sexta-feira, 30 de março de 2012

Edgard Aquino Duarte, bonjardinense desaparecido na época da ditadura militar

Um  Herói de Bom Jardim



Ficha Pessoal
Dados Pessoais
Nome:Edgard Aquino Duarte
Cidade:
(onde nasceu)
Bom Jardim
Estado:
(onde nasceu)
PE
País:
(onde nasceu)
Brasil
Data:
(de nascimento)
28/2/1941
Atividade:Militar
Dados da Militância
Nome falso:
(Codinome)
Ivan
Prisão:3/6/1971
São Paulo SP Brasil
R. Martins Fontes, 268, apto. 807
Morto ou Desaparecido:
Desaparecido
0/6/1973
São Paulo SP
Clandestinidade
Dados da repressão
Orgãos de repressão
(envolvido na morte ou desaparecimento)
Batalhão de Caçadores de Goiás
Departamento (Estadual) de Ordem Política e Social/SP DOPS/SP ou DEOPS/SP SP Brasil
Departamento de Operações Internas - Centro de Operações de Defesa Interna/Brasília DOI-CODI/Brasília DF Brasil
Departamento de Operações Internas - Centro de Operações de Defesa Interna/SP DOI-CODI/SP SP Brasil
Operação Bandeirante OBAN Brasil
Agente da repressão:
(envolvido na morte ou desaparecimento)
Sérgio Paranhos Fleury
Biografia
Documentos
Artigo de jornal
Os desaparecidos, uma questão que vai persistir. Folha de S. Paulo, São Paulo, 28 jan. 1979. Parte de artigo sobre a questão dos desaparecidos políticos no período da ditadura militar. Segundo generais do Exército, há somente quatro possibilidades de desaparecimento de uma pessoa: ela teria sido executada por sua própria organização, que jogaria a culpa no Exército; ela poderia ficar tão desestruturada mentalmente que romperia com todos os conhecidos e sua família a ajudaria a se mudar para o exterior alegando que seu ente sumiu; o suposto desaparecido seria na verdade um membro infiltrado pelas forças de segurança nacional que, ao terminar seu serviço, fazia plástica e recuperava sua antiga identidade; ou mortos por acidente, mas que o Exército não permitiu a publicidade do fato. Cita uma lista de pessoas dadas como desaparecidas pelas organizações cujas fichas estavam no necrotério de um órgão de segurança em 12/73. São elas: Jorge Leal Gonçalves Pereira, Mário Alves de Souza Vieira, Ruy Carlos Vieira Berbert, Virgílio Gomes da Silva, Aylton Adalberto Mortati, Félix Escobar Sobrinho, Sérgio Landulfo Furtado, Stuart Edgard Angel Jones, Joaquim Pires Cerveira, Ísis Dias de Oliveira, Ramires Maranhão do Vale, Thomas Antônio da Silva Meirelles Neto. Apresenta ainda alguns detalhes controvertidos das histórias dos desaparecidos Edgar de Aquino Duarte, Joaquim Pires Cerveira, João Batista Rita e Paulo Costa Ribeiro Bastos. Também contesta a lista de desaparecidos divulgada pelo Comitê Brasileiro de Anistia em relação aos nomes de Antônio dos Três Reis Oliveira.

Artigo de jornal
Hatori, Elza. Provas confirmam mortes da ditadura. Diário Popular, São Paulo, 1 de ago. 1991, p. 2. Trata da disponibilização do arquivo do DOPS/PR à Prefeitura de São Paulo para a realização de trabalho em Curitiba pela Comissão Especial de Investigação que foi criada por esta Prefeitura para acompanhar o processo das ossadas enterradas no Cemitério Dom Bosco, em Perus, São Paulo. As investigações levaram à confirmação da morte de vítimas da ditadura que não tiveram o óbito assumido pelo regime militar. Foram localizadas 17 fichas de militantes desaparecidos no arquivo do Paraná dentro de uma gaveta com a inscrição "Falecidos". Apesar das fichas e prontuários terem sido localizados em Curitiba, a maior parte destes 17 militantes desapareceu em São Paulo, depois de serem presos e torturados.

