domingo, 13 de maio de 2012

SANTA CRUZ, 26 VEZES CAMPEÃO PERNAMBUCANO

Torcida tricolor de Bom Jardim  festeja bicampeonato  soltando fogos e fazendo carreata na cidade.  Parabéns, Comemorem na Paz !






Precisou o árbitro Sandro Meira Ricci apitar o final da partida para o grito ser ecoado pela torcida tricolor, na Ilha do Retiro. Até o último minuto do duelo nada estava definido. Mas, as forças do Sport não foram suficientes para tirar o bicampeonato dos comandados de Zé Teodoro. Com gols de Branquinho, Dênis Marques e Luciano Henrique, o tabu de 25 anos foi quebrado e o Estadual acabou Tricolor. Moacir e Edcarlos descontaram para os donos da casa.
Na volta do intervalo, o técnico Mazola Júnior trouxe outra modificação. Após a saída no primeiro tempo de Bruno Aguiar para a entrada de Montoya, o treinador resolveu apostar em Marquinhos Gabriel na vaga de Jheimy. E assim como na etapa inicial, o primeiro a chegar com perigo foi o Leão.
O primeiro lance teve como personagem o lateral Moacir. Em boa trama organizada pelo setor ofensivo rubro-negro, Jael ajeitou a bola para o camisa 2 encher o pé, e acertar o travessão de Tiago Cardoso. Na sequência, o meia Marcelinho Paraíba deixou o recém chegado Marquinhos Gabriel na cara do gol. Mas, o mesmo capricho não foi visto, e o jogador perdeu o gol.
Com o bom momento do Sport no jogo, o técnico Zé Teodoro resolveu organizar sua equipe. De uma só vez, o comandante Coral tirou Natan e Branquinho para as entradas de Luciano Henrique e Sandro Manoel, respectivamente. Assim, a equipe passou do ofensivo 4-3-3 para um seguro 4-3-1-2.
Pelo lado rubro-negro, o técnico Mazola Júnior só pode colocar a equipe para o ataque. O comandante abriu mão de um dos três zagueiros, tirou Montoya e mandou Ruan, para o jogo. Apesar da dança de cadeiras na equipe, o jogo não teve a mesma emoção vista no primeiro tempo. Na vantagem, o Santa Cruz utilizou a tática de segurar o jogo, e partir em contra-ataques.
Em um desses a lances, o Santa Cruz ampliou a vantagem. O meia Luciano Henrique pegou a zaga rubro-negra desguarnecida, entrou cara a cara com Magrão e utilizou toda sua categoria. O jogador passou pelo arqueiro rubro-negro e estufou as redes, para alegria da torcida Coral.
O fatura parecia liquidada, mas o Sport tratou de colocar mais fogo no jogo. Após um forte chute de Aílson de fora da área, o goleiro Tiago Cardozo deu rebote e o zagueiro Edcarlos diminuiu o placar. Após o gol, aconteceu tudo na Ilha do Retiro. Torcedores das duas equipes invadiram o gramado, o técnico Mazola Júnior e o atacante Carlinhos Bala, mesmo no banco de reservas, foram expulsos… Temperos que acabaram tornando feio um emocionante confronto. Mas, nada estragou a festa tricolor. Bicampeão dentro da Ilha do Retiro.
FICHA DE JOGO
SPORT 2
Magrão; Bruno Aguiar (Montoya) (Ruan), Aílson e Edcarlos; Moacir, Hamilton, Diogo Oliveira, Marcelinho Paraíba e Rivaldo; Jael e Jheimy (Marquinhos Gabriel). Técnico: Mazola Júnior
SANTA CRUZ 3
Thiago Cardoso; Memo, Vágner, William e Renatinho; Anderson Pedra (Leandro Souza), Chicão e Natan (Luciano Henrique); Branquinho (Sandro Manoel), Dênis Marques e Flávio Caça-rato. Técnico: Zé Teodoro
LOCAL: Ilha do Retiro
ÁRBITRO: Sandro Meira Ricci
ASSISTENTES: Pedro Wanderley e Clóvis Amaral
GOLS: Branquinho (aos 12 do 1ºT), Moacir (aos 13 do 1ºT), Dênis Marques (aos 39 do 1ºT), Luciano Henrique (aos 29 do 2ºT)
CARTÕES AMARELOS: Marcelinho Paraíba, Montoya, Thiaguinho (Sport) Memo, Chicão, Natan, Leando Souza (Santa Cruz)
PÚBLICO: 31 998
RENDA: R$ 556.635,00
Publicado em 13/05/2012.
Professor Edgar Bom Jardim - PE/ folhape.com

Luciano Henrique faz 3 x 1 para o Santa. Edcarlos faz o Segundo gol do Sport

Santa Rumo ao título de 2012.  Mazola e Carlinhos bala foram expulsos... Placar Santa 3 x 2 Sport. Faltam 5 minutos para o jogo acabar. Quem será o campeão ?

