O deputado Alessandro Molon (Rede-RJ) apresentou ontem na CCJ da Câmara um requerimento para que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, compareça na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para apresentar pessoalmente a denúncia contra o presidente Michel Temer. “O governo vai acelerar ao máximo o processo. Mas vamos pedir que Janot venha apresentar a acusação”, disse Molon. A denúncia de corrupção passiva contra o presidente chegou ontem à Câmara Federal.
Temer tem o prazo de 10 sessões na Câmara para apresentar sua defesa. Mas a expectativa é que o presidente o faça o quanto antes para acelerar o processo de votação em plenário.
Ainda nesta semana, Molon ingressou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para obrigar que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), desengavete os 21 pedidos de impeachment contra Temer.
O Banco do Brasil, Prefeitura e escolas também não funciona na cidade de Bom Jardim- PE, nesta sexta-feira, dia 30 de junho 2017.
Assim como no último dia 28 de abril, várias categorias de trabalhadores pretendem cruzar os braços por 24 horas, nesta sexta-feira (30), numa greve nacional contra as reformas trabalhista e da Previdência e o projeto das terceirizações, todas propostas pelo Governo Federal. Na quarta (28), os detalhes do ato foram divulgados em entrevista coletiva com a participação de 12 entidades, entre centrais sindicais e movimentos sociais. Entre os que devem parar, estão os bancários e metroviários, além dos professores das redes estadual e municipal do Recife.
O movimento terá como ponto alto a concentração no bairro do Derby, área central da Capital, às 15h. Lá, haverá o “Arraial da Greve Geral”. “Vários atos públicos estão sendo planejados, com ocupações nas rua. É uma mobilização em defesa dos direitos da classe trabalhadora”, explicou o presidente da Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco (CUT-PE), Carlos Veras.
Ainda participaram representantes da CSP-Conlutas, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), da Força Sindical, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Intersindical e das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.
Ao longo desta semana, algumas categorias anunciaram a adesão ao movimento nacional. Os metroviários, que não participaram do ato do dia 28 de abril, resolveram parar desta vez.
Leia também: Greve geral pelo olhar dos leitores do FolhaPECentrais sindicais divergem e desistem de greve geral no dia 30 ParalisaçãoNos bancos, só funcionarão os caixas eletrônicos. De acordo com o Sindicato dos Bancários, a categoria não vai trabalhar amanhã e promoverá piquetes em frente às agências de maior movimento. Os policiais civis também pretendem aderir ao movimento, mantendo operação padrão em unidades policiais e no Instituto de Medicina Legal (IML) do Recife.
Também não deve haver atendimento nas unidades do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PE), já que os servidores da autarquia também vão cruzar os braços por 24 horas.
Também se juntarão às categorias paralisadas os funcionários dos Correios, que interromperão as atividades às 22h desta quinta e ficarão parados por toda a sexta-feira. Já os professores da rede estadual de ensino de Pernambuco pretendem aproveitar o dia de greve geral para discutir o reajuste salarial da classe.
Os docentes das escolas públicas da Prefeitura do Recife também não devem trabalhar nesta sexta-feira. A lista ainda os funcionários federais da Previdência Social.
Vivemos contando a nossa vida e falando da vida dos outros. Há inúmeros meios de comunicação. A tecnologia abriu espaço para velocidade. Todos querem novidades. Sentem-se motivados pelas fofocas gerais. Há uma certa perversão em escutar insucessos, em curtir escândalos, em vibrar com tragédias alheias. A generosidade nunca existiu de maneira plena. Somos animais que gostam de emboscadas e cultivamos invejas. O crescimento das redes sociais trouxe outras intrigas. É saudável encontrar amigos, rever passados. Mas não faltam ansiedades, grupos vingativos, solidões destorcidas, desejos de fluir com fantasias obscuras. A complexidade é comum.
A crise política aguçada é pródiga em desenganos. A notícia vale grana, as imagens se reproduzem, as discussões se alimentam de delações. Estamos no fundo do poço. A ética entrou em estado de coma e até os juízes não merecem crédito. Mente-se com um cinismo exemplar. Observe Temer. Parece que não possui limites.Junta-se com outros também entusiasmados com o poder. Seja atento. As fisionomias dizem muitos dos projetos de cada um. Portanto, não se convença com os discursos. Há atitudes confusas e escandalosas. O cenário está repleto. Os valores se misturam conturbando sociabilidades e arruinando alegrias. Há muito pó nas brancuras artificiais.
