domingo, 7 de maio de 2017

Nove verdades e uma mentira sobre higiene bucal infantil

Você pode não ter feito sua lista, mas certamente já foi impactado na sua página do Facebook pelo novo desafio de listar as nove verdades e uma mentira de acontecimentos da sua vida. Confira a lista do dentista Lucas Mano, do Instituto BelaOdonto, de uma versão no mínimo inusitada sobre higiene bucal infantil:

1. É necessário realizar a escovação pelo menos três vezes ao dia.

2. Visitas periódicas ao dentista são importantes mesmo sem ter algum problema aparente.

3. A partir do momento que nasce o primeiro dente é necessário fazer a escovação.

4. O uso da escova correta proporciona maior conforto na hora de fazer a higienização.

5. O uso do fio dental não é essencial para uma boa higienização bucal.

6. Pastas infantis são ótimas opções para criar o hábito da criança em fazer a escovação.

7. Os pais precisam acompanhar, mas é importante que a criança escove os dentes sozinha.

8. Levar o bebê no dentista pode melhorar a relação entre mãe e filho.

9. É importante que os pais falem sobre a importância da higiene bucal. Porém, manter hábitos de alimentação saudáveis pode ajudar a saúde dos dentes.

10. O uso prolongado da chupeta e/ou do dedo prejudica o correto crescimento e desenvolvimento das estruturas orais e faciais.

cuidados com os dentes na infância - Foto: confidentdentalcare / pixabay.com

Já sabe qual é a mentira? Confira abaixo e fique sempre atento a higiene bucal das crianças:

1. Verdade. Após o café da manhã, almoço e, principalmente, jantar. Esta é a recomendação básica, mas o cuidado com a saúde bucal precisa ser levado muito mais a sério. Mais importante do que a quantidade de vezes é a eficácia da escovação.

2. Verdade. Não é apenas quando está com dor que os pais precisam levar ao profissional, isso é o erro mais comum que dá início ao medo em relação ao dentista. Os pais levam quando acham que há algo errado, e geralmente eles até acertam, mas os problemas já estão avançados e poderiam ter sido evitados com visitas periódicas.

3. Verdade. Começamos limpando com uma gase sem pasta quando são muito pequenos. Depois utilizamos uma dedeira que possui uma ponta de silicone com cerdas bem macias (ainda sem pasta). Neste mesmo período é importante começar a criar a relação entre a criança e a escova de dente. Ela não irá escovar os dentes, mas irá se familiarizar com o a escovação.

4. Verdade. São vários os modelos de escovas dentais disponíveis no mercado. Você deve levar em consideração, principalmente, o tamanho e as cerdas da escova.

5. Mentira! Escovar os dentes sem passar o fio é o mesmo que trocar de roupa sem tomar banho. O fio dental é tão importante quanto a escovação, as duas se complementam.

6. Verdade. Hoje temos acesso a uma infinidade de opções de escovas infantis e pasta de dente que são específicas para criança. Nesta fase, é comum o hábito de comer a pasta e de não se adaptar com o “ardido” das que utilizamos quando adulto, por isso começar a escovação com “pasta docinha” é mais fácil.

7. Verdade. Depois de alguns anos a criança precisa ser estimulada a escovar os dentes sozinha. A hora de passar para este período está ligada muito a coordenação motora das crianças e com a importância que os pais irão passar para eles sobre a higienização. Esta rotina deve ser inserida na vida das crianças a partir dos dois anos de idade.

8. Verdade. A criança pode nascer com dentes, e isso causa desconforto e machucam as mães na hora da amamentação. Às vezes é necessário extraí-los ou desgastá-los para evitar dores e machucados sem comprometer este momento importante entre a mãe e o bebê.

9. Verdade. Evitar alguns costumes como: a mamadeira da noite e a ingestão de muito açúcar na fase infantil é essencial para manter a boca mais saudável.

