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domingo, 7 de julho de 2013

Coisa boa é namorar!!!

Sexualidade -  Direto ao ponto
Por Maria H. Vilela. 
Em todo lugar do mundo existem crenças ou dizeres mágicos que as pessoas aprendem com a intenção de encantar alguém a quem se deseja muito. Aqui no Brasil, as pessoas se apegam aos santos milagreiros. Santo Antônio é o mais procurado por todos.
São tantas as simpatias, correntes e rezas para ganhar o coração de alguém, que este santo tem de fazer hora extra no seu dia comemorativo – 13 de junho – para poder atender a tantos pedidos de namorados! E foi exatamente por causa dessa tradição que o dia dos namorados no Brasil é comemorado no dia 12 de junho, véspera de Santo Antônio, em vez de 14 de fevereiro, dia de São Valentim, como acontece em outros países.
Namorar é brincar de bem-me-quer
Namorar é quando estar com alguém é tão prazeroso que que dá uma vontade incontrolável de compartilhar tudo. Contar o dia a dia, os sonhos, projetos, desejos e sentimentos.
No namoro, a pessoa se sente desejada e importante, sonha acordada com as lembranças deliciosas e as coisas boas que se pode construir e viver juntos. Namorar é sorrir, chorar, brincar, brigar, mas, acima de tudo, querer-se. Tudo isso sem perder o que há de mais precioso numa relação: VOCÊ. O que coloca a autoestima e a autoconfiança em alta.
Mas como tudo na vida, nem só de flores vivem os enamorados. Quem namora de verdade, está sempre pronto para fazer um mimo à pessoa amada. Como se diz na minha terra, Maceió, fazer “os gostos da vontade”. E é aí que entra o nosso papel de educador. É fundamental para um relacionamento que os jovens entendam que este “gosto” é um desejo significativo de um dos parceiros que o outro realiza pelo puro prazer de agradar, mas sem ferir o seus valores pessoais. Não é para se violentar, como ocorre muitas vezes, principalmente com as garotas, na famosa prova de amor!
Vulnerabilidade
Outro momento importante em que o educador precisa estar atento é a vulnerabilidade dos enamorados à gravidez na adolescência e às DST/Aids. O conceito social que impera na nossa cultura de que “quem ama confia” é responsável pela dificuldade que os casais tem para negociar o uso da camisinha. Portanto, é fundamental trabalhar com os alunos o impacto dos valores nas condutas sexuais.
Para isso, eu desenvolvi, juntamente com a equipe de educadores do Instituto Kaplan, um jogo que pode ajudar muito o professor a trabalhar esta temática na sala de aula, o Valores em Jogo.
Composto de cartas, cartazes, cordões e pingentes, que tem como foco promover o empoderamento da mulher na prevenção de DST/HIV/Aids e gravidez na adolescência, o jogo apresenta situações referentes ao relacionamento afetivo-sexual, mitos, crenças, tabus e preconceitos nas quais cada jogador assume o papel dos personagens envolvidos (garota, namorado, amigos, familiares e professores) e dramatizam, de acordo com valores selecionados, para se posicionar em relação à diferentes situações. Acompanha o material o livro do educador, com textos que embasam e definem nossa referência metodológica. As informações sobre este material está em nosso site.
Bom trabalho!

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sábado, 6 de julho de 2013

Jogo pra babaca assistir: Botafogo e Fluminense em Pernambuco. Que porcaria !

Uma humilhação para os times de Pernambuco e do Nordeste. CBF, FIFA, e Imprensa  desmoralizam os governantes e o torcedor nordestino. Pernambuco tem times e torcida. Basta de alienação e imperialismo no futebol.




Arquivo
Retorno do campeão Fred é uma das maiores atrações do clássico que promete para logo mais
Chuta: Retorno do campeão Fred é uma das maiores atrações do clássico que promete para logo mais

Recife
Botafogo e Fluminense fazem o clássico carioca da sexta rodada do Campeonato Brasileiro amanhã (7), às 18h30. Como o Maracanã ainda está à disposição dos organizadores da Copa das Confederações e o Engenhão interditado por problemas em sua estrutura, os dois clubes optaram por tirar a partida do Rio e medirão forças na Arena Pernambuco, em Recife (PE).

A partida colocará frente a frente as duas melhores equipes do estado e que se encontrarão em um choque direto pela permanência no G-4, a zona de classificação para a Copa Libertadores. O Botafogo aparece com dez pontos, um a mais que o Tricolor. Os dois times revivem ainda a final da Taça Rio, segundo turno do Campeonato Carioca.



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O Brasil tem metade dos médicos que precisa

Conheça o retrato dramático da saúde pública no Brasil e saiba por que o programa do governo de importação de médicos pode ajudar a resolver esse flagelo