Artigo de jornal
Artigo incompleto, sem fonte e sem data, intitulado: Encontro de anistia divulga lista com novos desaparecidos. Informa que o Congresso Nacional pela Anistia divulgou lista com nomes de pessoas mortas e desaparecidas a partir de 1964.

Foto
Foto preto e branco de recordação de Edgar, junto com Almir e Catende, colegas do 3º Batalhão Regional de Fuzileiros Navais em Recife, 25/09/61.

Foto
Foto original e preto e branco de busto.

Relatório
Documento do DOPS/SP com dados pessoais e relação de documentos do arquivo em que constam atividades entre 04/06/64, quando o nome de Edgar apareceu em uma relação de exilados até a ficha pessoal de Edgar, quando este foi preso em 13/06/71 para averiguações pelo II Exército. Contém uma cópia com códigos para localização de documentos no arquivo e outra sem.

Relatório
Documento com carimbo do DOPS, pouco legível, com relação de nomes de presos políticos na Operação Bandeirantes (OBAN) em 03/72. Informa que Edgar encontra-se preso e é submetido a bárbaras torturas.

Relatório
Indicações para a localização dos restos mortais de Edgar de Aquino Duarte. Complementa as informações para a Comissão Especial Lei 9.140/95, a fim de que a morte de Edgard seja reconhecida nos termos da lei 9.140/95.

Termo de declarações
Documento da Comissão Justiça e Paz de São Paulo de 26/10/90, com declarações de D. Maria das Neves, cunhada de Edgar de Aquino, sobre a procura realizada pela família junto aos órgãos de segurança a fim de encontrar seu cunhado, quando ela foi informada que Edgar se encontrava preso, a partir de 1972. Em 1978, por ocasião do Congresso do Comitê pela Anistia, ela ficou sabendo que Edgard ficou preso doente e incomunicável por dois anos no porão do DEOPS. Segundo lhe foi informada por José Genoíno, uma das testemunhas de sua prisão, em 23/06 Edgard não foi mais visto na prisão. Em 03/81 ela foi informada por um telefonema que Edgar estava enterrado em Perus, mas que no local informado em que o corpo de Edgar estava foi encontrado um cadáver natimorto. Em 04/81 encontrou um dossiê denominado "Inimigo Interno", com fotos marcadas com "X" ou "T", em uma casa do órgão que cuida de aposentadoria de civis e militares e que segundo lhe foi informada, era usada como local de prisão e tortura.

Ficha pessoal
Documento da Operação Bandeirantes (OBAN) de 13/06/71 com dados pessoais, impressões digitais e fotos. Informa que não pertence a nenhuma organização subversiva e que o motivo de prisão foi para averiguações.

Ficha pessoal
Documento do DEOPS com dados pessoais.

Ficha pessoal
Documento do DOPS com dados pessoais e com informações sobre condenação por atividades políticas, sobre sua participação no "curso de guerrilha" em Cuba em 22/11/72, sobre seu asilo e refúgio em Cuba e sobre a lista do Comitê Brasileiro pela Anistia de pessoas desaparecidas, publicada pela Gazeta do Povo, jornal de Curitiba, em 11/01/79.

Ficha pessoal
Documento com carimbo do DOPS com dados pessoais e número de localização de documentos de Edgar de Aquino Duarte e de Luís Almeida Araújo.

Legislação
Decreto n. 31.804 da cidade de São Paulo, conferindo nomes de mortos e desaparecidos políticos no período da ditadura militar a ruas de Cidade Dutra. Diário Oficial do Município, São Paulo, v. 37, n. 120, 27 jun. 1992, p. 7.

Legislação
Lei 9.140/95. Diário Oficial, Brasília, n. 232, 5 dez. 1995. Reconhece como mortas pessoas desaparecidas em razão de participação, ou acusação de participação, em atividades políticas, entre 02/09/61 a 15/08/79, e que por este motivo tenham sido detidas por agentes públicos, achando-se, desde então, desaparecidas, sem que delas haja notícias. No Anexo I desta Lei foram publicados os nomes das pessoas que se enquadram na descrição acima. Ao todo são 136 nomes.