Tudo agita. As festas juninas estão estilizadas. É mais uma mercadoria para se lavar dinheiro, com espetáculos suntuosos num sociedade esfomeada. O forró tem carimbo e nota fiscal. As polêmicas alimentam o facebook. Muitos escorregam, navegam nos excessos. Os artistas são vistos como figuras públicas. Sofrem com assédios. Não deixam de cativar a imprensa ou se incomodar com suas coberturas. Fabio Assunção passou por um drama nada agradável. Não conseguiu completar a euforia da estreia do seu filme. Envolveu-se num situação limite, caiu nos braços da instabilidade, visitou o inferno, afundou no pântano dos dissabores. A vitrine do desespero é feroz. Despreza a lucidez. Os predadores não ficam apanas nas selvas. Atacam no asfalto molhado.
A divulgação do que aconteceu com Fábio foi desastrosa. Aproveitaram-se de tudo. Ele ficou preso, foi punido, arrastou olhares negativos, Dividiu e globalizou.O tumulto alterou julgamentos, crucificaram Fábio. Não se teve clareza do que, efetivamente, houve em Arcoverde, porém as condenações se ampliaram de forma amarga. Ele se desculpou, mostrou-se perplexo. A fama se inverteu, os inimigos aparecem, o dia vira noite. Não é algo inédito. Todos possuem suas extravagâncias, a sociedade não é ingênua. As polêmicas acendem a ambiguidade que rege a cultura. O céu nem sempre é azul. A sociedade não vai se cansar de jogar seus venenos. Eles são destrutivos. A cultura não é inimiga da crueldade. Ela vive de sobressaltos, com silêncios desconfiáveis.
O ceramista Manuel Eudócio, falecido em 2016, é o homenageado da 18ª Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte), que será realizada entre os dias 06 e 16 de julho, no Centro de Convenções de Pernambuco. Com o tema “A Arte é a Nossa Bandeira”, a Fenearte deste ano terá mais de 5 mil expositores em 800 espaços. Aproximadamente 300 mil pessoas são esperadas no evento, que custou R$ 4,5 milhões e vai gerar 2,5 mil vagas de empregos temporários. A expectativa de movimentação financeira é de R$ 40 milhões.
Uma novidade deste ano será a setorização por tipologias do artesanato nos expositores individuais de Pernambuco, além da renovação de percurso com corredores mais largos, ampliação das palestras gratuitas e das atrações expositivas, atividades infantis concentradas no mezanino e a nova localização dos Salões de Arte Popular e Religiosa, além da Galeria de Reciclados.
A feira terá ainda um espaço especialmente para a exposição e comercialização de obras assinadas pelo último discípulo de Vitalino e herdeiros na tradicional Alameda dos Mestres, com curadoria de Lourdinha Vasconcelos.
O evento, que ocorre anualmente, reúne uma gama de produtos culturais de todos os estados brasileiros e 33 países. Além de arte, cultura, decoração, gastronomia, moda e música, a feira terá inúmeras opções de entretenimento.
Os interessados podem adquirir os ingressos na bilheterias, no Centro de Artesanato de Pernambuco e nos shoppings RioMar (loja Riachuelo), Recife (quiosque Ticket Folia), Tacaruna (loja Riachuelo), Guararapes (quiosque Ticket Folia) e Boa Vista (loja Riachuelo). Os valores variam de acordo com o dia: de segunda a quinta-feira é R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia-entrada). Já de sexta-feira a domingo o custo é de R$ 12 (inteira) e de R$ 6 (meia-entrada). Fonte:Folha de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
A subprocuradora-geral Raquel Dodge será a primeira mulher a comandar a Procuradoria-geral da República (PGR) a partir de setembro, quando substituir o procurador Rodrigo Janot.
Dodge foi a segunda mais votada da Lista Tríplice da Associação Nacional dos Procuradores da República, entregue na tarde de quarta-feira ao presidente Michel Temer. Horas depois, o Planalto anunciou sua indicação para o cargo.
Ela ainda será submetida a uma sabatina no Senado para ter sua indicação aprovada pelos senadores antes de ser oficializada.