Luciano Henrique

Edcarlos 

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Moacir empata o clássico um minuto depois do gol de branquinho para o Santa Cruz

Placar na Ilha do Retiro:Sport 1x 2 Santa




Decisão quente, movimentada e muita garra dos dois times. Denis Marques faz o segundo gol tricolor aos 39 minutos . Quem será o campeão de Pernambuco ?  Santa na vantagem  !

Moacir

Branquinho

Palco da decisão


Denis Marques faz 2 x 1 


Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mortes no México


Crime ocorreu na região metropolitana da cidade de Monterrey.
Estado dos cadáveres dificulta contagem, segundo a promotoria.

Do G1, com agências internacionais
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Pelo menos 49 corpos mutilados foram encontrados neste domingo (13) em uma rodovia no norte do México, na região metropolitana de Monterrey, terceira maior cidade do país, segundo as autoridades.
Trata-se de 43 homens e 6 mulheres, segundo a Promotoria do estado de Nuevo León.
Inicialmente, foi anunciado que erma 37 corpos. O estado dos cadáveres dificulta a contagem, segundo a promotoria.
O crime ocorreu na cidade de Cadereyta, na estrada que leva a Reynosa.
Os corpos foram achados mutilados e em sacolas de plástico preto.
Policiais isolam o local em que os corpos foram encontrados neste domingo (13) em Cadereyta, no estado mexicao de Nueva León (Foto: Reuters)Policiais isolam o local em que os corpos foram encontrados neste domingo (13) em Cadereyta, no estado mexicao de Nuevo León (Foto: Reuters)
Foi encontrada no local uma mensagem do tráfico de drogas, mas seu conteúdo não foi revelado pelo funcionário.
O México enfrenta uma onda de crime violentos atribuídos aos cartéis de droga e ao crime organizado.
Professor Edgar Bom Jardim - PE/G1

A Escravidão não acabou !


13 de maio

Data comemora a assinatura da Lei Áurea

Carla Caruso*
Especial para a Página 3 Pedagogia & Comunicação
Reprodução
Fac-símile do documento assinado pela princesa Isabel
No dia 13 de maio comemora-se a Abolição da Escravatura no Brasil. A palavra "abolir" significa acabar, eliminar, extinguir. A escravidão foi oficialmente extinta nesse dia por meio da Lei Áurea. "Áurea", por sua vez, quer dizer "de ouro" e - por aí - você pode imaginar o valor que se deu a essa lei, com toda a razão. Afinal, o trabalho escravo é uma prática desumana.

Assinado pela princesa Isabel, em 1888, o texto da Lei Áurea é curto e bastante objetivo, como você pode ver a seguir:

"A Princesa Imperial Regente, em Nome de Sua Majestade, o Imperador, o senhor dom Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembléia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte:

Art. 1º - É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil.
Art. 2º - Revogam-se as disposições em contrário."

Quando essa lei passou a vigorar, a escravidão já existia no Brasil há cerca de três séculos. No mundo, o trabalho escravo era empregado desde a Antigüidade. Naquela época, na Europa e na Ásia, basicamente, os escravos eram prisioneiros de guerra ou ainda pessoas que contraíam dívidas muito grandes, sem ter como pagá-las.

As grandes navegações e a escravidão negra
Na Europa, durante a Idade Média, o trabalho escravo praticamente desapareceu. Contudo, na Idade Moderna (séculos 15 a 19), com as grandes navegações e o descobrimento do continente americano, a escravidão voltou a ser largamente utilizada. Era a maneira mais simples e barata que os europeus encontraram de conseguir mão de obra para a agricultura nas terras que colonizaram.

Ao chegarem ao Brasil, no séc. 16, os portugueses primeiramente tentaram escravizar os indígenas, forçando-os a trabalhar em suas lavouras. Os índios, porém, resistiram, seja lutando, seja fugindo para regiões remotas do interior, na selva, onde os brancos não conseguiam capturá-los.

