segunda-feira, 8 de abril de 2013

Viva a felicidade !


Imagem teve mais de 100 mil 'curtidas' em página de combate ao câncer.
Acompanhamento da criança é feito em hospital de São José dos Campos.

Carlos SantosCom informação do G1 Vale do Paraíba e Região (*)

Menina de 3 anos comemora fim de quimioterapia e comove na internet (Foto: Reprodução/ Facebook)Mais de 100 mil 'curtiram' a foto de Manu comemorando a evolução no tratamento contra o câncer.
(Foto: Reprodução/ Facebook)
Após lutar os seus quase três anos de vida contra um câncer raro, a história da pequena Manu vem causando comoção nas redes sociais. Em março, ela completou sete meses sem a necessidade de realizar sessões de quimioterapia e comemorou a evolução no tratamento com uma foto agradecendo ao hospital onde ela realizou o tratamento, em São José dos Campos, no interior de São Paulo.

Em pouco mais de uma semana, mais de 100 mil pessoas curtiram a imagem em uma comunidade voltada ao combate do câncer. Somente na primeira publicação da foto foram cerca de 92.500 'curtidas'. Na foto, a menina segura um cartaz com a frase: "Estou a (sic) 7 meses sem quimioterapia!!! Agradeço a Deus e ao GACC - São José dos Campos".
A ideia de colocar a foto na internet foi de Erick Moura, pai de Manu. Além de comemorar a evolução do tratamento da filha contra a Histiocitose de Células de Langerhans, o objetivo, segundo ele, é também ajudar o Grupo de Assistência a Criança com Câncer (Gacc), onde ela realizou o tratamento e que passa por uma crise financeira.

"A gente sabe da dificuldade para se manter um hospital daquele porte. Não é fácil. Aí tivemos a ideia de comemorar os 7 meses sem quimioterapia da Manu, mas também jogar uma sementinha para que as pessoas se sensibilizem pelo o que o Gacc está passando. Minha filha está em fase final de tratamento, mas tem muito mais gente que precisa de ajuda", afirmou ao G1.

O Gacc é o único hospital do Vale do Paraíba especializado em tratamento para crianças com câncer e tem uma dívida estimada de aproximadamente R$ 800 mil. Segundo a unidade, o número de pacientes atendidos cresceu no ano passado em uma proporção muito maior que a capacidade de captação de recursos. O resultado é uma dívida que não para de crescer e que já coloca em risco o funcionamento do hospital.
"A gente fica chateado por essa crise porque a gente sabe o tanto que eles fazem. Não só por nossa filha, mas para muitas crianças. Eles fazem tudo pensando no tratamento. Sempre fizeram o melhor pela minha filha. É um trabalho muito bonito, humano. Não só paciente, mas família também. Eles fazem muita coisa mesmo, pensando principalmente no bem-estar", disse Moura.
Tratamento
Emanuela Kobanawa tem 2 anos e 9 meses, mas luta contra a Histiocitose de Células de Langerhans desde os três meses de vida. A doença é caracterizada pela proliferação e acúmulo de células Langerhans, um tipo de célula de defesa jovem, em vários tecidos. Na maioria dos casos, a apresentação da doença acontece na infância.

Por conta da doença da filha, a família que morava no interior de Goiás teve que mudar toda sua rotina. Antes de chegar ao Gacc, a criança iniciou o tratamento no Hospital Araújo Jorge, em Goiânia, onde ficou internada durante dois meses.
No começo do tratamento da doença no Gacc, ela teve a primeira complicação por conta das sessões de quimioterapia e chegou a ficar 45 dias internada no hospital, sendo 30 na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Atualmente, a família de Manu vive em Itajubá, no sul de Minas Gerais. Apesar disso, as visitas dela a São José dos Campos continuam, já que Manu ainda não teve alta no tratamento. Ela ainda faz um acompanhamento periódico junto ao Gacc, mas os pais confiam na cura da filha.

"O risco da doença voltar ainda existe. O acompanhamento estava inicialmente em uma vez por mês, mas agora está indo de dois em dois meses. O tempo desse acompanhamento depende da evolução dela. Sete meses sem quimioterapia representa o caminho certo. Estamos confiantes, acreditamos na cura dela", explica o pai.