Certidão
Certidão da Divisão de Segurança e Informações, da Polícia Civil do Paraná, para a Comissão Especial de Investigação das Ossadas encontradas no Cemitério de Perus, de 24/07/91. Certifica que as fichas das pessoas a seguir foram encontradas no arquivo do DOPS, em gaveta com a identificação "Falecidos": Aluísio Palhano Pedreira Ferreira, Hiran de Lima Ferreira, Edgard de Aquino Duarte, Paulo Stuart Wright, Eduardo Collier Filho, Helenira Resende de Sousa Nazareth, Miguel Pereira dos Santos, José Huberto Bronca, Isis Dias de Oliveira, Antônio dos Três Reis Oliveira, Ayrton Adalberto Mortati, Jorge Leal Gonçalves Pereira, Luiz Almeida, Ruy Carlos Vieira Berbert, Joaquim Pires Cerveira, Virgílio Gomes da Silva e Elson da Costa.
Fonte:desaparecidospoliticos.org.br

Ditadura Nunca Mais !


Nas velhas celas do Dops, Memorial da Resistência
Antiga cela do DOPS transformada em local de memória.
Antiga foto da cela do DOPS.
Ex-presos visitam o Memorial.


























































As celas do antigo Departamento da Ordem Política e Social (Dops), um dos mais temidos locais de repressão da ditadura militar em São Paulo, foram rebatizadas ontem. De Memorial da Liberdade, o prédio, reformado e aberto para visitação em 2002, passa a se chamar Memorial da Resistência. A mudança era reivindicada por ex-presos e perseguidos políticos. O Dops, onde hoje funciona também a Pinacoteca do Estado, esteve por anos sob a responsabilidade do delegado Sérgio Paranhos Fleury, tido como um dos maiores caçadores de inimigos do regime militar e responsável direto por torturas e assassinatos.

"Chegava a ser uma ironia ser chamado de Memorial da Liberdade. O novo nome é mais adequado e presta homenagem aos que lutaram aqui", afirmou o secretário de Estado da Cultura, João Sayad, na cerimônia de relançamento do espaço, que também abriga, desde ontem, exposição fotográfica sobre o período da ditadura. O projeto do memorial foi coordenado pela Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo e pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República.

O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Paulo de Tarso Vannucchi, afirmou que a iniciativa paulista deve servir de exemplo em outros Estados. "Espero que o governo federal se sensibilize com a aliança feita em São Paulo e transforme outros espaços em memoriais como esse. É uma forma de o País conhecer seu passado recente", disse Vannucchi, também um ex-preso político.

Segundo ele, São Paulo é um dos Estados que mais têm evoluído na abertura dos arquivos do período de ditadura militar. Nos últimos anos, afirmou Vannucchi, o governo federal também avançou na disponibilização desses documentos a parentes de ex-presos do regime militar, jornalistas e pesquisadores. Ele informou que, nas próximas semanas, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) vai anunciar a interligação digital de todos os arquivos (estaduais e nacionais) existentes sobre o período.

No evento, o vice-governador de São Paulo, Alberto Goldman, disse que vai sugerir ao governador José Serra que o prédio do antigo DOI-Codi, no Paraíso, também seja transformado em memorial. Segundo Goldman, a delegacia da Rua Tutóia tem histórico "muito pior" do que o Dops.

Além de autoridades, centenas de ex-presos políticos, amigos e parentes deles e de desaparecidos e mortos durante o regime militar lotaram ontem os salões da Estação Pinacoteca. O professor de Medicina da USP Silvino Alves de Carvalho, de 66 anos, é um deles. Em 1974, Carvalho passou 40 dias preso no Dops. Ontem, levou seu filho de 14 anos pela primeira vez ao local. "Estar aqui de novo me traz alegria e tristeza", comentou. "Alegria por estar vivo e com minha família. E tristeza por lembrar as barbaridades que ocorreram nesse lugar."

O jornalista Alípio Freire, de 62 anos, também esteve preso por três meses nas celas do Dops, em 1969. Ele conta que já conseguiu "metabolizar" as lembranças do período. "Tenho amigos que nem entram aqui. Eu vejo como mais uma parte da minha história e da memória do País, para o bem ou para o mal. E é importante preservá-la."

