sábado, 21 de abril de 2012

Coisa do Diabo ...

Peritos verificam se são humanos e se pertencem a vítima de trio canibal.
Suspeitos foram levados pelos policiais para apontar locais de escavação.

Do G1 PE
Joselito Kherle - gestor do DHPP de Pernambuco (Foto: Luna Markman / G1)'A partir das indicações, encontramos os ossos', diz o
delegado Joselito Kherle (Foto: Luna Markman / G1)
Neste sábado (21), a Polícia Civil de Pernambuco encontrou, em uma casa no bairro de Rio Doce, em Olinda, no Grande Recife, pedaços de ossos que serão periciados para saber se pertencem a vítimas do trio suspeito de assassinatos e canibalismo, preso há dez dias no interior do estado. Participaram da operação aproximadamente 50 agentes, entre policiais da Delegacia de Homicídios de Olinda, do Grupo de Operações Especiais (GOE) e da Coordenação de Operações e Serviços Especiais (Core). Eles levaram os suspeitos até uma residência na Rua A, nas proximidades da casa onde eles moraram em 2008, para indicar os possíveis locais onde vítimas teriam sido enterradas.
Os técnicos do Instituto de Criminalística também estavam no imóvel e a área foi isolada para que o trabalho pudesse ser realizado. A hipótese mais provável é de que o material localizado seja restos mortais de uma adolescente desaparecida desde 2008. No começo da tarde, o trabalho na casa foi encerrado e os ossos foram levados pelos peritos. “Foi solicitada a vinda da perícia porque, supostamente, foi encontrado o que seriam as falanges da vítima. Isso dependerá de confrontação e de confirmação. Além do crime do homicídio, pode haver o crime de ocultação de cadáver, que era um traço marcante do trio”, afirmou o delegado Joselito Kerhle, gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), setor que está coordenando a investigação.
Questionado se o material encontrado seria da adolescente desaparecida, o agente disse que ainda não é possível comprovar. “Essa é a afirmação deles [dos suspeitos]. Obviamente, se esses restos mortais, são, de fato, humanos, será confrontado e, através de uma perícia, confirmado se pertencia à adolescente ou não. Mas a ocultação do cadáver sendo positiva, é mais um crime que será atribuído ao trio”, acrescentou.
O terreno do quintal foi remexido e, em três locais, os policiais encontraram pedaços de ossos. “A indicação foi feita separadamente pelos três suspeitos e houve essa coincidência e, a partir das escavações, encontramos o que seriam as falanges”, disse Kerhle.
O homem de 50 anos e duas mulheres, de 51 e de 21, foram presos no dia 11 de abril na casa em que moravam, no município de Garanhuns, no Agreste. No local, foram encontrados os corpos de duas mulheres enterrados. De acordo com as investigações, eles atraíam as vítimas com falsas promessas de emprego, em vários locais onde moraram.

Por volta das 11h, os suspeitos foram levados de volta aos locais onde estão presos, mas as equipes de policiais e peritos continuaram lá. Além de Kherle, o diretor de Operações Especiais da Polícia Civil, Osvaldo Morais, participou das buscas.
Entenda o caso
Além das duas mulheres, cujos corpos foram localizados no último dia 11 de abril em Garanhuns, enterrados na casa onde o trio morava, a polícia investiga outros seis homicídios atribuídos ao grupo, sendo um deles na Paraíba e o restante em Pernambuco. Já se sabe que um dos assassinatos teria acontecido em 2008, em Olinda - seria justamente esse cujos restos mortais foram localizados neste sábado.
Essa vítima seria a mãe da menina de cinco anos que vivia com o trio. A paternidade da criança também está sob investigação, pois duas certidões foram encontradas, com nomes de pais e avós diferentes. O teste de DNA deve ser concluído até o fim deste mês.
Os detalhes dos outros crimes não foram revelados para não atrapalhar a apuração dos fatos. Sabe-se que a polícia já tem os pré-nomes das vítimas. Os suspeitos estão detidos em unidades prisionais no Estado não divulgadas.


Por:Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Jovens que nos Orgulham de Ser Bonjardinense

PROGRAMA GANHE O MUNDO
Estudantes da Escola de Referência Justulino Ferreira Gomes, foram selecionadas para estudar no Canadá e  Estados Unidos.  A relação foi publicada no Diário Oficial do Estado.