Crise no Gacc
Fundado há 20 anos, o Gacc oferece atendimento integral a mais de 500 crianças e jovens em 39 cidades do Vale Paraíba e região. Desde julho de 2008, a entidade conta com o Centro de Tratamento Fabiana de Morais (CTFM), único hospital da região habilitado pelo Ministério da Saúde como de alta complexidade em oncologia. No local, 80% dos pacientes atendidos são do SUS.
A unidade corre o risco de suspender o atendimento por conta de dificuldades financeiras. A dívida acumulada apenas em 2012 soma R$ 800 mil. Além disso, o déficit mensal é de R$ 200 mil. O montante repassado pelo SUS cobre apenas 30% das despesas. Para colaborar com o Gacc, acesse o site www.gacc.com.br e clique no link quero fazer uma doação.

www.professoredgar.com

Margaret Thatcher, a dama do neoliberalismo


Primeira mulher premiê do Reino Unido morreu aos 87, vítima de derrame.
Polêmica, Thatcher era chamada de Dama de Ferro devido ao pulso firme.

Com Informações do G1.

 
www.professoredgar.com
Morreu nesta segunda-feira (8) aos 87 anos Margaret Thatcher, primeira mulher a se tornar primeira-ministra britânica, cargo no qual ficou por três mandatos consecutivos, entre 1979 e 1990.
Ela foi uma das figuras dominantes na política inglesa no século XX, ao dirigir um governo que reduziu o tamanho do Estado e transformou o Reino Unido.
Sua política neoliberal, que entrou para a história com o nome de “thatcherismo”, ainda influencia líderes mundialmente e é criticada e elogiada até hoje, inclusive no Brasil.
O porta-voz da família de Thatcher informou ela morreu em Londres, em consequência de um acidente vascular cerebral.
"É com grande tristeza que Mark e Carol Thatcher anunciam que sua mãe, a baronesa Thatcher, morreu em paz depois de um derrame, esta manhã," disse o Lorde Tim Bell, o porta-voz.
Repercussão
Após sua morte, o atual premiê britânico, o conservador David Cameron, disse que o Reino Unido "perdeu uma grande líder, uma grande primeira-ministra e uma grande britânica".
O premiê voltou ao Reino Unido, interrompendo uma visita a países europeus. Ele estava em Madri, capital da Espanha, para encontrar seu colega Mariano Rajoy, quando soube da morte. Ele iria depois a Paris, para conversar com o presidente Francois Hollande.
A Rainha Elizabeth II também lamentou a morte de Thatcher. "A rainha recebeu com grande tristeza a notícia da morte da baronesa Thatcher", comunicou o palácio de Buckingham.
Doença
Thatcher havia sido internada pela última vez em dezembro de 2012, quando passou por uma cirurgia na bexiga.
Ela não falava em público desde 2002, quando os médicos desaconselharam a presença diante de audiências após uma série de pequenos derrames que deixaram como sequela confusões ocasionais e perdas de memória.
A filha Carol escreveu em suas memórias, publicadas em 2008, que, nos piores momentos, Thatcher tinha dificuldades para terminar as frases e esquecia que o marido, Denis, havia morrido em 2003.
Cerimônia fúnebre e cremação
O governo britânico anunciou que Thatcher, cujo nome completo era Margaret Hilda Thatcher, terá um "funeral cerimonial", com honras militares, mas não um "funeral de Estado". Ele será realizado na Catedral de Saint Paul, em Londres.
O funeral cerimonial está abaixo do funeral de Estado, realizado pela última vez no Reino Unido para alguém de fora do círculo da monarquia em 1965, por ocasião da morte de Winston Churchill.
Os últimos funerais do mesmo tipo reservado a Thatcher foram realizados pela morte da rainha Elizabeth, a "Rainha-mãe", em 2002, e de Diana, princesa de Gales, em 1997.
Ainda não foi definida uma data, e mais detalhes serão divulgados nos próximos dias.
"Uma ampla e diversa variedade de pessoas com grupos e ligações com Lady Thatcher vai ser convidada", disse o escritório do premiê.
"O serviço vai ser seguido por uma cremação privada. Todos os preparativos estão sendo tomados em linha com os desejos da família", diz o texto de Downing Street.
Arte Margaret Thatcher versão 2 - vale esta (Foto: Arte/G1)
Vida
Margaret Hilda Roberts nasceu em 13 de outubro de 1925 em Grantham, Lincolnshire.
Seu pai era pastor e membro do conselho da cidade, além de comerciante.
Na casa da família, a missa era obrigatória, e o trabalho, em casa ou ajudando o pai no comércio, era uma segunda religião, razão pela qual a jovem saía pouco.
Por conta disso, ela se tornou uma "viciada em trabalho".
Pessoas próximas contam que ela costumava dormir quatro horas diárias e trabalhava "o resto do tempo".

