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quinta-feira, 14 de junho de 2018

Diários de Einstein revelam racismo e xenofobia desconhecidos


Albert Einstein escrevendo em um quadro negroDireito de imagemAFP/GETTY
Image captionAlbert Einstein escreveu os diários entre outubro de 1922 e março de 1923
"Pessoas industriosas, imundas e obtusas."
Diários de viagens recentemente publicados revelam visões racistas e xenofóbicas do físico alemão Albert Einstein, cientista mais famoso do mundo e "pai" da Teoria da Relatividade - que chegou a se engajar, contraditoriamente ou não, na luta contra o racismo que enxergava, no século 20, nos Estados Unidos.
Escritos entre outubro de 1922 e março de 1923, os diários registram as viagens que fez com a mulher, Elsa, por países da Ásia e do Oriente Médio, mostrando generalizações negativas que usava para descrever povos e áreas que encontraram nessas regiões, com particular crueldade quando se refere aos chineses.
"São pessoas industriosas, imundas e obtusas", escreveu sobre eles em um dos trechos.
Einstein defenderia mais tarde os direitos civis nos Estados Unidos, chamando o racismo de "doença de pessoas brancas".
Esta é a primeira vez que os diários são publicados como um volume independente em inglês.
Publicado pela Princeton University Press, The Travel Diaries of Albert Einstein: The Far East, Palestine, and Spain, 1922-1923 (Os Diários de Viagem de Albert Einstein: O Extremo Oriente, Palestina e Espanha, 1922-1923, em tradução livre) foi editado por Ze'ev Rosenkranz, diretor assistente do Projeto Einstein Papers, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Einstein viajou da Espanha para o Oriente Médio, passando depois pelo Sri Lanka - na época chamado de Ceilão - a caminho de China e Japão.
Albert Einstein em navio com a mulher dele, Elsa, em 1921Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEinstein embarcou para a viagem que registra nos diários junto com sua mulher, Elsa

Comentários impróprios

O físico descreve a chegada a Port Said, no Egito, dizendo ter deparado com "levantinos de todas as tonalidades ...", se referindo a pessoas de uma grande área do Oriente Médio chamada Levante, "como se fossem vomitados do inferno" e entrassem em seu navio para vender mercadorias.
Também descreve seu tempo em Colombo, no Ceilão, afirmando que o povo "vive com uma grande imundície e considerável fedor no chão" e "faz pouco e precisa de pouco".
Seus comentários mais ferozes têm como alvos, porém, o povo chinês.
De acordo com uma reportagem do jornal britânico The Guardian sobre os diários, Einstein descreve crianças chinesas como "sem espírito e obtusas", e diz que seria "uma pena se os chineses suplantassem todas as outras raças".
Em outros registros, ele chama a China de "nação peculiar, com cara de rebanho" e "(com a população) mais parecida com autômatos do que com gente", antes de afirmar que há "pouca diferença" entre homens e mulheres chineses e questionar como os homens são "incapazes de se defender" da "atração fatal" feminina.
Reconhecido por seu brilhantismo científico e seu humanismo, Einstein emigrou para os EUA em 1933, após a ascensão de Adolf Hitler e do partido nazista na Alemanha.
O cientista judeu descreveu o racismo como "uma doença de brancos" em um discurso que fez em 1946 na Universidade Lincoln, na Pensilvânia.
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Diários refletem mudanças de opinião

