quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Historiadora critica obsessão e ditadura da beleza

Mary Del Priore é historiadora
Sim, ela é vaidosa. Mas vacinada contra a epidemia coletiva que anda rivalizando as mulheres com seu próprio corpo. A historiadora carioca Mary Del Priore, aos 58 anos, acaba de lançar seu 29º livro - "Histórias Íntimas: Sexualidade e Erotismo na História do Brasil" (Planeta), fruto de dez anos de pesquisas em bibliotecas, museus e veículos de comunicação.

"Em Corpo a Corpo com a Mulher - Pequena História das Transformações do Corpo Feminino no Brasil" (Senac-São Paulo), ela desmancha um vespeiro: a ditadura da beleza. Justamente o tema da esclarecedora conversa que você acompanha a seguir:

Quando se iniciou a busca insana, pelo corpo perfeito? Que forças atuaram e ainda atuam nessa direção?
MDP - Há quem diga que o século 20 inventou o corpo. Corpo novo e exibido. Mas, também, um corpo íntimo e sexuado que, lentamente, veria afrouxar as disciplinas do passado em benefício do prazer. Desde o início do período, multiplicaram-se os ginásios, os professores de ginástica, os manuais de medicina que chamavam a atenção para as vantagens físicas e morais dos exercícios. O lazer - graças aos teatros, às festas públicas, aos feriados ao sol e mar - incentivou novas formas de exibir as formas. O esporte, cinema e dança foram manifestações primordiais no nascimento da sociedade do espetáculo. Moda, cartazes e luminosos de propaganda já anunciavam a moderna linguagem da publicidade e da comunicação. A fotografia, por sua vez, permitiu a contemplação da própria imagem. Nas revistas voltadas ao público feminino, multiplicaram-se os anúncios de produtos de incentivo ao narcisismo.

A psicanalista inglesa Susie Orbach, que estuda a obsessão pela forma física, afirma que vivemos uma regressão da emancipação feminina, uma vez que não somos livres para desfrutar o próprio corpo. Você concorda?
MDP - Concordo, sim. Esse é um fenômeno da modernidade. Se hoje a aparência saudável é um critério de beleza irredutível, no passado os cânones variavam. Basta pensar nas gordas pintadas por Rembrandt, ou nas românticas que, no século 19, aplicavam sangue de galinha no rosto para acentuar a palidez.

Você é uma mulher bonita e bem cuidada, além de intelectual reconhecida no Brasil e no exterior. Como lida no dia a dia com as demandas estéticas?
MDP - Moro em uma chácara, em área rural, onde não existem muitos recursos. Mas, uma vez por semana, vou até a cidade mais próxima, onde encontro a esteticista e faço drenagem linfática. Dou muita atenção à boa alimentação e ao sono. Não fumo e faço caminhadas diárias. Uso cremes nacionais, mais fáceis de encontrar e adaptados ao nosso clima. Fujo do sol e uso protetor. Envelhecer parece ser vergonhoso. Não é à toa que o cirurgião plástico Ivo Pitanguy, em recente congresso, fez uma palestra sobre a dignidade da passagem do tempo.

Como você define a fronteira entre a vaidade saudável e a obsessão pela aparência?
MDP - A vaidade saudável é baseada na aceitação da passagem do tempo e em uma relação digna e natural com a perda. A obsessiva está ligada a uma prisão: aquela do olhar masculino. De um jeito ignorante, as obsessivas acreditam que só o corpo pode fala linguagem da sedução.

Conteúdo do site BONS FLUIDOS/mdemulher.abril Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE

Como não ficar deprimido neste final de ano

A história de que os suicídios aumentam no período das festas de final de ano é um mito (na verdade, o pico é durante a primavera). Mas a alegria e o clima familiar que domina o mundo todo não é lá dos mais agradáveis para quem está triste. De acordo com a revista Health, grandes expectativas, problemas financeiros e outros contratempos de final de ano causam desespero em pessoas normais, mas podem ser especialmente nocivas em pessoas com tendência à depressão. A publicação, então, sugere onze dicas que podem transformar as festas em algo alegre e feliz. Confira:
1. Planeje com antecedência. Reserve algumas horas para pensar como você vai cuidar de si mesmo durante o período. Pense em coisas agradáveis, como ler um livro ou tirar alguns cochilos e escreva as idéias em um calendário. Tente conciliar as atividades com as compras de natal e as atividades na cozinha, mas não deixe a agenda de lado: essas atividades precisam ser tratadas como prioridade também.
2. Evite os conflitos familiares. Manter a sanidade em algumas famílias pode ser uma tarefa difícil. No entanto, se você vai encontrá-los e sabe que os conflitos vão surgir, prepare-se para responder de forma neutra, como "vamos falar disso em outro momento¿ ou ¿eu entendo a sua posição". Depois, fuja para o banheiro, se ofereça na cozinha ou até para cuidar das crianças. E, se for demais, tenha um bom amigo para ligar e desabafar.
3. Esqueça a perfeição. Muitas pessoas se desesperam quando não conseguem ter uma casa de cinema para o natal, ou um banquete digno da realeza, ou presentes que não são bons o suficiente. Esse cenário ideal não existe. São as pequenas coisas, como detalhes particulares da sua casa ou rituais em família, que torna tudo especial e feliz.
4. Aprenda a sofrer. Se você está lidando com a perda de alguém querido, talvez seja o momento de conversar com alguém sobre os seus sentimentos ou mesmo procurar ajuda em grupos de apoio ou terapia. Não é incomum sentir raiva pela pessoa ter partido ou culpa por aproveitar as festas. Isso só mostra que você é humano e reflete o seu momento.
5. Arrume tempo para dormir. As festas de final de ano podem facilmente interferir na sua rotina de sono. Mas alguns estudos indicam que há ligação entre a falta de sono e a depressão. Portanto, você precisa ter cuidado dobrado com isso. Tente acordar e se deitar no mesmo horário todos os dias; evite refeições pesadas e atividades físicas horas antes de dormir; e livre-se da TV ou qualquer outra distração no quarto.
6. Peça ajuda. Seja para amigos próximos ou família, não pense duas vezes ao pedir para uma pessoa dar apoio, desde realizar tarefas simples do dia a dia até tomar um chá e ouvir o seu desabafo.
7. Priorize os exercícios físicos. Mexer-se deve ser mantido no topo da lista de prioridades. Além de ajudar a queimar as calorias extras (a comilança vai rolar solta nessa época do ano!), exercícios físicos ajudam a melhorar o humor. E não precisa ser nada radical: 35 minutos de caminhada forte, cinco dias por semana (ou 60 minutos três vezes por semana), já são suficientes.
8. Reveja sua exposição ao sol. Muitas pessoas podem sofrer com a pouca exposição solar. A doença, que é sazonal, acomete principalmente pessoas no hemisfério norte, pois lá as festas de final de ano acontecem no inverno ¿ quando o sol fica menos tempo no alto. De qualquer forma, se achar que está sofrendo com o problema, converse com seu médico sobre como se tratar.
9. Mantenha o foco no que importa. O mais importante do natal não são os presentes, mas os problemas financeiros podem fazer você acreditar nisso. Controle o estresse organizando a troca de presentes entre amigos e familiares (estipular um valor como limite pode ser interessante). Você pode também cozinhar algo para presentear alguém ou mesmo criar rituais novos para a família passar o tempo.
10. Não desconte na comida ou no álcool. Para algumas pessoas, se permitir exagerar na bebida ou na comida é quase uma tradição das festas de final de ano. Melhor se controlar. Além de fazer mal ao corpo, você vai se sentir culpado depois. Prepare-se para as festas alimentando-se de forma saudável na semana anterior aos feriados. E nada de afogar as mágoas no copo cerveja ou na taça de vinho: o álcool pode intensificar suas emoções e deixar tudo ainda pior quando seu efeito passar.
11. Diminua os compromissos. Se você não agüenta mais se encontrar com as mesmas pessoas nas festas, tudo bem cancelar alguns compromissos para sentir-se melhor. As pessoas esquecem que natal é apenas um dia ¿ são só 24 horas. Procure encontrar atividades que melhorem o seu estado de espírito, como viajar, trabalho voluntário ou fazer companhia a alguém sozinho em algum abrigo. Focar em outras pessoas pode aliviar os sintomas da depressão. Fonte:Mulher.terra.com
Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE

Câmara Federal resguarda 300 cargos

O projeto de resolução que cria 66 cargos para o PSD foi aprovado nesta quarta-feira (14) na Câmara dos Deputados com um artigo adicional que impede a extinção de 300 cargos de nível médio da estrutura da Casa e dá amplos poderes à Mesa Diretora para criar, transformar e extinguir cargos, desde que não haja "acréscimo de despesas".
O objetivo da medida seria "resguardar" 300 vagas que seriam extintas com a aposentadoria dos atuais ocupantes, conforme previsão em resolução anterior. Os cargos seriam ocupados após realização de concurso público em 2012, com salários de R$ 5,2 mil para nível médio.
Após ser questionado por jornalistas sobre o assunto, o presidente da Câmara, Marco Maia, afirmou que vai revogar o artigo, porque foi "inserido inadvertidamente" no projeto de resolução.
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O artigo 4ª do projeto diz o seguinte: "Desde que não acarrete acréscimo de despesas, a Mesa poderá dispor sobre requisitos, atribuições, criação, transformação, extinção e lotação de cargos da Câmara dos Deputados, com vista à racionalização e à modernização administrativa."

O artigo substitui uma resolução de 2006 que previa a extinção gradativa de 865 cargos de nível médio. Deste total, 565 já foram extintos e outros 300 ainda estão ocupados.
A proposta aprovada na Câmara suspenderia a progressiva extinção dos 300 cargos e faria a Casa deixar de economizar R$ 1,5 milhão. "Vamos, por ato da Mesa, repor a condição anterior, não permitindo nomeações para cargos que já estavam anteriormente extintos", disse Marco Maia. G1.com Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE

Brasil tem taxa de homicídios maior que a do Afeganistão

O Mapa da Violência mostra estabilidade nas capitais, enquanto criminalidade avança nas cidades menores

Mapa da Violência, divulgado nesta quarta, mostra que país teve quase 50.000 mortes violentas em 2010. Norte e Nordeste concentram aumento.

O Brasil teve 49.932 homicídios no ano de 2010. De acordo com o Mapa da Violência, divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Sangari com informações dos ministério da Saúde e da Justiça, a taxa de homicídios no ano passado ficou em 26, 2 mortes para 100.000 habitantes. O número significa uma pequena redução em relação a 2009, quando a taxa foi de 27 mortes. Mas a taxa é superior à de conflitos armados em países como o Afeganistão, a Somália, ou o Sudão. Qualquer taxa acima de 10 mortes por 100.000 pessoas é considerada epidêmica por organismos internacionais. Uma epidemia que, no Brasil, tirou 1 milhão de vidas nos últimos 30 anos.

O maior índice de homicídios é o de Alagoas, com 66, 8 mortes por 100.000 habitantes. Em seguida, vêm o Espírito Santo (50, 1), Pará (45, 9), Pernambuco (38,8) e Amapá (38,7). Os menores números são os de Santa Catarina (12,9), Piauí (13,7), São Paulo (13,9), Minas Gerais (18,1), Rio Grande do Sul (19,3) e Acre (19,6). Entre as capitais, Maceió é a que tem o maior número de homicídios por habitante. São Paulo possui a menor taxa. A trajetória da capital paulista, aliás, chama a atenção: em 2000, a cidade tinha a 4ª maior taxa entre as capitais. De lá para cá, o índice de homicídios no município caiu cerca de 80%.

"A grande novidade é que há um processo de nivelamento nacional da violência que não existia dez anos atrás. Há dez anos, ela estava concentrada nas regiões metropolitanas. Agora se espalhou. As taxas dos sete estados que em 2000 eram os líderes de violencia cairam, e os sete que tinha as taxas menores subiram", diz Julio Jacobo, coordenador da pesquisa.

Aumento - Uma análise em perspectiva mostra um aumento da violência nas regiões Norte e Nordeste: entre 2000 e 2010, o número de homicídios mais do que quadruplicou no Pará, na Bahia e no Maranhão. A maior queda se deu em São Paulo, que registrou uma redução de 63, 2% no número de homicídios durante a década passada, mesmo com o aumento populacional. O Rio de Janeiro também teve uma diminuição expressiva, de 42,4%, no período.