As JOVENS deverão embarcar entre agosto e setembro para passar um semestre estudando o idioma inglês.O governo do estado bancas as despesas. Durante o intercâmbio terão oportunidades de conhecer a cultura de outros povos  nos contatos que terão em escolas e nas casas de famílias onde ficarão.

A seleção  das alunas da EREM Justulino é motivo de orgulho para toda comunidade de Umari ( Bom jardim), para professores, direção e principalmente os familiares, que apoiam a iniciativa sabendo que estes jovens podem avançar nos estudos e no futuro fazer muito por nossa comunidade e pelo Brasil. Nós acreditamos que a educação faz a maior diferença.

 Essa vitória serve  também como remédio para aliviar a tensão vivida pelo  professorado  na jornada  diário de trabalho, das pressão por resultados, dados,  trabalhos burocráticos, cadernetas, salários baixos, pagamentos de impostos abusivos que escravizam e  deixam professores doentes e desvalorizados.  Parabéns,  alunas da Justulino e Mota Silveira !











Relação das estudantes selecionas:





Por:Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasil, Um País Violento

Segundo pesquisa, 87% dos entrevistados apoiam redução da maioridade penal

Enviar notícia por e-mail Imprimir
  
Da Redação
Os brasileiros querem tratamento mais rigoroso para os culpados pela prática de crime. É o que aponta pesquisa do DataSenado sobre segurança pública, divulgada na terça-feira (17). Segundo o levantamento, 87% dos entrevistados concordam com a tese de que o menor de idade que comete crimes deve ser punido como adulto – 11% disseram discordar e 2% não souberam responder.
No Brasil, pessoas que têm idade inferior a 18 anos e cometem crimes são submetidos a um regime penal diferenciado. No Senado, tramitam várias propostas de emenda à Constituição alterando essa idade. Uma delas é a PEC 20/1999, que foi aprovada pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) em 2007 e desde então aguarda votação em Plenário. A matéria chegou a ser arquivada em 2010, com o fim da legislatura, mas foi desarquivada.
Outros casos
A maioria dos entrevistados também se mostrou favorável a tratamento mais rigoroso dos criminosos em outros casos, como no de redução da pena para os presos que estudam, na concessão de indultos em feriados e na aplicação do regime semiaberto.
Com relação à possibilidade de redução da pena para os presos que estudam, 53% dos entrevistados disseram ser contra. No entanto, 45% manifestaram apoio, enquanto 2% não souberam responder. A situação muda quando a redução da pena é para os presos que trabalham: 56% disseram ser favoráveis, 43% afirmaram discordar e 1% não soube responder.
A permissão para que os presos com bom comportamento passem determinados feriados com suas famílias, o chamado indulto, tem oposição de 69% dos entrevistados. 28% disseram apoiar a medida e 3% não opinaram.
Sobre a possibilidade do regime semiaberto, em que o condenado passa o dia fora da prisão, 70% disseram ser contra, 29% foram favoráveis e 2% disse não souberam responder.
A pena para quem comete assassinato intencionalmente (doloso) precisa ser aumentada, na opinião de 73% das pessoas ouvidas pelo DataSenado. 24% acha que deve ser mantida a punição atual – de seis a 20 anos de prisão. 1% defende a diminuição dessa pena e 2% não responderam.
Mortes no trânsito
Quem mata uma pessoa em acidente de trânsito também deveria ser punido com mais rigor segundo opinião de 54% dos entrevistados. Para 37%, a pena atual – de dois a quatro anos de prisão – deve ser mantida, enquanto 5% disseram que deve diminuir e 4% não opinaram.
De acordo com 82% dos entrevistados, se o motorista que causar a morte de alguém no trânsito estiver embriagado, ele deve ser julgado por assassinato doloso, isto é, com intenção de matar. Das pessoas ouvidas, 17% não concordaram com isso e 1% não opinou.
A pesquisa ouviu, por telefone, 1.242 pessoas com mais de 16 anos, em 119 municípios de todo o país, entre os dias 19 e 28 de março. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.
Agência Senado


