quinta-feira, 10 de outubro de 2019

Redação do Enem: os 6 erros mais comuns na estrutura do texto, segundo quem corrige simulados


Prova do Enem 2018Direito de imagemMARIANA LEAL/MEC
Image captionRedação é avaliada sob cinco competências pelos corretores do Enem
O peso que ela tem na nota do Enem e as dificuldades de muitos alunos com a escrita fazem com que a redação seja uma das partes mais temidas pelos estudantes que se preparam para o primeiro dia do Exame Nacional do Ensino Médio, marcado para o dia 3 de novembro.
Em linhas gerais, é bom lembrar que ela é avaliada sob cinco competências, cada uma valendo de zero a 200 pontos: domínio da escrita formal; compreensão e desenvolvimento da proposta (tema); saber selecionar, relacionar, organizar e interpretar argumentos, informações e opiniões na defesa de um ponto de vista; demonstrar ter conhecimento dos mecanismos linguísticos para construir uma argumentação; e saber elaborar uma proposta de intervenção (conclusão) para o problema abordado no tema, sempre respeitando os direitos humanos.
A BBC News Brasil conversou com três pessoas que corrigem simulados de redação em cursinhos e projetos preparatórios voltados a jovens de escolas públicas, e ouviu deles quais são os erros comuns de estrutura (para além de erros de ortografia, gramática e pontuação) que levam à perda de pontos nos textos. Veja, também, algumas precauções para ajudar na escrita de uma redação que alcance a nota mil.

Erro 1: Não construir uma linha de argumentação

É muito comum que as redações se "percam" ao longo do texto, sem seguir a linha exigida pelo Enem — de introdução, desenvolvimento do texto e conclusão, diz Eva Albuquerque, professora de redação do Cursinho da Poli.
Nesses casos, falta o que ela chama de um "projeto de texto": o aluno não tem claro como vai abordar o tema, quais argumentos vai usar e qual proposta de intervenção (ou seja, como acha que o problema precisa ser atacado)
Como se precaver: Primeiro, lembre-se de que a redação tem que ter começo, meio e fim, interconectados entre si —- em outras palavras, uma introdução que apresente uma tese bem elaborada, uma boa argumentação com dados factuais e referências, e uma conclusão, embasada pelos dados apresentados no próprio texto, diz Fabiano Gonçalves, gerente de operações educacionais do Instituto Proa.
Jovem fazendo provaDireito de imagemPA MEDIA
Image captionAntes de começar a redação, faça um plano: como vou entrar no tema proposto? Quais meus argumentos principais e secundários? Qual vai ser a minha conclusão?
Eva Albuquerque sugere também dedicar alguns minutos, antes mesmo de começar o rascunho, a planejar o esqueleto de seu texto — assim como um arquiteto planeja a casa que vai construir: como vou entrar no tema? Quais meus argumentos principais e secundários? Qual vai ser a minha conclusão?
Uma grande dificuldade dos jovens é justamente ter repertório para construir uma boa argumentação, interpretar dados e colocar informações em contexto, afirma Fabiano Gonçalves.
Esse repertório vem de nossas experiências pessoais e culturais: os livros que lemos, filmes, passeios em museus, notícias que acompanhamos, os debates que temos com os amigos, familiares e professores. E, também, nossos conhecimentos das demais disciplinas, como história, geografia e até mesmo a matemática.
Quanto mais o jovem tiver dessa "bagagem", mais fácil vai ser acessar informações na cabeça para construir uma argumentação coerente e relevante na redação do Enem.
Gonçalves sugere também treinar antes o uso do tempo, cronometrando para escrever sobre um determinado tema dentro de uma hora, que é mais ou menos o tempo que se dedica à redação no dia do Enem.
O ideal, para quem puder, é fazer simulados que sejam corrigidos por pessoas que entendam as competências exigidas no Enem.

Erro 2: Escrever em primeira pessoa

Fazer a redação em primeira pessoa ("eu"), escrever "acho que" ou "opino que", ou fazer conclusões que não tenham nenhuma relação com os argumentos citados no texto é motivo comum de perda de pontos na redação.
"Isso é visto como uma evidência de que o aluno não entende a estrutura das redações exigidas pelo Enem, que devem ser embasadas por dados e fatos", explica Gonçalves.
LivroDireito de imagemSPL
Image captionA dica é básica, mas necessária: ler muito ajuda os jovens a criar repertório e a se familiarizar com a linguagem formal, que é a exigida pelo Enem
Como se precaver: Diferenciar fatos de opiniões é um bom começo para não se perder, diz Albuquerque. "A proposta de intervenção (ou seja, a conclusão) é algo pessoal, mas não pode ser escrita em primeira pessoa, porque ela é embasada pelas referências (de argumento) do texto. Se minha conclusão é de que 'sou contra o Exército nas ruas', tenho de dizer que isso pode ser ruim por tais e tais motivos, mas não 'porque eu acho'."