10. Verdade. O uso prolongado desses artifícios pode atrapalhar a mastigação, fala, deglutição e respiração da criança.
Fonte:guiadobebe.uol.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

São João do Brasil

Por Darse Júnior 
Se depender do esforço integrado do Ministério do Turismo, músicos do forró e parlamentares, o som da sanfona do São João vai embalar a economia Brasil afora. Nesta quarta-feira (17), o ministro Henrique Eduardo Alves esteve reunido com artistas como Genival Lacerda e Santana o Cantador, onde se comprometeu a buscar recursos para apoiar o evento e transformá-lo em uma celebração nacional. Está prevista também a realização de uma pesquisa para medir o impacto econômico e ajudar na divulgação desta tradição brasileira nos mercados nacional e internacional.
"Vou conversar com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, para usarmos a Olimpíada para mostrar ao mundo o nosso São João", propôs Henrique Eduardo Alves. A ideia é levar atrações típicas das festas juninas para a Casa Brasil, um espaço dedicado à promoção do país nos jogos olímpicos. "Estamos falando de uma manifestação cultural que tem muito potencial para atrair os estrangeiros", completou.
O ministro também irá articular, junto ao governo federal, a liberação da emenda da Comissão de Turismo, no valor de R$ 13 milhões, para apoio às festas de São João, além de sugerir que seja realizada uma sessão do Congresso Nacional sobre o tema. Para chamar a atenção da população brasileira, da mídia e de possíveis patrocinadores, Henrique Eduardo Alves promoverá em Brasília, no mês de maio, uma festa de São João com atrações de diversos estados. "Precisamos estar unidos, trabalhar juntos, governo, parlamentares e artistas para fortalecer esta importante manifestação cultural do país", destacou.
O ex-secretário de Turismo da Bahia, Domingos Leonelli, responsável pela articulação entre cantores, parlamentares e o MTur, ressaltou o aspecto econômico da festa. "O movimento do comércio registrado no São João na Bahia só perde para o Natal. É maior que o Dia das Mães, por exemplo", avaliou. Ele lembrou que, apesar da comemoração ser mais forte no Nordeste, todo o Brasil comemora o São João. "É uma festa capaz de unificar o país", afirmou. De acordo com Leonelli, eram vendidos 12 mil pacotes de viagem para a Bahia em 2008 por uma única agência de viagem. Depois de um trabalho estruturado para promover o São João, foram vendidos 40 mil pacotes em 2012.
Para a senadora Lídice da Mata (PSB/BA), o São João é uma forma de diversificar a oferta turística brasileira. "O turismo não pode ser uma atividade apenas do litoral. O Brasil tem um interior rico em cultura e precisamos valorizá-lo", ressaltou. A audiência contou, ainda, com a presença do secretário de Turismo da Bahia, Nelson Pellegrino, e de diversos deputados federais que firmaram o compromisso de reforçar o orçamento do Ministério do Turismo nos próximos anos, por meio de emendas parlamentares, para apoiar o São João. turismo.gov.br

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Secult e Fundarpe apresentam política para o audiovisual em seminário da ANCINE


O secretário de Cultura de Pernambuco, Marcelino Granja, acompanhado da presidenta da Fundarpe, Márcia Souto e da secretária executiva de Cultura, Silvana Meireles, apresentou a experiência com a política pública para o Audiovisual em Pernambuco, no Rio de Janeiro. A atividade fez parte da programação do I Seminário de Desenvolvimento Regional do Audiovisual – Brasil de Todos os Sotaques, realizado pela ANCINE – Agência Nacional do Cinema, no auditório da Fundação Casa de Rui Barbosa.
divulgação
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Márcia Souto, Marcelino Granja, Manoel Rangel (presidente da Ancine) e Silvana Meireles
O encontro promove o intercâmbio entre dirigentes culturais de todo o País e apresenta os resultados das ações do Programa Brasil de Todas as Telas, que já é o maior programa de desenvolvimento do setor já implementado no Brasil.
FONTE: cultura.pe.gov.br  
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Quem é Emmanuel Macron, o novo presidente eleito da França