A subprocuradora, que é mestre em Direito pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, e entrou no Ministério Público Federal em 1987, estava atrás de Nicolao Dino, que era tido como o candidato mais próximo a Janot.
Ela é descrita como alguém de perfil "centralizador" e com reputação "respeitável" no MPF. Segundo procuradores ouvidos pela BBC Brasil, Dodge não é entendida como uma ameaça à Operação Lava Jato, mas dificilmente será "um novo Janot".
Nos debates entre os candidatos ao cargo, no entanto, Dodge defendeu a ampliação da operação e prometeu maior celeridade na condução dos processos.
O anúncio veio apenas dois dias depois de Janot apresentar denúncia contra Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva.
Tensão
Dentro do MPF, Dodge é tida como alguém que fazia oposição moderada a Rodrigo Janot. O maior enfrentamento público dos dois ocorreu em abril deste ano, no debate sobre uma proposta de Dodge que, para Janot, afetaria o andamento da Lava Jato.
A subprocuradora apresentara uma proposta ao Conselho Superior do Ministério Público para restringir o trânsito de procuradores no Ministério Público Federal.
Atualmente, procuradores de quaisquer unidades podem ser realocados para outras coordenadorias ou equipes exclusivas de determinadas investigações. A maioria dos procuradores da força-tarefa da Lava Jato, por exemplo, foram cedidos por outros Estados.
Dodge argumentava, no entanto, que isso provoca desfalque em algumas procuradorias de Estados, que estão sobrecarregadas de trabalho, e sugeria limitar a 10% o número de procuradores que podem ser cedidos a outras unidades.
Na prática, isso significaria que alguns dos profissionais atualmente alocados em investigações teriam que retornar a seus Estados, caso suas procuradorias de origem estivesse desfalcadas. Segundo Dodge, as forças-tarefa da Lava Jato em Brasília, em Curitiba e no Rio não seriam afetadas pela mudança.
A maioria dos integrantes do conselho votou a favor da proposta, mas Janot se disse "perplexo" com a medida e interrompeu a decisão, pedindo vista.
O procurador disse que não fora consultado sobre um eventual impacto da medida sobre a força-tarefa da Lava Jato, ao que Dodge retrucou dizendo ter falado com ele e tentado marcar, sem sucesso, um horário para discutirem o assunto.
Após a tensão, o Conselho decidiu manter a aprovação da medida, mas com mudanças no texto original. Dessa forma, a regra só vale a partir de janeiro de 2018 e não afetará grupos de investigadores já formados. Em entrevista, Janot disse estar satisfeito com a "flexibilidade" dos membros do Conselho.
Dodge, no entanto, não foi a única candidata à procuradoria que manifestou apoio à proposta. O próprio Nicolao Dino, tido como candidato de Janot, chegou a dizer que as forças-tarefa não podiam implicar em "sacrifícios insuperáveis para as unidades que cedem essas forças de trabalho".
'Celeridade'
Em debates entre os candidatos à PGR, Dodge disse que pretende manter o que entende como os três pilares do sucesso da Lava Jato: "ninguém está acima da lei, é possível combater a corrupção com as leis que existem e é preciso ser célere".
Ela afirmou que o próximo ocupante do cargo deveria aumentar a agilidade da operação e garantir que "que a punição seja mais próxima do crime".
Após o embate com Janot sobre o trânsito de procuradores, a subprocuradora afirmou ao jornal O Estado de S.Paulo que a Lava Jato "não deve retroceder um milímetro sequer" e se comprometeu a reforçar a operação e ampliar a equipe de procuradores.
Mesmo assim, sua indicação foi interpretada dentro do MPF como um "recado de Temer a Janot".
Em pronunciamento na terça-feira, o presidente acusou o procurador de buscar "revanche, destruição e vingança" ao pedir ao STF que seja processado por corrupção passiva e disse que a denúncia contra ele seria uma "criação ficcional".
Em nota, a PGR respondeu que Janot tem "atuação técnica, no estrito rigor da lei" e que a acusação se baseia em "fartos elementos de prova" contra o presidente.
Durante sua carreira no MPF, a subprocuradora fez parte da 6ª Câmara, responsável por populações indígenas e comunidades tradicionais, e diz que a "proteção especial" ao meio ambiente e aos povos indígenas deve ser defendida pelo MPF.
Dodge, que comandou a 2ª Câmara, responsável por questões criminais, até 2014, também afirma atuar "sob a diretriz de que o Direito Penal é instrumento de proteção de direitos humanos".