Erro 3: Fugir do tema proposto

Quando o aluno não entende bem o tema proposto pelo Enem ou quando se dispersa ao longo do texto, é comum que as conclusões não sejam consistentes com o que os corretores esperam.
Albuquerque conta que, no Enem de 2017, cujo tema da redação eram os "desafios para a formação educacional de surdos no Brasil", alguns alunos se perderam em assuntos relacionados, mas diferentes, como a educação de cadeirantes.
Como se precaver: O jeito é ficar muito atento, ao longo de todo o texto, e "puxar a si mesmo" para o tema central se você vir que começa a se dispersar dele.
"Cuidado para não tangenciar, que é estar próximo do tema, mas não falando do tema em si", adverte Daniely do Nascimento, que já foi corretora do Enem e hoje é corretora voluntária no projeto Salvaguarda, que atende a jovens de escolas públicas em Ribeirão Preto (SP).

Erro 4: Repetir frases e 'encher linguiça'

Corretores afirmam que muitos simulados contêm muitas frases, palavras e argumentos repetidos, que acrescentam pouca informação ao texto.
"Muitos alunos tentam encher linguiça, criar volume de linhas escritas, com frases genéricas que não dizem nada", diz ele.
Jovem fazendo provaDireito de imagemAG PARÁ
Image captionNão adianta deixar para escrever apenas no dia da prova - escrita requer treino
Como se precaver: Olhe para cada palavra e frase e se pergunte: ela agrega informação ao texto? Se você retirá-la e isso fizer pouca diferença no texto, é sinal de que ela não agrega valor à sua redação.
"Lembre-se de que o espaço previsto pelo Enem dá justo para apresentar o tema, falar sobre ele e daí apresentar uma conclusão", diz Gonçalves.

Erro 5: Usar linguagem informal

A primeira competência exigida pelo Enem é o domínio da escrita formal. Mesmo assim, esse é um dos itens mais descumpridos pelos alunos, afirma Daniely do Nascimento.
"É muito comum que os jovens escrevam abreviações, como 'vc' e 'pq', porque estão acostumados a escrever assim na internet", diz ela. Mas gírias e expressões que usamos apenas na linguagem oral (e nas redes sociais) são garantia de pontos perdidos na redação.
Como se precaver: Nada de abreviações, e evite também palavras usadas na linguagem oral, como "ficou ligado", "bem", "você", e expressões variantes, "bem, para começar", "de repente você vê que…".
Mas, atenção: isso não significa usar palavras difíceis, apenas usar a norma culta.
"O aluno que tenta ser muito rebuscado no texto acaba se atrapalhando ainda mais, porque ele não domina aquela linguagem", diz Eva Albuquerque. "O ideal é ser objetivo e claro."

Erro 6: Fazer um texto desorganizado

Provas do EnemDireito de imagemANDRÉ NERY/MEC
Image captionA primeira competência exigida pelo Enem é o domínio da escrita formal, e esse é um dos itens mais descumpridos pelos alunos
Frases incompletas, em que a informação não fica clara para o corretor, ou parágrafos soltos, que não tenham conexão com o que veio antes ou vem depois, podem levar a perdas de pontos em duas das cinco competências exigidas pelo Enem, adverte Nascimento.
Isso porque a redação acaba não tendo coesão.
Como se precaver: Elaborar um "projeto de texto", como o sugerido no item 1 por Eva Albuquerque, pode ajudar a evitar essa desorganização.
A professora do Cursinho da Poli afirma, ainda, que, para alunos que tenham dificuldade em iniciar um texto, uma boa estratégia é citar alguma referência histórica ou obra cultural relacionada ao tema da redação.
Por exemplo, se o tema é violência urbana, pode-se abrir citando algum episódio recente de bala perdida que tenha causado comoção, algum caso histórico no Brasil ou mesmo alguma frase relevante de livro, filme ou seriado que aborde o mesmo assunto.
Mas é preciso ter cuidado para não cair em uma "enrascada", diz Nascimento. "Às vezes os alunos citam autores só por citar, sem ter nenhuma conexão com a argumentação do texto."
Para a professora, o melhor jeito de ter um texto organizado é praticar antes. "Não dá para ficar um ano sem escrever e deixar para fazê-lo só no dia do Enem. Escrita é treino — é escrever e ler bastante para além das redes sociais", diz Nascimento
Professor Edgar Bom Jardim - PE