Emmanuel MacronDireito de imagemAFP/GETTY IMAGES

Em abril de 2016, Emmanuel Macron era praticamente desconhecido do público francês ao lançar um novo movimento político, o En Marche! (Em Marcha), dizendo que não era um grupo de esquerda nem de direita. Quatro meses depois, renunciou ao cargo de ministro da Economia e anunciou que concorreria à Presidência da França.
Macron agora é, aos 39 anos, o mais jovem presidente eleito da França, e o primeiro a ser eleito desde 1958, data da fundação da República moderna francesa, fora dos dois partidos principais, o Socialista e o Republicanos.
Projeções apontavam que Macron derrotou a candidata de extrema direita Marine Le Pen no segundo turno por cerca de 65% dos votos, contra 35% da rival, que já reconheceu a derrota. No primeiro turno, ele vencera com 24% dos votos, contra 21% de Le Pen.
"É uma grande honra e uma grande responsabilidade. Quero agradecer do fundo do meu coração", afirmou Macron no primeiro pronunciamento após a divulgação das projeções.
Disputando sua primeira eleição, o centrista uniu autoconfiança, energia e conexões para erguer um movimento que passou por cima de todas as siglas tradicionais do país.
O presidente eleito é um centrista liberal, pró-mercado e forte defensor da União Europeia. Ele deixou o governo do presidente François Hollande, do Partido Socialista, em agosto do ano passado.
Mas o que levou Macron a liderar a terceira economia da Europa?

Ambição

Numa noite fria de abril de 2016, centenas de pessoas se reuniram em uma cidade pequena ao norte de Paris.

Emmanuel Macron em seção de votaçãoDireito de imagemREUTERS
Image captionMacron, que será o presidente mais jovem da França, em votação neste domingo em Le Touquet, norte do país

Os convidados eram, principalmente, parentes e amigos do palestrante, o ministro da Economia da França, Emmanuel Macron. Era um evento simples - uma sala pequena sem decoração, a mulher do ministro tomando notas na primeira fileira.
Após falar por quase uma hora sobre o futuro da indústria e do emprego na França, Macron finalmente transmitiu a mensagem que tinha ido levar - o lançamento de um novo movimento político, o En Marche!.
Foi um gesto corajoso para um homem trabalhando no centro do governo do Partido Socialista. Levado à política pelas mãos do presidente François Hollande, Macron era visto como protegido do mandatário, e talvez destinado a um papel maior apenas no futuro. Poucos imaginavam que ele iria tentar tão cedo.
Então, naquela noite na cidade de Amiens, não havia bandeiras para saudar o novo movimento, câmeras de TV nem panfletos políticos.
Apesar disso, em menos de um ano, o jovem líder do movimento venceu a eleição presidencial - e protagonizou a ascensão mais rápida de um político na história moderna da França.
"Em questão de meses, ele foi de criança a adolescente, e de adolescente a adulto", afirma Alain Minc, mentor e aliado que vem aconselhando Macron sobre sua carreira política ao longo dos anos.
"Eu o conheço intimamente há 15 anos, e sempre me surpreendo com a rapidez com que ele aprende politica", afirma Minc. "Ele é um gato - você pode jogá-lo pela janela e ele dará um jeito de cair de pé."

Emmanuel Macron e HollandeDireito de imagemREUTERS
Image captionO presidente François Hollande foi por anos uma espécie de mentor de Macron, seu ex-ministro da Economia

Mas nem sempre a política foi a ambição de Emmanuel Macron. Na escola em Amiens, ele sonhava em ser escritor.
Macron tinha reputação de jovem brilhante e precoce, lembra Antoine Marguet, seu colega na escola privada jesuíta La Providence. Macron lia clássicos da literatura francesa, segundo o colega, escrevia poemas e até um romance sobre conquistadores espanhois.
"Emmanuel Macron sempre foi diferente", lembra Marguet. "Numa idade em que a maioria apenas vê TV, ele apenas lia. Ele se comparava aos professores em algumas coisas. (E tinha) uma inteligência olimpica - cada vez mais alta, rápida, abrangente."
Alguém que certamente o via desta maneira era Brigitte Trogneux, sua professora de teatro. "Ele não era como os outros", afirmou ela a um documentário francês em 2016. "Ele não era um adolescente. Tinha uma relação de igual para igual com outros adultos."
Um dia, lembra Trogneux, ele chegou com planos de escreverem juntos uma peça para o último ano de aulas de teatro. "Não imaginei que a ideia iria longe", ela conta.
"Pensei que ele logo ficaria entediado. Nós escrevemos a peça, e pouco a pouco fui arrebatada pela inteligência daquele menino."
Aos 16 anos, Macron deixou Amiens para terminar os estudos em Paris, com a ideia de um dia se casar com sua antiga professora. "Falávamos ao telefone toda momento, por horas", recorda ela. "Aos poucos ele superou toda minha resistência, e de uma maneira incrível, com paciência."