Para Portugal, a solução encontrada foi trazer ao Brasil escravos negros de suas colônias na África. Subjugados à força e trazidos para um país estranho, a imensa maioria dos negros não tinha como resistir à escravidão, embora muitos tenham se refugiado em quilombos e enfrentado os brancos. Foi o caso de Palmares, em Alagoas, que durou cerca de 70 anos.

A Lei do Ventre Livre
Entretanto, no início do século 19, nos países industrializados da Europa, desenvolveu-se uma consciência do caráter cruel e desumano que existia por trás da escravidão. Em 1833, a Inglaterra, que era a maior potência da época, acabou coma escravidão em todas as suas colônias e passou a pressionar outros países a fazerem o mesmo. Sob pressão inglesa, em 1850, foi aprovada no Brasil a lei Eusébio de Queirós, que proibia o tráfico de escravos africanos.

Outros fatos ocorreram no panorama mundial nas décadas seguinte: a libertação dos escravos nas colônias de Portugal e da França e também nos Estados Unidos. Eram acontecimentos que pressionavam a Monarquia brasileira a adotar a mesma atitude. No entanto, os proprietários de escravos resistiam a abrir mão do que consideravam seus "bens" ou "propriedades".

Após a vitória do Brasil na Guerra do Paraguai (1865-1870), na qual muitos escravos lutaram, os problemas aumentaram, já que muitos ex-combatentes negros não aceitavam mais voltar para sua antiga condição de escravos.

Numa tentativa de resolver a questão, com um jeitinho bem brasileiro, o governo imperial sancionou a Lei do Ventre Livre, em 1871, que tornaria livres, a partir daquela data, todos os filhos de escravos. De acordo com ela, a escravidão acabaria no Brasil em no mínimo 50 anos... É óbvio que os escravos não poderiam esperar todo esse tempo.

A campanha abolicionista
Ao longo das décadas de 1870 e 1880, a população brasileira livre - particularmente a dos centros urbanos - começaram a se solidarizar com os escravos e a compreender a necessidade da abolição.Vários políticos e intelectuais passaram a defendê-la. Entre eles encontravam-se nomes de destaque na época, como Joaquim Nabuco, José do Patrocínio, André Rebouças e Luís Gama. Também surgiram muitos jornais e revistas que defendiam o abolicionismo.

Além disso, formaram-se os chamados clubes abolicionistas que arrecadavam fundos para compra de cartas de alforrias - certificados de libertação que podiam ser adquiridos pelos escravos. Em 1885, o Ceará decretou o fim da escravidão em seu território. Fugas em massa começaram a ocorrer no resto do país. Em 1887, o Exército solicitou ser dispensado da tarefa de caçar escravos fugidos.

Ainda existe escravidão
Em São Paulo, Antônio Bento de Souza e Castro fundou um grupo abolicionista radical, os Caifazes, que organizava rebeliões e fugas em massa. A campanha abolicionista tornou-se um dos maiores movimentos cívicos da história do Brasil e já se unificava com os movimentos republicanos. Então, a situação tornou-se insustentável e o governo, sob a regência da princesa Isabel decidiu agir.

A abolição, contudo, não representou o fim da exploração do negro no Brasil, nem a sua integração - em pé de igualdade - na sociedade brasileira, que ainda tem uma enorme dívida para com os descendentes dos escravos.

Mas o que é pior: apesar das leis e da consciência da maior parte da população mundial, ainda hoje, encontram-se pessoas em várias partes do Brasil e do mundo que trabalham sem receber pagamento, em situação semelhante à da escravidão. De qualquer forma, hoje isso é considerado um crime e quem o pratica, se for pego, recebe a punição que merece.
*Carla Caruso é escritora e pesquisadora, autora do livro "Zumbi, o último herói dos Palmares" (Editora Callis).


Conteúdo Curricular -  HISTÓRIA :Escravidão no Brasil/Cidadania e Liberdade/Sociedade e Estrutura Colonial; SOCIOLOGIA:Problemas Sociais / Modo de Produção/ Isolamento Social/ Direitos Humanos.
Professor Edgar Bom Jardim - PE/ Uol Educação

Trabalho Escravo no Brasil atual. Vergonha nacional


O que é trabalho escravo

Escravidão contemporânea é o trabalho degradante que envolve cerceamento da liberdade.
 
A assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio de 1888, representou o fim do direito de propriedade de uma pessoa sobre a outra, acabando com a possibilidade de possuir legalmente um escravo no Brasil. No entanto, persistiram situações que mantêm o trabalhador sem possibilidade de se desligar de seus patrões. Há fazendeiros que, para realizar derrubadas de matas nativas para formação de pastos, produzir carvão para a indústria siderúrgica, preparar o solo para plantio de sementes, entre outras atividades agropecuárias, contratam mão-de-obra utilizando os contratadores de empreitada, os chamados "gatos". Eles aliciam os trabalhadores, servindo de fachada para que os fazendeiros não sejam responsabilizados pelo crime.