A pesquisa mostra que os números da violência têm se estabilizado nas capitais, enquanto a criminalidade avança nas cidades menores. Em 2010, a maior taxa de homicídios ficou com a cidade de Simões Filho (BA): o índice chegou a 146, 4 assassinatos por 100.000 pessoas. De acordo com o levantamento, três causas contribuíram para essa mudança de perfil: a desconcentração econômica do país, o aumento do investimento em segurança nas grandes cidades e a melhoria nos sistemas de captação de dados sobre crimes nos pequenos municípios.

Jovens - A violência entre os jovens continua mais elevada do que no restante da população: a taxa de homicídios entre os que têm até 30 anos é o dobro da média nacional. A faixa mais crítica é entre os 20 e os 24 anos. Os homens continuam sendo as maiores vítimas da violência: 91% dos homicídios registrados no Brasil em 2011 envolveram pessoas do sexo masculino.

Os negros também são um grupo em situação mais vulnerável nesse quesito: no ano passado, morreram 139% mais negros do que brancos. Ou seja: mais do que o dobro. Enquanto a taxa de homicídios entre os afro-descendentes cresce, ela cai no restante da população.

Fonte: veja.abril.com

Câmara aprova projeto que proíbe pais de baterem nos filhos

Comissão especial da 'Lei da Palmada' manteve texto original da proposta, em que a criança deve ser tratada sem 'castigos' (Foto: Larissa Ponce/Agência Câmara)
Comissão especial da 'Lei da Palmada' manteve
texto original da proposta, em que a criança deve
ser educada e cuidada sem 'castigo físico'
(Foto: Larissa Ponce/Agência Câmara)

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (14) o projeto de lei que proíbe os pais de baterem dos filhos. Votada em caráter conclusivo na comissão especial formada para analisar a proposta, a chamada "Lei da Palmada" não precisará ser analisada em plenário e seguirá direto para o Senado, caso não seja protocolado recurso com a assinatura de 10% dos deputados.

Relatado pela deputada Teresa Surita (PMDB-RR), o projeto prevê que pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança que sofrer a agressão deverá ser encaminhada a tratamento especializado.

As medidas serão aplicadas pelo juiz da Vara da Infância. Teresa Surita destacou que não há, no texto, qualquer previsão de multa, prisão ou perda da guarda dos filhos.

"Dar uma palmada não é crime, não acontece nada com os pais como punição. Não se propõe que se puna ou penalize os pais. [...] Mas a palmada é uma violência, é o início de qualquer agressão. A essência da lei é proteger a criança de qualquer agressão", disse a deputada.

Pelo texto do projeto, crianças e adolescentes "têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou proteger".

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Marina Silva:Mensagem aos Jovens

Aos jovens do presente

Por Marina Silva, na Folha de São Paulo de 09/12

Na noite de 6 de dezembro, faltando 16 dias para o 23° aniversário da morte de Chico Mendes, o Senado aprovou o maior retrocesso na legislação ambiental brasileira. Representantes do ruralismo, como a senadora Kátia Abreu e os senadores Waldemir Moka, Jayme Campos e Ivo Cassol, faziam ruidosos elogios ao texto aprovado. Reverenciavam os relatores Jorge Viana e Luiz Henrique por terem deixado de fora os radicais ambientalistas.

Naquele momento, vieram à memória dois importantes embates feitos por Chico Mendes: o da fazenda Bordon e o do seringal Cachoeira.

Nessas ocasiões, com base no mesmo Código Florestal hoje fragilizado, Chico conseguiu a suspensão temporária do desmatamento, após batalha judicial. Mas não teve tempo de ver o nascimento da primeira reserva extrativista, que foi citada no Senado como se sua criação, para acontecer, não lhe tivesse custado a vida.

Para proteger a floresta e defender seus direitos contra a sanha dos que matam e desmatam, tombaram também Wilson Pinheiro, Calado, Ivair Higino, irmã Dorothy Stang, José Claudio e sua mulher, Maria do Espírito Santo, só para rememorar alguns que, como os radicais ambientalistas, também foram deixados de fora pelos contemplados radicais ruralistas e seus novos aliados.

Essas pessoas acreditavam ser o Código Florestal uma lei pela qual valia a pena perder prestígio e admiradores de conveniência e até mesmo arriscar a própria vida.

