quarta-feira, 6 de março de 2013

Romero Britto: Minha linguagem é direta, alegre, o que todo mundo quer. Não tem como você ver e não entender”


Artista brasileiro é consagrado no mundo todo por seu estilo pop art.
Britto fala sobre sua história, sucesso, obra copiadas e projetos futuros.

Mariane RossiCom informações do G1
Romero Britto em Guarujá, no litoral de São Paulo, falando sobre a carreira (Foto: Mariane Rossi/G1)Romero Britto em Guarujá, no litoral de São Paulo, falando sobre a carreira (Foto: Mariane Rossi/G1)
O colorido dos quadros e esculturas do artista plástico brasileiro Romero Britto é conhecido nos cinco continentes do mundo. O pernambucano, que nasceu em Recife, transformou os desafios da vida em telas com cores vibrantes e alegres, que conquistaram um espaço em mais de 100 galerias em vários países. Em entrevista ao G1, durante um fim de semana emGuarujá, no litoral de São Paulo, ele falou sobre como acredita ser o segredo do sucesso e suas consequências: mais de 300 processos por copiarem suas obras.

O artista plástico brasileiro mais consagrado do mundo começou utilizando papelão e jornal para fazer suas telas, aos 8 anos de idade. Aos 14, fez sua primeira obra de arte, mas foi só na fase adulta, quando resolveu abandonar a faculdade de direito, que entendeu a real vocação. “Meu colorido começou em 1988. Eu sempre gostei de cores, mas não é o colorido que hoje em dia eu uso. Eu comecei mais com as cores primárias, depois eu acabei abusando mais das cores secundárias, os pastéis, o metálico”, conta Britto.
Quadros de Romero Britto (Foto: Mariane Rossi/G1)Quadros de Romero Britto (Foto: Mariane Rossi/G1)
A inspiração foi vindo com o tempo e o aprendizado diário era visto nas obras. Ele acredita que o colorido do Nordeste e do Brasil deu o tom ao seu estilo pop arte, tomado pela mistura dos tons vibrantes e alegres. “Eu acho que todos nós temos essa possibilidade. O potencial de ser influenciado pelo seu meio ambiente e você influenciar o seu meio ambiente. Eu acho que, com certeza, o colorido do Brasil, o colorido Nordeste e, em geral o Brasil, sempre esteve presente na minha vida”, diz Britto. Mas em terras estrangeiras que o sucesso despontou. Depois de trabalhar como atendente de lojas, lanchonetes e prestar serviços em um lava rápido em Miami, ele conseguiu um espaço em uma galeria de arte na Flórida, sua porta de entrada para o mercado.
Seus trabalhos começaram a ser vendidos em lojas, eventos, passaram a fazer parte de campanhas publicitárias e se alastraram pelo mundo. Além de pessoas simples, diversas personalidades como Arnold Schwarzenegger e Pelé passaram a ter coleções do artista. Britto explica que a sua arte é universal e, por isso, acredita que suas obras passaram a vender tanto em diversos pontos do mundo, onde há culturas e idiomas diferentes. “Pelo fato da minha linguagem ser uma linguagem universal, é muito mais fácil para as pessoas entenderam em qualquer lugar. Eu não estou falando só de uma história do meu vilarejo, eu quero que minha arte seja entendida por todos. Minha linguagem é direta, alegre, o que todo mundo quer. Não tem como você ver e não entender”, disse Britto.
Pernambucano Romero Britto em Guarujá, SP (Foto: Mariane Rossi/G1)Pernambucano Romero Britto em Guarujá, SP
(Foto: Mariane Rossi/G1)
Admiradores e fãs de Romero Britto consideram que suas obras são a ‘arte da cura’. O artista acredita que muitas vezes a arte ajuda, mas não é tudo. “Eu acho que, em geral, se você se rodeia de coisas positivas e alegres, com certeza vai elevar o seu espírito. Eu não digo necessariamente a minha arte, eu deixo as pessoas falarem”, afirma. Porém ele aconselha utilizar a pintura como uma terapia. Quando não se sente bem ele costuma fazer o que mais gosta: pintar. "É uma boa terapia. Em vez de beber e se drogar, você pinta”, brinca.
O brasileiro também passou a fazer retratos de famosos. Para isso, teve que unir o estilo de pintar e criar de Romero Britto a rostos conhecidos no mundo inteiro. “Eu fiz retrato da Madonna. Eu adoro fazer retrato porque no retrato eu conto um pouco da história da pessoa e a pessoa conta um pouco da minha história”, explica o artista, que com a correria, e as encomendas a tona, por necessidade, passou até a pintar nos lugares mais inusitados, como dentro de um avião. E, para ele, nunca faltava inspiração, bastava existir um universo diferente ao seu redor.
Escultura de Romero Britto (Foto: Mariane Rossi/G1)Escultura de Romero Britto (Foto:Mariane Rossi/G1)
A expansão de suas obras lhe rendeu muito reconhecimento, mas também consequências que vieram com o sucesso. Muitas pessoas começaram a copiar telas e esculturas de Romero Britto e ele passou a ter que controlar esse problema. "Tem muita gente copiando. Imagina do extremo da América do Sul a China. No ano passado a gente teve que processar mais de 300 pessoas nos Estados Unidos. Fora os Estados Unidos, mais um montão. Eu tenho que ter um advogado só para tomar conta disso porque é terrível. Eu não sou uma pessoa litigiosa, mas se uma pessoa na China registra o meu nome eu tenho que ir atrás para tirar o registro daquela pessoa”, conta ele. Brito entende que isso acontece quando se tem sucesso, mas lamenta essa forma de ‘fazer arte’. Para ele, muitas pessoas poderiam utilizar suas obras como uma fonte de inspiração e criar peças novas. “É aquela história de quem não pode fazer vai e tira do outro. Então, quem não pode construir, sonhar e criar a sua própria historia, vai lá e tira do outro”, diz.
Novos projetos
Mesmo com os plágios por todo o mundo, ele não pensa em abandonar o estilo Romero Britto de pintar e criar. Segundo o artista, sua arte tem se desenvolvido com o passar dos anos e novas experiências sempre acontecem, mas ainda não são reveladas. “Eu tenho tantas ideias. Eu já fiz tantas coisas experimentais que as pessoas não viram. Mas eu deixo mais as coisas se desenvolveram naturalmente, de forma bem orgânica, bem natural”, finaliza ele. Para este ano, o artista já está com diversas encomendas e pretende continuar distribuindo suas obras Brasil a fora. Entre os compromissos já agendados está a instalação de uma grande escultura na Escócia, em maio e, no decorrer do ano, a abertura de dois espaços em Moscou, na Rússia.
Produtos da marca Romero Britto, estilizados pelo artista (Foto: Mariane Rossi/G1)Produtos da marca Romero Britto, estilizados pelo artista (Foto: Mariane Rossi/G1)
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GRE Vala do Capibaribe realiza seminário:Educação do Século XXI