Brigitte Trogneux e Macron em seção de votação em 23 de abril de 2017Direito de imagemREUTERS
Image captionBrigitte Trogneux - a ex-professora de teatro de Macron e hoje sua mulher - costuma atrair a atenção da imprensa francesa

Brigitte Trogneux era 24 anos mais velha do que Macron, casada e com três filhos. Mas deixou o marido e começou uma relação com o ex-aluno. Ambos se casaram em 2007.
É uma história incomum de amor que revela bastante sobre a determinação e a autoconfiança de Macron, afirma a jornalista Anne Fulda, autora de um novo livro sobre a trajetória do presidente eleito.
O casal fugiu da exposição pública por anos, afirma Fulda, mas houve uma mudança sutil após Macron lançar sua candidatura.
"Ele busca passar a ideia de que se conseguiu seduzir uma mulher 24 anos mais velha e mãe de três filhos, numa cidade do interior... sem ofensa ou gozação, ele pode conquistar a França do mesmo jeito", afirma a jornalista.

Corrida presidencial

Quando o En Marche foi lançado em abril de 2016, muitos fizeram pouco caso, classificando a empreitada como ingênua e fadada ao fracasso.
Um colega de governo de Macron chegou a publicar, no dia do lançamento do movimento, um link para uma música chamda I Walk Alone (eu ando sozinho).

Emmanuel MacronDireito de imagemEUROPEAN PHOTOPRESS AGENCY
Image captionNa imagem, Emmanuel Macron festeja os resultados do primeiro turno da eleição

Macron não ficaria sozinho por muito tempo. Hoje o En Marche possui mais de 200 mil inscritos, embora a filiação não tenha custos e não demande a saída de outros partidos políticos.
E à medida que o movimento crescia, aumentavam as especulações sobre uma possível postulação à Presidência.
As raízes da decisão de concorrer remetem a décadas atrás, mas estão cobertas por uma grossa camada de histórias, imagens e mitos construídos. Mas o mentor Alain Minc diz não ter dúvidas de que seu aliado "sempre" se viu no páreo.
"Fiz o melhor que pude para convencê-lo a concorrer em 2022", afira Minc, e ele me disse: "Você está errado, há uma oportunidade (agora)".
De fato, "tudo estava pronto para decolar desde o outono de 2015 (no hemisfério norte)", diz o jornalista político Marc Endeweld, autor do livro L'ambigu Monsieur Macron: Enquête sur un ministre qui dérange (O ambicioso sr. Macron: investigação sobre um ministro que incomoda, em tradução livre).
Macron esperou para lançar sua candidatura apenas em razão dos ataques de novembro de 2015 em Paris e de março de 2016 em Bruxelas, afirma Endeweld.
Mathieu Laine integrava um pequeno grupo de pessoas próximas a Macron que o incentivavam a concorrer.
Ele afirma que o timing da candidatura teve muita influência da experiência de Macron no governo de François Hollande.
Como ministro da Economia, Macron se envolveu numa disputa para aprovar uma série de reformas econômicas de caráter liberal, apelidadas de Loi Macron (lei Macron). Mas divisões dentro do Partido Socialista e resistências no Parlamento o deixaram desiludido.
"Suas pernas estavam sendo quebradas pelo sistema", diz Laine.