Maggie graduou-se em química em Oxford em 1947 e depois também estudou direito, formando-se em 1954.
Desta época, data o seu interesse e sua aproximação da política
Em 1951, casou-se com Denis Thatcher, um rico homem de negócios, com quem, dois anos depois, teve dois filhos gêmeos, Carol e Mark.
Além de lhe dar seu nome, Denis a acompanhou e apoio durante mais de 50 anos de casamento, até morrer em 2003.
Carreira política
Thatcher se tornou membro dos Tories, como é chamado o Partido Conservador, no Parlamento de Finchley, ao norte deLondres, em 1959, onde cumpriu mandato até 1962.
Seu primeiro cargo parlamentar foi como ministra-assistente para previdência no governo de Harold Macmillan.
De 1964 a 1970, quando o Partido Trabalhista assumiu o poder, ela ocupou diversos cargos no gabinete de Edward Heath. Heath se tornou primeiro-ministro em 1970, e Thatcher, sua secretária de Educação.
Durante o período que ocupou a pasta, ela aumentou o orçamento da educação no país, mas foi criticada por abolir o leite que era gratuito em escolas para crianças.
A medida polêmica lhe deu o apelido de “Thatcher the Milk Snatcher”, algo como “Thatcher, a Ladra de Leite”.
Após os conservadores sofrerem nova derrota, em 1974, Thatcher concorreu com Heath pela liderança do partido e, para surpresa de muitos, venceu a indicação. Em 1979, o Partido Conservador venceria as eleições gerais, e ela se tornaria primeira-ministra, aos 54 anos.
Cinco anos antes, ela havia declarado: "Serão necessários anos - e não verei isso de novo durante a minha vida - para que uma mulher dirija este partido ou se torne primeiro-ministro".
‘Thatcherismo’
Com ideias arrojadas, ela criou uma nova expressão no dicionário inglês: “thatcherismo”, que significa uma política que privilegia a liberdade de mercado, as privatizações, preconiza menos intervenção do governo na economia e mais rigor no tratamento com os sindicatos de trabalhadores.
Suas políticas conseguiram reduzir a inflação, mas o desemprego aumentou dramaticamente no período.
Durante seu governo, os sindicatos foram amordaçados, setores inteiros da economia (telecomunicações, ferrovias, aeronáutica) foram privatizados, e o chamado "Estado de bem-estar social" foi desmantelado.
Os impostos e os gastos públicos foram reduzidos. Veja o legado econômico do governo Thatcher.
Adversários diziam que Thatcher havia criado uma nação dividida entre o sul, mais rico, e o norte, mais pobre.

Os círculos empresariais a veneravam, mas sua revolução também se chocava com fortes resistências, uma divisão vigente até hoje na avaliação de seu legado.

Nos primeiros anos de seu mandato, foi superada a marca de três milhões de desempregados, nível inédito desde os anos 1930, pós-Grande Depressão.
Cresceram o mal-estar social e os confrontos com os sindicatos, contra os quais declarou uma guerra sem quartel. Não por menos, alguns britânicos foram às ruas celebrar a morte da ex-premiê.
No início dos anos 1980, os mineradores em greve se chocaram com a intransigência da Dama de Ferro, diferente do modo de atuar dos governos anteriores. Seus aliados afirmam que ela evitou que o país caísse vítima de  uma crise energética.
Nova vitória
Apesar dos confrontos e polêmicas, o sucesso militar na guerra com a Argentina pelas IlhasMalvinas, em 1982, e uma oposição trabalhista rachada ajudaram Thatcher a conquistar uma nova vitória nas eleições de 1983.
Em 1982, quando as tropas argentinas desembarcaram no arquipélago austral das Malvinas, sob dominação britânica desde 1833, Thatcher enviou uma força naval que em dois meses, facilmente, recuperou as ilhas, chamada de Falklands pelos britânicos.
A vitória encaminhou sua reeleição em 1983.
Atentado
Em 1984, Thatcher escapou por pouco de um atentado do IRA (o Exército Republicano Irlandês, com quem foi intransigente), que instalou um carro-bomba numa conferência do Partido Conservador em Brighton. Cinco pessoas morreram e vários ficaram feridas, inclusive colegas dela.
Horas depois do atentado, cumprindo a agenda, ela fez o pronunciamento de encerramento da conferência anual do Partido Conservador, prometendo não fazer concessões na luta contra o terrorismo.
Fim da Guerra Fria
Thatcher cultivou uma relação muito próxima e pessoal com o então presidente dos EUA, o republicano Ronald Reagan, e o reformista líder soviético Mikhail Gorbachov, o que a fez ter um papel importante no fim da Guerra Fria, que opunha os blocos capitalista e comunista.
Por conta disso, nessa época, recebeu, da imprensa soviética, o apelido de “Dama de Ferro”. Era para ser uma crítica, mas ela gostou e "adotou" o apelido.
"Margaret Thatcher era uma grande personalidade política e uma pessoa brilhante. Ela permanecerá na memória e na história", disse Gorbachov sobre a morte, citado pela agência russa Interfax.
Com cartaz 'a bruxa está morta', mulher comemora a morte de Margaret Thatcher nesta segunda-feira (8) em Londres (Foto: AFP)Com cartaz 'a bruxa está morta', mulher comemora a morte de Margaret Thatcher nesta segunda-feira (8) em Londres (Foto: AFP)
Ceticismo europeu
Ao nacionalismo de Thatcher, somou-se uma desconfiança em relação à União Europeia. Suas críticas aos "burocratas de Bruxelas", gestores do bloco, entraram para a história.
A União Europeia (UE) lamentou nesta segunda a morte da ex-primeira-ministra britânica , que será recordada por suas "contribuições e por suas reservas ao projeto europeu".

O presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, destacou que a ex-dirigente foi "uma pessoa-chave, e também circunspecta" em relação à construção do projeto europeu.

Terceiro mandato e queda
Nas eleições de 1987, Thatcher ganhou um inédito terceiro mandato. Mas suas políticas controversas, como a adoção de novos impostos (a famosa "Poll Tax", que provocou protestos de rua) e a oposição a qualquer integração mais próxima com a Europa, levaram sua popularidade a cair para o nível mais baixo desde que ela havia assumido o poder, em 1979.
A política interna da primeira-ministra começava a fracassar. Com a inflação alta, o país caminhava para a recessão, e sua liderança começou a ser questionada dentro do próprio Partido Conservador.
Em novembro de 1990, ela concordou em renunciar ao cargo e à liderança do partido, sendo substituída por John Major. A renúncia ocorreu em 22 de novembro.
Ela foi a recordista de tempo de permanência no poder no século XX, com 11 anos.
Bandeira britânica a meio mastro nesta segunda-feira (8) em Downing Street 10, residência oficial do premiê, em homenagem a Margaret Thatcher (Foto: Reuters)Bandeira britânica a meio mastro nesta segunda-feira (8) em Downing Street 10, residência oficial do premiê, em homenagem a Margaret Thatcher (Foto: Reuters)
Aposentadoria
Após sua saída em prantos de Downing Street, residência oficial do premiê britânico, a baronesa Thatcher se refugiou no elegante bairro londrino de Belravia, onde continuou preparando lucrativas conferências e redigindo suas memórias.

Em fevereiro de 2007, ela tornou-se a primeira ex-chefe de Governo a ser homenageada com uma estátua no Parlamento ainda em vida.

Na época, já havia uns cinco anos que ela não falava e praticamente não era vista em público, depois de ter sofrido dois acidentes vasculares cerebrais leves e devido ao aumento de sua demência senil.

Mas ela viveu o suficiente para ver outro conservador, David Cameron, no poder, depois, depois de 13 anos de governos trabalhistas, embora Cameron tenha sido obrigado a formar uma inédita coalizão com os liberais-democratas.
Em um de seus primeiros discursos importantes, alguns meses depois de sua eleição, em maio de 2010, Cameron, que se apresenta como mais moderado que sua predecessora, definiu Thatcher como "a melhor primeira-ministra em tempos de paz do último século".
Suas radicais posições direitistas alteraram tão profundamente a política britânica que os governos trabalhistas que a sucederam aceitaram muitas das suas políticas, criando o chamado "Novo Trabalhismo", sob os governos de Tony Blair e Gordon Brown.

Em 2011, ela voltou a ser notícia ao ser lançado, no cinema, o filme "A Dama de Ferro". A polêmica produção rendeu a Meryl Streep seu terceiro Oscar de melhor atriz.
Meryl afirmou que Thatcher foi uma pioneira para as mulheres.
Personalidade
Thatcher notoriamente ignorava seus críticos.
"A senhora não é de recuar", disse ela num célebre discurso de 1980 a membros do seu Partido Conservador que pediam mais moderação no seu governo.
Outros que cruzaram seu caminho, particularmente na Europa, estavam sujeitos a violentas diatribes, frequentemente chamadas de "bolsadas", numa alusão à bolsa de couro preto que ela invariavelmente carregava.
"Uma tirana brilhante, cercada por mediocridades", foi como o ex-premiê Harold Macmillan a descreveu. "Aquela mulher sanguinária", foi o veredicto menos complacente de outro ex-premiê, Edward Heath, seu antecessor como líder conservador.
Thatcher deixa dois filhos, os gêmeos Carol, que é jornalista, e Mark, que é empresário.
A ex-premiê britânica Margaret Thatcher acena da entrada de sua casa nesta segunda-feira (1º). (Foto: AFP)A ex-premiê britânica Margaret Thatcher em uma de suas últimas aparições públicas (Foto: AFP)

domingo, 7 de abril de 2013

Clovinho será sepultado neste domingo às 16 horas e 30 minutos



                             
                       Maria das Neves e Família comunica que faleceu neste sábado, 06 de abril, por volta das 16 horas, o Senhor Cloves Alves da Silva, 69 anos incompletos, conhecido por Clovinho da Rua do Frade, Filho de Cazuza.
                               