O correspondente da BBC News em Washington, Chris Buckler, observa que a Teoria da Relatividade mudou a forma de as pessoas pensarem sobre o espaço e o tempo, e que "esses diários demonstram como as próprias opiniões do cientista sobre raça parecem ter mudado ao longo dos anos".
"Os escritos podem ter sido concebidos como reflexões pessoais, privadas, mas sua publicação deve incomodar algumas correntes na América, onde ativistas ainda celebram Albert Einstein como uma das vozes que ajudaram a lançar luz sobre a questão da segregação (racial)", diz Buckler.
O jornalista lembra que, quando se mudou para os EUA em 1933, o alemão foi surpreendido por escolas e cinemas separados para negros e brancos.
Posteriormente, ele se juntou à Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, uma das mais antigas e influentes instituições americanas com o objetivo de garantir igualdade de direitos políticos, educacionais, sociais e econômicos para todos, buscando eliminar a discriminação racial no país.
Conta-se que Einstein dizia ver semelhanças entre a forma como os judeus eram perseguidos na Alemanha e como os afro-americanos estavam sendo tratados em sua nova pátria.
Ele escolheu a Lincoln University, na Pensilvânia, uma universidade historicamente negra, para fazer um de seus discursos mais contundentes apenas um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Pesquisadores que estudam seus escritos da década de 1920 podem argumentar que suas crenças relacionadas à questão possivelmente se baseassem em seus próprios sentimentos.
"Seus diários estão repletos de reações instintivas e visões pessoais. No contexto do século 21, são pensamentos que podem manchar a reputação de um homem reverenciado quase tanto como humanitário quanto como cientista", analisa Buckler.
Ele pondera, no entanto, que tais palavras foram escritas antes que o alemão visse o que o racismo poderia provocar na América e na Alemanha - um país de onde havia efetivamente fugido.
Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 12 de junho de 2018

POLÍTICA:Existe no Brasil alguém capaz de ouvir os corações daqueles que se recusam a odiar?

Não é verdade que a última pesquisa do Datafolha sobre as eleições presidenciais não revelou nada de novo


Não é verdade que a última pesquisa do Datafolha sobre as eleições presidenciais não revelou nada de novo. Uma leitura cuidadosa e sem preconceitos ideológicos mostra que o partido daqueles que escolheram como lema o ódio a tudo e a todos é minoritário e perdedor. A tal ponto que Marina Silva, uma das candidatas hoje com maiores chances de vitória na ausência de Lula, é a menos raivosa e a mais positiva e amante do diálogo. Nada em sua candidatura ostenta o selo já não de ódio, mas de confronto ou violência. É sua a feliz frase: “Uma arma nunca será o símbolo do Brasil que eu amo.” Nem uma arma, nem o ódio. Nunca é mordaz.
Nas simulações do Datafolha, Marina, acusada de ausente, de silenciosa, aquela que não infecta as redes com ódio e advoga um Brasil mais comprometido com a defesa da Terra, mais justo e menos corrupto em que todos sejam capazes de ouvir as razões de quem pensa diferente, obteria 42% em um segundo turno contra 32% de Bolsonaro, 42% contra 27% de Alckmin e 41% contra 29% de Ciro Gomes.
Como comentou o leitor Hugo Leandro neste jornal: “É um resultado inexplicável. Ninguém conhece seus eleitores e venceria todos.” Não serão esses os eleitores que se recusam a seguir a moda do ódio a qualquer custo? Mais específico, o leitor Thiago Arruda escreve: “Talvez Marina seja capaz de superar o ódio promovido pela polarização.”
Sem dúvida, os milhões que, de acordo com a pesquisa, votariam em Marina – que, nas poucas vezes que fala, é para evocar a ética, a solidariedade, o diálogo e a capacidade de ouvir – não são aqueles que fizeram do ódio ou da vingança sua bandeira. Os políticos corruptos podem ser punidos, mas, como me disse ela em uma entrevista, “sem a necessidade de odiá-los. São punidos negando-lhes o voto.”
Os 34% dos brasileiros que, sem Lula no páreo, anunciam que ou não votarão ou anularão o voto serão filhos do ódio ou melhor, do desencanto, do fato de não encontrar um candidato capaz de ouvir, sem exigir-lhes ódio, seus desejos de esperança em um Brasil mais igual e ainda mais feliz? Se esses milhões fossem frutos do ódio, não lhes faltariam candidatos. Abstêm-se porque talvez não encontrem aquela luz na janela que o papa João XXIII deixava acesa à noite, quando ainda era anúncio na Bulgária. Fazia isso para que, caso alguém precisasse de sua ajuda, pudesse entrar sem se anunciar. “Não perguntava quem eram nem se acreditavam ou não em Deus, mas o que precisavam”, disse ele a um grupo de jornalistas.
Se me perguntam, nem aqueles que, com Lula condenado e na prisão, estariam decididos a votar nele são do partido do ódio. Milhões de pobres não identificam Lula com um partido, mas com o presidente “paz e amor”, aquele que não queria que nenhum brasileiro passasse fome. Não, os hipotéticos votos para Lula não podem ser capitalizados pelos amantes de um país dividido e com desejo de sangue.
Marina Silva, em quem ninguém pode encontrar os estigmas da intransigência, teria mais razão do que muitos outros para trilhar o caminho da vingança e da beligerância já que, nas eleições de 2014, foi cruelmente acusada de querer tirar a comida dos pobres se chegasse ao Planalto. Soube que ela chorou com as imagens da televisão em que, quando se ouvia seu nome, a comida desaparecia do prato das crianças. E, no entanto, a silenciosa Marina pode ser criticada por muitas coisas, mas não de ser propagadora de ódio ou divisões entre os brasileiros. Ela afirma que “prefere perder ganhando do que ganhar perdendo”. Ganhar perdendo é possível usando as armas do medo, do ódio e da mentira. Perde-se ganhando quando se é capaz de estar disposto a perder antes de trair a própria consciência.
Quantos milhões de brasileiros existem que, em vez de ganhar a qualquer preço, até mesmo com a arma do ódio e da falta de escrúpulos, preferem a fidelidade à sua consciência, dormir sem pesadelos, capazes de olhar nos olhos de seus filhos sem se envergonhar? Tenho certeza de que muitos mais do que se pensa. Talvez a grande maioria. E esse é o Brasil que, apesar dos tropeços, ainda mantém o país de pé. Aquele que não tem vergonha de pronunciar palavras de esperança e concórdia. É o Brasil melhor, aquele que sabe conceber a vida não como uma batalha ou um tiroteio, mas desfrutando das pequenas ou grandes felicidades que o ódio sempre será incapaz de oferecer.
brasil.elpais.com
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 11 de junho de 2018