Foi a um só tempo triste e interessante ouvir, contra os socioambientalistas, os mesmos argumentos que, durante anos, foram usados contra Chico e seus aliados, entre eles Jorge Viana: os de que as preocupações com o aumento do desmatamento, com a redução da proteção ambiental e com a anistia para desmatadores refletem apenas o medo da perda do discurso de vítima.

Triste por ver a continuação de um passado que Chico acreditava que não mais existiria no século 21, quando, sonhando acordado para evitar os pesadelos da difícil realidade, escreveu sua melancólica carta aos jovens do futuro.

Interessante por ver que a força dos seus ideais continuam atuais e revolucionárias, a ponto de atravessar o tempo e continuar falando até mesmo aos que a eles se opõem.

Como disseram Oscar Cesarotto e Márcio Peter, qualquer doutrina original e revolucionária, depois de ser ferrenhamente contestada, vai aos poucos sendo integrada e aceita, até ser recoberta por noções e ideias anteriores que tudo fazem para neutralizá-la.

Infelizmente é o que ocorre, pelo menos por enquanto. Mas isso não me impede de seguir acreditando que Dilma possa honrar o sonho de Chico e homenagear sua memória, vetando os artigos que afrontam sua luta em defesa da floresta e do desenvolvimento sustentável. 

Crise torna compra de carro difícil

A crise econômica que assola a Europa bateu na porta do consumidor brasileiro. Neste final de 2011, financiar um veículo ficou mais difícil. Os bancos privados e públicos estão mais cautelosos em liberar crédito para compra de carros com medo da inadimplência que cresceu cerca de 17% este ano nessas operações. O fator externo agrava o cenário, pois se houver um calote em terras brasileiras será mais difícil captar recursos no mercado internacional para cobrir o rombo. Os modelos mais prejudicados são os seminovos. Comprar sem entrada e parcelar em 60 vezes, por exemplo, é tarefa árdua.
O pedido inicial é de, no mínimo, 20% do valor do automóvel com juros médios entre 1,5% e 1,7% ao mês. Já os tipo zero-quilômetro ainda podem ser adquiridos mais facilmente por meio das instituições financeiras próprias das montadoras. Os últimos dados oficiais, contabilizados pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) até novembro, mostram que cerca de R$ 168 bilhões foram liberados como crédito para consumo de veículos no Brasil este ano. Trata-se de um volume cerca de 10% maior que o registrado em 2010 até a mesma época. Entretanto, a inadimplência saltou de 3,8% no ano passado para 4,4% em 2011 o que, por si só, acende uma luz de alerta.

"Os bancos estão colocando maiores restrições na liberação do financiamento, pois 2012 se desenha como um ano preocupante. Não se esperava que a situação na Europa chegasse ao ponto atual. Para os bancos fica mais difícil captar dinheiro lá fora e se a situação se agravar ainda mais, as instituições nacionais não querem estar tão expostas", comentou o diretor executivo de economia da Anefac, Roberto Vertamatti.
Fonte:jconline.com   Por: Blog Professor  Edgar  Bom Jardim-PE    





















Canadá abandona o Protocolo de Kyoto

Canadá se retirou do Protocolo de Kyoto, um acordo para redução das emissões de gases do efeito estufa, declarou nesta segunda-feira (12) o ministro canadense do Meio Ambiente, Peter Kent.
"Estamos invocando o direito legal do Canadá de abandonar formalmente (o Protocolo de) Kyoto", disse Kent após a conferência da ONU sobre o aquecimento global encerrada no domingo em Durban, África do Sul.
"Kyoto não funciona" e o Canadá corre o risco de pagar multas de vários bilhões de dólares se permanecer neste acordo, disse Kent.Fonte: G1
Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Lula confiante no tratamento

Lula voltou ao hospital Sírio-Libanês, nesta segunda,para última quimioterapia.

Foto: Instituto Lula/Ricardo Stucrert    Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE

João da Costa lidera pesquisa para 2012 no Recife

Pesquisa realizado pelo Instituto Exatta para Folha de Pernambuco, revela que se as eleições fossem hoje, o prefeito João da Costa venceria os candidatos da oposição. O levanto aponta para vitória em diversos cenários. O candidato mais forte da oposição é o ex- governador Mendonça Filho (DEM). Quando o cenário tem o nome do ex-prefeito João Paulo a coisa muda de figura. João Paulo aparece com 38% e João da Costa 14%.  Cenário A: João da Costa 28%; Mendonça Filho 21%; Raul Henry 10%; Raul Jungmann 5%; Nenhum 33%; Não sabe/não opinou 3%.  REJEIÇÃO: 38% dos entrevistados não votaria em João da Costa de jeito nenhum, afirma pesquisa.