Paulo Moreira Leite e Izabelle Torres - ISTOÉ.
No início do ano, uma pesquisa do Ipea realizada com 2.773 frequentadores do SUS, o Sistema Único de Saúde, indicou que o principal problema de 58% dos brasileiros que procuram atendimento na rede pública é a falta de médicos. Num País com cerca de 400 mil médicos formados, no qual pouco mais de 300 mil exercem a profissão, nada menos que 700 municípios – ou 15% do total – não possuem um único profissional de saúde. Em outros 1,9 mil municípios, 3 mil candidatos a paciente disputam a atenção estatística de menos de um médico por pessoa – imagine por 30 segundos como pode ser a consulta dessas pessoas. Na segunda-feira 8, no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff assinará uma medida provisória e três editais para tentar dar um basta a essa situação dramática em que está envolta a saúde pública do País. Trata-se da criação do programa Mais Hospitais, Mais Médicos. Embora inclua ampliação de bolsas de estudo para recém-formados e mudanças na prioridade para cursos de especialização, com foco nas necessidades próprias da população menos assistida, o ponto forte do programa envolve uma decisão política drástica – a de trazer milhares de médicos estrangeiros, da Espanha, de Portugal e de Cuba, para preencher 9,5 mil vagas em aberto nas regiões mais pobres do País.
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LEITOS DESASSISTIDOS
Em 15% dos municípios brasileiros não é possível
encontrar um único profissional de saúde
Na última semana, ISTOÉ teve acesso aos bastidores do plano que pode revolucionar o SUS. Numa medida destinada a responder aos protestos que entidades médicas organizaram nas últimas semanas pelo País, o governo decidiu organizar a entrada dos médicos estrangeiros em duas etapas. Numa primeira fase, irá reservar as vagas disponíveis para médicos brasileiros. Numa segunda fase, irá oferecer os postos remanescentes a estrangeiros interessados. Conforme apurou ISTOÉ, universidades e centros de pesquisa serão chamados a auxiliar no exame e na integração dos médicos de fora. Não é só. Numa operação guardada em absoluto sigilo, o Ministério da Defesa também foi acionado para elaborar um plano de deslocamento e apoio aos profissionais – estrangeiros ou não – que irão trabalhar na Amazônia e outros pontos remotos do País, onde as instalações militares costumam funcionar como único ponto de referência do Estado brasileiro – inclusive para questões de saúde. O apoio militar prevê ainda um período de treinamento básico de selva com 24 dias de duração.
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CARÊNCIA
Famílias e regiões mais pobres sofrem mais com a falta de médicos
Uma primeira experiência, ocorrida no início do ano, é ilustrativa do que deve acontecer. Em busca de médicos para 13 mil postos abertos em pontos remotos de 2,9 mil prefeituras do país, mas reservados exclusivamente a brasileiros, o Ministério da Saúde mal conseguiu preencher 3 mil vagas, ainda que oferecesse uma remuneração relativamente convidativa para recém-formados, no valor R$ 8 mil mensais, o equivalente a um profissional de desempenho regular em estágio médio da carreira. Essa dificuldade se explica por várias razões. Poucas pessoas nascidas e criadas nos bairros de classe média das grandes cidades do País, origem de boa parte dos médicos brasileiros, têm disposição de abandonar amigos, família e todo um ambiente cultural para se embrenhar numa região desconhecida e inóspita. Isso vale não só para médicos, engenheiros, advogados, mas também para jornalistas.
O motivo essencial, contudo, reside numa regra econômica que regula boa parte da atividade humana, inclusive aquela que define chances e oportunidades para profissionais de saúde – a lei da oferta e a procura. Em função da elevação da renda da população e também de uma demografia que transformou o envelhecimento numa realidade urgente, nos últimos dez anos assistiu-se a uma evolução curiosa no universo da saúde brasileira. Formou-se a demanda por 146 mil novos médicos, no Brasil inteiro, mas nossas universidades só conseguiram produzir dois terços dessa quantia, deixando um déficit de 54 mil doutores ao fim de uma década. Num sintoma desse processo, os vencimentos dos médicos brasileiros ocupam, hoje, o primeiro lugar na remuneração de profissionais liberais, superando engenheiros e mesmo advogados.
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Nos hospitais e nos órgãos públicos, há diversos relatos dramáticos que envolvem a dificuldade para se contratar médicos, mas poucos se comparam à situação enfrentada por Henrique Prata, gestor do Hospital do Câncer de Barretos, uma das mais respeitadas instituições do País na especialidade. Nem oferecendo um respeitável salário de R$ 30 mil para seis profissionais que seriam enviados a Porto Velho, em Rondônia, ele conseguiu os especialistas que procurava. Henrique Prata explica: “Há cerca de dois anos venho notando a falta de médicos no Brasil. Hoje, oferecemos salário inicial de R$ 18 mil por oito horas diárias de trabalho, mas não conseguimos gente para trabalhar. Está mais fácil achar ouro do que médico.”
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DIAGNÓSTICO
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha:
"Temos dois problemas. Faltam médicos
e muitos estão no lugar errado"
Num ambiente onde carências se multiplicam, as famílias e regiões mais pobres sofrem mais – o que torna razoável, do ponto de vista da população, trazer profissionais estrangeiros para compensar a diferença. Até porque emprego de profissionais estrangeiros é, na medicina de hoje, um recurso comum em vários países. Na Inglaterra, 37% dos médicos se formaram no Exterior. No Canadá, esse número chega a 22% e, na Austrália, a 17%. No Brasil, o índice atual é de 1,79%. Se considerarmos somente os países em processo de desenvolvimento e subdesenvolvidos, a média nacional de 1,8 médico por mil habitantes já é considerada uma média baixa. A Argentina registra 3,2, o México 2 e a Venezuela de Hugo Chávez 1,9. Se a comparação é feita com países desenvolvidos, a nossa média cai vertiginosamente. A Alemanha, por exemplo, possui 3,6 médicos por mil habitantes. Ou seja, o Brasil tem cerca de metade dos médicos que uma nação civilizada necessita. Independentemente da polêmica que envolve a vinda de médicos estrangeiros, o fato é que faltam profissionais de saúde no País. Como tantos problemas que o Brasil acumula ao longo de sua história, a desigualdade regional tem reflexos diretos na saúde das pessoas. Com 3,4 médicos por mil habitantes, o Distrito Federal e o Rio de Janeiro têm um padrão quase igual ao de países desenvolvidos. São Paulo (com 2,4) também tem uma boa colocação. Mas 22 Estados brasileiros estão abaixo da média nacional e, em alguns deles, vive-se uma condição especialmente dramática. No Maranhão, o número é 0,58 por mil. No Amapá é 0,76. No Pará, cujo índice é de 0,77, 20 cidades não têm um único médico e outras 30 têm apenas um. “Muitas pessoas acreditam que o Brasil até que tem um bom número de médicos e que o único problema é que eles estariam no lugar errado”, observa o ministro Alexandre Padilha, da Saúde, que, como médico, passou boa parte da carreira no atendimento à população carente do Pará. “Temos os dois problemas. Faltam médicos e muitos estão no lugar errado.”