Mundo: O que querem Trump e Kim na cúpula histórica. 5 chaves da reunião em Cingapura

Ilustração com caras de Trump e Kim Jong-un
Image captionO encontro entre Trump e Kim Jong-un está marcado ocorrer nesta terça-feira em Cingapura
Donald Trump e Kim Jong-un... cara a cara.
É uma cena difícil de imaginar, mas, se tudo correr como planejado e os presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Norte se reunirem pela primeira vez nesta terça, em Cingapura, o encontro entrará para a História.
Mas o que pode sair daí? O que o líder norte-coreano realmente quer? Kim e Trump vão repetir os insultos que ambos trocaram no passado? Ou vão se abraçar como Kim fez com o presidente sul-coreano Moon Jae-in dois meses atrás?
Por que o encontro de Cingapura é tão importante?
A BBC News tenta responder a esta e a outras questões sobre esse encontro aqui.

Por que essa reunião será histórica?

Analistas e a imprensa vêm repetindo que esta será uma reunião "histórica", mas já houve outros encontros muito importantes ao longo das negociações que tentam normalizar a situação na península coreana.
Há apenas dois meses ocorreu outra "cúpula histórica": a dos dois líderes coreanos na fronteira que separa o Norte e o Sul, onde ambos se comprometeram a buscar a "completa desnuclearização" da península e o fim do conflito que se arrasta desde 1950.
No entanto, a conversa entre os governos norte-americano e norte-coreano é mais relevante.
Trump e Kim Jong-unDireito de imagemREUTERS
Image captionPara se encontrar com Trump, Kim realizou a viagem mais longa desde que passou a governar a Coreia do Norte
Por quê? Por uma razão simples: é uma situação sem precedentes. Nunca antes um presidente dos EUA, no exercício do cargo, reuniu-se com o líder norte-coreano no poder.
E isso não significa que essa conversa não tenha sido tentada antes ou que as negociações entre os dois países não ocorriam; mas nunca aconteceu de os governantes de ambas as nações se sentarem à mesma mesa.

Por que Cingapura?