As pistas que podem ajudar a desvendar mistério de petróleo que atingiu praias do Nordeste



Foco em óleo vazado sobre areia, com banhistas no plano de fundoDireito de imagemREUTERS/ALISSON FRAZAO
Image captionA investigação sobre o incidente passa por elementos como datas de avistamento nas praias, correntes marinhas do oceano Atlântico e rotas das embarcações
O primeiro sinal do petróleo derramado foi registrado em três praias do litoral paraibano, no dia 30 de agosto. Nos 40 dias seguintes, o vazamento se espalhou por 63 cidades nos 9 Estados do Nordeste. Doze tartarugas marinhas morreram e mais de 130 toneladas do óleo cru foram recolhidas das praias no episódio que já é considerado o maior desastre ambiental do país em extensão territorial.
Mas como uma quantidade tão grande de petróleo caiu no mar sem deixar vestígios? Quem está no radar da Marinha e Polícia Federal?
A investigação da origem do óleo está sendo conduzida pela Marinha, e a investigação criminal é alvo da Polícia Federal. Tudo feito com apoio da Petrobras. Uma série de hipóteses foi levantada por autoridades, especialistas e ativistas, sendo as principais delas: limpeza ilegal de navio, naufrágio, vazamento acidental e ação criminosa.
Participam da operação para identificar a origem do vazamento de óleo cru 1.500 militares, cinco navios, uma aeronave e diversas embarcações e viaturas de delegacias e capitanias dos portos. A reportagem da BBC News Brasil procurou os órgãos que participam da investigação, mas nenhum deles se manifestou oficialmente ou revelou detalhes sobre as linhas de investigação.
"Aproximadamente 140 navios fizeram trajeto por aquela região. Pode ser algo criminoso, pode ser um vazamento acidental. Pode ser um navio que naufragou também. Agora, é complexo. Temos no radar um país que pode ser o da origem do petróleo e continuamos trabalhando da melhor maneira possível", disse o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro
Os professores de engenharia de petróleo da Universidade de São Paulo (USP) Ricardo Cabral de Azevedo e Patricia Matai disseram que é necessário fazer o monitoramento por satélite para identificar a pluma de contaminação.
"Com base nisso, é possível identificar a origem e a trajetória da pluma", disseram por meio de email.
Para a dupla, porém, é difícil saber com base apenas nesta informação qual a embarcação seria responsável pelo despejo de óleo devido à quantidade de navios que passaram pela região no mesmo período.
Três pessoas com jaleco e máscara seguram e limpam tartaruga marinha afetada por vazamento de óleoDireito de imagemAFP PHOTO/ ACERVO AQUASIS/MIKA HOLANDA
Image captionTartaruga coberta de óleo é tratada no Centro de Reabilitação de Mamíferos Marinhos em Caucaia, Ceará; pelo menos dez tartarugas já morreram em meio a vazamentos no Nordeste

Onde foi produzido o petróleo derramado?

Segundo especialistas ouvidos pela BBC News Brasil, com a tecnologia disponível hoje, a investigação completa poderia ser relativamente simples, mas deve depender também de colaboração de outros países e empresas estrangeiras.
Primeiro, é preciso definir a composição do material encontrado. Um dos indicadores é o chamado grau API, escala criada pelo Instituto Americano de Petróleo para medir a densidade relativa de líquidos derivados do petróleo em relação à água. Quanto menor o nível, mais denso e menos valioso ele é.
Abaixo de 10, a exemplo do betume, afundaria no mar. Acima de 30 são os considerados leves, como o pré-sal da Bacia de Santos (31), que correspondem a quase um terço da produção brasileira.
Além disso, à medida que o óleo passa tempo no mar, sua densidade vai aumentando.
Em resposta à BBC News Brasil, a Petrobras disse que "a análise realizada em amostras de petróleo cru encontrado em praias do Nordeste atestou, por meio da observação de moléculas específicas, que a família de compostos orgânicos do material encontrado não é compatível com a dos óleos produzidos e comercializados pela companhia".
Ainda em nota, a empresa disse que os testes foram realizados nos laboratórios do Centro de Pesquisas da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro.
Nesta quarta-feira (9), autoridades brasileiras afirmaram à imprensa que as análises dos perfis químicos das amostras coletadas são compatíveis com características do petróleo produzido na Venezuela, um tipo mais pesado.
A investigação sobre a bandeira da embarcação (em que país está registrada) faz parte de outra etapa.
Também não foi possível determinar, por ora, há quanto tempo o óleo foi extraído.