A Câmara dos Deputados deu celeridade nesta quinta-feira 29 aos procedimentos preliminares da análise da denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A rapidez indica a disposição da base aliada ao governo para manter o peemedebista no cargo apesar das denúncias.
A Câmara recebeu a denúncia na manhã desta quinta e, em uma sessão esvaziada, a deputada Mariana Carvalho (PSDB-RO) leu a petição de Rodrigo Janot. No documento, Janot busca conectar dois conjuntos de fatos para provar a culpa do presidente. O primeiro envolve a negociação da propina semanal feita entre representantes do grupo J&F, de Joesley Batista, e Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), assessor de Temer. O segundo conjunto compõe o estreito relacionamento entre Loures e Temer. Para Janot, há evidências de que, ao pedir e receber propina, Loures estava atuando em nome de Temer.
Na sequência, a denúncia seguiu para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e Temer foi notificado.
Ao dar encaminhamento à denúncia, a Câmara se prepara para receber outras duas que devem ser apresentadas por Janot até a metade da próxima semana, uma por formação de quadrilha e outra por obstrução de justiça. A ideia dos governistas é analisar as três denúncias em uma única votação. Isso facilitaria as negociações entre o Planalto e o Congresso (que como de costume envolverão a distribuição de cargos e verbas públicas) e reduziria o desgaste de Temer.
“Quem precisa colocar votos é a oposição, que é do quanto pior, melhor. Se a PGR continuar neste objetivo antipatriótico, para atrapalhar o Brasil, ela teria que mandar as próximas [denúncias] em cinco dias, e se mandar o governo pode esperar para enterrar essas denúncias vazias contra os brasileiros em apenas uma votação”, afirmou Darcísio Perondi (PMDB-RS), vice-líder do governo, que recebeu doação de 100 mil reais de Temer nas eleições de 2014.
Segundo Perondi, o governo tem votos suficientes para barrar a denúncia contra Temer tanto na CCJ, que apenas instrui o processo, quanto no plenário da Câmara, que autoriza ou não que Temer seja julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para que o STF decida se Temer deve virar réu, a corte precisa da autorização da Câmara. Isso se dará apenas se dois terços da Casa (ou 342 deputados) votarem pelo sinal verde ao Supremo.
Ao contrário do que ocorreu na votação do impeachment de Dilma Rousseff, quando Temer era o substituto pronto para ela e se articulou para removê-la do poder, desta vez não há articulação contra o presidente. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que seria o substituto de Temer caso o STF o transformasse em réu, é um firme aliado do peemedebista e não parece ter aspirações presidenciais.
Nesta quinta-feira 29, Maia disse que a decisão sobre a unificação ou não das ações será tomada na hora certa. “Tendo outros argumentos, primeiro caberia ao ministro Facchin determinar o apensamento ou não, mas poderia haver essa discussão na Câmara. Se as denúncias fossem as mesmas, acho muito difícil que não viesse tudo nesta primeira peça”, disse Maia.
A tucana Mariana Carvalho leu a denúncia contra Temer (Foto: Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
Diante da falta de força política, a oposição aposta no desgaste de Temer. “Cada processo é um, corrupção passiva é um, formação de quadrilha é outro e obstrução da justiça é outra”, afirmou o deputado Ivan Valente (PSOL-SP) ao defender a análise separada das denúncias.
Outra estratégia da oposição é lembrar da impopularidade de Temer e atrelar a repercussão negativa do "enterro" da denúncia nas eleições de 2018. “A história reservará a cada um de nós o papel que desempenhar neste caso", afirmou Júlio Delgado (PSB-MG).
Pressão sobre a CCJ
Apesar de tentar transmitir a imagem de confiança para a votação, o governo vem tomando cuidados para não ser surpreendido. Especial atenção é dedicada a uma posição sensível, a de relator da denúncia na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).
A intenção dos governistas é emplacar na posição um deputado que tenha recebido dinheiro de Temer nas eleições de 2014. Os dois candidatos são Alceu Moreira (PMDB-RS) e Jones Martins (PMDB-RS). Como Perondi, cada um recebeu 100 mil reais em 2014.