Esses gatos recrutam pessoas em regiões distantes do local da prestação de serviços ou em pensões localizadas nas cidades próximas. Na primeira abordagem, mostram-se agradáveis, portadores de boas oportunidades de trabalho. Oferecem serviço em fazendas, com garantia de salário, de alojamento e comida. Para seduzir o trabalhador, oferecem "adiantamentos" para a família e garantia de transporte gratuito até o local do trabalho.

O transporte é realizado por ônibus em péssimas condições de conservação ou por caminhões improvisados sem qualquer segurança. Ao chegarem ao local do serviço, são surpreendidos com situações completamente diferentes das prometidas. Para começar, o gato lhes informa que já estão devendo. O adiantamento, o transporte e as despesas com alimentação na viagem já foram anotados em um "caderno" de dívidas que ficará de posse do gato. Além disso, o trabalhador percebe que o custo de todos os instrumentos que precisar para o trabalho - foices, facões, motosserras, entre outros - também será anotado no caderno de dívidas, bem como botas, luvas, chapéus e roupas. Finalmente, despesas com os improvisados alojamentos e com a precária alimentação serão anotados, tudo a preço muito acima dos praticados no comércio.

Convém lembrar que as fazendas estão distantes dos locais de comércio mais próximos (o trabalhador é levado para longe de seu local de origem e, portanto, da rede social na qual está incluído. Dessa forma, fica em um estado de permanente fragilidade, sendo dominado com maior facilidade), sendo impossível ao trabalhador não se submeter totalmente a esse sistema de "barracão", imposto pelo gato a mando do fazendeiro ou diretamente pelo fazendeiro.

Se o trabalhador pensar em ir embora, será impedido sob a alegação de que está endividado e de que não poderá sair enquanto não pagar o que deve. Muitas vezes, aqueles que reclamam das condições ou tentam fugir são vítimas de surras. No limite, podem perder a vida.

Condições de trabalho
Produtores rurais das regiões com incidência de trabalho escravo afirmam, com freqüência, que esse tipo de relação de serviço faz parte da cultura ou tradição. Contudo, mesmo que a prática fosse comum em determinada região - o que não é verdade, pois é utilizada por uma minoria dos produtores rurais -, jamais poderia ser tolerada.

A Convenção nº 29 da OIT de 1930, define sob o caráter de lei internacional o trabalho forçado como "todo trabalho ou serviço exigido de uma pessoa sob a ameaça de sanção e para o qual não se tenha oferecido espontaneamente." A mesma Convenção nº 29 proíbe o trabalho forçado em geral incluindo, mas não se limitando , à escravidão. A escravidão é uma forma de trabalho forçado. Constitui-se no absoluto controle de uma pessoa sobre a outra, ou de um grupo de pessoas sobre outro grupo social.
Trabalho escravo se configura pelo trabalho degradante aliado ao cerceamento da liberdade. Este segundo fator nem sempre é visível, uma vez que não mais se utilizam correntes para prender o homem à terra, mas sim ameaças físicas, terror psicológico ou mesmo as grandes distâncias que separam a propriedade da cidade mais próxima.


Alojamento
O tipo de alojamento depende do serviço para o qual o trabalhador foi aliciado. As piores condições são, normalmente, as relacionadas com a derrubada de floresta nativa devido à inacessibilidade do local e às grandes distâncias dos centros urbanos. Como não há estrutura nenhuma e o proprietário não disponibiliza alojamentos, muito menos transporte para que o trabalhador durma próximo da sede da fazenda, a saída é montar barracas de lona ou de folhas de palmeiras no meio da mata que será derrubada. Os trabalhadores rurais ficam expostos ao sol e à chuva.

Pedro, de 13 anos de idade, perdeu a conta das vezes em que passou frio, ensopado pelas trovoadas amazônicas, debaixo da tenda de lona amarela que servia como casa durante os dias de semana. Nem bem amanhecia, ele engolia café preto engrossado com farinha de mandioca, abraçava a motosserra de 14 quilos e começava a transformar a floresta amazônica em cerca para o gado do patrão. Foi libertado em uma ação do grupo móvel no dia 1o de maio de 2003 em uma fazenda, a oeste do município de Marabá, Sudeste do Pará.
De acordo com fiscais do Ministério do Trabalho e Emprego, uma das fazendas vistoriadas contava com excelentes alojamentos de alvenaria munidos de eletrodomésticos para serem mostrados aos fiscais. "Mas os escravos estavam em barracos plásticos, bebendo água envenenada e foram mantidos escondidos em buracos atrás de arbustos até que nós saíssemos. Como passamos três dias sem sair da fazenda, os 119 homens começaram a ‘brotar' do chão e nos procuraram desesperados, dizendo que não eram bichos".
Outro caso flagrado pelo Grupo Móvel: a equipe de fiscalização já libertou peões que ficavam alojados no curral, dormindo com o gado à noite, em uma propriedade, em Buriticupu (MA), no dia 08 de abril de 2001, segundo os relatórios do Ministério do Trabalho e Emprego.


Saúde
Na fronteira agrícola, é comum que doenças tropicais como malária e febre amarela sejam endêmicas, além de exibir alta incidência de algumas moléstias que estão em fase de desaparecimento em outras regiões, como a tuberculose. Quando ficam doentes, os trabalhadores escravizados, na maioria das vezes, são deixados à própria sorte pelos "gatos" e os donos das fazendas. Os que conseguem andar caminham quilômetros até chegar a um posto de saúde, enquanto os casos mais graves podem permanecer meses em estado de enfermidade até que melhorem, apareça alguém que possa levá-los para a cidade ou, na pior das hipóteses, venham a falecer.
Devido aos altos índices de desemprego na região, há um grande contingente de pessoas em busca de um serviço que possa prover o seu sustento e o de sua família. Essa grande quantidade de mão-de-obra ociosa é um exército de reposição. Uma pessoa doente torna-se um estorvo, apenas uma boca a ser alimentada, pois fica alienada da única coisa que interessa ao dono da terra, que é sua força de trabalho. Por isso, não são raros os relatos de pessoas que foram simplesmente mandadas embora após sofrerem um acidente durante o serviço.
Luís deixou sua casa em uma favela na periferia da capital Teresina e foi se aventurar no Sul do Pará para tentar impedir a fome de sua esposa e de seu filho de quatro meses. Logo chegando, trabalhou em uma serraria, que transformava a floresta em tábuas, onde perdeu um dedo da mão quando a lâmina giratória desceu sem aviso. "Me deram duas caixas de comprimido: uma para desinflamar e outra para tirar a dor, e me mandaram embora", conta. Segundo Luís, os patrões não queriam ter dor de cabeça com um empregado ferido. Ele foi libertado de uma fazenda no Sul do Pará, em fevereiro de 2004, durante uma ação de um grupo móvel de fiscalização.

A pecuária é uma das principais atividades que utilizam trabalho escravo, para tarefas como derrubada de mata para abertura ou ampliação da pastagem e o chamado "roço da juquira" - que é retirada de arbustos, ervas daninhas e outras plantas indesejáveis. Para este último, além da poda manual, utiliza-se a aplicação de veneno. Contudo, não são fornecidos aos aplicadores equipamentos de segurança recomendados pela legislação, como máscaras, óculos, luvas e roupas especiais. A pele dos trabalhadores, ao fim de algumas semanas, está carcomida pelo produto químico, com cicatrizes que não curam, além de tonturas, enjôos e outros sintomas de intoxicação.

Carlos, 62 anos, foi encontrado doente na rede de um dos alojamentos de uma fazenda de gado, em Eldorado dos Carajás, e internado às pressas. Tremia havia três dias, não de malária ou de dengue, mas de desnutrição. No hospital, contou que estava sem receber fazia três meses, mesmo já tendo finalizado o trabalho quase um mês antes. O gato teria dito que descontaria de seu pagamento as refeições feitas durante esse tempo parado. Foi libertado por um Grupo Móvel de Fiscalização em dezembro de 2001.

Saneamento
Não há poços artesianos para garantir água potável com qualidade, muito menos sanitários para os trabalhadores. O córrego de onde se retira a água para cozinhar e beber muitas vezes é o mesmo em que se toma banho, lava-se a roupa, as panelas e os equipamentos utilizados no serviço. Vale lembrar que as chuvas carregam o veneno aplicado no pasto para esses mesmos córregos.


Alimentação
Os próprios peões usam o termo "cativo" para designar o contrato em que um trabalhador tem descontado o valor da comida de sua remuneração. O dever de honrar essa dívida de natureza fraudulenta com o "gato" ou o dono da fazenda é uma das maneiras de se escravizar uma pessoa no Brasil. Ao passo que o contrato em que o trabalhador recebe a comida sem desconto na remuneração é chamado de "livre".
A comida resume-se a feijão e arroz. A "mistura" (carne) raramente é fornecida pelos patrões. Em uma fazenda em Goianésia, Pará, as pessoas libertadas em novembro de 2003 eram obrigadas a caçar tatu, paca ou macaco se quisessem carne. Enquanto isso, mais de 3 mil cabeças de gado pastavam na fazenda, que se espreguiça por cerca de 7,5 mil hectares de terra. "Tem vez que a gente passa mais de mês sem carne", lembra Gonçalves, um peão que prestava serviço na fazenda.
Em muitas fazendas, a única ocasião em que se come carne é quando morre um boi. Na fazenda em que Luís foi libertado, em fevereiro de 2004, a única "mistura" que estava à disposição dos libertados era carne estragada, repleta de vermes.


Maus tratos e violência
Não é o objetivo deste texto analisar as histórias de humilhação e sofrimento dos libertados. Mas vale ressaltar que há em todas elas uma presença constante de humilhação pública e de ameaças, levando o trabalhador a manter-se em um estado de medo constante.
Muitas vezes, quando peões reclamam das condições ou querem deixar a fazenda, capatazes armados os fazem mudar de idéia. "A água parecia suco de abacaxi, de tão suja, grossa e cheia de bichos." Mateus, natural do Piauí, e seus companheiros usavam essa água para beber, lavar roupa e tomar banho. Foi contratado por um gato para fazer "roça de mata virgem" - limpar o caminho para que as motosserras pudessem derrubar a floresta e assim dar lugar ao gado - em uma fazenda na região de Marabá, Sudeste do Pará. Contou ao Grupo Móvel de Fiscalização que, no dia do acerto, não houve pagamento. Ele reclamou da água na frente dos demais e por causa disso foi agredido com uma faca. "Se não tivesse me defendido com a mão, o golpe tinha pegado no pescoço", conta, mostrando um corte no dedo que lhe tirou a sensibilidade e o movimento. "Todo mundo viu, mas não pôde fazer nada. Macaco sem rabo não pula de um galho para outro." Mateus foi instruído pelo gerente da fazenda a não dar queixa na Justiça.

"Sempre que vejo um trabalhador cego ou mutilado pergunto quanto o patrão lhe pagou pelo dano e eles têm me respondido assim: ‘um olho perdido - R$ 60,00. Uma mão perdida - R$ 100,00'. E assim por diante. Estranho é que o corpo com partes perdidas tem preço, mas se a perda for total não vale nada", afirma um integrante da equipe de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego.


Conteúdo Curricular -  HISTÓRIA :Escravidão Contemporânea/Cidadania e Liberdade; SOCIOLOGIA:Problemas Sociais / Modo de Produção/ Isolamento Social/ Direitos Humanos.
Professor Edgar Bom Jardim - PE / Repórter Brasil

Decisão na Ilha do Retiro:Sport X Santa Quem faz a festa em 2012 ?





Disputar um título no dia 13 de maio criou uma expectativa maior para o Clássico das Multidões deste domingo. Se no Sport o desejo é conquistar a 40ª taça de campeão pernambucano justamente na data em que completa 107 anos de existência, no Santa Cruz foi evidenciado em cada entrevista que antecedeu a decisão do Estadual a vontade de estragar a festa rubro-negra, em plena Ilha do Retiro, e levar a comemoração do bicampeonato para o Arruda, tornando-se, assim, campeão duas vezes seguidas em cima do Leão.

Para o elenco do Sport, é preciso evitar que a ansiedade cresça e mude o comportamento dos atletas durante a decisão do título. A festa e a comemoração devem ficar apenas entre os torcedores, que comparecerão à Ilha do Retiro para torcer pelo Leão. “Essa ansiedade pela comemoração do aniversário tem que ter um limite dentro do grupo. Depois do jogo, nós vamos festejar, se Deus quiser. Espero que o torcedor se lembre de tudo que se passou durante o campeonato e nos ajude a conquistar esse título”, comentou Jael.

O elenco rubro-negro admitiu que, a comemoração do aniversário do clube ser justamente no dia da final, aumenta a pressão no grupo. Até mesmo a superioridade do Sport em clássicos em 2012 pode não valer nada. Diante dos principais rivais, os comandados do técnico Mazola Júnior, venceram quatro partidas e empataram outras duas. “Tudo isso aumenta a pressão. O fato de ser um clássico, de jogar em casa, de ser o 40º título estadual do clube. É por isso que é preciso entrar em campo concentrado, pois a pressão será muito grande”, comentou Edcarlos.