Edjane Ribeiro visita Bom Jardim para definir local da construção do novo prédio da Escola Raimundo Honório

Professores efetivos, contratados e equipes gestoras das escolas da Gerência Regional de Educação estiveram reunidos nesta terça-feira (5), na cidade de Limoeiro. O evento reuniu mais de mil trabalhadores. Educadores da EREM Abílio Barbosa, tiveram participação destacada ao apresentarem suas experiências como professores autores.
Em contato com professoredgar.com , Edjane Ribeiro, Gestora da GRE, disse que terá encontro com o prefeito Miguel Barbosa, gestores da Escola Raimundo Honório,  hoje (6), para acertar detalhes da construção do novo prédio do educandário.

                                                                                      Fotos:Edgar S. Santos



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terça-feira, 5 de março de 2013

Venezuela de Luto

Foto: AP Photo/Fernando Llano, File
G1
Chávez foi um dos mais destacados e controversos líderes da América Latina. Desde que assumiu o comando da Venezuela, em 1999, o militar da reserva promoveu mudanças à esquerda, na política e na economia.
Ele nacionalizou empresas privadas, atribuiu ao Estado atividades essenciais, além de mudar a Constituição, o nome, a bandeira e até o fuso horário do país (1h30 a menos que o horário de Brasília).
Chávez foi reeleito pela primeira vez em 2006, com mais de 62% dos votos, e novamente em 2012, com 54%.
Ele tentou chegar ao poder pela primeira vez em 1992 através de uma tentativa fracassada de golpe de Estado, que fez com que fosse preso.
Em 2002, já no comando do país, sofreu um golpe de Estado que o tirou do poder por quase 48 horas. Foi restituído por militares leais, com a mobilização de milhares de seguidores.
A Venezuela, que é membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), possui uma economia dependente das exportações do combustível, tendência que Chávez queria mudar com a entrada do país no Mercosul. O país tem 30 milhões de hectares de terras cultiváveis, mas importa até 70% dos alimentos que consome. A população é de quase 29 milhões de habitantes.
O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anuncia a morte de Hugo Chávez (Foto: Telesur/AFP)O vice-presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anuncia a morte de Hugo Chávez nesta terça-feira (5) (Foto: Telesur/AFP)
Doença
Desde que foi reeleito mais uma vez, em outubro de 2012, o líder venezuelano apareceu em público poucas vezes, a maioria delas para liderar conselhos de ministros no Palácio de Miraflores. Chávez também deixou de utilizar frequentemente sua conta na rede social Twitter.