Imagem flickr. Escrito por Bblog Professor Edgar Bom Jardim- PE     F:FPE

Pará não será dividido, diz urnas

Os eleitores paraenses decidiram, em plebiscito realizado neste domingo (11), manter o estado do Pará com o território original, segundo informou às 20h08 (horário de Brasília, 19h08 locais) o presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Ricardo Nunes. A confirmação do resultado foi dada com 78% de urnas apuradas, duas horas depois do término da votação.
A apuração terminou por volta da 1h20 (horário de Brasília) desta segunda-feira (12) e o resultado final foi de 66,59% votos para o "não" à criação do estado de Carajás e 66,08% rejeitando a formação do estado de Tapajós.
Foram apurados os votos de 14.249 urnas do estado. A abstenção foi 25,71%. Do total apurado, pouco mais de 1% era de votos nulos e 0,4% de brancos. Foram contabilizados os votos de 4.848.495 milhões de eleitores. Com Informações G1. Por Blog Professor Edgar Bom Jardim-PE

domingo, 11 de dezembro de 2011

Eleitores do Pará vão às urnas decidir se aceitam ou não dividir o Estado em três, com a criação de Tapajós e Carajás

Cerca de 4,8 milhões de eleitores vão neste domingo (11) às urnas no Pará para opinar se desejam ou não a criação dos Estados de Carajás e Tapajós, a serem desmembrados do território paraense. O plebiscito foi aprovado pelo Congresso Nacional em maio deste ano, propondo o desmembramento do segundo maior Estado do País em área territorial, e desde o dia 11 de setembro – quando teve início a campanha oficial – as frentes favorável e contra a separação se mobilizaram em eventos de rua, seminários e debates com diversos segmentos da sociedade.
Caso seja aprovada a divisão, o Pará – segundo maior Estado do País, com 144 municípios espalhados em 1,25 milhão de km², área maior que a Colômbia – ficará reduzido a 80 cidades e um território equivalente ao do Estado de São Paulo. Mas manterá sob seu controle o território economicamente mais viável, responsável por 55% do Produto Interno Bruto (PIB) e onde estão concentrados 80% das indústrias.
O Estado de Carajás, se aprovado, terá 39 cidades e 1,38 milhão de habitantes, ocupando 25% da área sul e sudeste do Pará, com capital em Marabá. Tapajós, localizado a oeste, terá capital em Santarém e assumirá cerca de 58% da área do atual Estado, com 25 municípios e cerca de 1,57 milhão de habitantes.
De acordo com dados do Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Estado, o território que se tornaria o novo Estado do Pará recebeu, em 2010, R$ 223 milhões de investimentos per capita, contra R$ 96 mi da região de Carajás e R$ 60 mi de Tapajós. O estudo indica que, caso se concretize o desmembramento, os três novos Estados já surgiriam no mapa financeiramente deficitários, com uma capacidade de investimento muito baixa e gastos maiores que sua arrecadação.
Mesmo assim, os partidários do separatismo não desistem, e prometem lutar até o último instante, em manifestações de boca-de-urna. Comandada pelo publicitário baiano Duda Mendonça – criador de gado nas áreas de Carajás e Tapajós – a propaganda do “sim” foi mais agressiva que a da frente contrária ao desmembramento. Mas de acordo com levantamento realizado pelo Instituto Datafolha entre os dias 6 e 8 de dezembro os separatistas não conseguiram convencer a maioria dos paraenses. Pelo contrário, o percentual de eleitores que desaprovam a divisão do Estado atinge o patamar de 60%.
Do lado separatista, o principal argumento para tentar convencer o eleitor a votar pela criação de Carajás e Tapajós durante a campanha focou o empobrecimento dessas áreas. Na propaganda dos unionistas, predominou a tese da identidade cultural do paraense, insistindo que a separação não resolveria os problemas do Estado. Fonte: jconline    Por Blog professor Edgar Bom Jardim-PE