Fonte:desaparecidospoliticos.org.br
 Por:Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasileiros participam de ação para libertar reféns das Farc na Colômbia

COLÔMBIA

Esta será a 4ª operação com apoio logístico e técnico do governo brasileiro

Operações militares aumentaram em algumas regiões da Colômbia, devido aos constantes ataques das Farc
Operações militares aumentaram em algumas regiões da Colômbia, devido
 aos constantes ataques das Farc (Luis Robayo / AFP)
Dois helicópteros com equipes técnicas do Brasil partiram nesta sexta-feira em direção a São Gabriel da Cachoeira, na fronteira com a Colômbia, para receber dez reféns que a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) prometeu libertar. A informação foi dada pela porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) Sandra Lefcovich, que acompanha a comitiva.
No sábado, integrantes da Cruz Vermelha da Colômbia e representantes da ONG Colombianos e Colombianas pela Paz, entre eles a ex-senadora Piedad Córdoba, se juntarão a eles. As duas aeronaves Cougar do batalhão de aviação de Manaus partirão no domingo para a cidade de Villavicencio, no centro da Colômbia, e na segunda-feira iniciarão as operações de libertação, explicou Sandra.
Piedad tinha informado nesta semana que sua equipe partiria no sábado da Colômbia para embarcar nos helicópteros brasileiros. "Na segunda-feira, serão feitas as primeiras libertações e no dia seguinte descansaremos para na quarta-feira (acompanharmos) as outras libertações", declarou Córdoba.
Histórico - Esta será a quarta operação humanitária deste tipo que a Cruz Vermelha realiza com apoio logístico e técnico do estado brasileiro, desde 2009. No total, devem ser libertados dez reféns que estiveram entre 13 e 14 anos em mãos da guerrilha das Farc - quatro militares e seis agentes policiais.
As Farc - guerrilha mais antiga da Colômbia, com 47 anos de sangrenta luta contra o estado - garantem que estes são os últimos reféns militares que mantêm em seu poder.
(veja.com/  France-Presse)




Professor Edgar Bom Jardim - PE

Eu já sabia que a polícia não resolve o problema da criminalidade

É o que diz uma pesquisa da Fecomércio feita em 70 cidades do país.
Para 71%, combate à violência pode vir de educação, saúde e emprego.

Do G1 RJ
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A forma como os brasileiros enxergam os problemas de segurança pública está passando por uma transformação. Em cinco anos, uma parcela maior da população se convenceu de que não basta só polícia para diminuir a criminalidade. Os dados foram colhidos numa pesquisa nacional encomendada pela Federação do Comércio do Rio de Janeiro e divulgada pelo Jornal Nacional.
A favela pacificada da Cidade de Deus agora tem presença permanente da polícia. Mas muitos têm certeza de que só isso não basta.
"Não basta a polícia. Acho que o importante é ocupação, dar uma força pra criança, pro adolescente, e manter eles ocupados mesmo", disse a dona de casa Letícia Machado de Jesus.
E parece que cada vez mais gente pensa assim, segundo a pesquisa feita em 70 cidades brasileiras incluindo nove regiões metropolitanas do país - São PauloRio de JaneiroBelo HorizonteSalvadorRecifeFortalezaPorto AlegreCuritiba e Belém - e mais o Distrito Federal
O brasileiro ainda quer mais policiais nas ruas, ainda espera mais integração entre as forças federais, estaduais e municipais. Quanto a isso, não houve grande diferença. A principal mudança entre as respostas de cinco anos atrás e as de hoje é em relação a outras medidas que também podem ajudar, como nas áreas de educação e trabalho, por exemplo. Agora, mais pessoas acham que não basta ter polícia para ter segurança.
Para 71% das pessoas, a melhor forma de combater a criminalidade é com mais atenção para as condições de vida da população; em moradia, saúde, educação e emprego. Um índice bem maior do que em 2007, quando 59% disseram o mesmo.
A pesquisa comprovou o que Orlando Muniz observa na prática. Ele é policial militar, mas acha que é como professor de futebol de comunidades pobres que mais ajuda a combater a violência. "Depois que eles estão aqui no projeto, o rendimento escolar melhorou, o comportamento. Nós estamos aqui empenhados em botar essas crianças para trilhar o caminho do bem", disse o policial.