Emmanuel Macron conversando com líderes sindicais em 4 de maioDireito de imagemREUTERS
Image captionEmmanuel Macron usou seu poder de persuasão em um encontro recente com sindicalistas

Movimento político

Macron sempre disse que visa criar um novo tipo de política. E sem uma estrutura partidária à disposição, ele depende como nunca da lealdade de apoiadores. "Esse movimento é o que fazemos dele", diz o slogan do En Marche.
Um forte apelo pessoal também é útil quando se tenta superar divisões ideológicas profundas, como aquela entre os partidos de esquerda e de direita na França. Mas todos os movimentos políticos precisam de ideias para promover união.
O carisma de Macron pode ter ajudado no lançamento de seu movimento, mas o desafio era apresentar um programa político que tivesse apelo a centristas de esquerda e de direita.
Antes de definir qualquer política - ou mesmo princípios de atuação - a campanha de Macron conduziu uma pesquisa domiciliar nacional, com entrevistas individuais com eleitores sobre suas atitudes e reclamações.
"Em geral, quando você quer escrever um programa (político), você convoca especialistas", explica Guillaume Liegey, fundador de uma consultoria eleitoral que trabalha com o En Marche. "Especialistas são muito inteligentes, mas é bom ter informações sobre as pessoas, e foi isso que o En Marche providenciou", disse.

Emmanuel Macron em ato de campanha em 4 de maioDireito de imagemREUTERS
Image captionOs comícios de Emmanuel Macron buscavam projetar imagem de juventude e novidade, enquanto as mensagens da rival Le Pen assumiram tom mais negativo

A chamada "grande marcha" resultou em 25 mil entrevistas detalhadas com eleitores, diz Liegey.
A origem da ideia foi "com certeza a campanha de Barack Obama" de 2008, diz o consultor, que trabalhou nos EUA naquela ocasião.
Os voluntários do movimento fizeram duas perguntas principais aos eleitores: o que funciona e o quer não funciona na França?
E contradições interessantes apareceram. "Muitas pessoas disseram que as escolas funcionavam", afirma Liegey. "Mas apontavam, na pergunta sobre o que não funcionava, o sistema nacional de educação. Então também não há uma solução simples."

Vácuo político

Desde o discurso em que anunciou a intenção de concorrer, Macron destacou seu desgosto com o sistema político, enquanto se apresentava como "positivo" sobre a França.
"Eu vi de dentro do vácuo do nosso sistema político, que descarta a maioria das ideias porque podem ameaçar a máquina, partidos tradicionais, interesses velados... Nosso sistema político está travado."

Emmanuel Macron em Le TouquetDireito de imagemAFP
Image captionEmmanuel Macron na cidade de Le Touquet no domingo de segundo turno

Quando ele finalmente divulgou seu programa político, muitos o criticaram por ser muito vago ou genérico - uma acusação que seguiu até o final da campanha. Macron, afirmam seus críticos, é a favor e contra tudo.
Em um debate na campanha, a rival Marine Le Pen balançou a cabeça e riu após uma intervenção do adversário, dizendo: "Sabe, sr. Macron, você é incrivelmente talentoso - conseguiu falar por sete minutos e não consigo resumir o que você pensa. Você não disse nada. É um vazio completo."
Mas o consultor Liegey diz que Macron é pragmático. "Não acho que a França precise de mais ideias", afirma ele. "Acho que é uma questão de métodos. Se você quer mudar o país tem que ser metódico, não pode apenas dizer 'eu vou fazer'. Você precisa de um plano."
E também de um tanto de sorte, o que Macron teve de diversas maneiras.

Ascensão

Boa parte da ascensão de Macron está associada às disputas entre os dois principais partidos da França - o Partido Socialista, no poder, e a sigla de centro-direita Republicanos. Ambos lutam contra a perda de apoio entre um eleitorado cansado da velha retórica política, vista por muitos como inócua.
Divisão e letargia marcaram os socialistas por muito tempo, enquanto a melancolia pairou sobre os republicanos desde o envolvimento de seu candidato, Francois Fillon, em um escândalo de nepotismo.
A desilusão com os partidos tradicionais é algo que Macron - e sua rival de centro-direita Le Pen - exploraram bastante. E funcionou.