Para garantir a nomeação, a base governista começou a pressionar o responsável pela escolha, o presidente da CCJ, Rodrigo Pacheco (MG), que é do PMDB, mas tem atuação crítica ao Planalto. Pacheco virou alvo após dizer que o relator das denúncias de Temer deve "ter relativa independência em relação aos interesses em jogo" e que cada denúncia tenha "trâmite próprio, na Câmara, e um juízo de admissibilidade específico".
Diante dessas declarações, Pacheco passou a ser ameaçado pela base. Conforme reportagem da agência Reuters, a ideia dos governistas é impedir o funcionamento da CCJ, barrando os trabalhos de Pacheco, até que ele indique um relator dócil ao governo.
A ideia do governo é ter um relatório contrário à aceitação da denúncia e aprová-lo por maioria, para mandar um "recado" sobre a força política de Temer. Independentemente do conteúdo do relatório e da votação na CCJ, quem decidirá o caso, no entanto, é o plenário da Câmara.
Fonte:Carta Capital.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
Polícia Civil realiza uma operação, nesta quinta-feira (29), tendo como alvo um esquema de fraude de licitações em João Alfredo, no Agreste de Pernambuco. Segundo as investigações, quatro empresários comandariam o esquema envolvendo contratos de transporte escolar e coleta de resíduos sólidos entre 2013 e 2017.
A Vara da Comarca de João Alfredo expediu 11 mandados de busca e apreensão e outros dez de condução coercitiva. Os contratos alvos do esquema totalizariam aproximadamente R$ 6,8 milhões, segundo a polícia, e teriam beneficiado duas empresas. Um empresário seria o dono verdadeiro das duas, mas utilizaria dos nomes de outras três pessoas. Os detalhes do esquema ainda não foram divulgados.
Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude a licitações e falsidade ideológica. Há investigações nos municípios de Recife, João Alfredo, Surubim, Orobó e Bom Jardim e todo material apreendido está sendo encaminhados para a 16ª Delegacia Seccional de Limoeiro.
A operação, denominada 'Adsumus', que vem do latim e significa 'aqui estamos', começou com uma investigação da Delegacia de João Alfredo, que depois teve apoio do Núcleo de Inteligência da Zona da Mata e da Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Pernambuco. Participam do cumprimento dos mandados 75 policiais civis, entre delegados, escrivães e agentes.
Tráfico
A Polícia Civil também realiza, nesta quinta (29), uma operação de combate ao tráfico de drogas na Zona Sul do Recife. A Operação Pécora' cumpre sete mandados de prisão e três de busca e apreensão.
Por 16 votos a 9, com uma abstenção, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou há pouco a admissibilidade do Projeto de Lei 38/2017, que promove a reforma trabalhista patrocinada pelo governo Michel Temer, em meio à pior crise de sua gestão, e altera diversos pontos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Foram mais de 13 horas de debates em um dia de tensão entre os senadores, com direito a muita troca de acusações entre oposicionistas e membros da base, leitura de seis votos em separado (textos alternativos), discurso do agora ex-líder do PMDB Renan Calheiros (AL) contra o governo e até leitura de carta em que Temer se compromete a vetar pontos polêmicos da proposta (veja a lista abaixo). A reunião da CCJ teve início às 10h10 desta quarta-feira (28) e quase terminou no dia seguinte, às 23h20. Fonte: Congresso em Foco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
Pela primeira vez palco de uma decisão da elite estadual, o Sertão não viu um espetáculo de lances primorosos, mas sim uma final recheada de emoção e polêmica, com o árbitro de vídeo tendo papel fundamental na partida. Entre choros e sorrisos, quem levou a melhor foi o Sport, que bateu o Salgueiro por 1x0, nesta quarta-feira (28), no Cornélio de Barros, e faturou o seu 41º título pernambucano. Ao Carcará, restou lamentar a segunda chance de fazer história, já que também perdeu a final da mesma competição em 2015, para o Santa Cruz. O gol do título foi marcado por Everton Felipe, aos 38 do segundo tempo, num chute espetacular, de fora da área.
Dentro de campo, um primeiro tempo dividido em duas partes: uma para cada lado. Na primeira metade, o time do Salgueiro, regido pela empolgação da sua torcida, conseguia impor uma pressão, mesmo que sem muita organização. Na outra fatia, o Leão despertou e passou a agredir mais o adversário, perdendo duas boas chances de abrir o placar. Praticamente com o mesmo time da primeira partida, disputada incríveis 52 dias atrás, o Carcará perdeu apenas um jogador de lá para cá, que foi Valdeir,
um dos nomes principais e que se transferiu para o Desportivo Aves, de Portugal. Sendo assim, o time conseguiu manter o mesmo padrão de jogo, apostando forte na marcação, tendo ainda um trio de zagueiros na primeira linha.