Por:Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 29 de março de 2012

Seca revela ossadas de animais pré-históricos em Bom Jardim-PE




Ilustração: ambienteacreano.blogspot.com

por RICARDO PERRIER
DA SUCURSAL DE CARUARU


BOM JARDIM - Conhecido entre os arqueólogos e paleontólogos devido a grande variedade de sítios arqueológicos existentes na sua área - 16 catalogados, entre eles a Pedra do Caboclo, Monte dos Anjicos e Chã do Caboclo - este município do Agreste ainda guarda muitos segredos a serem revelados. O último deles está no Sítio Estacas, comunidade do distrito de Umari com cerca de 500 pessoas, onde a população convive desde o ano de 93 com as ossadas de animais de grande porte, que foram encontradas próximas a barreiros de pedra por trabalhadores das frentes de emergência.

A descoberta só foi comunicada ao Núcleo de Estudos Arqueológicos da Universidade Federal de Pernambuco recentemente. As informações foram repassadas à instituição, no mês passado, pelo professor Edgar Severino dos Santos, 30, que ministra aulas de história na Escola Municipal Moacir Souto Maior, em Umari. "Numa aula sobre a pré-história, dada para alunos da 6ª série, um dos alunos disse que era comum conseguir ossadas ao redor de um barreiro localizado próximo à sua casa", informou, ao dizer que pediu que ele trouxesse amostras dos ossos. Santos conta que resolveu ir ao local e ao comprovar as informação do aluno, resolveu contactar com a UFPE.

Algumas das amostras da ossada foram recolhidas pelo professor. O material vem servindo para tornar mais atraente suas aulas sobre a pré-história e civilizações antigas. "Depois que levei o material para a escola, a pedido do professor, turma passou a gostar das aulas. Muitos dos meus colegas se interessaram em ir ao sítio para conhecer de perto o local onde foram descobertas as ossadas", comemora o estudante Iron Serafim da Silva, 17.

SEM ESTUDO - Poucos moradores do Sítio Estacas guardaram os pedaços dos ossos encontrados durante a limpeza dos barreiros. "A não ser o professor Edgar, não apareceu ninguém de fora com interesse em estudar os ossos", relatou o agricultor José Antônio da Silva, 55. Os moradores asseguram que durante as escavações não foram encontradas nenhum outro material. As pessoas que participaram dos trabalhos nas frentes de emergência de 93 afirmam que existem outras ossadas enterradas no local. Os agricultores dizem que basta pisar e sentir o terreno fofo, para descobrir o local exato de fazer escavações e encontrar mais ossadas.

Sobre as pedras ao redor do barreiro ainda é possível encontrar fragmentos de ossos expostos a céu aberto. Os próprios moradores lembram que ossadas maiores, que acreditam terem pertencidos a animais pré-históricos de grande porte, foram levadas por pessoas que coordenavam as frentes de emergência na época da escavação. "O pessoal falava que esses ossos eram do tempo em que não existiam gente, mas quando eu era criança, os mais velhos diziam que nessa região vivia o povo do caboclo brabo", diz Virgilina Maria da Silva, 62, moradora do local.

Segundo alguns moradores, esqueletos de diversos tamanhos foram retirados do local. "À medida em que íamos cavando a terra, os ossos iam aparecendo sobre as pedras. No início, pensávamos que fosse de gente, mas pelo tamanho das cabeças, sabíamos que eram de animais", informou a agricultora Josefa das Dores de Santana, 34. Para a comunidade, mais importante do que as ossadas, é a chegada das chuvas. "Para que guardaríamos estes ossos? Temos mais é que limpar os barreiros da região e aguardar pela chuva para ter água para beber", comentou a agricultora Maria das Neves Santana, 39, resumindo o interesse maior da comunidade.