A falta de informações e detalhes sobre a doença e a presença menos frequente de Chávez em eventos desde que anunciou a luta contra o câncer alimentaram os rumores de que seu estado de saúde poderia ser mais grave do que o governo queria divulgar.
Em 10 de junho de 2011, a imprensa venezuelana noticiou que Hugo Chávez havia por uma cirurgia de emergência em Cuba devido a um problema na região pélvica. Rumores sobre a doença circularam nos dias seguintes, mas o governo venezuelano negou que se tratasse de um tumor.
Em 30 de junho, no entanto, o presidente confirmou que havia sido operado em razão de um câncer. Não foram revelados maiores detalhes sobre a doença.
Chávez voltou à Venezuela dias depois e voltaria a Cuba nos meses seguintes para sessões de quimioterapia. Em agosto de 2011, apareceu com o cabelo raspado: "É meu novo visual", disse.
Em outubro do mesmo ano, após fazer exames médicos em Cuba, o governante declarou-se livre do câncer. "O novo Chávez voltou [...] Vamos viver e vamos continuar vivendo. Estou livre da doença", afirmou, fardado e eufórico.
Hugo Chávez chegou a dizer que o câncer, que atingiu cinco líderes sul-americanos – entre eles a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula – teria sido induzido pelos Estados Unidos. "Não seria estranho se tivessem desenvolvido uma tecnologia", disse
Em fevereiro de 2012, ele anunciou que seria operado novamente por uma lesão na mesma região em que teve o tumor removido. A cirurgia também ocorreu em Cuba e, posteriormente, ele passou por tratamento de radioterapia.
Em julho, quando era candidato à reeleição, o presidente voltou a dizer que havia vencido a batalha contra o câncer. Aos opositores, Chávez dizia que seus problemas de saúde não o impediriam de vencer a eleição que poderia mantê-lo no poder até 2019.
Em novembro, após vitória nas urnas, a Assembleia Nacional autorizou a viagem de Chávez a Cuba para receber terapia hiperbárica, um tratamento complementar comum em pacientes que receberam radioterapia.
Em dezembro, Chávez anunciou que voltaria a Cuba para ser submetido a uma nova cirurgia devido ao retorno do câncer. Ele designou o vice, Nicolás Maduro, como o eventual sucessor se não fosse capaz de voltar ao poder. Foi a primeira vez que Chávez admitiu, publicamente, que a doença poderia impedi-lo de seguir à frente do país.
Após a realização da cirurgia, foi Maduro quem passou a fazer relatos do estado de saúde de Hugo Chávez. A oposição criticava o governo, acusando-o de sonegar informação sobre a real situação do mandatário.
Chávez não conseguiu tomar posse de seu novo mandato, em 10 de janeiro. Após disputa judicial, o Tribunal Superior de Justiça entendeu que a presença dele não era necessária, e que uma posse formal poderia ocorrer em outra data a ser marcada posteriormente.
Em 18 de fevereiro, surpreendendo a todos, Hugo Chávez anunciou, pelo Twitter, que estava voltando à Venezuela. Ele foi diretamente para um hospital militar na capital Caracas.
Trajetória
Hugo Rafael Chávez Frías nasceu em 28 de julho de 1954, em Sabaneta, estado de Barinas, no oeste do país. Filho de professores, ele casou e se divorciou por duas vezes. Tem quatro filhos – duas mulheres e um homem do primeiro matrimônio, e uma menina do segundo – e três netos.

