sábado, 15 de dezembro de 2018

Mundo:Por que bombardeiros russos estão aterrissando na Venezuela

A Russian Tupolev Tu-160 strategic long-range heavy supersonic bomber aircraft is pictured upon landing at Maiquetia International Airport, just north of Caracas, on December 10, 2018Direito de imagemAFP
Image captionThe strategic bombers landed at Simón Bolívar airport on Monday
A força aérea russa aterrissou nesta semana na Venezuela.
Quatro aeronaves - incluindo dois bombardeiros Tupolev 160 (Tu-160), com capacidade para transportar armas nucleares - pousaram na segunda-feira no Aeroporto Internacional de Maiquetía Simón Bolívar, nos arredores de Caracas - em uma demonstração de apoio da Rússia ao governo do presidente Nicolás Maduro.
O ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino, participou de um evento de boas-vindas às aeronaves e afirmou que elas fazem parte de exercícios de cooperação militar entre os dois países.
"Estamos nos preparando para defender a Venezuela até o último momento caso seja necessário."
"Vamos fazer isso com nossos amigos porque temos amigos no mundo que defendem relações respeitosas e de equilíbrio", completou.
No domingo, Maduro afirmou que havia uma tentativa "coordenada diretamente pela Casa Branca de perturbar a vida democrática na Venezuela e tentar dar um golpe de Estado contra o governo constitucional, democrático e livre do país" em andamento.
Padrino explicou que os aviões russos são "logísticos e bombardeiros" e acrescentou que ninguém deve se preocupar com a presença das aeronaves no país.
"Somos construtores da paz, não da guerra", declarou.
Bombardeiro Tupolev 160Direito de imagemAFP
Image captionOs bombardeiros Tupolev 160 têm capacidade para transportar armas nucleares
O embaixador da Rússia na Venezuela, Vladimir Zaemskiy, disse, por sua vez, que uma das áreas de cooperação entre os dois países é militar-técnica - e, segundo ele, "se desenvolveu de forma muito frutífera nos últimos anos".

Aliança Maduro-Putin

Um exercício militar conjunto foi anunciado poucos dias depois do encontro de Maduro com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, em Moscou. A reunião resultou na assinatura de contratos da ordem de US$ 6 bilhões em investimentos russos nas áreas de mineração e petróleo na Venezuela.
Os dois países são aliados próximos de longa data. E o governo de Maduro, pressionado pelas sanções impostas pelos Estados Unidos e pela União Europeia contra o que consideram violações de direitos humanos na Venezuela, quer reforçar esses laços - incluída, aí, a frente militar.
O embaixador da Rússia lembrou que a cooperação na área de defesa começou em 2005, quando Hugo Chávez era presidente.
Mas o plano de ambos os governos agora é aprofundar essa relação.
Maduro e PutinDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEncontro de Maduro e Putin resultou na assinatura de contratos da ordem de US$ 6 bilhões em investimentos russos nas áreas de mineração e petróleo
O ministro Padrino contou que Caracas aguarda a chegada de uma delegação russa com a qual devem discutir formas de fortalecer o arsenal das Forças Armadas venezuelanas - embora a difícil situação dos cofres públicos do país sul-americano, que vive a maior recessão de sua história, seja um obstáculo para a aquisição de armamentos mais sofisticados.
Em meio à grave crise econômica, política e social que a Venezuela atravessa, especialistas ouvidos pela BBC News Mundo, serviço em espanhol da BBC, acreditam que a presença militar russa pode ter o objetivo de "desencorajar" terceiros a realizar "algum tipo de intervenção militar" no país.
Mas, além de beneficiar a Venezuela, essa aliança também é considerada vital para o governo Putin, de acordo com os analistas.
A anexação russa da Crimeia em 2014 foi duramente condenada por países ocidentais, gerando uma onda de sanções econômicas contra o país que continuam sendo renovadas.
A partir daquele momento, as relações entre a Rússia e os EUA e a União Europeia se deterioraram drasticamente. E é nesse contexto que a Venezuela ganha uma importância especial.
"(Moscou) está procurando países que ainda querem se relacionar com eles, e isso inclui a Venezuela", destaca Steven Pifer, ex-embaixador dos EUA na Ucrânia e pesquisador do centro de análises Brookings Institution.
"O que o Kremlin quer é passar a imagem de uma Rússia que não está isolada, quando na verdade está."
Ajudar econômica e militarmente a Venezuela - um dos poucos países que apoiaram a ação russa na Crimeia - serve para sustentar que "a Rússia tem conexões ao redor do mundo".
O editor do serviço russo da BBC, Famil Ismailov, concorda e destaca outra vantagem para Putin ao apoiar Caracas: a imagem que pode vender dentro do país.
"É muito importante mostrar ao público interno que, apesar das sanções, a Rússia cumpre seu papel de superpotência e tem países amigos. Vale a pena pagar por isso", explica Ismailov, fazendo referência a Putin.

