
Agência Senado

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quinta-feira, 20 de junho de 2013

Estudantes de Bom Jardim protagonizam a luta do povo brasileiro e reivindicam Campus da UPE do Agreste

Bom Jardim é Pernambuco! Bom Jardim é Brasil! A juventude e o Brasil  querem mais ... 

Mais de quatrocentos estudantes da escola de Referência em Ensino Médio, Justulino Ferreira Gomes, promoveram uma  caminhada no centro do Distrito de Umari do Bom Jardim- PE, na manhã desta quinta-feira (20). O ato foi coordenado pelo professor Edgar Santos, titular das disciplinas de  Direitos Humanos e História e contou com o apoio dos demais professores, representantes do Grêmio Estudantil, da gestora, professora Paula França e demais membros da comunidade escolar. O alunado vivenciou  uma experiência singular em suas vidas ao participar desse momento histórico, sendo protagonistas das mudanças que o Brasil terá na atual conjuntura e em suas estruturas futuras.  É missão da escola estimular a reflexão, o diálogo, o debate junto a comunidade em que a  escola está inserida. Ser cidadão é perceber, participar e influir nas discussões dos grandes temas nacionais, internacionais focando o olhar para a realidade local  que interfere diretamente na vida de cada jovem, de cada cidadão. É na comunidade que sentimos as dificuldades, carências do cotidiano. Hoje, foi o dia de colocar em prática muito do que foi visto nas aulas deste ano. Os estudantes  da região precisam continuar seus estudos, ingressar na universidade, crescer e fazer crescer o Brasil, Pernambuco e a Região do Agreste Setentrional. Os jovens querem do Governo de Pernambuco, a instalação do Campus da UPE em Bom Jardim, nas margens da PE- 90, próximo a comunidade de Umari. O ato também focou na melhoria da saúde pública, na indignação contra a corrupção, a PEC 37, nos gastos excessivos com a copa, na falta apoio dos governantes com a juventude, no apelo por mais atenção e investimentos na educação, na valorização dos professores, no desejo de um ambiente sadio, de uma vida de paz, amor e sem preconceitos. 




Umari do Bom Jardim - PE, 20 de Junho de 2013.
Fotos :Simone Lins / Wanessa Valdirene /David /Prof(a).Roniérica e Prof.Edgar

Publicado em 20/06/2013.
professoredgarbomjardim

Protesto na Escola:Copa,copa, copa... Menos Futebol e mais Educação

Bom Jardim - PE, 17 de Junho de 2013. Avaliação  final do II bimestre na EREM Justulino Ferreira Gomes.  Disciplina: Direitos Humanos - Leitura de Mundo ( Charges ). Professor Edgar.
 Produção da Estudante Jéssica Maria.



 Produção da estudante Jéssica Kelle
 Produção do estudante Gilberto Oliveira


 Produção da estudante Milena


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