Militar reformado, Chávez entrou para a política depois de uma fracassada tentativa de golpe de Estado que o levou à prisão, em 1992.
Desde que venceu as primeiras eleições presidenciais, em 1999, com a promessa de pôr fim à "partidocracia corrupta" em que o governo havia se transformado e de distribuir a renda do petróleo entre os setores excluídos da sociedade, o presidente assumiu um estilo único de fazer política.
Ele chegou ao poder em fevereiro daquele ano como o 47º presidente da Venezuela, jurando sobre uma Constituição que ele afirmou estar "moribunda".
Entre suas primeiras decisões, proibiu que o Departamento Antidrogas dos Estados Unidosfizesse sobrevoos no país e, anos mais tarde, em 2008, expulsou o embaixador americano.
No final de 1999, alcançou o seu objetivo de mudar a carta magna da Venezuela e iniciar o que chamou de "Revolução Bolivariana".
Crises políticas
Chávez enfrentou momentos difíceis no poder, como quando, depois de vários dias de greves nacionais, em 11 abril de 2002, sofreu um golpe de Estado que o tirou do poder por quase 48 horas. Após tumultos e 19 mortes, o líder venezuelano foi restituído ao cargo por militares leais, com a mobilização de milhares de seguidores pelas ruas de Caracas.

Naquele mesmo ano, uma greve liderada por trabalhadores, empregadores e contratados da estatal de petróleo de Venezuela paralisou a indústria vital para o país. A greve prolongou-se até fevereiro de 2003 e derrubou a produção petrolífera, impactando com força a economia.
Os trabalhadores criticavam a implantação do projeto de "grande revolução bolivariana", que atingiu proprietários de terras, produtores de combustíveis e bancos. O termo é referência ao líder revolucionário Simón Bolívar, responsável pela independência de vários países da América do Sul, em quem Chávez dizia se inspirar.
Em 2004, após violentos protestos da oposição que deixaram outros nove mortos, Chávez submeteu-se novamente a um referendo público que o confirmou no poder.
Reeleição em 2006
Em 2006, em nova eleição presidencial, ele obteve 62% dos votos contra o opositor Manuel Rosales. No novo mandato, Chávez declarou a transformação da Venezuela em um Estado socialista.

Durante este período, o militar reformado iniciava seu projeto de estatização da maioria das empresas venezuelanas, em setores cruciais como telecomunicações e eletricidade. Em maio de 2007, a Radio Caracas Television, emissora mais antiga da Venezuela, encerrou suas transmissões após não ter sua concessão renovada pelo governo.
Iniciava-se também sua tentativa de reforma na Constituição, que permitira sua reeleição por tempo indefinido. Após uma primeira derrota, ocorrida no final de 2007, o projeto foi aprovado em referendo popular em fevereiro de 2009.
Em 2010, Chávez sofreu sua primeira derrota nas urnas, em eleições legislativas. Apesar de ter obtido a maioria dos votos, seu partido não conseguiu dois terços da Assembleia Nacional venezuelana, objetivo necessário para facilitar a aprovação dos projetos do governo.
Com uma manobra política, no entanto, conseguiu aprovar um dispositivo que o permitiu governar por mais seis meses por decretos de emergência.
Entrada na Mercosul
A Venezuela entrou oficialmente no Mercosul em 13 de agosto de 2012, depois de cerimônia simbólica em 31 de julho ocorrida em Brasília, com a presença de Hugo Chávez.

O ingresso ocorreu após Brasil, Argentina e Uruguai suspenderem o Paraguai do bloco como sanção pelo impeachment do presidente Fernando Lugo. Em 22 de junho do ano passado, o Senado do Paraguai votou pela destituição de Lugo no processo político "relâmpago" aberto contra ele na véspera e encarado pela comunidade de países sul-americanos como golpe. O país vinha impondo o veto à entrada da Venezuela no grupo.
"Faz tempo que a Venezuela devia entrar no Mercosul. Mas como está escrito na Bíblia, tudo o que vai ocorrer sob o sol tem sua hora", disse Chávez à ocasião. "Nos interessa muito sair do modelo petroleiro, impulsionar o desenvolvimento agrícola da Venezuela [...] Temos disponíveis mais de 30 milhões de hectares para o desenvolvimento da agricultura", afirmou.
O ministro das Relações Exteriores brasileiro, Antonio Patriota, disse em setembro de 2012 que "houve unanimidade no Mercosul e Unasul para a suspensão do Paraguai. O que reforçou a suspensão foi o fato de todos os países, como gesto de repúdio, retiraram seus embaixadores, o que não ocorreu em Caracas, na Venezuela".
Com o ingresso da Venezuela, o Mercosul passou a contar com população de 270 milhões de habitantes, ou 70% da população da América do Sul. Segundo o Ministério de Relações Exteriores brasileiro, o PIB do bloco será de US$ 3,3 trilhões (83,2% do PIB sul-americano), com território de 12,7 milhões de km² (72% da área da América do Sul).
Reeleição em 2012
Em 7 de outubro, Chávez derrotou Henrique Capriles Radonski, mesmo com uma campanha limitada, e garantiu novo mandato, o quarto consecutivo, até 2019, prometendo "radicalizar" o programa socialista que vinha implantando no país.