Uma 'provocação' aos EUA

O envio das aeronaves para a Venezuela também serviria como um recado aos EUA, de acordo com especialistas.
O governo russo criticou em diversas ocasiões a "interferência" dos EUA na Ucrânia e o envio de tropas americanas para o Mar Negro e o Báltico, como parte das operações da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
E mandar os bombardeiros para a Venezuela pode ser uma resposta, uma maneira de "colocar o dedo na ferida" dos EUA.
"Parte da razão (para o envio dos bombardeiros) é treinar pilotos russos em voos de longa distância, outra parte é destinada simplesmente a irritar os Estados Unidos", afirma o ex-embaixador na Ucrânia.
As autoridades americanas fizeram, por sua vez, críticas duras ao envio dos aviões.
"A Rússia envia bombardeiros para a Venezuela e nós, um navio-hospital", afirmou o coronel Robert Manning, porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA.
Em entrevista coletiva no Pentágono, Manning se referiu ao USNS Comfort, que partiu em meados de outubro rumo à América Central e à América do Sul com a missão de oferecer ajuda humanitária aos refugiados venezuelanos.
"O mais importante é que estamos ao lado do povo da Venezuela em um momento de necessidade", acrescentou.
O secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, afirmou que se trata de "dois governos corruptos esbanjando recursos públicos".
O governo russo classificou a declaração como "completamente inapropriada" e "pouco diplomática".
Mas a Rússia não é a única a enviar jatos militares para outros países. Os EUA também mandaram aviões para seus aliados, incluindo a Ucrânia, cujas relações com Moscou permanecem tensas após a anexação da Crimeia.
Presentational white space

Tu-160

Confira abaixo as principais características dos bombardeiros Tupolev 160:
Bombardeiro Tu-160 na VenezuelaDireito de imagemAFP/GETTY IMAGES
Image captionOs bombardeiros Tupolev 160 são conhecidos como 'cisnes brancos' na Rússia
Conhecidos como Cisnes Brancos na Rússia, são aviões do tipo "swing-wing (de geometria variável)", com velocidade máxima duas vezes maior que a do som. A frota foi lançada em 1981, e modernizada em 2000. O alcance de voo é de cerca de 12 mil quilômetros e os aviões têm capacidade para transportar armamentos nucleares.
Fonte: BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Brasil:Ataque em Campinas: uma visão da ciência sobre as origens da 'explosão de violência'


Corpo coberto de vítima de atentado na Catedral de CampinasDireito de imagemREUTERS
Image captionSegundo a polícia, Euler Grandolpho usou duas armas de fogo para atirar em fiéis na Catedral de Campinas
Em 1901, um médico britânico que morava na Malásia descreveu um fenômeno que lhe chamava atenção: o de pessoas sem histórico criminoso que tinham rompantes de violência e saíam cometendo assassinatos indiscriminadamente, atacando a quem não havia feito nada contra elas.
"Um homem de 23 anos roubou uma espada e atacou seis pessoas que estavam dormindo ou fumando ópio. Ele quase decapitou um, matou outros três e feriu seriamente os demais - tudo sem razão aparente", escreveu na época o médico John Gimlette no Journal of Tropical Medicine.
Era o fenômeno cultural local chamado de amok, quando uma pessoa alvo de frustrações ou humilhações - na maior parte dos casos, um homem - passava por um período de reclusão e isolamento e depois se lançava em um ritual catártico e bárbaro: ir a um lugar público e movimentado para matar pessoas desconhecidas, sem motivo ou conexão aparentes. A palavra deu origem ao termo em inglês "running amok", que pode ser traduzido como "tomado pela ira".
Esse fenômeno, a princípio apontado por antropólogos como uma manifestação restrita a algumas comunidades do sul da Ásia, começou a ser visto sob outra ótica por psicólogos e estudiosos no Ocidente a partir da década de 1990, quando mais matanças indiscriminadas começavam a ganhar as manchetes dos jornais: as mortes causadas por atiradores em escolas ou locais públicos americanos.
Mais recentemente, outro roteiro parecido: extremistas islâmicos começaram a atacar, com armas ou veículos, grandes concentrações de pessoas em cidades europeias, por exemplo.
Para alguns estudiosos, há elementos semelhantes no amok e na ação de atiradores ou extremistas em países ocidentais: uma explosão de violência homicida cega, cometida em locais públicos, onde a chance de fazer vítimas é grande. E os perpetradores geralmente seguem matando aleatoriamente até que sejam interrompidos pela polícia ou cometam suicídio.
Homenagem a vítimas de ataque extremista em Estrasburgo, na França, em 13 de dezembroDireito de imagemAFP
Image captionHomenagem a vítimas de ataque extremista em Estrasburgo, na França, em 13 de dezembro; para pesquisador, perpetradores buscam 'momento de triunfo' que não conseguiam obter na vida até então
É possível notar também algumas semelhanças desse modo de agir com o caso de Euler Grandolpho, que na terça-feira matou cinco pessoas e feriu mais três na Catedral Metropolitana de Campinas (SP), antes de cometer suicídio. As motivações e detalhes do episódio, no entanto, ainda estão sendo investigados pela polícia.
É importante destacar que essa conexão entre amok e atiradores no Ocidente é uma linha de pensamento, e não um consenso da comunidade acadêmica. Mas fomenta um debate sobre exclusão social, saúde mental e, por fim, uma possível "crise de masculinidade" entre homens que têm dificuldade de realização e inserção plena na sociedade onde vivem.