Debate em 3 de maio de 2017Direito de imagemAFP
Image captionMacron venceu Marine Le Pen (à esq.), com quem travou duro debate na semana final de campanha

Macron canibalizou o apoio do Partido Socialista, e conseguiu suporte de figuras importantes da sigla, como o ex-primeiro-ministro Manuel Valls, visto no passado como inimigo.
Mas o presidente eleito também teve sorte, ele mesmo diz, diante da derrota nas disputas internas dos partidos de nomes mais centristas, como o republicano Alain Juppé e o socialista Valls, que perderam as primárias para adversários mais linha dura, deixando um amplo espaço no centro da política francesa.

Propostas

Entre as propostas de Macron está um plano de 50 bilhões de euros para treinamento profissional, incentivo a energias renováveis, infraestrutura e modernização. Promete reduzir o desemprego dos atuais 9,7% para 7%, proibir o uso de ceulares na escola por menores de 15 anos e dar um vale-cultura de 500 euros para jovens de 18 anos.
Já as reformas econômicas de cunho liberal, do tipo defendido pelo presidente eleito, compõem um tema que divide opiniões na França.
Representantes da esquerda, como a maioria dos sindicatos, se opõem fortemente à flexibilização do mercado de trabalho e à ampliação da carga horária dos trabalhadores.
Macron não teve boa performance entre operários e trabalhadores de baixa renda, enquanto Le Pen teve boa votação entre esse setor do eleitorado.
Um ex-colega de Partido Socialista, o veterano Martine Aubry, diz que o programa econômico de Macron se inspira "na agenda liberal inglesa e americana dos anos 1980". "É sobre reduzir serviços públicos, cortar déficits e fazer os trabalhadores ganharem menos e trabalharem mais."
Há, contudo, muitos socialistas de centro-esquerda que concordam com a necessidade de reformas, e o próprio Macron já se descreveu como "homem de esquerda". Seu mentor Alain Minc diz, porém, que há algo diferente do que o presidente eleito propõe.

Emmanuel Macron em discurso em Londres em 21 de fevereiro de 2017Direito de imagemREUTERS
Image captionEmmanuel Macron diz que os conceitos de esquerda e direita na política são irrelevantes

"Ele é um liberal de esquerda, e isso é novo na política francesa", afirma. "Houve um braço social-democrata no Partido Socialista, mas ele acredita muito mais nas forças do mercado."
Para Macron, a política francesa não é mais uma batalha entre ideologias de direita ou esquerda, mas entre protecionismo e globalização. E nesse sentido seu rival mais duro não foi o antigo partido nem os republicanos, mas as propostas antiimigração de Le Pen.
Macron marcou a campanha por uma forte defesa da União Europeia e suas instituições.
"Ele é europeu como sua geração é", diz Minc. Questões sobre imigração, cultura e identidade nacional estiveram no centro da campanha.
Em seu "contrato com a nação", manifesto de campanha, Macron citou a educação como principal prioridade - "a fonte de nossa coesão nacional", definiu.

Imagem e realidade

A imagem política de Macron gira em torno da ideia de que ele é um "outsider", alheio à classe tradicional política. Suas raízes interioranas e bisavó analfabeta são apresentadas em contraste a uma elite parisiense privilegiada.
Mas os pais de Macron eram médicos, sua escola em Amiens era particular, e aos 16 anos ele se mudou para Paris para cursar um dos colégios secundários mais famosos, o liceu Henri IV, antes de se formar em uma universidade por onde passaram muitos líderes, a Escola Nacional de Administração.
Após a universidade, ele conviveu de perto com membros da elite política e econômica, e enriqueceu trabalhando em um banco de investimentos. Então ele pode mesmo ser descrito como o candidato antissistema?
"Seria um pouco ultrajante dizer isso", reconhece o mentor Alain Minc. "Ele é antissistema político, mas é o melhor produto do sistema francês. O sistema dá chance a novatos - como Georges Pompidou, Raymond Barre, Robert Badinter - mas ele a aproveitou de forma mais rápida e com um senso de oportunidade que os outros não tiveram."