O presidente teve cerca de 54% dos votos, contra 45% do oponente, e o comparecimento às urnas foi de quase 81%. Dilma disse na ocasião que a vitória foi um "processo democrático exemplar".


Durante a campanha, Chávez pediu a vitória para tornar "irreversível" o seu sistema socialista e acelerar o Estado comunista, algo que os críticos veem como uma nova manobra para concentrar mais poder em suas mãos. Ele não hesitou em falar em uma “ameaça de guerra civil” caso o rival ganhasse as eleições.

Capriles foi o primeiro adversário a ter chances reais de derrotar Hugo Chávez, ao capitalizar o descontentamento acumulado durante os mandatos do presidente. Em conversa com o G1 na época, ele disse que seguiria o modelo brasileiro caso fosse eleito.


Além de ser comandante-em-chefe das Forças Armadas e presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), com maioria na Assembleia Nacional, Hugo Chávez também controlava a mídia estatal.

Política externa
A política externa foi inspirada pelo líder cubano Fidel Castro e marcada por críticas contra o "imperialismo" dos Estados Unidos, país que ele acusa de ser responsável pelo breve golpe que sofreu em 2002 e por questões que vão desde a mudança climática até uma suposta tentativa de assassiná-lo.

Durante sua gestão, Hugo Chávez reforçou a cooperação com seus aliados de esquerda na América Latina como Bolívia, Equador, Nicarágua, além de tecer parcerias com os governos polêmicos de Irã, Síria, Belarus, Líbia, entre outros. Ele foi pragmático o suficiente, entretanto, para continuar a vender diariamente para os Estados Unidos um milhão de barris de petróleo.
Com os seus "petrodólares", estabeleceu iniciativas regionais como o grupo de coordenação política Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (Alba) e subsidiou o petróleo da Petrocaribe, aliança entre alguns países do Caribe com a Venezuela.
O presidente venezuelano tratava outros líderes internacional com intensidade, respeito ou desprezo, chegando a dizer que havia sentido cheiro de "enxofre" na tribuna da Assembleia Geral da ONU, em 2007, após ter passado pelo então presidente americano, George W. Bush, que já foi chamado por Chávez de bêbado e genocida.
Barack Obama, a quem Chávez parabenizou pela eleição em 2008, foi taxado mais tarde de "farsante". Quando Obama foi reeleito em outubro deste ano, o venezuelano disse desejar que o americano "se dedique a governar seu país, deixando de invadir povos e desestabilizar países".
Chávez tinha apreço especial por Lula e Dilma devido ao histórico de combate dos brasileiros durante a ditadura militar. "Eu e Lula somos irmãos. Somos mais que irmãos. Somos, como já disse Fidel Castro, esses tipos que andam por aí fazendo coisas, como Dilma, Cristina [Fernandez, presidente da Argentina], Néstor [Kirchner, ex-presidente argentino]”, disse Hugo Chávez, durante a primeira visita oficial da presidente brasileira à Venezuela.
Populismo
Hugo Chávez manteve-se no poder graças à implementação das suas "missões", programas sociais que melhoraram os níveis de educação e saúde públicas venezuelanas, embora a pobreza, o desemprego e a violência tenham se espalhado pelo país, que possui uma das maiores reservas de petróleo da região.

Sua popularidade contrastava com a rejeição vinda da classe média, afetada pelas restrições econômicas impostas em nome da revolução e por políticas de desapropriação de empresas privadas.
Seu discurso beligerante polarizou a sociedade ao demonizar os oponentes e queimar todas as pontes de entendimento com a outra metade do país – politicamente, uma estratégia muito rentável, admitem fontes próximas ao governo.
Viciado em comunicação, convocava constantemente a cadeia nacional de rádio e TV para longos discursos, além de comandar por muito tempo o programa semanal "Alô, Presidente", no qual discutia suas ideias políticas, recebia convidados para entrevistas, entregava obras públicas e até vendia eletrodomésticos chineses com preços subvencionados pelo governo.
Tornou-se também um grande usuário do Twitter, onde reunia milhares de seguidores, mas diminuiu o uso do microblog após a eleição de 2012.