O empenho do governo com o projeto se explica por um conjunto de motivos compreensíveis. Um deles é a oportunidade. A crise europeia levou a cortes imensos no serviço público do Velho Mundo, jogando no desemprego profissionais de países que, como a Espanha, se interessam pela remuneração que o governo brasileiro pode pagar. Em Portugal, o movimento é duplo. Médicos portugueses se interessam por empregos fora do País, enquanto os estrangeiros, especialmente cubanos, se tornaram interessantes para o governo, pois são mais baratos.
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Com uma média altíssima de médicos por habitante (6,7 por mil), o governo de Havana tem uma longa experiência de exportação de seus profissionais, inclusive para o Brasil. Por autorização do ministro da Saúde José Serra, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, médicos cubanos foram autorizados a atender a população brasileira em vários pontos do País. Em 2005, quando a autorização de permanência dos cubanos no Estado de Tocantins se encerrou, uma parcela da população chegou a correr até o aeroporto para impedir que eles fossem embora. Em Niterói (RJ), sua presença chegou a ser apontada como um fator importante para a redução de filas nos hospitais públicos. O prestígio dos cubanos nasceu de um encontro que une o útil ao agradável. O País tem uma medicina voltada para o atendimento básico – aquele que resolve 80% dos problemas que chegam a um consultório –, embora seja menos avançado em áreas mais complexas. Do ponto de vista dos profissionais da Ilha, a vantagem também é econômica. O salário que recebem fora do País é compensador em relação aos vencimentos em Cuba e inclui uma poupança compulsória. Eles são autorizados a deixar seu País com a condição de embolsar metade dos vencimentos no Exterior – e só receber a outra parcela, acumulada numa conta especial, quando fazem a viagem de volta. Autor de um convênio que trocava petróleo por médicos, o ex-presidente venezuelano Hugo Chávez construiu boa parte de sua popularidade com postos de saúde nas favelas de Caracas, administrados por profissionais cubanos. O efeito eleitoral óbvio da iniciativa não anulava o benefício real da população. No levantamento de uma década, encerrado em 2006, dados da Organização Mundial de Saúde registraram quedas importantes na mortalidade infantil da Venezuela. Os casos de morte por diarreia caíram de 83 para 30 por 100 mil crianças. Os de pneumonia foram reduzidos de 30 para 16 por 100 mil.
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Ferida em sua popularidade quando faltam 16 meses para a eleição presidencial, na qual perdeu a condição de concorrente imbatível, Dilma Rousseff enfrenta a necessidade de construir uma marca própria para tentar a reeleição, pois agora o eleitor vai julgar seu desempenho, e não mais o mandato de Lula, como em 2010. Com a economia em marcha lenta e várias armadilhas nacionais e internacionais no meio do caminho, o esforço para exibir um ambiente de melhora na área de saúde pode ajudar na reconstrução política da presidenta. Com um certo otimismo, analistas simpáticos ao governo chegam a sugerir que, se for bem-sucedido, o plano Mais Médicos pode servir como alavanca para Dilma num movimento semelhante ao que o Bolsa Família representou para a reeleição de Lula, um candidato que teve o governo alvejado pelas denúncias do mensalão em 2005, mas acabou vitorioso em 2006.
A experiência ensina, contudo, que nenhuma receita eleitoral pode funcionar se não trouxer melhorias verdadeiras aos diretamente interessados. Se o Bolsa Família colocou vários bens de primeira necessidade à mesa, o Mais Médicos terá de mostrar eficiência em sua área. E aí podem surgir problemas. O governo terá 90 dias para aprovar a Medida Provisória num Congresso ressabiado diante de determinadas iniciativas do Planalto – como o plebiscito – e vários episódios hostis. Embora nenhuma passeata recente tivesse exibido uma faixa pedindo mais médicos, o que seria até inusitado, a demanda por melhores serviços de saúde dá espaço à iniciativa do governo. Ainda assim, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), se diz desconfiado. “Nossa ideia é dar respostas às demandas das ruas. Vamos avaliar quais são as exigências e o que pode ser feito. Não vamos desconversar e mudar o foco dessas demandas”, diz.
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REFORÇO MILITAR
O Exército foi acionado para elaborar um plano
de deslocamento e apoio aos médicos
Outra questão, até mais relevante, envolve a oposição das entidades médicas. Num esforço evidente para proteger o mercado de trabalho, elas têm combatido o programa onde podem. Foi por sua iniciativa que o governo de Tocantins, em 2005, foi obrigado a interromper o trabalho dos médicos cubanos. As associações médicas conseguiram uma sentença, na Justiça, que anulou o acordo a partir da constatação de que eles não haviam revalidado seu diploma no país e não poderiam exercer a profissão no Brasil. O mesmo argumento é colocado agora. Informados de que o governo brasileiro pretende aprovar – ou rejeitar – os candidatos a partir de seu histórico escolar e da faculdade que lhes deu o diploma, sem fazer o exame de revalidação, chamado Revalida, os médicos reagem. “A isenção da prova é um absurdo. Em vez de criar estrutura em hospitais e postos e de transformar a carreira médica em uma carreira de Estado, o governo inventou uma manobra política para fazer de conta que o problema do Brasil é a falta de médicos. Na verdade, a crise é de gestão, de dinheiro muito mal aplicado. Não faltam médicos, falta estrutura mínima para que eles trabalhem na rede pública”, diz o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto D’Avila.
GASTOS EVITÁVEIS
Gasta-se muito no País com o tratamento das complicações de
doenças que deveriam 
ser controladas no atendimento básico de saúde,
mas não o são Em 2012, por exemplo, o governo gastou R$ 3,6 bilhões apenas
com o tratamento de complicações associadas ao sobrepeso e à obesidade.
Entre elas, diabetes tipo 2, diversos tipos de câncer (pâncreas, colorretal,
endométrio e mama) e doenças cardiovasculares
O Ministério da Saúde alega que, se aplicasse o Revalida, não poderia impedir os médicos estrangeiros de trabalhar em qualquer ponto do País – em vez de mantê-los, sob contrato de três anos, em pontos distantes do país. O debate, nessa questão, pode nunca terminar. É legítimo, como sugerem as entidades médicas, observar que o governo procura um atalho para não submeter os estrangeiros ao exame Revalida, duríssimo, que, em sua última versão, aprovou menos de 9% dos candidatos e, na penúltima, 12%. Mas também é legítimo procurar assistir imediatamente uma população que não tem direito a nenhum médico para zelar por sua saúde. Quem diz isso é Hans Kluge, diretor da Divisão dos Sistemas de Saúde Pública da Organização Mundial de Saúde. Entrevistado pela BBC Brasil, Kluge disse que a vinda de estrangeiros não é nenhuma opção milagrosa, mas pode ser útil a curto prazo.
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Embora os médicos sejam personagens centrais no sistema de saúde de um País, o debate sobre o atendimento tem um caráter político. Interessa a toda a população, que irá arcar com cada centavo do programa – orçado em R$ 7, 4 bilhões – com o dinheiro de seus impostos. Desse ângulo, como sabe qualquer pessoa que já sofreu um acidente de automóvel, um enfarto dentro de um avião ou enfrentou imprevistos semelhantes, ninguém pergunta pelo diploma de um médico que estiver por perto. Apenas agradece por sua presença única. São pessoas nessa situação que podem ser beneficiadas pelos médicos estrangeiros.
Com reportagem de Nathalia Ziemkiewicz 
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Sport bate o JEC pela Série B.