Por:Professor Edgar Bom Jardim - PE

CPI do Cachoeira será criada, diz Rose de Freitas


Comissão vai investigar elo de bicheiro com agentes públicos e privados.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
6 comentários
A deputada federal Rose de Freitas (Foto: Nathalia Passarinho / G1)A deputada federal Rose de Freitas (Foto: Nathalia
Passarinho / G1)
A presidente em exercício do Congresso, deputada Rose de Freitas (PMDB-ES), confirmou na tarde desta quarta-feira (18) que a leitura do requerimento para ciação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que irá investigar as relações do bicheiro Carlinhos Cachoeira com políticos, autoridades e empresários será feita às 10h30 desta quinta (19).
A confirmação ocorreu após encontro entre Rose de Freitas e o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Antes, ela havia se encontrado com líderes partidários. Ela afirmou também que todas as assinaturas necessárias para a criação da CPI foram conferidas.
“Marcamos para amanhã às 10h30 a convocação do Congresso. Já foi feita a conferência das assinaturas, falamos com todos os líderes. Esse é o entendimento. Que amanhã às 10h30 será feita a leitura da CPMI”, afirmou Rose de Freitas.
Rose de Freitas é vice-presidente da Câmara e do Congresso e será responsável pela instalação da CPI em razão da licença médica do presidente do Senado e do Congresso, José Sarney, que está internado em São Paulo.
De acordo com a vice-presidente do Congresso, foram coletadas 67 assinaturas de senadores até o momento e 362 de deputados. Eram necessárias, no mínimo, 27 assinaturas no Senado e 171 na Câmara. Ela afirmou que espera o comparecimento da maioria dos deputados e senadores na sessão que terá a leitura do requerimento de criação da CPI.
“Espero quer todos compareçam. Eles sabem que para que a sessão seja realizada e a leitura seja feita é necessário quórum. Não acredito que eles façam todo esse esforço para que amanhã não compareçam”, disse.
Segundo Rose de Freitas, os partidos terão até a próxima terça (24) para indicar os membros da comissão - 15 deputados e 15 senadores. Ela afirmou que os trabalhos da CPI devem ter início um dia depois da apresentação dos nomes, na quarta (25).
“Faço a leitura amanhã e dou o prazo até terça-feira para que todos os partidos indiquem os membros. Depois da indicação dos membros, devemos instalar, talvez no mesmo dia, ou na quarta-feira. Acredito que na quarta-feira seja melhor, instalamos a comissão e começamos os trabalhos.”
De acordo Rose de Freitas, a partir da leitura do requerimento nesta quinta, os parlamentares terão até a meia-noite para aderir ou retirar a assinatura.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 17 de abril de 2012

O Rio de Bom Jardim é um Lixão.



Postado por: Professor Edgar Bom Jardim - PE

Abril Vermelho


MST faz protestos em 17 estados por Reforma Agrária e justiça

*Fonte:  Página do MST
O MST realiza uma série de protestos na Jornada Nacional de Lutas pela Reforma Agrária, nesta segunda-feira (16), para cobrar a realização da Reforma Agrária e pela punição dos responsáveis pela morte de 21 trabalhadores rurais assassinados no Massacre de Eldorado dos Carajás, em operação da Polícia Militar, no Pará, em 1996.
Já foram realizados protestos em 17 estados e em Brasília, somando 38 ocupações de terra, nove ocupações de sedes do Incra, cinco protestos em prédios públicos, além de trancamentos de estradas e criação de acampamentos nas cidades.
Em Brasília, cerca de 1500 trabalhadores rurais do MST ocuparam o Ministério do Desenvolvimento Agrária (MDA) em Brasília, para denunciar a estagnação da Reforma Agrária e a diminuição de investimentos em desapropriações de terras no país por parte do governo federal.
Em Pernambuco, os Sem Terra já ocuparam seis fazendas improdutivas. Nesta segunda, cerca de 300 famílias ocuparam a fazenda Amargoso, no município de Bom Conselho, agreste do estado, e a fazenda Condado, no município de São Bento do Una.
Na Bahia, cerca de 3 mil integrantes dos movimentos sociais do campo, como o MST, montaram acampamento, na manhã desta segunda-feira, na frente da sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador. O MST já ocupou 24 fazendas na Bahia, desde o começo do mês de abril. Foram ocupações no Extremo Sul, Sul, Sudoeste, Baixo Sul, Chapada, Recôncavo, Norte e Nordeste. Duas ocupações foram realizadas nesta segunda-feira, em Juazeiro e Queimada.
No Ceará, o Palácio da Abolição, sede do governo do estado, foi ocupado por cerca de 1.500 trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade. O ato reivindica ações por parte do governo para amenizar os efeitos da seca que já atinge vários municípios, além do assentamento imediato das 2.000 famílias acampadas no estado.
No Rio Grande do Sul, 300 famílias de Sem Terra fizeram duas ocupações. As áreas ficam nos municípios de Sarandi e Santa Margarida do Sul (que tem 950 hectares estão em processo de desapropriação há mais de três anos).
No interior de São Paulo, no Pontal do Paranapanema, 600 Sem Terra ocupam a Fazenda São Domingos, no município de Sandovalina. Essa fazenda já foi ocupada diversas vezes e, em uma delas, houve um conflito que acabou na morte de sete trabalhadores rurais. Os trabalhadores protestam contra o projeto do governador Geraldo Alckmin de legalizar a grilagem no extremo oeste paulista.
No Maranhão, cerca de 400 camponeses ocupam a sede do Incra, em Imperatriz, sudeste do estado. O protesto cobra o assentamento das 3.500 famílias acampadas no estado, em 19 acampamentos só do MST. Há famílias que lutam há 14 anos pelo assentamento definitivo, já que no estado nenhuma área foi desapropriada nos últimos quatro anos.
Em Sergipe, cerca de 300 famílias ocuparam a sede do Incra em Aracaju,  para pressionar o governo para realizar a Reforma Agrária e reforçar a jornada nacional de lutas do MST, nesta segunda-feira. Os Sem Terra chegaram à sede do Incra pela manhã e se preparam para fazer a ocupação. Eles pretendem permanecer na sede até a próxima sexta-feira (20/4). Até lá, outras ações vão acontecer no estado. “A Reforma Agrária está parada em Sergipe. Temos 12 mil famílias acampadas e, no ano passado, apenas 300 foram assentadas. Nesse ritmo, vai demorar 40 anos para assentar todas essas famílias”, disse Gislene Reis, da Direção Nacional do MST.
Na Paraíba, a sede do Incra também foi ocupada na manhã dessa segunda-feira por cerca de 500 famílias camponesas. Os lavradores entregaram uma pauta de reivindicação ao superintendente do Incra, Lenildo Dias de Morais, reivindicando desapropriação de áreas, garantia de infraestrutura para assentamentos e liberação de linhas de créditos para as famílias camponesas. Mais de 100 famílias ocuparam duas áreas do sertão da Paraíba.
Em Rondônia, 700 pessoas participaram da ocupação da sede do Incra de Ji-Paraná. Os camponeses esperam que o superintendente do Incra, Luiz Flavio Carvalho Ribeiro, se posicione sobre a pauta de reivindicações entregue há 15 dias pelos Sem Terra.
Em Santa Catarina, cerca de 500 agricultores do MST ocuparam a superintendência do Incra em Florianópolis.A ação, que faz parte da jornada nacional de lutas, exige o assentamento das 500 famíias acampadas no estado e a efetivação de políticas para o desenvolvimento dos assentamentos, especialmente agroindústrias. “Não houve nenhuma desapropriação no ano passado e, neste ano, apenas duas, pelas quais lutamos há muito tempo. O processo está muito lento”, disse Altair Lavratti, da coordenação nacional do MST.
No Rio de Janeiro, o prédio do Incra na cidade do Rio de Janeiro também foi ocupado por cerca de 300 Sem Terra. Os manifestantes reivindicam a efetivação da Reforma Agrária e denunciam a paralisação do processo de assentamento das famílias acampadas.
No Mato Grosso, cerca de 200 trabalhadores do MST ocuparam a sede da Receita Federal, cuja mobilização começou na noite de sábado, ao montarem um acampamento na Praça Ulisses Guimarães, localizada na Avenida Rubens de Mendonça, em frente ao Centro Político e Administrativo. Além disso, outros 400 camponeses bloquearam um trecho da BR-163, no norte de Mato Grosso. O bloqueio acontece em um trecho distante nove quilômetros da cidade de Sorriso, a 420 km de Cuiabá.
No Mato Grosso do Sul, 250 famílias do MST ocuparam a Fazenda Boa Esperança, localizada às margens da rodovia MS-134, há cerca de 10 quilômetros da sede do município de Batayporã. Houve também um bloqueio nessa estrada. Cerca de 300 lavradores do MST ocuparam o prédio do Incra em Campo Grande, nesta segunda-feira.
No Paraná, mais de 500 camponeses montaram um acampamento na cidade de Curitiba e ocuparam parte das ruas da cidade na manhã desta segunda-feira, em marcha de aproximadamente três quilômetros ao prédio do Incra, onde entregaram uma pauta de reivindicações. Os Sem terra pretendem permanecem na capital paranaense até sexta-feira, período em que terão reuniões com várias entidades e secretarias estaduais.
Em Minas Gerais, cerca de 40 famílias do MST ocupam a fazenda Palmeiras no município de Carmo do Paranaíba, desde o começo do mês. A área faz parte de um conglomerado de outras quatro propriedades pertencentes à massa solvente Ofir de Castro, que juntas totalizam cerca de 800 hectares. Atualmente, 150 famílias do Movimento ocupam quatro das cinco áreas pertencentes ao grupo, por Reforma Agrária.
A rodovia BR 304, no Rio Grande do Norte, foi trancada por cerca de 700 trabalhadores (as) do MST no dia 2. O trancamento da rodovia serviu para denunciar as ações do poder judiciário da região que emitiram mandatos de despejos ilegais em três áreas de acampamentos do MST.
No estado do Pará, a Juventude do MST iniciou desde o último dia 8 de abril o seu 7° Acampamento Pedagógico “Oziel Alves”, em Eldorado dos Carajás. Desde 2006, a juventude Sem Terra do estado se reúne em memória às vítimas e cobram justiça. O acampamento irá até o dia 17 desse mês e todos esses dias os jovens fazem o fechamento da rodovia (BR-155) por 21 minutos, em memória ao massacre. No último dia do acampamento, 17 de abril (Dia Internacional da Luta Camponesa), acontece um ato político na chamada ‘Curva do “S”.
Abaixo, saiba por que estamos em luta.
POR QUE ESTAMOS MOBILIZADOS NA JORNADA DE ABRIL DE 2012
EM MEMÓRIA DOS MORTOS NO MASSACRE DE ELDORADO DOS CARAJÁS
A jornada de lutas é realizada em memória aos 21 companheiros assassinados (19 morreram na hora no local) no Massacre de Eldorado de Carajás, em operação da Polícia Militar, no município de Eldorado dos Carajás, no Pará, no dia 17 de abril de 1996, que se tornou oficialmente o Dia Nacional de Luta pela Reforma Agrária. Depois de 16 anos de um massacre de repercussão internacional, ninguém foi preso e o país ainda não resolveu os problemas da pobreza no campo nem acabou com o latifúndio, que continua promovendo diversos atos de violência.
REFORMA AGRÁRIA PARADA E CORTES
As nossas ocupações, protestos e marchas tem como objetivo denunciar que a Reforma Agrária está parada com com diminuição nas políticas de desapropriações de terras. O primeiro ano do governo Dilma foi o pior para a criação de assentamentos dos últimos 16 anos (apenas 7 mil famílias do MST foram assentadas). Agora em abril, o Ministério do Planejamento cortou 60% do orçamento do Incra. Esse recurso é suficiente apenas para o pagamento de salários dos servidores. Foram cortados os recursos para obtenção de terras, instalação de assentamentos, para desenvolvimento da agricultura familiar e para a educação do campo. Com isso, a tendência é o governo repetir o desempenho lamentável do ano passado.
COMPROMISSOS DESCUMPRIDOS PELO GOVERNO
Cobramos que o governo federal cumpra os compromissos assumidos com o MST em agosto de 2011, por meio do ministro Gilberto Carvalho, que ainda não foram cumpridos:
1- Exigimos um plano emergencial do governo federal para o assentamento das mais de 186 mil famílias acampadas até o final deste ano. Temos famílias acampadas há mais de cinco anos, vivendo em situação bastante difícil à beira de estradas e em áreas ocupadas, que são vítimas da violência do latifúndio e do agronegócio.
2- Precisamos de um programa de desenvolvimento dos assentamentos, com investimentos públicos, crédito agrícola, habitação rural, educação e saúde. Os nossos assentados também passam por uma situação bastante difícil, com a falta de investimento público para crédito rural e infraestrutura em áreas de reforma agrária, como casa, saneamento básico, escola e hospital.
3- Precisamos de um novo tipo de credito rural que não endivide ainda mais os pequenos agricultores. O modelo do Pronaf não atende o público da reforma agrária, pois o volume de recursos não atende a todos os setores.
4-  Precisamos também medidas para garantir educação nos assentamentos, com a construção de escolas nos assentamentos (em todos os níveis, do infantil, passando pelo fundamental até o médio), um programa de combate ao analfabetismo e políticas para a formação de professores no meio rural.
PROGRAMA DE AGROINDÚSTRIAS E PRODUÇÃO DE ALIMENTOS
Precisamos fortalecer os assentamentos com a implementação de um programa de agroindústrias para produzir e beneficiar os alimentos. Com a industrialização dos alimentos, a produção ganha valor agregado, elevando a renda das famílias. A criação das agroindústrias vai criar uma cadeia produtiva para a geração de empregos no campo. Há um grande potencial de criação de postos de trabalho, mas nossos assentados passam por uma situação bastante difícil, com a falta de investimento público para crédito rural e infraestrutura em áreas de reforma agrária, como casa, saneamento básico, escola e hospital.
COMBATE À POBREZA
Um levantamento da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) aponta que a insegurança alimentar é maior na área rural do que na urbana. Enquanto 6,2% e 4,6% dos domicílios em área urbana apresentavam níveis moderado e grave de insegurança alimentar, respectivamente, na área rural as proporções foram de 8,6% e 7%. A presidenta Dilma fez o compromisso de acabar com a pobreza no seu governo. Só é possível acabar com a pobreza com a realização da Reforma Agrária e políticas para o desenvolvimento dos assentamentos. A Reforma Agrária, casada com um programade agroindustrialização da produção, é a resposta para enfrentar a pobreza, porque gera renda, cria empregos e aumenta a produção de alimentos.
CONTRA O USO DOS AGROTÓXICOS
O Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo desde 2009. Mais de um bilhão de litros de venenos foram jogados nas lavouras, de acordo com dados oficiais. Os agrotóxicos contaminam a produção dos alimentos que comemos e a água (dos rios, lagos, chuvas e os lençóis freáticos) que bebemos. Mas os venenos não estão só no nosso prato. Todo o ambiente, os animais e nós, seres humanos, estamos ameaçados. Os agrotóxicos causam: câncer, problemas hormonais, problemas neurológicos, má formação do feto, depressão, doenças de pele, problemas de rim, diarreia, vômitos, desmaio, dor de cabeça, problemas reprodutivos, contaminação do leite materno.
NOVO MODELO AGRÍCOLA
Precisamos de uma nova matriz de produção agrícola. O modelo do agronegócio se sustenta no latifúndio, na mecanização predadora, na expulsão das famílias do campo e no uso exagerado de agrotóxicos. Queremos a proibição do uso dos venenos. No lugar dos latifúndios, defendemos pequenas e médias propriedades e Reforma Agrária. Somos favoráveis ao “Desmatamento zero”, acabando com devastação do ambiente. Em vez da expulsão campo, políticas para geração de trabalho e renda para a população do meio rural. No lugar das empresas transnacionais, a organização de cooperativas de agricultores e agroindústrias para produzir em escala e beneficiar os alimentos. Novas tecnologias que contribuam com os trabalhadores e acabem com a utilização de agrotóxicos. Daí será possível um jeito diferente de produzir: a agroecologia.
CÓDIGO FLORESTAL- VETA DILMA!
O agronegócio deteriora o ambiente com a monocultura, como de soja, eucalipto, cana-de-açúcar e pecuária intensiva. Por isso, faz pressão para mudar o Código Florestal para ampliar a fronteira agrícola e para desmatar áreas de preservação ambiental. O agronegócio e as empresas estrangeiras quer acabar com esse legislação progressista, que obriga que todas as propriedades preservem uma porcentagem da área verde (80% na Amazônia, 40% no Cerrado e 20% no geral). A preservação da natureza é fundamental para o desenvolvimento do Brasil, para enfrentar o aquecimento global e evitar os desastres naturais que estão se repetindo todos os anos. Por isso, estamos fazendo uma campanha junto com outros movimentos camponeses, ambientalista, juristas e com a Igreja para que a presidenta Dilma vete o projeto da bancara ruralista para fazer alteração do Código Florestal. Fonte:PSOL/MST

Por:Professor Edgar Bom Jardim - PE