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Globo confirmada morte de Hugo Chávez

Plantão da Globo confirma morte de

Hugo Chávez
Hugo Rafael Chávez Frías é um político e militar venezuelano. É o 56º e atual presidente da Venezuela. Como líder da Revolução Bolivariana, Chávez advoga a doutrina bolivarianista, promovendo o que denomina de socialismo do século XXI. Fonte: Wikipedia
                                                             Foto:pragmatismopolitico.com


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, morreu na tarde desta terça-feira (5), aos 58 anos, na capital Caracas.
A morte ocorreu às 16h25 locais (17h55 de Brasília), segundo o vice-presidente Nicolás Maduro, herdeiro político de Chávez, que fez o anúncio em um pronunciamento ao vivo na TV.
"Às 16h25 locais (17h55 de Brasília) de hoje 5 de março, faleceu o comandante presidente Hugo Chávez Frías", disse Maduro, emocionado.
"É um momento de dor", afirmou, cercado pelos ministros do governo.
Horas antes, Maduro havia feito um discurso agressivo na TV, acusando os adversários políticos de. "conspiração" e dizendo que Chávez enfrentava o momento "mais duro" desde sua última cirurgia.
O governo também anunciou a expulsão de dois adidos militares americanossupostamente envolvidos em "contatos não autorizados" com militares venezuelanos.
Chávez lutava contra um câncer desde junho de 2011 e, após realizar um tratamento em Cuba contra a doença, havia voltado ao país natal em fevereiro deste ano.

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Joaquim Barbosa perdeu a calma e tratou mal jornalista do Estado de S.Paulo


Com informações da Agência O Globo

Presidente do STF pediu desculpas através de nota. Foto: Charles Damasceno/ Agência CNJ (Charles Damasceno/ Agência CNJ)
Presidente do STF pediu desculpas através de nota. Foto: Charles Damasceno/ Agência CNJ
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, mandou nesta terça-feira um repórter do jornal O Estado de S.Paulo ir "chafurdar no lixo". Logo depois, por meio de nota, a assessoria do Supremo divulgou um pedido de desculpa de Barbosa pela "forma ríspida" com que respondeu ao profissional.

O diálogo ocorreu na saída da reunião do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Logo na primeira pergunta o repórter Felipe Recondo foi interpelado e agredido verbalmente pelo ministro:

"Presidente, como o senhor está vendo...?"

"Não estou vendo nada! Me deixa em paz, rapaz. Me deixa em paz. Vá chafurdar no lixo como você faz sempre."

"Que é isso ministro, o que houve?"

"Estou pedindo, me deixe em paz. Já disse várias vezes ao senhor."

"Eu tenho que fazer pergunta que é meu trabalho..."

"Eu não tenho nada a lhe dizer, não quero nem saber do que o senhor está tratando."

E quando se dirigia ao elevador, olhou para o repórter e disparou: "Palhaço!",  disse o presidente do STF.

No pedido de desculpas em nome do presidente do STF, a assessoria alega que Joaquim Barbosa está "tomado pelo cansaço e por fortes dores". Segundo o texto, "trata-se de episódio isolado que não condiz com o histórico de relacionamento do ministro com a imprensa".

Leia a nota na íntegra:

"Em nome do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ministro Joaquim Barbosa, peço desculpas aos profissionais de imprensa pelo episódio ocorrido hoje, quando após uma longa sessão do Conselho Nacional de Justiça, o presidente, tomado pelo cansaço e por fortes dores, respondeu de forma ríspida à abordagem feita por um repórter. Trata-se de episódio isolado que não condiz com o histórico de relacionamento do Ministro com a imprensa.

O ministro Joaquim reafirma sua crença no importante papel desempenhado pela imprensa em uma democracia. Seu apego à liberdade de opinião está expresso em seu permanente diálogo com profissionais dos mais diversos veículos. Seu respeito pelos profissionais de imprensa traduz-se em iniciativas como o diálogo que iniciará no próximo dia 07 de março, quando receberá em audiência o Sr. Carlos Lauria, representante do Comitê para Proteção de Jornalistas (CPJ), ONG com sede em Nova Iorque."

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Hugo Chávez envenenado por inimigo


Maduro diz que Chávez foi envenenado por "inimigos"

Em pronunciamento, vice-presidente venezuelano denunciou que uma conspiração estaria por trás do câncer do líder

                                                             Foto:g1.globo.com

Agência Estado/JC

CARACAS - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, foi de alguma forma envenenado por seus "inimigos" para desenvolver o câncer contra o qual vem lutando há quase dois anos. A acusação foi feita nesta terça-feira pelo vice-presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ao anunciar a expulsão de um adido militar lotado na embaixada dos Estados Unidos em Caracas.