No último ato do Estadual, o técnico Mazola Júnior não contará com o zagueiro Tobi, que está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e será substituído. A tendência é que o esquema com três defensores seja mantido na final, inclusive, com Rivaldo mais uma vez sendo improvisado na lateral esquerda. No meio, Diogo Oliveira deve ser mantido na vaga de Marquinhos Paraná. Sem muita opção, o treinador leonino deve manter a dupla de ataque com Jael e Jheimy.

Pelo lado tricolor, a cautela na hora das entrevistas afastou qualquer possibilidade de provocação sobre o aniversário do rival. A ideia no Arruda é, inclusive, esquecer qualquer tipo de relação entre o jogo e a data comemorativa. “Não vamos ganhar nada pensando nisso. Pode até servir como motivação para eles, mas, da nossa parte, é indiferente. Temos que entrar concentrados na busca pelo resultado. A necessidade de vencer a partida, assim como a qualidade dos profissionais que trabalham no Sport, já traz dificuldade suficiente. Vamos ter que superar isso”, destacou o volante Memo, um dos remanescentes da final de 2011.

Com uma serenidade inabalável, o arqueiro Tiago Cardoso acredita que tudo vai acontecer naturalmente no jogo decisivo. “Não adianta querer antecipar as coisas, ficar enchendo a cabeça com isso. A semana de trabalho foi boa, pensamos em um treinamento de cada vez. Agora, é o momento de colocar tudo em prática. Não existe mistério. Por isso temos que ter a tranquilidade, pois quem realizar o melhor trabalho durante o jogo, vai merecer o título”, declarou o goleiro, que, sendo capitão pela primeira vez, pode ter a honra de erguer o troféu. “Estou muito concentrado e sei que a conquista será de todo o grupo. Mas se tiver a oportunidade de levantar a taça, ótimo”.

Sport: Magrão; Bruno Aguiar, Edcarlos e Aílson; Moacir, Hamilton, Diogo Oliveira, Marcelinho Paraíba e Rivaldo; Jheimy e Jael. Técnico: Mazola Júnior

Santa Cruz : Tiago Cardoso; Diogo, William Alves, Vágner e Renatinho; Memo, Anderson Pedra; Natan e Luciano Henrique; Dênis Marques e Flávio Caça-rato. Técnico: Zé Teodoro

Local: Estádio da Ilha do Retiro (Recife)
Horário: 16h
Árbitro: Sandro Meira Ricci (Fifa/PE)
Assistentes: Pedro Wanderley e Clóvis Amaral
Ingressos: R$ 25 (sócio e meia-entrada), R$ 50 (arquibancada e assento especial sócio), R$ 60 (cadeira sócio, cadeira da amplicação e assento especial não-sócio) e R$ 80 (cadeira não-sócio) 


Professor Edgar Bom Jardim - PE/folhape.com

Ponte de garrafas plásticas



Estrutura é montada no Açude Velho, em Campina, neste fim de semana.
Objetivo é conscientizar moradores para riscos da poluição do ambiente.

Do G1 PB
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Ponte de garrafas pet é montada no Açude Velho, em Campina Grande (PB) (Foto: Denise)Expectativa é de que travessia seja aberta à população no domingo (13) (Foto: Denise Delmiro/TV Paraíba)
Um artista plástico monta neste fim de semana, em Campina Grande, uma ponte de 150 metros de comprimento, composta por oito mil garrafas plásticas e outros materiais reciclados retirados do lixo. A estrutura começou a ser instalada na sexta-feira (11) no principal cartão postal da cidade, o Açude Velho, construído há mais de 180 anos. A previsão é de que o trabalho seja concluído no domingo (13) para que os moradores e visitantes da cidade possam participar da aventura.
Ponte de 150 metros de comprimento está em fase de finalização (Foto: Flávio Roberto/TV Paraíba)Ponte de 150 metros de comprimento está em fase de
finalização (Foto: Flávio Roberto/TV Paraíba)
As travessias serão acompanhadas por uma equipe do Corpo de Bombeiros, que ficará até o dia 20 de maio na passarela dando apoio com coletes salva-vidas e monitorando as visitas. A passarela liga duas margens do Açude Velho, do Centro Universitário de Cultura e Arte (Cuca) à Casa da Cidadania, na Avenida Doutor Severino Cruz.
A iniciativa tem apoio de voluntários e é coordenada pelo artista plástico Jarrier Alves, que nasceu em Brasília, mas mora na capital paraibana, João Pessoa. Segundo ele, o projeto é uma intervenção artística de cunho ecológico.
O objetivo é chamar atenção da população e das autoridades para o problema da poluição do meio ambiente e a necessidade de revitalização do Açude Velho.
Segundo o artista, a instalação da ponte teve a consultoria do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e apoio da prefeitura de Campina Grande. Para ser viabilizado, o projeto foi financiado no valor de R$ 40 mil pelo Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos (FIC), um programa do governo estadual.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 12 de maio de 2012

Mãe é Mãe ...