Qual é a origem do derramamento?

A montagem do quebra-cabeças segue um caminho de certo modo invertido, voltando no tempo.
A investigação sobre quando e onde começou o incidente passa principalmente pela combinação de cinco elementos: densidade do óleo, datas de avistamento nas praias, correntes marinhas do oceano Atlântico, direção e intensidade dos ventos e rotas das embarcações.
O cronograma da chegada do petróleo às praias do Nordeste dá pistas importantes sobre o marco zero do vazamento, que pode variar em estimativas de especialistas de 40 a centenas de quilômetros da costa de Pernambuco e da Paraíba. Parte das cidades atingidas continua recebendo o material.
Segundo autoridades envolvidas com a investigação, a mancha avança aproximadamente 10 centímetros por segundo, em média.
Soma-se a isso a densidade da substância encontrada em relação à água do mar e os movimentos naturais do ar e do oceano. Na provável área de início do vazamento, segundo dados de satélite obtidos próximos à data de publicação desta reportagem, os ventos seguem do sudeste para noroeste, como se "saíssem" do meio do Atlântico Sul e "bifurcassem" em direção ao litoral nordestino e aos países do Caribe.
Esse sentido se assemelha ao das correntes marinhas de superfície na área.
Com modelos matemáticos, é possível traçar trajetos prováveis do caminho que o óleo percorreu e estimar uma provável área de origem do vazamento, mas falta o principal: que navios passaram por ali?
"A imagem em tempo real está aí, disponível. É só juntar os pedacinhos, rodar o relógio ao contrário", explica o oceanógrafo Tarcisio A. Cordeiro, professor da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e do laboratório de Ecologia e de Sistemas Costeiros.
Há uma série de ferramentas na internet que permitem identificar em tempo real a posição e a rota das embarcações por satélite, além de mapear o histórico do tráfego — serviços semelhantes existem também para aviões.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, as investigações do Cismar (Centro Integrado de Segurança da Marinha) identificaram a presença de 140 navios-tanque durante o mês de agosto na área analisada pelas autoridades, estimada em 36 milhas náuticas quadradas — ou 123 quilômetros quadrados, quase o tamanho da capital potiguar, Natal (167 quilômetros quadrados).
As embarcações que se encaixam no perfil investigado (com transporte de petróleo cru) foram notificadas a prestar esclarecimentos.
Há duas linhas retas de tráfego que quase se cruzam a quase 400 quilômetros da costa: uma que liga o Caribe e o Golfo do México ao sul da África em direção ao Sudeste Asiático e outra que parte do litoral do Sudeste Brasileiro rumo à Europa.
A quantidade de óleo encontrada até agora também dá poucas pistas sobre o que de fato aconteceu ali. Foram coletadas nas praias mais de 130 toneladas de óleo, mas embarcações como o Suez Max, da Transpetro, para transporte de óleo cru podem levar mais de 170 mil toneladas.
Esses cenários levam em conta que o óleo vazou recentemente, mas existe também a possibilidade de o óleo encontrado estar no oceano há meses ou anos, dentro de uma embarcação que naufragou, por exemplo.
Praia em AracajuDireito de imagemHO/ADEMAS/AFP
Image captionRelatório da Petrobras mostra que resíduos são mistura de óleos do tipo extraído na Venezuela

O que pode acontecer quando os responsáveis forem identificados?