"Por trás de todos (os complôs) estão os inimigos da pátria", declarou Maduro em pronunciamento na televisão estatal venezuelana.

No início do dia surgiram rumores de que altos funcionários do governo estariam preparando uma declaração sobre o futuro do governo Chávez.

O presidente venezuelano foi reeleito para um novo mandato em outubro do ano passado, mas a recorrência de um câncer impediu sua posse.

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O Papa e o meteoro


Por Cristovam Buarque


Ao mesmo tempo em que em Roma o Papa Benedito XVI renunciava ao seu pontificado, na Sibéria caia um meteoro. A renúncia foi um destes fatos que nos surpreende com o passado. E a queda do meteoro desperta temor no futuro. São temores que nos fazem sonhar com notícias que nos surpreendam ao longo da vida futura.
Sonho em ler notícia de que a economia é orientada para a redução da pobreza e a construção da igualdade social, com respeito ao equilíbrio ecológico; que o consumo está subordinado ao bem estar, e este à felicidade das pessoas. Sonho em ler a informação de que todas as crianças do mundo estão em escolas com a mesma alta qualidade, e nenhum pai ou mãe no analfabetismo; que a corrupção passou a ser tema limitado a estudo nos cursos de História; e que todos os políticos são comprometidos com utopias, propondo ações para todo o planeta e as próximas gerações. Gostaria de ver que os principais recursos da Terra passaram a ser regidos por normas do interesse de toda a humanidade e que a água do mar pode ser dessalinizada a baixo custo energético e com a mesma qualidade da água potável.
Será muito bom saber que todos os políticos eleitos usam os mesmos serviços públicos de seus eleitores; ter a surpresa de ver os mapas-múndi sem fronteiras separando países, todos integrados em uma mesma comunidade de seres humanos, com os mesmos compartilhados sonhos, e saber da desativação da última arma e do último reator nuclear. Será muito bom saber que os porta-aviões seriam usados apenas para fins turísticos e os bombardeiros para viagens de jovens pelo mundo.
Espero me surpreender ao saber da notícia da cura definitiva de todas as formas de câncer; da recuperação ou o atendimento daqueles que têm deficiências; da previsão e cura do mal de Alzheimer; e do envelhecimento sem a perda do vigor, nem da saúde, nem da memória do passado ou dos sonhos para o futuro. Gostaria de ver publicidade de chocolate descafeínado, wisky sem álcool, massa que engorda, sal que não eleva pressão arterial. No esporte, quero ver um jogador de futebol ainda melhor do que Pelé.
Sonho ver com deslumbrada surpresa a descida do primeiro homem ou mulher em Marte; quero que ainda em minha vida a ciência seja capaz de criar chips injetáveis no cérebro para fazer cada pessoa ler, entender e falar qualquer idioma; quero usar aeroportos sabendo que não há polícia de fronteira, nem revista ou demora na espera.
Sonho com acordo dos líderes mundiais para desativar o meteoro que explode dentro da civilização industrial, desigualando a sociedade e depredando a natureza. Ver a notícia de que a tecnologia espacial já dispõe do poder de destruir asteróides a caminho da Terra, garantindo, assim, que a humanidade não terá o destino dos dinossauros e que terá milênios para continuar com boas surpresas, como a de um Papa com dignidade suficiente para abrir mão de seu cargo, nos provocando a lembrar as surpresas do passado e a desejar imaginar sonhos para o futuro.

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segunda-feira, 4 de março de 2013

Umari depois do bloco balaka

Será esse o cenário da felicidade,  alegria,  cultura e sustentabilidade ? Será o progresso? 

Manhã de Segunda-feira: Litros de vidro quebrados ocupavam posição de destaque no lixo do pátio onde foi realizado o bloco balaka. Pau, pedra e resto de material de construção. Só Deus tem salvado nossa juventude nas festas de Bom Jardim. Os pais precisam orientar seus filhos, educar, tomar conta, cobrar do poder público investimentos  em educação, cultura e lazer de qualidade para as famílias. É preciso que as autoridades façam o que é certo antes que seja tarde demais.  E vem mais festa, mais carnaval !