Em busca de um 'momento de glória'

Diferentemente dos amoks originais, de caráter catártico, os atiradores da atualidade parecem nutrir a ideia de que as matanças lhes proporcionarão o momento de glória, triunfo e atenção midiática que não haviam conseguido em vida até então, avalia o acadêmico brasileiro Gabriel Zacarias, professor de História na Unicamp e estudioso de casos recentes de extremismo islâmico na França (abordados no livro No Espelho do Terror: Jihad e Espetáculo; ed. Elefante, 2018).
"A maior parte é de pessoas apontadas pelos conhecidos como introspectivos, que ninguém imaginava que poderia fazer uma coisa dessas (uma matança indiscriminada). São homens geralmente, de alguma forma, frustrados", explica Zacarias à BBC News Brasil.
Essas frustrações podem ser pelo fato de não terem desfrutado de popularidade, sucesso profissional ou integração à sociedade competitiva onde vivem, exemplifica.
"Os extremistas na França geralmente são de um estrato social mais baixo e de família de origem imigrante, o que coloca o preconceito em jogo na sua dificuldade de ascensão social. (...) Parecem ter encontrado no terrorismo uma forma de dar um sentido mais nobre a uma vida que já estava fora da norma", explica. "Quem comete um atentado sabe que vai ser apresentado de uma determinada maneira na imprensa, nos telejornais, nas redes sociais jihadistas. Vai ter um momento de 'triunfo'", explica.
Em novembro, um atirador matou 12 pessoas em uma casa noturna de Thousand Oaks, na Califórnia; acima, a polícia na casa do suspeitoDireito de imagemAFP
Image captionEm novembro, um atirador matou 12 pessoas em uma casa noturna de Thousand Oaks, na Califórnia
"O que nos leva ao caráter espetacular desses fenômenos: a maioria (dos extremistas) produziu vídeos com armas, mensagens ou até filmagens de seus próprios ataques. Eles já tinham a percepção de que seria um momento de grande repercussão midiática e de que eles, até então fracassados (dentro de suas comunidades), teriam seu reconhecimento."
Claro que frustrações em si não bastam para explicar uma matança indiscriminada - todos, afinal, temos momentos de frustração, e pouquíssimos de nós transformamos isso em violência extrema. No caso de extremistas islâmicos, é preciso levar em conta também componentes étnicos, religiosos e geopolíticos. No caso dos atiradores de escolas, porém, há pesquisadores nos EUA que acreditam que existe no país uma "crise de masculinidade": jovens do sexo masculino que se sentem desconectados da sociedade e encontram na cultura de valorização das armas de fogo uma forma de expressar que são "durões".
"Todos os atiradores de escola e terroristas domésticos que analisei em meu livro exibiam raiva masculina, uma tentativa de resolver uma crise de masculinidade por meio de um comportamento violento e demonstravam fetiche por armas", escreveu em 2008 o pesquisador Douglas Kellner, da Universidade da Califórnia em Los Angeles, autor do livro Guys and Guns Amok.
Kellner estava se dirigindo à imprensa poucos dias após o atirador Steven Kazmierczak ter invadido a Universidade Northern Illinois e matado cinco pessoas, em 14 de fevereiro daquele ano.
"Tanto em massacres em escolas quanto em atos de terrorismo doméstico, os perpetradores usam armas e/ou cometem violência para resolver crises de masculinidade e se constituírem como 'durões', 'homens de verdade'. Também usam a imprensa para criar espetáculos de terror e firmar-se como celebridades", escreveu Kellner em artigo posterior.
Para o pesquisador, "em cada caso, os homens sofriam de problemas de socialização, alienação e busca por identidade em uma cultura que valoriza armas e militarismo como símbolos poderosos de masculinidade".