Quais serão as dificuldades imediatas?

Recém-fundado, o movimento de Macron não possui cadeiras no Parlamento.
As eleições legislativas serão no próximo mês, e o En Marche disputará o pleito como partido, mas Macron pode se deparar com a necessidade de formar uma coalizão para governar de maneira efetiva.
Embora sua candidatura tenha atraído outras siglas, boa parte desse apoio veio da necessidade de derrotar Le Pen.
Ele precisará conquistar a confiança de quem se absteve na votação e daqueles que são céticos sobre sua visão política. Eleitores de esquerda, sobretudo, em geral se sentiram pouco representados pelos candidatos do segundo turno.
Macron também precisará lidar com as consequências de um ataque de hackers no último dia de campanha, quando um grande volume de documentos de sua campanha, que incluiriam materiais falsos e autênticos, foi divulgado na internet.
Fonte:BBC.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Com uso de árbitro de vídeo, Salgueiro arranca empate no fim


André marcou para o Leão, mas mandantes sofreram empate no fim
André marcou para o Leão, mas mandantes sofreram empate no fimFoto: Arthur Mota
Momento histórico no futebol brasileiro. Pela primeira vez na América Latina um jogo foi definido com influência do "árbitro de vídeo", em pênalti marcado já nos descontos da partida. Com isso, o Sport empatou em 1x1 com o Salgueiro e deixou tudo em aberto para o segundo e decisivo duelo, marcado para acontecer apenas no dia 18 de junho, no Cornélio de Barros. Na atual fórmula do Estadual, não existe o critério do gol qualificado, marcado fora de casa. Portanto, empate por qualquer resultado leva a decisão para os pênaltis.

A maratona de jogos expôs um certo cansaço no Sport, sem aquele "clima de decisão" no olhar dos rubro-negros. Talvez por isso, o jogo demorou a engrenar. Com um sistema defensivo forte e compacto, o Salgueiro controlava as investidas leoninas. A primeira chance veio aparecer apenas aos 25 minutos, quando Mondragon tirou com a ponta do dedo um chute rasteiro de Everton Felipe. Dois minutos depois veio a explosão na Ilha do Retiro. Após cabeçada de Rithely, o goleiro salvou como pode e a bola sobrou para André, cheio de confiança, mandar uma bomba para abrir o placar: 1x0.

Na segunda etapa, o Leão continuava com mais volume de jogo, mas também sem poder de penetração. Assim, a primeira oportunidade surgiu de bola parada. Em escanteio batido por Everton Felipe, Durval subiu sozinho e obrigou Mondragon a fazer grande defesa. O lamnce acordou o Carcará, que aos 12 perdeu chance incrível com Luís Eduardo sozinho e aos 19, com William Lira acertando o travessão de Magrão. Aos 49, o lance polêmico e decisivo. Após Raul Prata derrubar Toty, o árbitro José Woshington deu pênalti. Para ter a certeza, foi consultar o vídeo e demorou cinco minuitos para tomar a decisão de confirmar a penalidade. Na cobrança, Jean bateu firme e deixou tudo igual. Decisão aberta para o Sertão.

SPORT 1

Magrão; Samuel Xavier (Raul Prata), Henríquez, Durval e Mena; Fabrício, Ronaldo e Rithely (Fábio); Everton Felipe (Lenis), Rogério e André. Técnico: Ney Franco

SALGUEIRO 1

Mondragon, Tamandaré, Luiz Eduardo, Ranieri e Daniel; Rodolpho Potiguar, Moreilândia, Toty e Valdeir; Álvaro (Jean) e William Lira. Técnico: Evandro Guimarães

Local: Ilha do Retiro (Recife). Árbitro: José Woshington da Silva (PE). Assistentes: Marlon Rafael Gomes e Fabrício Leite Sales (PE). Gols: André (aos 27 do 2ºT) e Jean (aos 55 do 2ºT). Cartões amarelos: Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Rogério Raul Prata e Rithely (Sport). Mondragon (Salgueiro). Público: 22.757 Renda: R$ 501.165,00
Fonte:Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE