sexta-feira, 2 de novembro de 2012

ENEM:Crise econômica na zona do Euro. Isso pode cair na prova !



Euro
DOIS LADOS DA MESMA MOEDA

Tanto a Grécia como a Alemanha usam o euro. Mas a diferença na capacidade competitiva explica por que um país vive uma depressão econômica e o outro prospera
Sob a perspectiva de um alemão, é difícil enxergar a crise econômica europeia.
A Alemanha, dona do maior PIB da Europa e do quarto do mundo, superou rapidamente a recessão de 2009. Em três anos, o número de pessoas sem trabalho foi reduzido em 600 000. A taxa de desemprego, de apenas 5,7% da população economicamente ativa, nunca foi tão baixa desde a reunificação, em 1990. As fábricas trabalham em três turnos para suprir a demanda mundial, acima de tudo asiática, pelos seus carros luxuosos e máquinas sem similares.
Na Grécia, o quinto ano seguido de contração do PIB
Para um grego, a crise é real, evidente, diária. Depois de catorze anos ininterruptos de economia em ascensão, bonança catapultada pela adesão ao euro, em 2001, a Grécia entrou em recessão em 2008 – e dela não saiu mais. As últimas estimativas apontam para uma queda de 5% no PIB em 2012, o quinto ano seguido de contração.
Desde 2008, o total de desempregados aumentou em 500 000 pessoas. A taxa de desemprego, de 21%, é a segunda maior da Europa, atrás apenas da taxa da Espanha. Metade dos jovens não possui trabalho (em comparação, apenas 8% dos alemães com menos de 25 anos estão desempregados, o menor porcentual da Europa). Estima-se que 68 000 pequenas e médias empresas tenham fechado as portas na Grécia. Em Atenas, as placas de enoikiazetai (aluga-se, em grego) fazem parte da paisagem urbana.
Revista VejaEconomia na Europa. Athens, Greece.Repórter: Giuliano Guandalini
Para um cidadão grego, a crise é real, evidente, diária. (Foto: Gilberto Tadday)
A Grécia e a Alemanha são os dois extremos da desigualdade crescente entre os dezessete países que utilizam o euro como moeda, a chamada zona do euro.
As economias da Áustria e da Holanda, além da alemã, sentiram um leve impacto com a desaceleração mundial. Portugueses, espanhóis e gregos, no entanto, sofrem na pele com a recessão mais profunda em pelo menos uma geração.
Falta funcionar como região econômica coesa
Como pode coexistir tamanho contraste entre países que fazem parte de um único bloco econômico e compartilham a mesma moeda?
A crise desencadeada em 2008 expôs uma realidade que havia sido encoberta durante os anos de crescimento. A zona do euro não funciona, pelo menos ainda, como uma região econômica coesa. “Precisamos de uma união fiscal que complemente a união monetária”, afirmou a VEJA o economista alemão Joerg Asmussen, diretor do Banco Central Europeu (BCE), em Frankfurt.
Mas Asmussen enfatiza o comprometimento europeu com o futuro da moeda única: “O euro nunca esteve em crise. Existe na verdade uma crise da dívida e de confiança em alguns dos países da região”.

Revista VejaEconomia na Europa. Frankfurt.Repórter: Giuliano Guandalini
RIQUEZA ALEMÃ -- Em Frankfurt, o centro financeiro alemão, não se vê sinal de crise e o desemprego nunca foi tão baixo: recompensa pelas reformas (Foto: Gilberto Tadday)
Nos primeiros anos do euro, houve a sensação de que todas as nações operavam como uma única economia. Uma mostra disso é a taxa de juros paga pelos países para financiar suas dívidas. Há duas décadas, quando existiam a peseta, o escudo e a dracma, os governos da Espanha, de Portugal e da Grécia pagavam juros internacionais que chegavam a ser o triplo dos desembolsados pela Alemanha.
Com o euro, praticamente da noite para o dia, espanhóis, portugueses e gregos passaram a dispor de taxas baixíssimas, idênticas às dos alemães. Se todos possuíam a mesma moeda, o risco implícito era igual, e por isso os juros deveriam ser os mesmos, dizia a lógica dos investidores.
Revista VejaEconomia na Europa. Athens, Greece.Repórter: Giuliano Guandalini
Desde 2008, o total de desempregados na Grécia foi acrescido de 500 000 pessoas (Foto: Gilberto Tadday)
Existia, no entanto, uma diferença de competitividade subjacente. O crédito farto e barato impulsionou o consumo e os investimentos, formando bolhas que mais tarde estourariam. Ao mesmo tempo, os gastos públicos também avançaram rapidamente.
Ainda que o total das despesas com políticas de bem-estar social nesses países seja inferior ao de nações mais ricas do bloco, os gastos cresceram rápido demais num curto espaço de tempo. O superaquecimento elevou o custo da mão de obra. Produzir em Portugal ou na Grécia ficou tão ou mais caro do que na Alemanha ou na Áustria, países mais produtivos.
Combinação letal
Num mundo de estabilidade, todos esses desequilíbrios passavam incólumes. Mas eles foram se avolumando. Então veio a crise. O crédito desapareceu, e os investidores começaram a ser mais restritivos. Os juros dispararam para a Grécia, Portugal e também para a Irlanda, um dos primeiros países a ir à lona.
A combinação letal de queda no crescimento e elevação no custo do financiamento tornou as dívidas públicas dessas nações impagáveis. A crise se arrasta há quatro anos.
A Espanha, depois de uma leve retomada no ano passado, entrou de novo em recessão. A Grécia, na melhor das hipóteses, só voltará a ter algum crescimento em 2013.
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A PLENO VAPOR -- "As reformas trabalhistas aumentaram a competitividade", diz Peter Schwarzenbauer, vice-presidente de vendas e marketing da Audi (Foto: Divulgação)
Vinte anos atrás, era a Alemanha a economia doente da Europa. O país lidava com o custo da reunificação, uma conta anual que oscilava, em valores atuais, entre 30 bilhões e 50 bilhões de euros. Havia 5 milhões de pessoas sem trabalho. “Os desafios posteriores à reunificação estimularam discussões sobre a necessidade de reformas estruturais para aumentar a produtividade”, diz Joachim Nagel, um dos diretores do Bundesbank, o banco central alemão.
A partir de 2003 reformasEssas reformas tiveram como objetivo, em resumo, conter o aprofundamento dos gastos no sistema de seguridade social e também dar maior flexibilidade às leis trabalhistas.
Em 2003, no governo do chanceler social-democrata Gerhard Schroeder, foi lançado um pacote chamado Agenda 2010. Os pacientes do sistema público de saúde começaram a pagar por parte de alguns serviços. As negociações salariais passaram a ser feitas diretamente entre funcionários e empregadores, e os sindicatos perderam poder.
Criou-se a possibilidade de redução dos salários, mediante diminuição das horas trabalhadas. Os impostos sobre os lucros das empresas caíram.

Audi Produktion Ingolstadt ? Montage A3 /Bei der Triebwerksmontage werden die Hauptbestandteile Motor, Getriebe, Antriebswelle und Radaufhaengung zusammengefuegt.Bei der Triebwerksmontage haengen die Werkzeuge griffbereit von der Decke - fuer eine schnell
Em Ingolstadt, Baviera, a fábrica da Audi trabalha em três turnos para atender à demanda internacional, principalmente dos russos e chineses. (Foto: Audi AG))
O programa de reformas reduziu os gastos das companhias. Caiu sobretudo o custo final da mão de obra, em um período em que a despesa com funcionários aumentava continuamente na maior parte da Europa. A Alemanha, mais competitiva, passou a amealhar bilhões e bilhões de euros em superávits comerciais. Isso, mesmo lidando com uma moeda forte como o euro. “Foram ajustes difíceis de fazer, houve forte reação”, afirma Nagel. Schroeder, inclusive, perdeu o cargo em 2005, dando espaço a Angela Merkel. “Mas estamos nos beneficiando hoje das reformas estruturais feitas há dez anos.
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ADAPTAÇÃO À RECESSÃO -- "Contamos agora com o aumento das exportações para manter os nossos funcionários", afirma Athanase Lavidas, presidente do laboratório farmacêutico grego Lavipharm (Foto: Gilberto Tadday)
É surpreendente, até mesmo para nós, como a economia alemã tem se comportado bem”, conclui Nagel. O país dispõe ainda de vantagens históricas, entre elas a sua liderança na engenharia de máquinas e a sua infraestrutura logística, com poucos paralelos no mundo.
O modelo alemão, contudo, reconhecem os próprios alemães, está longe de ser perfeito. Há regulações excessivas em diversas atividades. As novas leis trabalhistas, de acordo com alguns economistas, ampliaram as desigualdades salariais. Por fim, a austeridade e o excesso de poupança fazem com que os alemães desfrutem um padrão de vida inferior ao de outras nações ricas.
Não resta dúvida, porém, sobre seu poder econômico, mesmo em meio à crise continental.

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Os cortes dos gastos na saúde pública derrubaram as vendas internas do laboratório Lavipharm. (Foto: Gilberto Tadday)
Grécia: desperdício e descontrole
As dificuldades gregas, em contraponto, resultam da completa falta de austeridade e competitividade. “Tivemos uma bolha no setor público”, resume Constantine Papadopoulos, secretário grego para Relações Econômicas Internacionais. “Existia muito desperdício nos gastos do governo.”
Uma amostra desse descontrole ficou evidenciada na semana passada. O governo anunciou os resultados de uma auditoria no sistema previdenciário e descobriu que 200 000 pessoas não deveriam estar recebendo benefícios – ou porque não tinham direito a eles ou porque estavam mortas fazia algum tempo.
O PESO DO ARROCHO O professor de economia social Savas Robolis, da Universidade Panteion, em Atenas, é um exemplo típico de funcionário público atingido pelas medidas de austeridade. Seu salário foi reduzido em 22%. "Não há dúvida de que precisamos fazer reformas para permanecer no euro. Mas não vejo como conseguiremos pagar a dívida pública apenas com medidas de austeridade e sem incentivos ao crescimento", afirma Robolis (Foto: Giuliano Guandalini)
O PESO DO ARROCHO -- O professor de economia social Savas Robolis, da Universidade Panteion, em Atenas, é um exemplo típico de funcionário público atingido pelas medidas de austeridade. Seu salário foi reduzido em 22%. "Não há dúvida de que precisamos fazer reformas para permanecer no euro. Mas não vejo como conseguiremos pagar a dívida pública apenas com medidas de austeridade e sem incentivos ao crescimento", afirma (Foto: Gilberto Tadday)
Milhares de funcionários públicos foram dispensados, e os salários dos servidores, reduzidos em mais de 20%, assim como as aposentadorias. São ajustes tidos como inevitáveis, mas de impacto recessivo a curto prazo.
Driblando o Fisco
O país possui também um problema histórico de sonegação.
Nas lojas e restaurantes, é comum os vendedores e garçons dizerem que a máquina de cartão de crédito não está funcionando. Trata-se de uma desculpa para receber em dinheiro vivo, e assim driblar o Fisco.
“Se a nossa arrecadação fosse similar à dos demais países europeus, o déficit público deixaria de ser problema”, diz Loukas Tsoukalis, presidente da Fundação Helênica para Políticas Europeias.

DEFESA DA AUSTERIDADE Joachim Nagel, diretor do Bundesbank, o banco central alemão, respalda a política de austeridade monetária: "A Alemanha vive sob a influência da experiência de hiperinflação, na década de 20 e no pós-II Guerra. A inflação baixa estimula os investimentos (Foto: Giuliano Guandalini)
DEFESA DA AUSTERIDADE -- Joachim Nagel, diretor do Bundesbank, o banco central alemão, respalda a política de austeridade monetária: "A Alemanha vive sob a influência da experiência de hiperinflação, na década de 20 e no pós-II Guerra. A inflação baixa estimula os investimentos" (Foto: Gilberto Tadday)
Apesar das dificuldades, os gregos permanecem comprometidos com as reformas. Essa disposição terá de ser mantida pelo governo a ser eleito nas próximas eleições, amanhã, 6 de maio.
“Optamos pelo caminho mais difícil que, no fim, será mais produtivo”
O problema é que as reformas demoram a surtir efeito. Além disso, mesmo depois da renegociação da dívida (o maior calote da história, de 206 bilhões de euros), o endividamento público permanece acima de 160% do PIB, o triplo do considerado saudável.
Na prática, a dívida não mudou de tamanho. Os gregos deixaram de dever aos investidores privados e passaram a dever ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e aos outros países europeus, ainda que em termos mais favoráveis. Mas a maioria absoluta da população (70% dos eleitores) apoia a permanência na zona do euro. ”
É ilusório imaginar que uma desvalorização cambial aumentaria a nossa competitividade, como afirmam alguns”, diz Constantine Papadopoulos. “A desvalorização cambial não passaria de um truque. Não haveria incentivo para fazermos as reformas necessárias. Optamos pelo caminho mais difícil. Acredito que, no fim, será mais produtivo.”
(LEIA NA CONTINUAÇÃO ENTREVISTA COM DIRETOR DO BANCO CENTRAL EUROPEU)


Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Furacão Sandy deixou destruição e mortes no Haiti e Cuba. Brasil enviará ajuda de 200 mil dólares.



(Reuters) - O governo brasileiro enviará 200 mil dólares ao Haiti e a Cuba para ajudar as vítimas do furacão Sandy, que deixou pelos menos 66 pessoas mortas na semana passada ao passar pelo Caribe, antes de atingir a Costa Leste dos Estados Unidos, anunciou o Itamaraty em nota nesta quinta-feira. Para o Haiti, o governo enviará 100 mil dólares pela Embaixada do Brasil em Porto Príncipe para a compra de produtos locais e distribuição de insumos prioritários às vítimas do furacão, que provocou inundações generalizadas no sudoeste do país, com relatos de perigosos deslizamentos em algumas áreas. Os recursos para Cuba, também no valor de 100 mil dólares, serão enviados por meio da Cruz Vermelha Internacional para a cooperação humanitária de caráter emergencial. O Sandy dizimou a colheita de café, prejudicou as comunicações, causou apagões e inundações, além de derrubar árvores e danificar ou destruir muitas casas. Segundo o Itamaraty, o governo brasileiro também despachará no fim de novembro 25 mil toneladas de arroz pelo Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas. O envio já estava programado antes do furacão, a fim de reforçar programas de segurança alimentar e nutricional. "A doação também contribuirá para a amenização dos efeitos do furacão Sandy sobre a ilha", afirmou o Itamaraty. (Por Bruno Marfinati)

Leia mais em: http://noticias.bol.uol.com.br/internacional/2012/11/01/brasil-envia-us200-mil-as-vitimas-do-furacao-no-haiti-e-em-cuba.jhtm

Professor Edgar Bom Jardim - PE

1 de fevereiro:um dia e uma noite de muito frevo em Recife


Coral Edgard Moraes também lança seu novo CD.

Com informações do G1 PE
Instituído através de um decreto de 2004, o Dia do Frevo de Bloco é comemorado nesta quinta-feira (1º). No Recife, os festejos serão no Pátio de São Pedro, no centro da cidade, com a reunião de quase trinta blocos líricos. Na ocasião, o Coral Edgard Moraes também lança seu novo CD, “Cantos e Encantos”.

O evento promete reunir músicos, compositores, maestros e carnavalescos do frevo de bloco, uma das maiores tradição do Carnaval pernambucano. O CD "Cantos e Encantos" presta homenagem a dois personagens da música pernambucana: Edgard Moraes e Bila do Cavaco. O disco é formado por 16 faixas inéditas de frevo de bloco e conta com participação de instrumentistas do Recife, sob o comando dos maestros Spok e Marco Cesar, que assinam a direção musical.
Além das músicas renovadas do frevo de bloco, canções que embalam os pernambucanos há décadas também estarão presentes no repertório de quase 30 agremiações. Entre as mais emblemáticas, está “Madeira do Rosarinho”. “Se transformou no hino de todos os blocos. A gente tenta não fazer, mas a plateia exige. Capiba, sempre!”, comentou o carnavalesco Cid Cavalcante, do bloco O Bonde. A festa no Pátio de São Pedro teve início a partir das 19h.Professor Edgar Bom Jardim - PE

Lula foi citado no Mensalão em novo depoimento de Marcos Valério



O presidente da Câmara, Marco Maia, disse, nesta quinta-feira, que é lamentável a tentativa do empresário Marcos Valério de envolver o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escândalo conhecido como mensalão. Segundo notícia publicada hoje pela imprensa, Valério prestou novo depoimento ao Ministério Público em setembro, mencionando nomes que não foram citados no processo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), inclusive o de Lula.
O publicitário, que foi condenado pelo STF a mais de 40 anos de prisão, se propôs a dar mais detalhes em troca da sua inclusão em um programa de proteção a testemunhas. "A expectativa da sociedade brasileira é que essa página do mensalão seja virada com o julgamento do Supremo Tribunal Federal. É lamentável qualquer tentativa de querer retomar o processo de investigação", disse Maia.
O presidente ressaltou que o caso já foi "exaustivamente" investigado por duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) da Câmara - CPIs do Mensalão e dos Correios -, pelo Ministério Público e pelo STF. "Eu colocaria esse suposto novo depoimento do Marcos Valério no que chamamos de "jus esperniandi" (direito de espernear). Depois do julgamento, depois de todas as análises feitas, de todas as investigações, não cabe mais nenhuma ilação sobre esse tema, principalmente com essa intenção de envolver o presidente Lula", afirmou o presidente.
O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.
No relatório da denúncia, a Procuradoria-Geral da República apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.
Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.
O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
A então presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.
Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e o irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.
A ação penal começou a ser julgada em 2 de agosto de 2012. A primeira decisão tomada pelos ministros foi anular o processo contra o ex-empresário argentino Carlos Alberto Quaglia, acusado de utilizar a corretora Natimar para lavar dinheiro do mensalão. Durante três anos, o Supremo notificou os advogados errados de Quaglia e, por isso, o defensor público que representou o réu pediu a nulidade por cerceamento de defesa. Agora, ele vai responder na Justiça Federal de Santa Catarina, Estado onde mora. Assim, restaram 37 réus no processo.
Terra/ Agência Câmara


Professor Edgar Bom Jardim - PE

ENEM: Arthur Bispo do Rosário,entre a arte, a prisão hospitalar e o delírio!. Isso pode cair na prova !



1909 (1911), Japaratuba, Brasil - 1989, Rio de Janeiro, Brasil
​Arthur Bispo do Rosário viveu por meio século recluso em um hospital psiquiátrico. Transitando entre a realidade e o delírio, acreditava estar encarregado de uma missão divina e utilizava materiais dispensados no hospital para produzir peças que mapeavam sua realidade. Valendo-se da palavra como elemento pulsante, manipulou signos e brincou com a construção e desconstrução de discursos para criar bordados, assemblages, estandartes e objetos que seriam, posteriormente, consagrados como obras referenciais da arte contemporânea brasileira.
Imagem e texto 1(bienal.org.br)



Imagens 2 e 3:Heitor e Silvia Reali



 Imagem 4 :Walter Firmo

Texo 2 almanaquebrasil (Runo Hoffamann)

A dois metros do chão“Os doentes mentais são como beija-flores”, definia Bispo. “Estão sempre a dois metros do chão”. Para reconstruir o mundo, o sergipano considerado louco produziu uma das mais intrigantes obras artísticas do País. Mas não se dava o crédito: “São as vozes que me mandam fazer desta maneira”. 

Ele viveu num manicômio durante 50 anos e, dentro de um quartinho apertado, produziu um dos mais fantásticos conjuntos de obras do País. Tudo alheio ao que acontecia além dos limites do hospício. De forma absolutamente intuitiva, sem frequentar escolas de arte ou ler livros, Arthur Bispo do Rosário deixou acadêmicos abobados com sua expressividade e originalidade. 

Pouco se conhece de sua infância e adolescência. O que se sabe é que nasceu na cidade de Jarapatuba, em Sergipe. Uns dizem que em julho de 1909. Outros, em março de 1911. A data mais aceita é 14 de maio de 1909. Aos 16 anos, foi inscrito pelo pai na Escola de Aprendizes de Marinheiros de Sergipe e embarcou num navio como ajudante-geral. Ficoua na instituição até 1933, viajando pelo País e colecionando advertências por comportamentos inadequados. Mas também se tornou um bom boxeador. Foi campeão sul-americano na categoria peso-leve.

Quando foi afastado da instituição, estava no litoral do Rio de Janeiro. Sua rotina era perambular pela cidade, fazendo pequenos bicos. Até ser aceito como lavador de bondes da Light. Um dia sofreu um acidente de trabalho. Ao levar o caso à Justiça, conheceu o advogado Humberto Leone, que, sensibilizado, convidou Bispo para morar num quartinho em sua casa. O sergipano tornou-se ajudante geral da família. Tudo ia bem até que vozes mudaram seu destino.


Reconstruir o mundo 
Era dezembro de 1938. Bispo disse ao patrão ter visto anjos e ouvido vozes celestiais. Saiu da casa e começou uma peregrinação por igrejas cariocas. No mosteiro de São Bento, anunciou aos monges: “Sou um enviado de Deus, encarregado de julgar os vivos e os mortos”. Detido pela polícia e fichado como “negro e indigente”, foi encaminhado ao hospício da Praia Vermelha. Depois, transferido para a Colônia Juliano Moreira, no subúrbio da cidade. O diagnóstico: esquizofrenia paranoide.

A instituição seria sua casa pelos próximos 50 anos. Na Juliano Moreira, Bispo repetia a história para quem quisesse ouvir: “Vozes dizem para me trancar num quarto e começar a reconstruir o mundo”. E assim fez.

Produzia sem parar, mesmo sob forte medicação e choques elétricos. Os companheiros de manicômio o ajudavam na missão, buscando entulhos e papelões que serviriam para seu trabalho. Às vezes ficava meses sem sair do quarto, numa jornada de 16, 18 horas por dia. Sete anos depois, a voz reapareceu: “A obra está concluída”.

O que se viu era impressionante. Centenas e centenas de obras de alto valor artístico. Colagens, tapeçarias, estandartes, pinturas, bordados. Tudo com beleza, ineditismo, múltiplos significados. Seguia uma linha convergente ao que se discutia sobre arte contemporânea mundial, mesmo sem ter nenhum contato com influências exteriores.


Cavalheiro e solitário 
A fama de Bispo do Rosário se alastrou pela cidade e, depois, pelo País. Houve uma comparação imediata com Marcel Duchamp, o francês que criou o conceito de que objetos do cotidiano poderiam ser levados para o campo das artes. Recebia visitas de estudiosos, artistas, curiosos.

Aos que queriam conhecer seu ateliê improvisado, fazia uma intrigante pergunta: “Qual é a cor do meu semblante?”. Se não gostasse da resposta, encerrava a visita. Para quem o chamava de artista, rebatia: “Não sou artista. Sou orientado pelas vozes para fazer desta maneira”. Tornou-se uma lenda, estudado por várias correntes do conhecimento. “É possível analisá-lo pela Psicanálise, pela Sociologia, pela História da Arte, pela Semiótica e pela Antropologia”, avalia Jorge Anthonio e Silva, autor de Arthur Bispo do Rosário – Arte e loucura (Quaisquer, 2003).

Entre as obras de maior impacto, está o Manto da Apresentação, uma veste com um emaranhado de pequenos símbolos e figuras, como tabuleiros de xadrez, mesas de pingue-pongue, ringues de boxe, crucifixos. Destaca-se também uma espécie de Arca de Noé, construída com papelão e pano, destinada a salvar o mundo. Além de uma nave que o levaria para o céu. Suas obras foram expostas em galerias de arte da cidade. Mas Bispo não era muito favorável a que elas saíssem do ateliê. As tratava como filhas, perguntava até se estavam bem.

Era um homem sério, de poucas palavras. Um cavalheiro com as mulheres. Gostava de andar limpo e ficava semanas sem se alimentar. Sentia-se um enviado de Deus, uma espécie de Cristo. Gostava de concurso de misses e quase nunca era violento. Mas sempre solitário.

“Os doentes mentais são como beija-flores: nunca pousam, ficam sempre a dois metros do chão”, costumava dizer. Em 5 de junho de 1989, se sentiu mal e foi atendido no setor médico. Estava muito magro pelos jejuns. Morreria horas depois, vítima de enfarto, aos 80 anos.

“Ele morreu na solidão de sua cela, sem ver seu império classificado como obra de arte, percorrendo o mundo”,  diz a escritora Luciana Hidalgo, autora de Arthur Bispo do Rosário – O senhor do labirinto (Rocco, 1997). “Mas, aos olhos da crítica e do público, já era um artista.” Após várias exposições pelo País, a obra de Bispo representou o Brasil na prestigiada Bienal de Veneza, na Itália, em 1995. Hoje a Colônia Juliano Moreira não funciona mais como manicômio. O espaço abriga o Museu  Bispo do Rosário de Arte Contemporânea.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

ENEM:Novo Código Florestal. Isso cai na prova



Fato e opinião


Marina Silva/estadão

Há um pensamento arrogante, derivado de um positivismo rudimentar, que prega a superioridade dos fatos objetivos sobre as opiniões, consideradas meras suposições subjetivas. Aí esconde-se uma esperteza: os fatos são cuidadosamente selecionados para comprovar uma opinião já formada com base em interesses, estes, sim, muito objetivos.
Os que contrariam tais interesses e contestam a escolha dos fatos são levianamente desqualificados como ideológicos e radicais. No debate sobre o ex-Código Florestal, cabe perguntar aos idólatras dos "fatos":

1) É fato que o agronegócio (cuja importância na macroeconomia e no comércio internacional ninguém nega) não é que coloca "comida na mesa" do povo brasileiro, que 60% da cesta básica é garantida pela agricultura familiar, também responsável por 7 em cada 10 empregos no campo?

2) É fato que existem mais de 140 milhões de hectares de áreas degradadas, improdutivas ou com baixíssima produtividade e que é possível dobrar a produção agrícola e o rebanho bovino sem desmatar novas áreas, bastando agregar tecnologia simples e disponível?

3) As propriedades com menos de quatro módulos fiscais (na Amazônia são 400 hectares) nem sempre coincidem com a agricultura familiar, que muitas são agregadas à pecuária ou às empresas agrícolas?

Se assim for, as reformas no código perdem a justificativa de defender os pequenos agricultores e, de fato, atendem ao interesse de grandes empresas. Mesmo porque, entre as mudanças feitas, há fatos que vêm sendo omitidos.

O art. 67 dispensa imóveis menores que quatro módulos fiscais de recuperar reserva legal desmatada até julho de 2008. Isso é anistia. O Ipea calcula que 3,9 milhões de hectares deixarão de ser recuperados.
O art. 63 abre várias exceções que anistiam desmatamento ilegal em topos de morro e encostas, e o art. 61-A oferece as mesmas bondades, dependendo do tamanho do imóvel, a quem desmatou ilegalmente margens de rios, nascentes, olhos d'água, lagos e veredas.
Quem não foi anistiado, ainda pode usar 50% de plantas exóticas (comerciais) para recuperar áreas degradadas (artigos 61-A 13 e 66, parágrafo 3º).

Nos mangues e apicuns, as áreas degradadas não serão recuperadas e novas áreas podem ser ocupadas com criação de camarões e loteamentos urbanos (art. 11-A). A mata ciliar deixa de ser contada a partir do ponto de cheia do rio e muda a definição de "topo de morro", reduzindo, em alguns casos, até 90% da área protegida.

A liberdade de pensamento é uma das maiores conquistas de nossa preciosa democracia. O código deixa de ser florestal, torna-se um sistema de concessões para a ocupação predatória de quem quer aumentar terras em vez de agregar tecnologia. Vai na contramão do século 21 e é um retrocesso.


O Novo Código e o remendo florestal

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Blogmarina
Agora é lei, e tem inclusive número: 12.651/12, com alterações feitas pela Lei 12.727/12. Após três anos de intensa mobilização, que começou com a criação de uma comissão especial na Câmara dos Deputados, em 2009, e a nomeação do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) como relator, o agronegócio brasileiro finalmente tem uma lei florestal para chamar de sua.
Feita a sua imagem e semelhança, ela é cheia de contradições. Tem um lado moderno, que prevê a criação de um sistema georreferenciado de cadastramento de imóveis rurais para monitorar, por satélite, a derrubada de florestas. Mas tem também um lado arcaico, agarrado às raízes latifundiárias do Estado brasileiro, e que infelizmente suplanta, em muito, seu aspecto inovador. E é com esse lado que a sociedade brasileira terá de lidar daqui para frente.
Com a nova lei, agora temos dois padrões de cidadãos: os que respeitaram as regras até então vigentes (Código Florestal antigo) e os que não respeitaram. Os primeiros, independente do tamanho do imóvel, terão de manter 50 metros de florestas ao redor de nascentes (só as perenes, que têm água o ano inteiro, pois as demais ficaram sem proteção), 30 metros ao largo dos pequenos rios, respeitar as florestas dos topos de morro e encostas. Os outros não precisarão ter florestas em topos de morro e encostas, terão só 15 metros ao redor de nascentes e, dependendo do tamanho do imóvel, poderão nem ter mata ciliar ao largo dos pequenos rios (veja tabela). Para os primeiros não há qualquer compensação concreta que lhes premie por haver cumprido a lei. Para os demais não há qualquer incentivo concreto que lhes convença a ter uma árvore a mais do que o mínimo (bem mínimo) exigido em lei.
Uma das características mais marcantes da nova regra é sua complexidade e dificuldade para compreendê-la, o que, consequentemente, se transformará em dificuldade na hora de implementá-la. A lei anterior, com todos os problemas que generalizações podem trazer, pelo menos era pão-pão, queijo-queijo. Todo mundo tinha que ter mata ciliar do mesmo tamanho se estivesse na beira do mesmo rio. Todo mundo tinha que ter reserva legal, e por aí vai. Agora depende. Depende do que? Do tamanho do imóvel e, se houver desmatamento de áreas protegidas (Área de Preservação Permanente e reserva legal), de quando ele ocorreu.
Um pequeno proprietário que tinha todo seu imóvel desmatado antes de 2008 terá que recuperar muito pouco da vegetação original, mesmo aquela que há décadas era protegida por lei. Um médio proprietário na mesma situação terá que recuperar bem mais, mas mesmo assim bem menos do que na legislação anterior. Se o desmatamento ocorreu após 2008, no entanto, a situação será completamente diferente para ambos. Se parte do desmatamento foi antes e parte depois de 2008, a situação será outra ainda. Difícil imaginar como o proprietário rural, que acreditou que a lei feita por seus representantes traria “clareza” e “segurança jurídica”, vai entender essa confusão.
Tudo isso vai gerar um enorme problema de monitoramento. Primeiro porque não temos imagens de satélite, com a resolução necessária e cobertura para o país inteiro, para saber o que estava ou não desmatado em 2008. Portanto, é bastante possível que desmatamentos feitos após essa data acabem entrando no “pacotão”. Segundo, porque as imagens de satélites hoje utilizadas para monitorar o desmatamento em todo o país não têm a resolução adequada para verificar a restauração de 5 ou 8 metros de mata ciliar, como determina a lei para muitos casos. Para que isso seja possível, será necessário adquirir imagens de alta resolução, muito mais caras do que as atualmente disponíveis.
Com todas essas questões, demorará muitos anos até que sejamos capazes novamente de fazer análises da situação do desmatamento ilegal em determinado município ou bacia hidrográfica, por exemplo. Até há pouco tempo era possível, com imagens de satélite, identificar que pontos de determinado rio devem ser obrigatoriamente restaurados, por terem menos mata ciliar do que a lei mandava. Agora isso só poderá ocorrer quando todos os proprietários lindeiros desse rio tiverem cadastrado seus imóveis e assinado seus termos de compromisso de regularização. Não haverá mais análises no atacado, mas apenas no varejo, pois cada caso será um caso.
Os grandes prejudicados com a nova legislação serão os que vivem nas regiões mais drasticamente desmatadas do país. Sim, porque apesar da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) viver martelando que o país tem mais de 50% de vegetação nativa preservada, ela se concentra sobretudo na Amazônia. Em determinadas bacias hidrográficas de São Paulo, a locomotiva do país, não há nem 5% de floresta em pé. Está faltando lenha, está faltando água. E justamente aí é onde haverá a menor restauração, pois a ocupação agropecuária é antiga e os imóveis, em sua grande maioria, são pequenos ou médios.
Mas mesmo na Amazônia o impacto será grande. Primeiro porque muitas das regras de proteção à floresta que ainda resiste ao avanço das pastagens foram flexibilizadas. Em mais de 90 municípios a reserva legal cairá de 80% para 50%. Todos os imensos igapós e várzeas (mais de 400 mil km2, ou um estado de São Paulo) deixaram de ser considerados Áreas de Preservação permanente e, assim, poderão ser derrubados. Todas as nascentes intermitentes, abundantes nas áreas de transição com o Cerrado, poderão ser desmatadas. Mas não é só isso. A anistia concedida ao desmatamento do Cerrado (49% da área total, concentrada no Sudeste e Centro-Oeste) e da Mata Atlântica (76% da área total) será seguramente um estímulo aos que gostariam de avançar um pouco além do que a nova lei permite. “Se eles puderam, por que eu não poderei?”
E assim abrimos um novo capítulo na história de nossa combalida política florestal. Com um novo marco legal que já nasce remendado, e traz como princípio a submissão da proteção de nossos biomas à “presença do País nos mercados nacional e internacional de alimentos e bioenergia” (art.1o – A, parágrafo único, inciso II), temos que seguir adiante e ver no que vai dar.
Parte dos estragos produzidos pela lei poderá ser amenizada em sua regulamentação. Por exemplo, será necessário evitar que grandes e médios proprietários cadastrem suas propriedades de forma fragmentada para ganhar o direito a uma “anistiazinha adicional”. Outra parte poderia ser resolvida com um conjunto coerente e robusto de incentivos econômicos que, por um lado, premiassem os que historicamente conservaram suas florestas e, por outro, estimulassem os proprietários a restaurar para além do mínimo estabelecido na nova lei. Não há, no entanto, nenhum sinal do Governo Federal de que esteja pensando seriamente em algo assim.
Resta saber qual o papel que será exercido pelos setores representativos do agronegócio. Se vão apostar em aprofundar as flexibilizações na regulamentação e empurrar a implementação da lei com a barriga, pra ver se liquidam a fatura daqui a alguns anos, ou se finalmente, agora que têm uma lei por eles elaborada, vão querer implementá-la. Essa é a incógnita que se desvendará a partir de agora.
Por Raul do Valle, advogado, coordenador de Política e Direito Socioambiental do ISA



Professor Edgar Bom Jardim - PE

Palmeiras, time de segunda, futebol de segunda, diretoria de segunda e o vale tudo da corrupção. Da lama ao caos. Que vergonha !



Diretoria confirma contratação de perito para analisar imagens do gol anulado de Barcos. Confiança aumenta com ‘suspensão’ do jogo

Com Informações do G1 Diego Ribeiro
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Árbitro Chicão (Foto: Divulgação)Verdão contrata especialista em leitura labial para
analisar Francisco Nascimento (Foto: Divulgação)


O Palmeiras não para sua busca por possíveis provas de que o gol de mão de Barcos contra o Internacional, sábado passado, foi anulado com a ajuda de recursos eletrônicos – algo proibido pela Fifa. Na tarde desta quarta-feira, o clube entrou em contato com um especialista em leitura labial para analisar as imagens da derrota alviverde por 2 a 1. O diretor jurídico Piraci Oliveira alega que a presença do profissional pode provar que o árbitro Francisco Carlos Nascimento foi influenciado na hora de invalidar o lance.
– Estamos contratando um perito que vai analisar todas as imagens. Como disse anteriormente, ele fala para o quarto árbitro: “Veja aí, veja aí”, indicando que houve, sim, interferência externa – explicou o dirigente, em rápido contato com a reportagem.
O presidente Arnaldo Tirone também confirmou a medida e falou em justiça para o Palmeiras.
Vamos buscar o que é justo. No caso, a realização de uma nova partida"
Arnaldo Tirone
– Vamos buscar o que é justo. No caso, a realização de uma nova partida. Estamos confiantes de que vai dar certo – disse.
O Palmeiras também vai usar testemunhas para tentar provar que o gol de Barcos não foi anulado pelos árbitros ligados diretamente ao jogo, mas sim por influência do delegado Gerson Baluta, que estava presente no Beira-Rio e até conversou com alguns membros da comissão técnica do Palmeiras.
Na noite de terça-feira, o STJD acatou o pedido de impugnação da partida feito pelo Palmeiras – o julgamento será em novembro. Por isso, a tabela do Campeonato Brasileiro ficou com um asterisco: o Inter, a princípio, ficaria sem os três pontos que conquistou, mas a classificação foi mantida com a ressalva de que o resultado do jogo de sábado está “congelado”, aguardando julgamento.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mais uma vergonha aprovada na Câmara.



Pelo texto, Distrito Federal e municípios poderão reduzir tributo.
Entes deverão comprovar que isenção não prejudica equilíbrio fiscal.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
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A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (31) projeto de lei que autoriza o Distrito Federal e municípios a conceder isenção do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) para serviços executados pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) relacionados à Copa do Mundo de 2014 e à Copa das Confederações, de 2013. Os dois eventos serão sediados no Brasil.
A proposta agora segue para votação no Senado. Com isso, todas as atividades da Fifa, como a realização de eventos de divulgação dos jogos e os serviços contratados para a organização dos dois eventos, poderão ter redução de tributo.
As cidades que optarem pela isenção do ISS deverão demonstrar a relação de custo-benefício da medida. "O Distrito Federal e os municípios concedentes da isenção deverão apresentar demonstrativo da estimativa da relação custo-benefício, os objetivos e metas pretendidas, considerando as repercussões para o equilíbrio fiscal e a receita corrente líquida", diz o texto.
Por sua vez, os beneficiados pela isenção de tributos terão que apresentar "demonstrativo do cumprimento de metas e dos níveis de investimento e empregos propostos e efetivamente alcançado", conforme o texto do projeto.
Além disso, o tipo de serviço contratado com redução do ISS terá que ser divulgado em detalhes pela internet no portal do município.

Compromisso
O relator da proposta na Câmara, deputado Leonardo Picciani (PMDB-RJ), destacou que a isenção de tributos foi um compromisso assumido com a Fifa quando o Brasil se candidatou a sediar a Copa do Mundo.
"O Brasil tinha que cumprir, pois é um acordo que constava no cardeno de compromissos que o Brasil assumiu quando da candidatura", disse. Ele afirmou que a renúncia de receita com a redução do imposto será compensada com os investimentos que o campeonato trará ao país.
"Acho que o país ganha com a realização desse evento. Ganha no turismo, com a divulgação das cidades e do país, ganha nos investimentos de infraestrutura que tem sido feitos. Portanto, acho que o saldo é positivo", avaliou.

Por sua vez, o líder do PSOL, deputado Ivan Valente (SP), criticou a redução de tributos à Fifa e lembrou que trata-se de uma entidade privada. "A Fifa terá lucros monumentais com a Copa. É dar dinheiro público para garantir o lucro de meia dúzia de cartolas que estão sendo investigados por corrupção", disse.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Enem:Mensalão. Corrupção dos partidos e políticos. Isso cai na prova.

A corrupção é a raiz de todos os males. No Brasil, a corrupção se instalou com a chegada dos portugueses em 1500. Permanece até os dias atuais. Esse câncer atinge todas as camadas sociais, todos os segmentos de nossa sociedade e enfraquece nossas instituições e diminui a raça humana.

A corrupção gera miséria, fome, prostituição, destruição das riquezas naturais e todo tipo de violência, desigualdade e injustiça. 

O Brasil é um dos países mais corruptos do mundo. Corrupção na empresa, corrupção na igreja, no hospital, no bolsa família, no banco, na casa lotérica, no sindicato, no comércio, na polícia, na justiça, no ministério público, nos programas da televisão, nas eleições, na merenda escolar,corrupção nos governos, nos partidos políticos, no futebol, corrupção na cidade grande, nas pequenas e médias cidades,etc...

 Toda ditadura é corrupta, nesses regimes a corrupção é muitas vezes maior, no entanto, a sociedade não pode fiscalizar, os meios de comunicação são controlados, não há controle social. A corrupção na política brasileira vem de muito tempo. Não é um fenômeno novo. É preciso tirar os políticos corruptos da cena brasileira.  E você já pensou que também pode cometer um ato de corrupção ?  Quem compra e vende o  voto também é corrupto. Quem fila na prova também comete um tipo de corrupção. Essa é uma corrupção diferente do mensalão e do mensalinho. Leia o texto abaixo, fique por dentro, reflita e faça uma boa prova!


Por Lidiane Duarte

Mensalão. Assim ficou conhecido e popularizado o esquema de compra de votos de parlamentares, deflagrado no primeiro mandato do governo de Luís Inácio Lula da Silva (PT – Partido dos Trabalhadores).

Já havia rumores desta “venda” de votos por parte de deputados, mas nada fora comprovado. Até este esquema ser escancarado pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB – RJ), em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, no início de junho de 2005.
Roberto Jefferson era acusado de envolvimento em processos de licitações fraudulentas, praticadas por funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), ligados ao PTB, partido do qual ele era presidente. Antes que umaCPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) fosse instalada para apurar o caso dos Correios, o deputado decidiu denunciar o caso Mensalão.
Segundo Jefferson, deputados da base aliada do PT recebiam uma “mesada” de R$ 30 mil para votarem segundo as orientações do governo. Estes parlamentares, os “mensaleiros”, seriam do PL (Partido Liberal), PP (Partido Progressista), PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) e do próprio PTB (Partido Trabalhista Brasileiro).
Um núcleo seria responsável pela compra dos votos e também pelo suborno por meio de cargos em empresas públicas.José Dirceu, Ministro da Casa Civil na época, foi apontado como o chefe do esquema. Delúbio Soares, tesoureiro do PT, era quem efetuava o pagamento aos “mensaleiros”. Com o dinheiro em mãos, o grupo também teria saldado dívidas do PT e gastos com as campanhas eleitorais.
Marcos Valério Fernandes de Souza, publicitário e dono das agências que mais detinham contrato de trabalho com órgãos do governo, seria o operador do Mensalão. Valério arrecadava o dinheiro junto a empresas estatais e privadas e em bancos, através de empréstimos que nunca foram pagos. Fernanda Karina Somaggio, ex-secretária do publicitário, foi uma das testemunhas que confirmou o esquema, apelidado de “valerioduto”.
Outras figuras de destaque no governo e no PT também foram apontadas como participantes do mensalão, tais como:José Genoino (presidente do PT), Sílvio Pereira (Secretário do PT), João Paulo Cunha (Presidente da Câmara dos Deputados), Ministro das Comunicações, Luiz Gushiken, Ministro dos Transportes, Anderson Adauto, e até mesmo o Ministro da Fazenda, Antonio Palocci.
Todos os acusados foram afastados do cargo que ocupavam. Embora não houvesse provas concretas do esquema de corrupção, os envolvidos não conseguiram se defender de forma contundente durante os interrogatórios à CPI dos Correios, instaurada para investigar o caso.
Lula negou que soubesse do Mensalão. O próprio Roberto Jefferson o poupou das acusações. Enquanto seus homens fortes caiam, Lula conseguiu se manter no cargo e ainda se reeleger, em 2006.
Em agosto de 2007, mais de dois anos após ser denunciado o esquema, o STF (Supremo Tribunal Federal) acatou a denúncia da Procuradoria Geral da República e abriu processo contra quarenta envolvidos no escândalo do Mensalão. Entre os réus, estão: José Dirceu, Luiz Gushiken, Anderson Adauto, João Paulo Cunha, Marcos Valério, Roberto Jefferson, os quais responderão por crime de corrupção passiva e ativaformação de quadrilha, lavagem de dinheiro, entre outros.

infoescola
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Dica para prova do Enem:Lei da ficha Limpa . Estude !



O QUE É FICHA LIMPA
A Campanha Ficha Limpa foi lançada em abril de 2008, pela sociedade civil brasileira com o objetivo de melhorar o perfil dos candidatos e candidatas a cargos eletivos do país. Para isso, foi elaborado um Projeto de Lei de Iniciativa Popular sobre a vida pregressa dos candidatos com o objetivo de tornar mais rígidos os critérios de quem não pode se candidatar - critérios de inelegibilidades. Assim, o objetivo do Projeto de Lei de iniciativa popular era alterar a Lei Complementar nº 64, de 18 de maio de 1990, já existente, chamada Lei das Inelegibilidades. 


A iniciativa popular é um instrumento previsto em nossa Constituição que permite que um projeto de lei seja apresentado ao Congresso Nacional desde que, entre outras condições, apresente as assinaturas de 1% de todos os eleitores do Brasil. 



O projeto Ficha Limpa circulou por todo o país, e foram coletadas mais de 1,3 milhões de assinaturas em seu favor – o que corresponde a 1% dos eleitores brasileiros. No dia 29 de setembro de 2009 o Projeto de Lei foi entregue ao Congresso Nacional junto às assinaturas coletadas. 



A ABRACCI, o MCCE e cidadãos de todo o país acompanharam a votação do projeto de lei na Câmara dos Deputados e no Senado, que foi sancionado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 4 de junho de 2010, Lei Complementar nº. 135/2010, que prevê a lei da Ficha Limpa. 



Quase dois anos depois de entrar em vigor, a Lei da Ficha Limpa foi declarada constitucional pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 16 de fevereiro de 2012. Por sete votos a quatro, o plenário determinou que o texto integral da norma deve valer a partir das eleições de outubro de 2012. 



A Lei da Ficha Limpa é uma conquista histórica da sociedade brasileira e está definitivamente incorporada ao nosso sistema eleitoral! Sua aprovação só foi possível com muita mobilização e pressão popular. É, portanto, uma vitória de todos! 



Nós sabemos que é só o início de uma revolução pacífica, cidadã e profundamente comprometida com os direitos humanos e a nossa Constituição. Ainda há muito para ser feito, inclusive sobre a Lei Ficha Limpa, e esse portal tem como objetivo informar a população e fortalecer a luta por um Brasil mais limpo, ético e transparente. 

Abracci
Professor Edgar Bom Jardim - PE