Vamos esclarecer alguns pontos sobre mães,ok? Desconstruir alguns mitos.
Não, não precisa se preocupar. Não é nada ofensivo, eu também sou mãe...e avó!
Vamos lá:

MÃE É MÃE: mentira !!!
Mãe foi mãe, mas já faz um tempão!
Agora mãe é um monte de coisas: é atleta, atriz, é superstar.
Mãe agora é pediatra, psicóloga, motorista. Também é cozinheira e lavadeira.
Pode ser política, até ditadora, não tem outro jeito.
Mãe às vezes também é pai.
Sustenta a casa, toma conta de tudo, está jogando um bolão.
Mãe pode ser irmã: empresta roupa, vai a shows de rock pra desespero de algumas filhas, entra na briga por um namorado.
Mãe é avó (oba, esse é o meu departamento!): moderníssima, antenadíssima, não fica mais em cadeira de balanço, se quiser também namora, trabalha, adora dançar.
Mãe pode ser destaque de escola de samba, guarda de trânsito, campeã de aeróbica, mergulhadora.
Só não é santa, a não ser que você acredite em milagres.
Mãe já foi mãe, agora é mãe também.

MÃE É UMA SÓ: mentira !!!
Sabe por quê?
Claro que sabe!
Toda criança tem uma avó que participa, dá colo, está lá quando é preciso.
De certa forma, tem duas mães.
Tem aquela moça, a babá, que mima, brinca, cuida.
Uma mãe de reserva, que fica no banco, mas tem seus dias de titular.
E outras mulheres que prestam uma ajuda valiosa.
Uma médica que salva uma vida, uma fisioterapeuta que corrige uma deficiência, uma advogada que liberta um inocente, todas são um pouco mães.
Até a maga do feminismo, Camille Paglia, que só conheceu instinto maternal por fotografia, admitiu uma vez que lecionar não deixa de ser uma forma de exercer a maternidade.
O certo então, seria dizer: mãe, todos têm pelo menos uma.

SER MÃE é PADECER NO PARAÍSO: mentira!
Que paraíso, cara-pálida?
Paraíso é o Taiti, paraíso é a Grécia, é Bora-Bora, onde crianças não entram.
Cara, estamos falando da vida real, que é ótima muitas vezes, e aborrecida outras tantas, vamos combinar.
Quanto a padecer, é bobagem.
Tem coisas muito piores do que acordar de madrugada no inverno pra amamentar o bebê, trocar a fralda e fazer arrotar.
Por exemplo?
Ficar de madrugada esperando o filho ou filha adolescente voltar da festa na casa de um amigo que você nunca ouviu falar, num sítio que você não tem a mínima idéia de onde fica.
Aí a barra é pesada, pode crer...

MATERNIDADE é A MISSÃO DE TODA MULHER: mentira !!!
Maternidade não é serviço militar obrigatório!
Deus nos deu um útero mas o diabo nos deu poder de escolha.
Como já disse o Vinicius: filhos, melhor não tê-los, mas se não tê-los, como sabê-los?
Vinicius era homem e tinha as mesmas dúvidas.
Não tê-los não é o problema, o problema é descartar essa experiência.
Como eu preferi não deixar nada pendente pra a próxima encarnação, vivi e estou vivendo tudo o que eu acho que vale a pena nesta vida mesmo, que é pequena mas tem bastante espaço.
Mas acredito piamente que uma mulher pode perfeitamente ser feliz sem filhos, assim como uma mãe padrão, dessas que têm umas seis crianças na barra da saia, pode ser feliz sem nunca ter conhecido Paris, sem nunca ter mergulhado no Caribe, sem nunca ter lido um poema de Fernando Pessoa.
É difícil, mas acontece.

MAMÃE, EU QUERO: verdade!
Você pode não querer ser uma, mas não conheço ninguém que não queira a sua.
 


Professor Edgar Bom Jardim - PE/Mulher de Classe