A doutora em planejamento ambiental pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Cristiane Jaccoud afirmou que uma série de variáveis devem ser analisadas para saber quais mecanismos jurídicos deverão ser acionados, antes de aplicar qualquer tipo de punição.
"Enquanto a gente não consegue identificar a causa desse problema, a gente fica travado. Se foi algo causado por um navio estrangeiro, será aplicada a regra internacional. O responsável pelo navio é responsável pelo dano e deve pagar por ele. Enquanto isso, é necessário destinar todos os esforços e estrutura para a contingência e evitar maiores danos", afirmou.
Jaccoud diz ainda que o Brasil ainda pode pedir ajuda para a Organização Marítima Internacional, um braço da ONU, para bancar parte dos prejuízos.
"O Brasil pode recorrer ao fundo de direitos difusos para ações civis públicas para indenizações ambientais. Mas a responsabilização vai ficar para um segundo momento. O importante agora é tomar todas as medidas possíveis para evitar mais danos", afirmou.
Ela acredita que a principal hipótese para a origem do óleo é um descarte irregular e afirma que é a primeira vez que ela vê um vazamento tão grande demorar tanto tempo para identificar o responsável. Descartes irregulares podem ocorrer no caso de avaria no casco das embarcações que possa representar risco de naufrágio.
"Quando é vazamento em plataforma, você identifica rápido. Quando há colisão, ele derrama óleo e naufraga. Acidentes são evidentes. Se fosse isso, a gente já teria identificado. Essa demora nos faz ter uma desconfiança maior sobre um descarte irregular por conta de navios sem rastreadores, que passam sem ser vistos pelos radares", afirmou.
Ela afirma que a responsabilidade com os planos de contingência é do governo federal, que também recebe apoio da Petrobras.
"Devido à expertise e a estrutura institucional, a Petrobras foi formalmente requisitada para auxiliar na contingência, assim como outras instituições. Isso não significa que a empresa seja responsável pelo acidente. Inclusive, os custos com essa contingência deverão ser ressarcidos posteriormente pelos responsáveis pelo vazamento", afirmou.
Especialistas ouvidos pela reportagem descartam a possibilidade de o óleo ter vindo de uma lavagem ilegal dos tanques de petroleiros. Normalmente, a quantidade de óleo lançada no mar em operações de lavagem ilegal de tanques é bem menor do que as mais de 130 toneladas que atingiram a costa nordestina.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 6 de outubro de 2019

Eleição do Conselho Tutelar. Conheça os candidatos de Bom Jardim


Neste domingo (6/10), acontecem as eleições dos conselhos tutelares em todo o Brasil.

Em meio a um movimento de retrocessos e ataques aos direitos conquistados no país, é necessário que toda a sociedade se mantenha alerta e analise bem os/as candidatos/as antes de votar.

Toda pessoa com mais de 16 anos, que tiver título regular com inscrição nas zonas eleitorais poderá votar neste domingo. É importante levar para o local de votação o título de eleitor e um documento oficial com foto. Conheça os candidatos de Bom Jardim - PE.

#ConselhoTutelar  #eleições2019 
Acesse:
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Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 5 de outubro de 2019

Fotos revelam como era a Amazônia brasileira no século 19



The AmazonDireito de imagemALBERT FRISCH / SOTHEBYS
Uma coletânea de fotos tiradas pelo alemão Albert Frisch e vendida num leilão da Sotheby's em Nova York pode ser o registro fotográfico mais antigo da Amazônia brasileira.
As imagens foram tiradas há mais de 150 anos durante uma expedição à floresta. As fotos de Frisch captam tanto a natureza quanto os habitantes da Amazônia, como os integrantes das tribos indígenas Ticuan, Miranha e Caixana.
A coleção compreende 98 fotos que foram publicadas pela primeira vez em 1869 pela editora de Georg Leuzinger.
A home in the AmazonDireito de imagemALBERT FRISCH / SOTHEBYS
Frisch iniciou a carreira de fotógrafo em 1863 e se mudou para o Rio de Janeiro no ano seguinte, onde começou a trabalhar para Leuzinger. Foi Leuzinger quem comissionou Frisch a tirar fotos na remota Amazônia.
A family photographed by FrischDireito de imagemALBERT FRISCH / SOTHEBYS
Frisch iniciou a expedição em 1867, percorrendo quase 1,6 mil km a pé ou de barco por cinco meses. Ele produziu mais de 120 negativos usando o processo fotográfico de colódio úmido. Para isso, teve que fazer a viagem com um laboratório fotográfico portátil
Esse processo exigia que as placas fotográficas fossem preparadas momentos antes de serem inseridas na câmera, com as fotos sendo tiradas com elas ainda úmidas.
Man with spearsDireito de imagemALBERT FRISCH / SOTHEBYS
Várias fotos estão em camadas ou são composições de negativos. Frisch frequentemente fotografava as pessoas e as paisagens de fundo separadamente, criando um aspecto escultural para a imagem final.
A carreira de fotógrafo do alemão durou só alguns poucos anos, mas as imagens que ele produziu estão expostas ao redor do mundo.
A boat on the riverDireito de imagemALBERT FRISCH / SOTHEBYS
Mother and childDireito de imagemALBERT FRISCH / SOTHEBYS
Three menDireito de imagemALBERT FRISCH / SOTHEBYS
A man and a womanDireito de imagemALBERT FRISCH / SOTHEBYS
The AmazonDireito de imagemALBERT FRISCH / SOTHEBYS
A CaimanDireito de imagemALBERT FRISCH / SOTHEBYS
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Professor Edgar Bom Jardim - PE