A arqueóloga Ana Maria Nascimento, integrante do Núcleo de Estudo Arqueológico da UFPE, afirmou que o Departamento de História aguarda o retorno do professor Edgar dos Santos, que está viajando, para agendar uma visita ao distrito de Umari. "Geralmente as pessoas desconhecem a importância desse material, que pode ser de alto valor histórico. Porém é preciso que algumas amostras sejam recolhidas para análise, sendo submetidas a um estudo criterioso, para que seja detectada a qual época pertenceu", explicou.

FONTE DE PESQUISA - Na década de 60, o município foi alvo de diversas pesquisas arqueológicas realizadas pelo arqueólogo francês Armand François Gaston Laroche, então coordenador do Gabinete de História Natural do Colégio Estadual de Pernambuco (atual Ginásio Pernambucano). Laroche, 90, hoje professor aposentado da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), não estranhou a descoberta. "O município é um manancial de arqueologia, com muitas áreas a serem exploradas", ressaltou.

Ele lembrou ter realizado estudos que comprovam a passagem pelo município de civilizações vindas da América do Norte e da Sibéria, além da existência de ossadas de cerca de 60 famílias de animais desaparecidos, como mastodonte, preguiça gigante, onça de dente de sabre e cavalos selvagens, entre outros. O professor lembrou, porém, que somente diante de um estudo apurado é que se poderá ter a certeza da época em que viveram os animais cujas ossadas foram descobertas no Sítio Estacas.

Fonte: http://www2.uol.com.br/JC/



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Bom Jardim com Nova Política

Lei seca na Semana Santa

Expectativa é que 160 mil veículos sigam para o Agreste durante o feriadão


Do JC Online

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A Secretaria Estadual de Saúde promete intensificar a fiscalização da lei seca em municípios do Agreste do Estado onde, costumeiramente, acontecem festividades por conta do feriado da Semana Santa.

As cidades de Caruaru e o distrito de Fazenda Nova, em Brejo da Madre de Deus, já contam com as blitzes a partir deste final de semana, sábado (31) e domingo (1º). Os bloqueios terão continuidade na semana seguinte, de quinta-feira (5) a sábado (7), incluindo o destino de Gravatá. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a expectativa é que 160 mil veículos sigam para o Agreste durante o feriadão.
A fiscalização também irá atuar em festas locais, como a tradicional Parada Obrigatória, em Caruaru, e o Passeio da Paixão, que reúne centenas de motociclistas. 

De acordo com o coordenador-executivo da Operação Lei Seca, major André Cavalcanti, a expectativa é abordar uma média de 200 veículos por equipe. Serão três bloqueios distribuídos nos principais pontos estratégicos, como as entradas das cidades e as principais vias de Caruaru, Fazenda Nova e Gravatá