O peso da depressão

Há, por fim, um forte componente de saúde mental em parte dos casos.
Em 1999, mesmo ano do massacre na escola americana de Columbine, um artigo publicado no periódico Journal of Clinic Psychiatry traçava paralelos entre o comportamento observado no amok e em "sociedades modernas industrializadas", nessas últimas talvez estimulado por problemas como psicopatia, paranoia, esquizofrenia, distúrbios de personalidade e de temperamento e manifestações suicidas ou homicidas, carregadas de raiva, desamparo ou sentimento de vingança.
De volta ao caso de Euler Gandolpho, em Campinas, as informações preliminares obtidas pela imprensa e relatos de seu diário mencionados pela polícia sugerem um quadro de depressão associado a pensamentos paranoicos de perseguição.
"Como é virtualmente impossível impedir um ataque amok sem arriscar a própria vida, a prevenção é o único método de evitar o dano causado", defende o artigo, sugerindo aumentar a rede de amparo a indivíduos com histórico de comportamento violento ou ameaças, que estejam sob estresse (seja financeiro ou pela perda de um ente querido ou de um emprego) e tenham problemas de saúde mental.
Prisão de atirador que deixou 17 mortos em uma escola da Flórida em fevereiroDireito de imagemREUTERS
Image captionPrisão de atirador que deixou 17 mortos em uma escola da Flórida em fevereiro; pesquisador americano acha que massacres são favorecidos por uma crise de masculinidade associada a cultura pró-armas nos EUA
Mas esse é apenas um aspecto da complexa questão.
Para Gabriel Zacarias, é difícil propor soluções sem antes refletir para além das motivações imediatas dos perpetradores de massacres e para as contradições da sociedade ocidental atual - que estimula a concorrência aguerrida e a busca (principalmente masculina) por um ideal de sucesso nem sempre fácil de ser alcançado.
"Existe um problema mais profundo de crise do sujeito: do ponto de vista clínico, se manifesta na enorme epidemia de depressão que vemos. (Mas também) é concorrencial: da busca por triunfar aniquilando os concorrentes, que é como estruturamos nosso mercado de trabalho atual", diz.
"Os indivíduos frustrados não sabem contra quem se vingar e vingam-se contra alvos aleatórios. Daí mais uma vez que as justificativas simbólicas que canalizam o ódio e o ressentimento são extremamente perigosas. Se for dito que a culpa de todos os males é de um certo sujeito social, o tipo se torna alvo potencial dos atiradores. Os EUA atuais exemplificam bem isso. A ascensão da extrema direita e de discursos racistas, homofóbicos, anti-intelectuais e antissemitas tem redirecionado a ação de atiradores, caso dos ataques em sinagogas e boates. Há razões para se esperar fenômeno semelhante por aqui."
O americano Kellner, por sua vez, defende controles mais rígidos para o porte de armas nos EUA, mas também "a projeção de imagens novas e mais construtivas de masculinidade", menos associadas à violência e a agressividade.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Homem dispara tiros em unidade de saúde de Olinda


Uma confusão foi registrada na manhã desta terça-feira (11) na Comunidade Terapêutica de Olinda, na Região Metropolitana do Recife. Um homem, de 21 anos, chegou à unidade de saúde, localizada no bairro de Guadalupe, à procura de atendimento, e acabou pegando uma arma no local e disparando tiros. Ninguém ficou ferido.
Tiro em unidade de saúde em Olinda
Tiro em unidade de saúde em OlindaFoto: Brenda Alcântara / Folha de Pernambuco