Com isso, o primeiro susto veio dos mandantes. Aos dez, Rodolfo Potiguar bateu falta com violência e assustou Magrão. Em seguida, a zaga leonina falhou e Magrão acabou se equivocando ao sair da área, mas Álvaro cruzou para ninguém no meio da área. Aos poucos, os rubro-negros colocaram a bola no chão e equilibraram a partida, principalmente quando Lenis e Everton Felipe inverteram de lado. Aos 31, em falha na saída de bola do Salgueiro, André bateu forte para a boa defesa de Mondragon. Logo em seguida, o mesmo André recebeu de Diego Souza em excelente condição, mas bateu cruzado para fora.
Na etapa final, o quadro se inverteu. Com mais "fome", o Sport começou com mais postura ofensiva. Mas, emoção mesmo, somente a partir dos 25 minutos. E em lance histórico e decisivo. Assim como na primeira partida, o árbitro de vídeo foi autorizado. Em jogada confusa após escanteio, o Carcará chegou a marcar o gol, em cabeçada. Porém, o assistente anulou o tento. Sem convicção, o árbitro Wilton Pereira recorreu ao vídeo e decidiu anular o gol e gerar revolta da torcida local. Sem ter nada a ver com a história, os rubro-negros pareciam ir levando em banho-maria a partida, até que aos 38 minutos, Everton Felipe recebeu na entrada da área, fingiu que ia abrir na ponta, mas girou, bateu e acertou um chutaço, marcando o gol do título estadual leonino.
FICHA DO JOGO:
SALGUEIRO 0 Mondragon; Marcos Tamandaré, Ranieri, Luís Eduardo e Daniel; Rodolfo Potiguar, Moreilândia e Toty; Álvaro, Jean Carlos (Dadá) e Willian Lira. Técnico: Evandro Guimarães
SPORT 1 Magrão; Samuel Xavier, Ronaldo Alves, Durval e Raul Prata (Evandro); Rodrigo (Thallyson), Rithely e Diego Souza; Everton Felipe, Lenis (Leandro Pereira) e André. Técnico: Vanderlei Luxemburgo
Local: Estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro (PE). Árbitro: Wilton Pereira Sampaio (GO) Árbitro de vídeo: Péricles Bassols (PE). Assistentes: Emerson Augusto de Carvalho e Marcelo Carvalho Van Gasse (ambos de SP). Gol: Everton Felipe (aos 38 do 2ºT). Cartões amarelos: Jean, Toty e Rodolfo Potiguar (Salgueiro). Durval, Fábio e Lenis (Sport). Público e renda: não divulgados.
Com Informações da Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE
Estimular o desenvolvimento do ambiente de negócios para as micro e pequenas empresas com foco na geração de emprego e renda. Foi justamente com esse objetivo que o governador Paulo Câmara assinou, nesta segunda-feira (26/06), um Termo de Cooperação com o Sebrae visando a criação de uma Legislação estadual específica para o setor. A assinatura ocorreu durante a abertura da Reunião Plenária do Fórum Estadual da Micro e Pequena Empresa e Empresa de Pequeno Porte (Fempe-PE), na Federação das Indústrias de Pernambuco (Fiepe), no Recife.
O governador aproveitou a ocasião para também assinar um decreto que amplia os participantes do Fempe-PE, que passa a ser composto também pela Secretaria Estadual de Cultura, Porto Digital, o Conselho Regional de Contabilidade (CRC-PE), a Associação das Empresas de Tecnologia da Informação de Pernambuco e Paraíba (Assespro) e a Associação das Empresas de Transporte de Carga e Logística de Pernambuco (Assentra).
Representando a Secult-PE no Fórum, a gerente de política cultural Tarciana Portela explica que esta participação é importante “por se tratar de uma oportunidade de inserção das demandas culturais no plano de desenvolvimento econômico do estado”. Segunda a gestora, “a ideia é estimularmos a percepção da cultura como agente diferenciado e impulsionador do desenvolvimento, e traçarmos juntos estratégias e ações que respondam aos desafios e necessidades dos trabalhadores da cultura no estado”.