                             O corpo  do Sr. Clovinho será velado em sua residência na Rua Dr. Paiva (Rua do Frade). O sepultamento será neste domingo (07 de Abril), às 16h30min, no Cemitério de Bom Jardim.

                         A Família enlutada agradece a solidariedade dos bonjardinenses. 


www.professoredgar.com

Jovens na corda bamba

O crack como primeiro emprego

Sem oportunidade para levar sonhos adiante, jovens caem na rede das drogas e assinam carteira com o desengano

Wagner Sarmento

wsarmento@jc.com.br

Eles largaram os estudos e foram arregimentados pelo narcotráfico / Fotos: Guga Matos/JC Imagem

Eles largaram os estudos e foram arregimentados pelo narcotráfico

Fotos: Guga Matos/JC Imagem


Um sonhou ser mecânico, o outro quis ser motorista ou jogador de futebol, uma jovem se imaginou administradora de empresas, outra adolescente pensou em se tornar servidora pública. A vida traiu os planos, desviou rotas e os colocou no mesmo liquidificador. As quatro histórias tiveram começos distintos, mas se cruzaram no meio do caminho. Eles não se conhecem e mesmo assim estão unidos por uma coincidência: o primeiro emprego que conseguiram foi no narcotráfico. Funcionários do crack sociedade anônima, assinaram carteira com o dinheiro fácil. E com o desengano.
A Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) – desenvolvida pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) – aponta que 27% dos jovens de 16 a 24 anos moradores da Região Metropolitana do Recife estão desempregados. O Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revela que 811.446 pernambucanos entre 15 e 24 anos fazem parte da população economicamente ativa.
Há, contudo, um exército difícil de contar. Crianças e adolescentes que pesquisa nenhuma alcança nem tipifica. Gente que até sonha com um futuro melhor, mas que é encurralada pelo presente para a violência. O Jornal do Commercio entrou nos presídios e casas de apoio para conhecer as histórias de quatro pessoas, dois homens e duas mulheres, que abandonaram os estudos, os projetos de vida e a dignidade, recrutadas por um ramo que promete lucros exorbitantes e, no entanto, também estigmatiza, consome e tira a paz.
Henrique, Marcelo, Cláudia e Fabiana são seus nomes fictícios. A teia do mundo do crime os impede de mostrar o rosto. Relatam trajetórias ocultas e recorrentes, que são suas e de tantos outros que, ainda meninos, largam os estudos e são arregimentados pelo tráfico de drogas. Henrique foi chefe de boca de fumo com apenas 12 anos. Marcelo virou gerente de cocaína da favela no auge de sua atuação. Cláudia começou traficando e acabou acusada de homicídio. Fabiana entrou no negócio influenciada pelo namorado.
Todos viviam em comunidades carentes, tinham famílias desajustadas e enxergaram no narcotráfico uma chance de mudar de vida. Todos comercializavam de tudo, mas logo focaram as atenções e os investimentos no crack, droga que, segundo eles, passou a vender feito água nos últimos dez anos, pelo baixo preço e pela alta dependência que causa. Todos estiveram rodeados de armas, de sangue, de medo.
Henrique foi o caso mais precoce que a reportagem encontrou. Tinha só 8 anos quando foi sugado pelo crime. Mal sabia sobre a vida, mas a droga sempre foi inquilina. Estava em casa, na vizinhança, debaixo do nariz, tão arraigada a seu cotidiano que ele passou a fazer parte da engrenagem sem nem perceber. Nos outros casos, o ingresso no tráfico se deu da mesma maneira.
Nenhum chegou a concluir os estudos. O ensino fundamental incompleto é prova de que o crack roubou a infância e a oportunidade de vencer pelos meios lícitos. Cada um cumpriu uma função distinta no organograma do crack. Henrique começou como avião (quem leva a droga), fazendo bicos, e se tornou patrão. Marcelo era braço direito do dono da boca, que gerenciava o negócio de dentro de um presídio. Cláudia trabalhou como embaladora e administradora. Fabiana atuou como mula, fazendo o transporte interestadual da pasta-base da qual deriva a pedra da morte. O narcotráfico, assim como qualquer outro ramo, tem uma hierarquia definida com cargos, responsabilidades e salários diversos.
Henrique, Marcelo, Cláudia e Fabiana comungam do mesmo arrependimento. O mercado do crack rendeu um bom dinheiro, é verdade. Deu luxo, roupas, joias, noitadas. O preço, entretanto, foi alto demais. Acabaram presos. Eles, viciados na pedra e ameaçados de morte. Elas, longe dos filhos. A droga deu tudo e tirou tudo.

SOLDADO AOS 8, LÍDER AOS 12

Henrique tinha só 8 anos de idade. Botava a mochila nas costas e saía de bicicleta a desbravar as ladeiras do morro onde morava, na periferia do Recife. No meio dos livros, crack e maconha. O menino sem noção alguma do que era a vida, sem tamanho para trabalhar, no auge da infância, era explorado como soldado do narcotráfico. Mal teve tempo de sonhar em se tornar jogador de futebol.
O desajuste familiar dava guarida ao erro. O pai espancava a mãe e levava a criança para as gafieiras que frequentava. A bebida e a droga faziam parte da rotina. Cansado de “comer cuscuz e chá o dia todo”, entrou para o crime. A pouca idade fazia dele um recruta insuspeito. O garoto logo ganhou a confiança do chefe da boca de fumo. Aos 12 anos, foi promovido a líder do tráfico. O lucro pipocou. Às vezes, chegava a R$ 2 mil por dia. A inveja regou inimigos. Ele ignorava os desafetos, estava protegido pelo mandachuva. A mãe perguntava de onde o filho tirava tanto dinheiro, o menino desconversava, até que ela descobriu. Henrique fugiu de casa, voltou, sumia por um tempo, aparecia depois.
Um a um seus conhecidos foram morrendo. A guerra pelo controle de pontos de venda se acirrou. Era matar ou morrer. Henrique matou. Nem sabe quantos. Um dia, mais de 20 rivais invadiram sua casa. Escondido no alto de um pé de jaca, conseguiu escapar.
A vida era cheia de excessos. Henrique virou alcoólatra. Há cinco anos, o crack deixou de ser só produto de venda e se transformou em vício. O império ruiu. O traficante perdeu tudo e foi morar na rua. Deixou a esposa a quem, sob efeito do álcool e do crack, agrediu, a exemplo de seu pai. A mulher acreditou no marido e insistiu. Tinha casa, mas dormiu na rua com ele para não deixá-lo desamparado.
À beira da morte, vislumbrou a chance de se reerguer. Decidiu, então, procurar um abrigo do Programa Atitude para largar os vícios. Está em uma casa de acolhimento há quatro meses.
Por coincidência, reencontrou no espaço o irmão que não via há mais de dez anos. Ele estava no fim do tratamento e Henrique herdou sua vaga. Quer, agora, seguir o exemplo e dar a volta por cima. Prometeu à esposa que sairá de lá limpo, para reatar a união de 15 anos. Diz que pode trabalhar com reciclagem, construção, eletricidade, encanamento. Do narcotráfico, garante, pediu demissão.

ENTRE O CÉU E O INFERNO

“Não tive oportunidade de trabalho e fui vender crack.” A frase de Marcelo resume sua história e todas as outras. O menino começou aos 14 anos, por conta própria, porque a droga sempre esteve dentro de casa. Seu padrasto mantinha o vício na frente da criança e dos outros três irmãos. Marcelo via que o negócio era lucrativo. Quis faturar também.
Pouco tempo depois, o dono da boca de fumo soube que o garoto estava traficando em sua área e o proibiu de atuar como autônomo. Marcelo foi trabalhar para ele. Tinha o dever de preparar as pedras. Após ser preso, o traficante precisou de alguém para comandar o negócio na comunidade. O adolescente foi escolhido. Recebia as ordens que partiam de dentro da cadeia. Trocava mensagens de celular com o amigo e detento.
O crack virou mina de ouro. Marcelo passou a viver um mundo de ilusão. Tinha moto, dois revólveres, relógio de R$ 5 mil, cordões de prata, roupas de marca. Vivia em festas, em meio a mulheres, bebedeiras e drogas. O mercado rendia R$ 30 mil por semana, menos de 10% ficavam com Marcelo, mas já era bem mais do que ele ganharia com um trabalho honesto.
Mesmo assim, achou que se daria melhor se trabalhasse só. Enganou o chefe, afirmando que largaria a vida do tráfico, mudou de bairro e voltou a vender crack. Cometeu somente um erro: adquiria a droga do mesmo fornecedor. O ex-patrão terminou sabendo. A situação piorou quando, na segunda remessa recebida, Marcelo foi preso, em 15 de maio de 2008. O chefe da boca de fumo soube da prisão e, mesmo chateado com o jovem, telefonou para o chaveiro do Centro de Triagem de Abreu e Lima (Cotel) e pediu para protegê-lo e lhe dar apoio. Três meses depois, Marcelo foi transferido para o presídio onde o comparsa estava. Ficou no mesmo pavilhão.
Livre, ele não procurou outro emprego. Voltou a trabalhar no crack. Tinha perdido tudo na cadeia e foi promovido, em pouco tempo, ao cargo de gerente de cocaína, bem mais rentável. O quilo custava R$ 16 mil. Ganhou dinheiro de novo, levou dois tiros, quase morreu e, após ficar visado pela polícia, acabou demitido. Trabalhou sozinho de novo. Mas já não era só mais dono do crack, era refém. Foi trapaceado, perdeu tudo e acabou indo morar na rua. O vício se agravou. “A pedra me deu tudo e me tirou tudo.” Aconselhado por um colega que conheceu na rua, procurou um abrigo para dependentes. Está lá há menos de um mês.