Atacante Lima chegou a marcar dois e virar maior artilheiro da história do Tricolor, mas não garantiu vitória


JEC perde em casa para o Sport pela Série B do Brasileiro Rodrigo Philipps/Agência RBS
Foto: Rodrigo Philipps / Agência RBS
O JEC perdeu em casa para o Sport por 2 a 3 pela Série B do Brasileirão. A partida aconteceu neste sábado na Arena Joinville. 

> > > GALERIA DE FOTOS: veja mais imagens da partida < < <

O Joinville perdeu o Carlos Alberto logo no começo de jogo e Eduardo, fora dos jogos pelo Tricolor por uma lesão no ombro, pode fazer seu retorno. Mas ao invés de comemorar, o torcedor Tricolor lamentou o gol de Camilo, numa falha de reposição de bola, que deixou o time visitante na frente do placar. 

O Tricolor tentou se recuperar no marcador, mas não conseguiu e o primeiro tempo terminou com JEC 0 x 1 Sport.

No segundo tempo o JEC voltou com vontade de ficar na frente no placar, mas foi o Sport que ampliou o placar com Marcos Aurélio, aos cinco minutos. Logo após Lima se tornou o maior artilheiro da história do Joinville, fazendo o primeiro do Tricolor na partida e o 131º dele pelo time.

Na pressão o Tricolor ainda conseguiu um pênalti, aos 29 e incendiou a torcida na Arena. Lima cobrou e marcou, deixando tudo igual no marcador. O Tricolor foi pra cima mas foi o Sport que voltou a ficar na frente do placar, com Renan. 
diariocatarinense


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Aids: Brasil testará tratamento preventivo contra o HIV