O colegiado terá oito meses para apresentar a primeira proposta ao presidente do Fempe-PE, o secretário estadual de Micro e Pequena Empresa, Trabalho e Qualificação, Alexandre Valença. “Firmamos esse convênio com o Sebrae, que será ainda discutido no âmbito dos seus produtos, mas que, com certeza, nos ajudará a avançar muito em nossa Lei Estadual, permitindo a Pernambuco dar um importante passo à frente para a melhoria do ambiente de negócios e das oportunidades de todos que queiram investir, empreender e buscar alternativas para os enfrentar os desafios “, destacou o governador Paulo Câmara.
Fonte:SecultPE
A elaboração da Lei Estadual vai levar em consideração as particularidades de Pernambuco e o cenário dos micro e pequenos empreendedores locais. “Vamos reunir estudos, pesquisas e especialistas, com a experiência do Sebrae para avaliar os impactos da implantação de uma lei que deverá incentivar e favorecer as micro e pequenas empresas do Estado”, registrou o secretário Alexandre Valença. Atualmente, as micro e pequenas empresas representam 29% do PIB de Pernambuco e empregam 48% da mão de obra do Estado.
Fempe-PE
Criado em 2008, por decreto do então governador Eduardo Campos, o Fempe-PE passou a ser gerido pela Sempetq em 2014 e vem reunindo representantes de micro e pequenas empresas e entidades do governo estadual para cumprir seu papel governamental de garantir tratamento diferenciado e favorecer o desenvolvimento dos pequenos negócios no Estado. As ações do Fórum giram em torno das demandas apresentadas pelas empresas que são articuladas nos Grupos de Trabalho (GT) de Desoneração e Desburocratização; Comércio Exterior e Exportação; Compras Governamentais; Inovação, Capacitação e Educação Empreendedora e Crédito/Serviços Financeiros. Os grupos reúnem bancos públicos, secretarias e órgãos estaduais, as Universidades Federal e Federal Rural de Pernambuco e entidades de empresários contábeis, do comércio, dos serviços e da indústria do Estado, além do Sebrae e da Receita Federal.
Participaram da plenária o vice-governador e secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Raul Henry; o secretário estadual da Fazenda, Marcelo Barros; a secretária estadual da Ciência e Tecnologia, Lúcia Melo; o diretor-presidente da Fiepe, Ricardo Essinger; a diretora técnica do Sebrae, Ana Dias; o presidente da Federação das Associações de Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do Estado de Pernambuco, José Tarcísio; e a diretora executiva da Fecomércio, Brena Castelo Branco.
“Rodrigo Janot cumpre à risca o comando constitucional de que ninguém está acima da lei ou fora do seu alcance, cuja transgressão requer o pleno funcionamento das instituições para buscar as devidas punições. Se assim não fosse, não haveria um Estado Democrático de Direito”, diz a nota.
Na manifestação, Janot diz ainda que a denúncia apresentada contra Temer é composta por provas colhidas durante a investigação e segue a tramitação prevista na Constituição.
“A denúncia é pública e baseada em fartos elementos de prova, tais como laudos da Polícia Federal, relatórios circunstanciados, registro de voos, contratos, depoimentos, gravações ambientais, imagens, vídeos, certidões, entre outros documentos, que não deixam dúvida quanto à materialidade e a autoria do crime de corrupção passiva. A peça foi submetida à análise do Supremo Tribunal Federal e seguirá o trâmite previsto na Constituição Federal”.
Sobre as declarações do presidente Temer a respeito do ex-procurador da República Marcello Miller, que deixou o Ministério Público para atuar em um escritório da advocacia que trabalhou no acordo de leniência do Grupo JBS, a PGR informou que ele não atuou enquanto procurador no acordo de delação premiada que gerou a investigação contra o presidente.
“Ele integrou a Assessoria Criminal do procurador-geral da República de setembro de 2013 a maio de 2015. De maio de 2015 a julho de 2016, ele foi designado para integrar o Grupo de Trabalho da Operação Lava Jato na PGR, em Brasília. A partir de 4 de julho de 2016, ele voltou a ser lotado na PR-RJ, com processos distribuídos ao seu ofício, atuando junto ao Grupo de Trabalho somente como membro colaborador”, disse.