As primeiras informações são de que o rapaz estava em surto psicótico. Há duas versões para os fatos: A administração da unidade de saúde disse que a arma era do médico psiquiatra Feliciano Abdon de Araújo Lima, de 72 anos, que também é policial, perito da Polícia Civil, e o rapaz teria vasculhado o local em busca da pistola. Já a Polícia Militar diz que o rapaz tomou a arma do médico e disparou os tiros. Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Atentado em Campinas deixa 5 mortos

https://www.facebook.com/jornalismovtv/videos/189556285332614/?__xts__[0]=68.ARDHJYVTR
IgrejaDireito de imagemGOOGLE
Image caption'Era um atirador solitário, armado com mais de uma arma. Vamos investigar as motivações. É um episódio triste nesse fim do ano', disse o delegado Luiz Augusto Baggio

O atirador que abriu fogo e matou ao menos quatro pessoas na tarde desta terça-feira na Catedral Metropolitana de Campinas, no interior de São Paulo, agiu sozinho e usando "mais de uma arma", disse o delegado Luiz Augusto Baggio, secretário municipal de Segurança da cidade paulista.
Confira o momento do pânico neste vídeo :https://www.facebook.com/jornalismovtv/videos/189556285332614/?__xts__[0]=68.ARDHJYVTR
Segundo a Polícia Militar, o homem se matou com um tiro na cabeça. Não se sabe as identidades das vítimas, cujo corpos ainda permaneceram dentro da igreja enquanto a perícia é feita.
Segundo a polícia, o atirador se chamava Euler Fernando Grandolpho, de 49 anos. Na igreja, os policiais encontraram uma mochila com alguns documentos do atirador.
"Vamos investigar as motivações. É um episódio triste nesse fim do ano", disse Baggio.
Além das quatro pessoas mortas, outras quatro ficaram feridas - elas foram levadas a hospitais da região.
Segundo o Hospital das Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), um dos feridos, uma mulher, tem quadro estável e está sendo tratada na unidade - deve receber alta nas próximas horas.
De acordo com a Arquidiocese de Campinas, o homem estava sentado dentro da igreja, mas a missa do horário já havia acabado.
Segundo o delegado Hamilton Caviola, da Policia Civil de Campinas, o atirador entrou na Igreja já com o objetivo de realizar os disparos.
"Ele entrou com duas armas carregadas, sentou-se, deu tempo de respirar. Teve tempo para pensar e repensar o que queria fazer. Foi planejado. Ele sabia o que estava fazendo. Ele veio para fazer isso mesmo", disse, em entrevista à imprensa.

Corpo coberto de vítima de atentado na Catedral de CampinasDireito de imagemREUTERS
Image captionSegundo a polícia, homem teria usado duas armas de fogo para atirar em fiéis na Catedral de Campinas

Segundo Caviola, dois policiais entraram na igreja no momento dos disparos. Ele ainda chegaram a atingir o atirador, que se matou em seguida com um tiro na cabeça.
O padre Amauri Thomazzi, que conduziu a missa encerrada momentos antes do ataque, fez um vídeo nas redes sociais contando o que ocorreu.
"Rezei a missa do meio-dia e quinze. No final da missa, uma pessoa atirou e fez algumas vítimas. Ninguém pôde fazer nada, ajudar de forma nenhuma. Peço que rezem pela pessoa, ele se matou depois de atirar. Foram mais de 20 tiros aqui dentro. Rezemos por ele e pelas pessoas que ficaram feridas. Estamos muito abalados com o que aconteceu", disse.

História da igreja

A Catedral Metropolitana de Campinas foi inaugurada em 1883. Sua construção foi iniciada em 1807, para substituir a "matriz velha", uma capela de taipa (paredes feitas de barro) e cobertura de telhas erguida pelos moradores da então povoado.
Típicos da construção em taipa de pilão, os alicerces da catedral foram construídos por escravos. Durante 38 anos as obras seguiram, financiadas por contribuições, loterias e impostos provinciais, mas foram interrompidas frequentemente por eventos históricos como a luta pela independência e a Revolução Liberal de 1842.
Fonte: BBC. / VTV da Gente.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Convite:Terço de 7º Dia pelo eterno descanso de Rinaldo Barros



Famílias bonjardineses,  estão todas  convidadas para o terço de  7º Dia pelo eterno descanso da alma do Senhor Rinaldo Barros. A celebração será nesta terça, dia 11 de dezembro, às 19 h, na Capela de São Sebastião, centro de Bom Jardim. A família enlutada agradece a presença de todos.


Professor Edgar Bom Jardim - PE