Pesquisadores darão remédios para homens com alto risco de infecção

Vírus HIV
Vírus HIV: A partir de agosto, pesquisadores brasileiros vão recrutar 500 homens para testar tratamento preventivo(Thinkstock)
O uso de medicamentos antirretrovirais para prevenir a infecção por HIV — a chamada terapia pré-exposição — será testado no Brasil. Um estudo coordenado pela Fundação Oswaldo Cruz, com participação da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e do Centro de Referência e Treinamento DST-Aids, da Secretaria de Saúde de São Paulo, acompanhará, durante um ano, 500 voluntários homens que fazem sexo com homens e travestis.
Os antirretrovirais são medicamentos usados para controlar a infecção pelo HIV em pessoas contaminadas. A combinação desses medicamentos é dada a pessoas logo após o contato com o vírus para tentar evitar que a infecção aconteça. A ideia de uma terapia preventiva contra o HIV é orientar os indivíduos com alto risco de contaminação a tomar antirretrovirais diariamente. Assim, caso haja o contato com o vírus da aids, as drogas conseguem suprimi-lo.
A eficácia da profilaxia antes da exposição ao HIV já foi comprovada por vários estudos. Um deles teve participação de pesquisadores da Fiocruz, Universidade Federal do Rio de Janeiro e Universidade de São Paulo. Segundo os trabalhos, grupos que seguiram a terapia não se infectaram com o HIV.
“O nosso estudo avaliará como colocar em prática essa estratégia: a melhor forma de acompanhar a população que usa o medicamento, como preparar as equipes de saúde”, diz Beatriz Grinsztejn, coordenadora da pesquisa. Os resultados podem ajudar a dar mais elementos para o governo avaliar a adoção da terapia preventiva no país.
O recrutamento dos voluntários começará em agosto. Cartazes com “Um comprimido por dia pode prevenir HIV/Aids” serão espalhados por locais frequentados pela comunidade gay. O medicamento usado, uma combinação de antirretrovirais, não é ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS). veja.com
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sexta-feira, 5 de julho de 2013

Moradores do Leblon, Rio de Janeiro, pedem para que o prefeito Sérgio Cabral, deixe o bairro

Sensacional ! Documento foi distribuído antes da confusão que aconteceu na quinta (4).
Vizinhos querem que o governador vá para o Palácio Laranjeiras.

Priscilla SouzaCom informações do G1.

Abaixo-assinado pede que Cabral deixe o Leblon (Foto: Reprodução)Abaixo-assinado pede que Cabral deixe o Leblon
(Foto: Reprodução)
Moradores do Leblon, na Zona Sul do Rio, organizaram um abaixo-assinado pedindo que o governador Sérgio Cabral deixe o bairro. O documento foi elaborado e distribuído, na quarta-feira (3), antes do confronto nesta quinta (4), aos moradores dos prédios da Rua Aristídes Espínola, onde o governador mora, e de prédios dos dois quarteirões próximos.
No texto, a psicóloga Cynthia Clark, moradora do prédio vizinho ao de Cabral, parecia prever a confusão ao dizer "tememos que as manifestações, até agora pacíficas, se tornem violentas e, caso haja confronto entre manifestantes e policiais ainda tenhamos que conviver com tiros, balas de borracha e gás lacrimogêneo". O protesto realizado na noite desta quinta-feira começou pacífico e terminou em confusão. A Polícia Militar alega que foi atacada com pedras pelos manifestantes, enquanto uma das líderes do grupo "Ocupa Cabral", Luiza Dreyer, negou o ataque e afirmou que a PM agiu com truculência.
Em entrevista ao G1, Cynthia Clark defendeu os manifestantes que acamparam durante mais de uma semana na esquina da rua, e foram retirados pela PM do local na madrugada de terça (2), e disse que é a favor dos protestos pacíficos.
"A grande maioria [dos moradores] é favoravel às manifestações pacíficas. Aquele grupo que acampou aqui durante uma semana era um grupo ótimo. Sempre ia lá conversar com eles. A manifestação de moradores da Rocinha e do Vidigal também foi uma maravilha", disse.
Moradora há quase 20 anos do bairro, Cynthia disse, no entanto, que a presença de forte aparato policial na rua e o aumento na frequência das manifestações na rua causam transtornos aos moradores. "Essas passeatas sempre existiram, mas agora estão com maior frequência em todo o país. A minha previsão [de confusão] no abaixo-assinado se concretizou até mais cedo do que eu imaginava".
'Que ele vá para o Palácio', diz moradora
O documento diz que as mudanças na região começaram a partir de 2007, no primeiro mandato do governador Sérgio Cabral. "Desde então convivemos todos os dias com pelo menos duas 'patrulhinhas' estacionadas na rua (algumas vezes sobre a calçada), inúmeros carros de segurança com seus ocupantes (...)".
Por fim, os moradores, que estão recolhendo assinaturas no documento, pedem que o governador deixe o bairro. "Acreditamos que só há uma solução (...) o senhor deixar de confundir sua vida privada com sua vida pública, e passar a morar no lugar destinado a ser moradia do governador do Estado do Rio de Janeiro: o Palácio Laranjeiras".
A moradora Cynthia Clark considera que a permanência do governador no Leblon representa, inclusive, gasto extra ao estado. "Acho que é um capricho dele querer morar aqui, e ainda um gasto em dobro porque [o governo] tem que manter o Palácio Laranjeiras, além de manter o aparato de segurança aqui [Leblon], além do aparato para que ele se locomova. É um gasto substancial", disse a psicóloga, acrescentando que alguns moradores se recusaram a assinar o documento por medo.
A artista plástica Vânia Castilho, de 74 anos, que mora na mesma rua, assinou o documento por considerar que a situação ficou insustentável, mas frisou ser a favor dos protestos.
"Desde de que ele veio para cá, nossa vida mudou. Ontem [quinta-feira] todo mundo ficou apavorado. Eu sou favor da manifestação, não sou a favor é da agressão. Acho que não é o pessoal das passeatas que está fazendo isso. É outro grupo que aproveita a oporunidade para fazer vandalismo. Mas os protestos têm que continuar. Se o povo não fizer nada, onde vamos parar? Eu mesma, se fosse mais jovem, estaria lá também", disse Vânia, que mora na Rua Aristides Espínola há 48 anos.
O governador Sérgio Cabral disse, por meio de nota nesta sexta-feira, que a PM agiu corretamente e lamentou que entre os manifestantes "tivesse gente jogando pedra com interesse de conflito".
Manifestantes atearam fogo em objetos na Avenida Delfim Moreira (Foto: Luís Bulcão/G1)Manifestantes atearam fogo em objetos na Avenida Delfim Moreira (Foto: Luís Bulcão/G1)
Moradores mudam a rotina
A presidente da Associação de Moradores do Leblon, Evelyn Rosenzweig, diz que as manifestações estão prejudicando o bairro e defende que sejam realizadas no Palácio Guanabara, sede do governo estadual.
"Eu não sou contra manifestação nenhuma, a gente precisa reivindicar e parece que eles [governantes] só ouvem no grito. Isso está atrapalhando a vida dos moradores. Está incomodando um bairro inteiro, não é só uma rua. Só acho que o lugar ideal para a manifestação não é ali [Leblon]", disse Evelyn.
Os protestos têm mudado a vida de quem mora ou trabalha na região. "A gente fica receoso. O povo tem que lutar sim pelos seus direitos. Mas como, às vezes, a manifestação fica perigosa, eu até saio do trabalho mais cedo para evitar qualquer tipo de problema", disse o segurança Sidnei Oliveira, de 36 anos.
Também moradora da mesma rua que Sidnei, a turismóloga Renata Vieira, de 31 anos, é igualmente a favor dos protestos, mas confessou que prefere não passar pela via onde mora o governador.
"Um caminho alternativo é melhor, uma vez que eu sei que pode ter uma confusão a qualquer momento. O povo tem que continuar a lutar pelos nossos direitos. Os governantes querem fazer do jeito deles, mas nós não podemos deixar", explicou.