 Por:Professor Edgar Bom Jardim - PE

Tartarugas soltas no Mato Grosso

Projeto é feito na tentativa de evitar o contrabando da carne das tartarugas (Foto:  Assessoria /Sedraf-MT)Projeto é feito na tentativa de evitar o contrabando da carne das tartarugas (Foto: Assessoria /Sedraf-MT)
Cerca de 10 mil filhotes de tartarugas foram soltos em praias de água doce na região do Araguaia, através de um projeto de proteção ambiental realizado no nordeste de Mato Grosso. O trabalho de manejo e repovoamento das colônias das espécies é feito na tentativa de evitar o contrabando da carne das tartarugas, utilizada tanto para consumo e também para produção de cosméticos.
O projeto 'Amigos da natureza' começou em 2010 e trabalha com a coleta dos ovos das tartarugas
para serem monitorados por pessoas voluntárias autorizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) com apoio do governo do estado.
Inicialmente feito na região da cidade de Luciara, a 1.180 quilômetros de Cuiabá, o projeto se estendeu para os municípios de Santa Terezinha, Novo Santo Antônio, São Félix do Araguaia e Porto Alegre do Norte.
Em entrevista do G1, o biólogo e coordenador do projeto, Francisco Assis Ribeiro Sousa, explicou que o trabalho é feito na região do Araguaia que envolve o Rio das Mortes, Rio Tapirapé e Rio Araguaia. “Coletamos os ovos antes do período da desova e fazemos a transferência deles. Fazemos um monitoramento das áreas até o nascimento para que consigam [tartarugas] sobreviver longe dos predadores e caçadores”, explicou.
A última soltura ocorreu no começo deste mês com 10 mil tartaruguinhas devolvidas às praias do Rio Araguaia, no município de Santa Terezinha, a 1.329 quilômetros da capital do estado.
Contrabando
Ainda segundo Assis, as espécies protegidas são a Tartaruga da Amazônia (Podocnemis expansa) e a Tracajá (Podocnemis unifilis). Além do manejo dos filhotes, o projeto ainda prevê ações de conscientização de pescadores e ribeirinhos para ajudarem na preservação das tartarugas.
“Existe o contrabando da carne de tartaruga para outras regiões do Brasil. As pessoas vem pra cá, se instalam em pousadas e capturam as tartarugas. Elas retiram a gordura do animal e transforma em linguiça para poder contrabandear para as outras regiões do país”, eressaltou o biólogo.
A carne retirada das tartarugas é rica em proteína, apreciada por pessoas que consideram um prato saboroso. O segundo problema é o contrabando da gordura das tartarugas, utilizada para uso em cosmético e fins medicinais. Culturalmente, populações ribeirinhas e indígenas consumiam a carne. Em época de desova, milhares de ovos são esmagados e deixados ao sol, dentro de canoas para poder extrair a gordura.
“Se não tiver um trabalho para salvar a espécie e conscientização das populações ribeirinhas as tartarugas não vão sobreviver”, enfatizou Assis, que espera realizar a soltura de 20 mil filhotes ainda neste ano.
O índice de natalidade das tartarugas, de forma natural, é de 99% com sobrevivência que gira em torno de 2 a 4%. Com o projeto, o índice de sobrevivência é de 60% em média. No mesmo projeto as equipes voluntárias fazem treinamento e capacitação de pescadores para a piscicultura da espécie pirarucu, em épocas de seca nos rios de Mato Grosso.

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quarta-feira, 28 de março de 2012

PSOL representa contra Demóstenes Torres no Conselho de Ética

Os deputados Ivan Valente e Chico Alencar e o senador Randolfe Rodrigues entregam a representação. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Os deputados Ivan Valente e Chico Alencar e o senador Randolfe 
Rodrigues entregam a representação
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

ELAINE LINA
Direto de Brasília
O Psol entrou com representação contra o senador Demóstenes Torres (DEM-GO), suspeito de envolvimento com a exploração de jogos ilegais, no Conselho de Ética do Senado Federal, na tarde desta quarta-feira. Randolfe Rodrigues, líder do partido na Casa, disse que a expectativa é que o Conselho inicie procedimento convocando o senador.
"Não é agradável, mas é ofício e dever. É muito grave e o Conselho é local propício para ouvirmos o senador Demóstenes, e inclusive para que ele possa se defender", disse. Pelo Regimento Interno, o senador que assume a Presidência do Conselho é Jayme Campos (DEM-MT) que, por coincidência, é do mesmo partido de Demóstenes. Na última vez que o Conselho de Ética foi acionado, as 11 representações - contra o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), no caso dos atos secretos - foram arquivadas. "Mas o Conselho é um órgão que existe, e não é um bibelô, tem que funcionar", insistiu.
Na terça-feira, Demóstenes pediu afastamento da liderança do DEM no Senado, após ser acuado pela própria legenda para explicar sua ligação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira, que foi preso pela Polícia Federal. O senador não negou que conheça Cachoeira, nem que tem uma relação próxima com o contraventor.
Também ontem o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, encaminhou um pedido ao Supremo Tribunal Federal (STF) de abertura de inquérito para apurar o envolvimento de parlamentares com a exploração ilegal de jogos em Goiás. Gurgel pediu ao STF que o inquérito seja desmembrado em três frentes de investigação. A primeira é para apurar a conduta do senador Demóstenes Torres (DEM-GO), pois, segundo o procurador, há diversos indícios contra o político.Fonte: Terra.com

Por:Professor Edgar Bom Jardim - PE