POR AMOR

Dos seis irmãos, só Fabiana foi empregada do crack. Os outros levam até hoje uma vida normal. Natural de Fortaleza, no Ceará, ela vivia como qualquer outra adolescente, quando começou a namorar um traficante. No início, olhava de longe, mas não se metia. Estudou até a 7ª série, até engravidar. Não voltaria mais ao colégio.
Por falta de oportunidades, aceitou a proposta de auxiliar o namorado no tráfico. Queria ser administradora de empresas. Acabou fazendo pequenos transportes de crack e pasta-base pela região onda morava. O relacionamento teve fim, mas Fabiana continuou no narcotráfico. “Acabei conhecendo pessoas piores que ele”, confidencia.
O fim da linha se deu quando, seis meses atrás, ela aceitou a oferta de carregar quatro quilos de pasta-base – com a qual se faz o crack – de Fortaleza para o Recife. O ônibus em que Fabiana viajava foi parado numa blitz da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a jovem de 22 anos acabou descoberta.
Enquanto aguarda julgamento na Colônia Penal Feminina do Recife, faz planos para o futuro. Por não ser dependente química, garante que sairá do universo do tráfico de drogas sem maiores problemas. “Minha vida não era fácil, mas era muito melhor viver aquela vida difícil do que essa que eu vivo aqui. O tráfico não compensa”. O mais difícil são os 800 quilômetros que separam a cadeia recifense de sua filha de 6 anos, que mora na capital cearense e não sabe que a mãe está presa.

BONECA DO CRACK

Cláudia trocou as bonecas pelo crack. Criada em um bairro pobre de um município do Grande Recife, tinha 14 anos quando, influenciada por amigos, começou a traficar. Um ano antes, já havia mergulhado na bebida e na maconha. Largou a escola na 5ª série do ensino fundamental e foi trabalhar para o cunhado. Ajudava a embalar a droga e fazia as vezes de mula. Durou pouco. O homem foi assassinado.
A adolescente se casou. Não deu tempo de arrumar outro emprego. O marido era traficante e ela passou a administrar o negócio. A mãe tentou, em vão, fazê-la desistir. “Se pau resolvesse, eu não estaria aqui. Minha mãe me fazia ajoelhar no feijão e no milho, mas castigo nenhum deu jeito. A droga dá muito dinheiro, acaba cegando”, diz.
O casal chegava a ganhar R$ 1 mil por dia. Hoje, ela não tem mais nada. Separou-se do homem, mas não do crack. Foi presa grávida e terminou condenada a seis anos por tráfico. A pena foi reduzida em um ano pela confissão. Responde a outra acusação, por homicídio, assunto que ela prefere não falar.
Já cumpriu um ano e sete meses de pena. Deu à luz no do presídio, lamenta o fato de a filha crescer longe de seus olhos e não vê a hora de sair da Colônia Penal Feminina do Recife para recomeçar. Espera, pela primeira vez na vida, trabalhar em algo diferente do narcotráfico. O atual marido, que a encorajou a mudar de vida, é fiscal da prefeitura. Cláudia, 21 anos, quer seguir o mesmo caminho.

www.professoredgar.com

Clovinho será sepultado às 16 horas e 30 minutos deste domingo


                             
                       Maria das Neves e Família comunica que faleceu neste sábado, 06 de abril, por volta das 16 horas, o Senhor Cloves Alves da Silva, 69 anos incompletos, conhecido por Clovinho da Rua do Frade, Filho de Cazuza.
                               
                             O corpo  do Sr. Clovinho será velado em sua residência na Rua Dr. Paiva (Rua do Frade). O sepultamento será neste domingo (07 de Abril), às 16h30min, no Cemitério de Bom Jardim.

                         A Família enlutada agradece a solidariedade dos bonjardinenses. 

www.professoredgar.com

sábado, 6 de abril de 2013

Protesto no Recife contra Feliciano


Discutindo questões políticas do país, dezenas de jovens fizeram passeata neste sábado pedindo a renúncia do presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.