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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Miguel promete ações e mudanças em Bom Jardim

É hora de mudar !

O prefeito Miguel Barbosa, reuniu assessores, vereadores, técnicos do Governo do Estado e populares em seminário preparatório para a Segunda Conferência das Cidades em Bom Jardim - PE, na tarde desta terça-feira (4), na sede do Poder Legislativo Municipal. Em seu discurso convidou a população para participar  das próximas etapas da conferência, afirmou ser este um momento importante para tirar da gaveta o Plano Diretor e coloca-lo em prática por uma cidade melhor, por uma cidade organizada para todas as gerações. Vamos tentar atrair investidores para fazer crescer o turismo e a economia local, disse o prefeito. Técnicas do Estado apresentaram estudo sobre o saneamento básico da cidade. Estudos apontam     para a necessidade de investimentos da ordem de trinta milhões de reais para resolver os problemas urbanos de Bom Jardim. É um espanto !??

MUDANÇA: Participando de entrevista na revista da Manhã, com o repórter Carlos Alfeu, da Rádio Jornal de Limoeiro, Miguel afirmou que irá reiniciar as obras de reforma do Club Varonil, praça da vila da Cohab com recursos oriundos do governo estadual, irá fazer a praça de eventos de Umari,  ginásio com quadra dos   Freitas (Requerimento do Vereador Professor Edgar, ano de 2005 e 2006), construção de escola e calçamento na Comunidade do Barroncos. Miguel, convidou o povo de Bom Jardim e Região para as festividades da emancipação política  nos dias 17,18 e 19 de julho. É sabido que nos bastidores o  prefeito prepara uma mudança administrativa. 

Espaço  da Câmara é pequeno para acomodar o público 
 Dra. Iris Fernanda, fez  apresentação do que será a Conferência das Cidades em Bom Jardim
 O secretário Gildo Leal, irá coordenar reuniões com moradores dos bairros da cidade.
                   Fotos: Edgar S. dos Santos.

A Constituição de 1988 consagrou o princípio da participação social como forma de afirmação da democracia. A partir de então houve uma multiplicidade de instâncias de participação que cumprem o papel de verdadeiras arenas públicas, lugares de encontro entre sociedade e estado. As conferências constituem a oportunidade máxima de participação e pactuação política ao construir um espaço para a sociedade compartilhar a elaboração e avaliação das políticas públicas e de sua implementação. 

As Conferências das Cidades colocam na agenda pública e política questões urbanas que sempre foram preteridas ou tratadas apenas no âmbito local (ocupação de risco, saneamento ambiental, regularização fundiária, conflitos fundiários, urbanização de assentamentos precários, acesso a moradia para a população de até 3 salários mínimos e mobilidade urbana, entre outros). Elas promovem a formação de redes de difusão de informações sobre a função social da cidade e da propriedade e fortalecem o Conselho das Cidades, que age como o interlocutor das propostas aprovadas em plenárias, ampliando a participação popular.

A 5ª Conferência Nacional das Cidades “Quem muda a cidade somos nós: Reforma Urbana já!” será presidida pelo Ministro de Estado das Cidades e se realizará em Brasília, no período de 20 a 24 de novembro de 2013.

A organização do evento é de responsabilidade do Ministério das Cidades com o apoio do ConCidades - Conselho das Cidades, conforme a Resolução Normativa nº 14 de 06 de junho de 2012, que aprova o Regimento da 5ªCNC. 