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Acidente envolvendo veículo e motos no centro de Bom Jardim deixa duas pessoas feridas

É o nono acidente envolvendo carro e motos nas imediações da ponte do centro de Bom Jardim

Aconteceu por volta das 19:30 horas desta segunda (04) um acidente na ponte da Rua Manoel Augusto, envolvendo um veículo Fiat de placa KGN 0125,  conduzido pelo sr. Nilton de Santana e duas motos que eram pilotadas pelos senhores Eli Sérgio e  "Titela", ambos residentes na cidade de Bom Jardim. Os Moradores do centro foram mais uma vez surpreendidos pelo barulho do choque entre os envolvidos. Os feridos foram conduzidos para hospital Miguel Arraes e depois liberados. A polícia chegou ao local do acidente minutos depois e deteve o senhor Nilton, que segundo populares estava sob efeito de bebida. Álcool e excesso de velocidade são apontados como causas determinantes em todos os acidentes ocorridos nesse trecho. 













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As moradias da cidade: torres, ruas exílios:

Por: Antônio Paulo Rezende
As cidades prometiam liberdades e quebra de tradições. Sacudiam privilégios no lixo, desejando a inauguração de um novo mundo. Muitas celebrações festejam a modernidade. Havia seus teóricos, mas também aqueles que mostravam desconfianças. O feudalismo de desfazia, a nobreza procurava fôlego, o comércio agitava espaços desconhecidos. As cidades multiplicavam-se, anunciavam que os paraísos se espalhavam e as revoluções derrubariam hierarquias. Ninguém pode negar que houve uma época de entusiasmos. No entanto, os aglomerados urbanos existiram, com destaque, em tempos antigos, com discussões importantes e políticas desafiantes. Quem despreza Atenas e seus diálogos cotidianos?
As cidades continuam firmes com seus lugares históricos. Mobilizam-se. Cheias de máquinas garantem a chegada constante de novidades. Representam diversidades culturais incríveis. Estar em Paris é uma coisa e passar uns dias no Rio de Janeiro? Já ouviram falar das belezas de Praga? Diante de tantas opções o sossego se desarruma. As cidades modernizam-se numa velocidade que deixa seus moradores perplexos. O mito da liberdade, ajudando pelo fascínio do consumo, estica-se, com outros discursos e saudações ao desenvolvimentismo. As especulações imobiliárias tornam-se assuntos pertinentes, proclamam confortos, fermentam disputas. Uma questão incomoda: a quem pertence as cidades? Os especialistas conseguem decifrar certas amarguras urbanas, centram-se nas ambiguidades econômicas e, também, se mostram cofusos.
Algumas cidades apaixonam pelas modernizações radicais. Não seria melhor afirmar que grupos fazem opções que reforçam individualismos? As cidades não possuem uma população homogênea. Como viver em São Paulo, em Buenos Aires, no Recife? Não vamos transformar tudo num ninho de tipologia mal resolvidas. Mas há problemas que repercutem e balançam sentimentos. Muita gente, pouca atenção ao outro, multidões em busca de divertimentos, negociantes astuciosas e incansáveis. As cidades modernizadas convivem com desacertos frequentes. Os espaços de liberdades significam também espaços de desamparo. Não é estranho nos sintamos exilados numa cidade que nos traz recordações da infância. Um estranhamento incomum assanha sociabilidades que pareciam mortas.
As ruas congestionadas intimidam os mais precavidos. Nelas moram pessoas que não se localizam ou estão perdidas no mercado de trabalho. Criam-se famílias, retomam-se hábitos. A sobrevivência passa por violentos movimentos. O importante é comer, vestir-se, olhar os filhos, acostumar-se ou gritar contra a nudez. A coisificação é cresente, pois os objetos substituem as pessoas. Ampliam-se as contradições. Há quem ambicione as torres majestosas e quem não se afasta da precariedade. Não cessam a divulgação de encantos. O poder da minoria é sofisticado, totalmente seduzido pelos mandamentos do capital.
A modernização não abandonou o passado. Observem o tempo. Não menosprezem a simultaneidade, nem as permanências. As desigualdades não se foram, muitos exaltam a valor de uma vida sem tantas máquinas, as bicicletas circulam junto com as motos.  Os teóricos, os consultores, de hoje, gostam de fazer contas. Apostam em benefícios. Os políticos disputam apoio das grandes construtoras. Muita sedução, pragmatismo fluente e cidadania desqualificada. As cidades misturam-se, globalizam angústias. As praças são utilizadas como estacionamento e rebeldia se revela nas redes sociais. Outros tempos, com vícios e descontroles conhecidos, com a grana escondendo e armando golpes e as sociedades com seus templos de cimento e ferro.

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