Mais de cem pessoas realizaram uma passeata neste sábado (6), no centro do Recife, em protesto contra a permanência do deputado Federal Marco Feliciano (PSC-SP) na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal. Com direito a narizes de palhaço, tinta no rosto e bandeiras do movimento LGBT, os manifestantes, que incluíram até mesmo representantes de igrejas evangélicas e crianças, caminharam pelas Avenidas Guararapes e Conde da Boa Vista até o monumento "Tortura Nunca Mais", na Rua da Aurora, onde se concentraram. Entre os diversos cartazes exibidos a motoristas e transeuntes, a mensagem clara: "Quem não respeita minorias não pode representá-las", um ataque direto ao pastor, a quem são atribuídas frases de cunho racista, machista e homofóbico.

De acordo com um dos organizadores da manifestação, Leonardo Tenório, o movimento segue diversos protestos semelhantes em todo o país. "É um ato público contra o símbolo religioso, político e corporativo que deseja acabar com direitos sexuais e reprodutivos e também com a laicidade do estado", defende o presidente da Associação Brasileira de Homens Trans.

Mulheres, homossexuais, negros e representantes de diversas minorias fizeram coro, pedindo, a seu próprio modo, a renúncia do líder da Comissão de Direitos Humanos. "Eu sou maluca, sou doidona, vadia, mas exijo respeito e Feliciano não me representa", anunciou, em um megafone, a estudante Rosa Conceição, 29. Os manifestantes planejam voltar a se reunir todos os sábados até que o deputado deixe a presidência da comissão.
www.professoredgar.com/diariodepernambuco.com

O Brasil é o país da esperança para haitianos refugiados


Em média chegam 200 haitianos por dia no interior do Acre.
Governo está preocupado com capacidade de assistência aos imigrantes.

Veriana Ribeiro e Yuri MarcelCom informações do G1

São 1.700 haitianos que estão no alojamento improvisado em um ginásio de Brasiléia  (Foto: Nonato Souza/ Ascom SESP)Haitianos estão no alojamento improvisado em um ginásio de Brasiléia (Foto: Nonato Souza/ Ascom Sesp)
Nos últimos 15 dias,  1,7 mil haitianos cruzaram as fronteira entre Bolívia e Brasil e estão alojados na cidade de Brasiléia (AC). Em média, chegam 200 haitianos por dia na cidade. Ao todo são 1.550 homens, 150 mulheres e duas crianças que estão hospedados provisoriamente no Clube Social Brasiléia, de acordo com informações são do governo do Acre.
O grande número de imigrações preocupa o governo estadual. Segundo o secretário de Segurança Pública, Ildor Reni Graebner, embora o governo do estado tenha o cuidado de garantir assistência ao povo haitiano, essa capacidade de apoio pode estar próxima do limite. "Brasiléia não está conseguindo comportar tantos imigrantes", disse.
Apesar da situação, ele garante que os imigrantes são pacíficos e o único problema foram alguns casos de embriaguez. Para evitar o problema, a Polícia Militar passou a fiscalizar os alojamentos à procura de bebidas. "Desde sexta-feira (5) a Polícia Militar começou a fazer visitas aos alojamentos duas vezes por dia para manter a ordem. Felizmente os haitianos são um povo pacífico e não causam muitos problemas", explica.
Polícia Federal afirmou que vai reforçar o atendimento para regularizar a documentação a partir de domingo (7) , para que durante a semana sejam atendidos diariamente 100 haitianos. Atualmente, apenas 10 haitianos são atendidos todos os dias.
Com 200 haitianos chegando diarimamente na cidade, a situação preocupa o governo estadual (Foto: Nonato Souza/ Ascom SESP)Com 200 haitianos chegando diariamente na cidade, a situação preocupa o governo estadual (Foto: Nonato Souza/ Ascom Sesp)
O governador Tião Viana reforçou a liberação de recursos para compra de mais água mineral, colchões e duas barracas grandes, com capacidade para abrigar até 200 pessoas. Uma comissão de secretários ligados à Segurança Pública, Direitos Humanos e da Assistência Social foram à cidade e entrou em contato com o comando do 4º Batalhão de Infantaria e Selva (4º BIS) em busca de tendas para  minimizar a superlotação  do acampamento.
Brasiléia tem 21.398 habitantes, de acordo com o Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A imigração
O processo de imigração haitiana para o Brasil teve início pouco depois do terremoto, que há três anos matou mais de 250 mil pessoas e deixou 1,5 milhão de desabrigados. Por causa das condições precárias dos acampamentos, uma epidemia de cólera obrigou parte da população a buscar refúgio no Brasil.

www.professoredgar.com