Estima-se que a conferência receba cerca de 3.000 participantes, sendo aproximadamente 2.681 delegados e 400 observadores, desses 1.689 são delegados eleitos nas Conferências Estaduais, 250 são delegados indicados pelo Governo Federal, 561 são delegados indicados pelas entidades membro do Conselho das Cidades e 181 são conselheiros do Conselho das Cidades de âmbito nacional, os chamados delegados natos.

5ª Conferência Nacional das Cidades

Temática: “QUEM MUDA A CIDADE SOMOS NÓS: REFORMA URBANA JÁ”.

Será realizada no período de 20 a 24 de novembro de 2013, em Brasília-DF, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, sob a responsabilidade do Ministério das Cidades, e será precedida das etapas preparatórias: Conferências Municipais que deverão acontecer de 1º de março a 1º de junho de 2013 e Conferências Estaduais que deverão acontecer de 1º de julho a 28 de setembro de 2013.  cidades.gov.br/
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Marina Silva no Ratinho



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Renan usou avião da FAB para ir a casamento


Segundo 'Folha de S.Paulo', Renan foi a casamento em Trancoso (BA). 
Ele não respondeu se foi ao casamento, mas disse ter direito ao avião.

Com informação do G1.

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), usou avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para ir a um casamento na Bahia no último dia 15, segundo informou nesta quinta-feira (4) o jornal "Folha de S. Paulo".
A assessoria da FAB confirma que Renan usou o avião para ir de Maceió a Porto Seguro, mas disse que não sabe o motivo da viagem do senador.
Segundo o jornal, Renan foi a Trancoso, localidade próxima a Porto Seguro, para o casamento da filha do senador Eduardo Braga (PMDB-AM), líder do governo no Senado.
Nesta quinta, ao chegar ao Senado, Renan foi questionado por jornalistas sobre o uso do avião, mas não esclareceu se foi ao casamento.
“Deixa eu explicar. O avião da FAB usado por mim é um avião de representação. E eu o utilizei como tenho utilizado sempre, na representação como presidente do Senado”, disse o senador.
Perguntado se reembolsaria o dinheiro da viagem, Renan respondeu: "claro que não".
Em nota oficial, a assessoria do parlamentar afirmou que ele usou o avião como representante do Senado e que a viagem foi "para cumprir compromisso como presidente do Senado" (veja a íntegra da nota ao final deste texto).
O decreto presidencial 4.244 de 2002 diz que autoridades, como o presidente do Senado, podem viajar em aviões da FAB nas seguintes circunstâncias: por motivo de segurança e emergência médica; em viagens a serviço; e em deslocamentos para o local de residência permanente.
Na agenda oficial do presidente do Senado, que fica disponível na página do Senado na internet, não consta nenhum compromisso oficial no dia 15 de junho.
Presidente da Câmara
No último fim de semana, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN),levou parentes e amigos de Natal para o Rio de Janeiro em avião da FAB. Segundo Alves, ele foi ao Rio para um encontro com o prefeito Eduardo Paes (PMDB).
No domingo, o grupo assistiu à final da Copa das Confederações, no Maracanã, entre Brasil e Espanha. Eles ocuparam cadeiras destinadas a torcedores, e não às autoridades. Alves afirmou que vai depositar R$ 9,7 mil nos cofres da União para cobrir as despesas de viagem dos seis acompanhantes.
Leia abaixo a nota divulgada pelo presidente do Senado:
NOTA

Em relação à publicação do jornal “Folha de São Paulo”, o senador Renan Calheirosesclarece que exerce cargo de representação por ser presidente de Poder, como  presidente do Senado Federal.
É o mesmo que acontece com a Presidência da República, chefe do Poder Executivo. Não é, por exemplo, o que acontece com ministros de Estado. A viagem, portanto, foi para cumprir compromisso como presidente do Senado Federal, ou seja, compromisso de representação. 
O Estado determina que seja assegurado aos presidentes dos três poderes transporte e segurança como previsto no Decreto 4.244 de 2002 e de acordo com a Constituição Federal.

Assessoria de Imprensa do Senador Renan Calheiros
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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Exército depõe o presidente do Egito





Do UOL.





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3.jul.2013 - Partidários do presidente egípcio Mohammed Mursi fazem manifestação de apoio ao líder deposto, em Ancara, Turquia. Na praça Tahrir, no Cairo, Egito, milhares de pessoas comemoram a destituição de Mursi Adem Altan/ AFP
O presidente Mohamed Mursi foi deposto nesta quarta-feira (3) por um golpe militar apoiado por grande parte da população. O ministro da Defesa do Egito e comandante das Forças Armadas, Abdeh Fattah al Sissi, disse na TV que está suspensa a Constituição do país. 
Segundo a emissora de TV Al Jazzera, quatro pessoas foram mortas em confrontos entre partidários de Mursi e as forças de segurança na cidade de Marsa Matruh, ao norte do país, depois de decretado o golpe militar. O governador Badr Tantawi disse à Reuters que todos os mortos eram apoiadores de Mursi.
Segundo o ministro, Mursi "não atendeu às demandas da população". Em um pronunciamento transmitido pela rede de TV oficial, Sissi afirmou que caberá à Suprema Corte Constitucional do Egito convocar novas eleições presidenciais e parlamentares, além de elaborar a nova Constituição do país.
O chefe da Suprema Corte Constitucional, Adly Mansour, 68, governará o país no período de transição, de acordo com o ministro da Defesa. 
Em um post no perfil da presidência do Egito no microblog Twitter, Mursi pediu à população que resista ao golpe de Estado.

Golpe um ano depois

O presidente (agora deposto) do Egito foi eleito democraticamente, mas é visto por opositores como um mero fantoche da Irmandade Muçulmana, partido que governava o país de fato. Mursi assumiu o cargo em 2012, após um outro levante egípcio, o de 2011, que depôs o então presidente Hosni Mubarak.
A gestão de Mursi foi considerada insatisfatória. Apesar das sucessivas promessas de que ouviria a oposição, na visão de seus críticos Mursi governou tendo em vista unicamente os interesses da Irmandade Muçulmana - jocosamente apelidada de "Irmandade da Ocupação" pelos manifestantes.
O mandato do presidente durou exatamente um ano. Desde o domingo (30), data do 1º aniversário de Mursi no poder, manifestantes têm ido às ruas pedindo sua renúncia. 

Ultimato

Na segunda-feira (1º), o Exército disse que, se as forças políticas envolvidas no impasse político do país não se entendessem em até 48h, os militares interviriam para que fosse seguido o "mapa" que as Forças Armadas desenharam para o Egito.

LOCALIZAÇÃO DO CAIRO

O prazo para respostas do governo ao ultimato do Exército terminou nesta quarta-feira (3), às 16h30 na hora local (11h30 de Brasília). Na véspera do golpe, terça-feira (2), Mursi fez um pronunciamento na TV dizendo que sua eleição foi democrática e que lutaria até a morte para defender sua legitimidade no cargo. Nesta quarta-feira (3), o político propôs por meio de sua página no Facebook a formação de um governo de coalizão para tirar o país da crise política.

Futuro de Mursi

Segundo agências de notícias, Mursi teve a prisão decretada pela Justiça do país. O presidente deposto do Egito e líderes da Irmandade Muçulmana foram considerados culpados por uma fuga de uma prisão em janeiro de 2011. Segundo um tribunal egípcio, a Irmandade Muçulmana organizou a fuga com a ajuda de integrantes do Hamas palestino e do Hezbollah libanês.
É essa investigação que resultou agora na proibição a Mursi e vários líderes da Irmandade Muçulmana de deixarem o território egípcio. Funcionários aeroportuários disseram à agência de notícias "AFP" que receberam ordens de impedir que Mursi, o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e o número dois da confraria, Jairat al Shater, saiam do país.




Crise no Egito - 12 vídeos






 

Reação internacional

Antes da confirmação do golpe de Estado no Egito e pronunciamento dos militares, o governo brasileiro condenou a medida e defendeu uma solução negociada com a sociedade egípcia.

"Os egípcios querem resultados rápidos de uma revolução que ainda vai completar três anos. É preciso ter paciência", disse o emissário do Brasil para o Oriente Médio mais a Turquia e o Irã, embaixador Cesário Melantonio Neto.

CRONOLOGIA

  • Mursi assumiu a Presidência em junho de 2012
Também antes do golpe, o Departamento de Estado dos EUA disse que a melhor solução para o impasse no país seria uma saída política. O órgão afirmou ainda que Mursi deve fazer mais para responder aos apelos da população do Egito

Curiosamente, na Síria, que há dois anos vive uma guerra civil pela saída do presidente, Bashar Assad, a TV estatal exibiu nesta quarta-feira (3) uma entrevista com um integrante do governo sírio favorável ao golpe no país.
"A crise no Egito pode ser superada se Mursi perceber que a maioria da população egípcia o rejeita e pede a ele que saia", afirmou Omran Zoabi, ministro da Informação do país, segundo a agência estatal "Sana".  

Debandada do país

A Embaixada dos EUA no Cairo ordenou que todos os seus funcionários considerados não necessários deixem o Egito, logo após o anúncio de deposição do presidente Mohammed Mursi, nesta quarta-feira.
De acordo com agências de notícias, a partida dos funcionários deve começar imediatamente e todos deverão ter saído do país até o final da semana. 

Mortos na madrugada

Pelo menos 16 pessoas morreram e 200 ficaram feridas em um ataque contra manifestantes pró-Mursi nos arredores da Universidade do Cairo, informou a TV estatal, citando o ministério da Saúde.
Ao todo, o número de mortos em confrontos pode chegar a 23. Na maioria dos protestos no país, não houve relatos de confrontos violentos. (com agências)

ENTENDA A CRISE NO EGITO

A QUE SE DEVE A NOVA CRISE?O descontentamento começou em novembro de 2012, quando o presidente do Egito, Mohammed Mursi, promulgou um decreto pelo qual estendia mais poderes para si mesmo. Desde então, houve uma cisão política no país. De um lado, Mursi e a Irmandade Muçulmana; de outro, movimentos revolucionários e liberais.

Essa divisão política foi propiciada por uma constituição polêmica, escrita por um painel dominado por islamitas.

O fato foi agravado pelo que a oposição chamou de decisão unilateral adotada pelo governo. Alguns alegaram que muitos dos membros da Constituinte egípcia foram indicados pela Irmandade Muçulmana com base em critérios que privilegiaram a lealdade à competência.
O QUE MURSI DIZIA?Apesar de admitir que cometeu alguns erros, Mursi insinuou que os protestos foram motivados por ex-membros do antigo regime e seus associados. Ele também culpa a oposição por não responder a seus pedidos para a construção de um diálogo nacional. Tais indicações ficaram claras em um pronunciamento à nação em 26 de junho deste ano.

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