Depois de cogitar lugares como a Mongólia e até a zona desmilitarizada que separa as duas Coreias - e que, apesar de seu nome, é uma das fronteiras mais militarizadas do mundo -, a Coreia do Norte e os Estados Unidos decidiram se reunir em Cingapura.
O pequeno e moderno país, localizado no sudeste da Ásia e considerado um dos "tigres" econômicos da região, é uma nação com a qual tanto os EUA quanto a Coreia do Norte têm boas relações e, portanto, é um espaço neutro e seguro.
Fachada do hotel CapellaDireito de imagemREUTERS/CAPELLA SINGAPORE
Image captionO luxuoso hotel Capella, que já abrigou cantores como Lady Gaga, é o local marcado para a reunião dos dois líderes em Cingapura
Pyongyang tem até uma embaixada na cidade-Estado, algo não muito comum, e sempre manteve com Cingapura uma estreita cooperação comercial, interrompida no ano passado pelo aperto das sanções internacionais.
Além disso, Cingapura também se orgulha de sua estabilidade e segurança, graças às inúmeras e rígidas regras que tem (como a proibição de protestos).

O que Trump está procurando na reunião? E Kim?

Vamos começar com Trump.
No início, o presidente dos EUA deixou claro que seu objetivo era que Kim se livrasse de suas armas nucleares imediatamente e de forma unilateral, mas depois moderou seu discurso.
Em entrevista ao canal Fox News, Trump disse que gostaria que a desnuclearização da Coreia do Norte fosse realizada "imediatamente, mas fisicamente uma fase transitória poderá ser um pouco necessária".
Imitadores de Kim Jong-un y Donald Trump.Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionImitadores de Kim Jong-un e Donald Trump já estão circulando por Cingapura
"Eu gostaria que soubéssemos o que Trump quer alcançar. De certa forma, o que ele está fazendo é redefinir o êxito que ele busca", diz David Kang, diretor do Instituto de Estudos Coreanos da Universidade do Sul da Califórnia.
A desnuclearização verificável, a meta estabelecida pelo presidente dos Estados Unidos, pode levar anos, segundo especialistas da área.
No entanto, o mero fato de que a reunião ocorra pode ser interpretado por ambos os líderes como um êxito.
"Ironicamente, o senso comum nos diz que a Coreia do Norte é quem quer reconhecimento e vê a reunião como um prêmio, mas, de certa forma, Trump também está feliz com esse encontro apenas para mostrar ao mundo que ele pode fazer algo que os outros não conseguiram no passado ", afirma Kang.
Kim, por sua vez, ao se sentar à mesa com Trump, busca ser "aceito internacionalmente como um poder nuclear", diz Sue Mi Terry, que trabalhou como analista de assuntos coreanos para a CIA (agência de inteligência dos EUA) entre 2001 e 2008 e como conselheira dos governos de George W. Bush e Barack Obama.
"Ele quer respeito (...). Após levar sete anos para terminar um programa de armas nucleares como o que ele diz ter concluído, ele não se importa em sentar com Washington como um igual e falar sobre o controle de armas."
Michael Madden, especialista em liderança norte-coreana, também acredita que ele vai buscar "segurança": facilitar futuras interações diplomáticas com os americanos e abrir as negociações para assinar o tratado de paz para acabar com a Guerra da Coreia - o conflito nunca terminou formalmente, apenas foi "congelado" pelo armistício assinado em 1953.
Tudo isso pode levar a Coreia à sua abertura para o mundo exterior, e assim o país conseguiria ajuda para sua debilitada economia. Este seria seu terceiro objetivo: melhorar a situação interna do país.
Kim Jong-un e Moon Jae-inDireito de imagemREUTERS
Image captionKim Jong-un e o líder sul-coreano Moon Jae-in se comprometeram a acabar com as hostilidades

O que eles conseguirão?

Em geral, analistas consultados pela BBC News Mundo não esperam grandes anúncios em Cingapura. Mas, segundo eles, isso não quer dizer que o encontro não seja considerado um sucesso diplomático.
"Se eu acredito que isso vai levar ao desmantelamento total e verificável do programa de armas nucleares da Coreia do Norte? Não. Mas será que vamos ter algum acordo sobre alguns aspectos do seu programa nuclear? Claro", diz Sue Mi Terry, atualmente associada ao Centro de Estudos Estratégicos e de Segurança de Washington.
"Esperamos um comunicado conjunto semelhante ao que aconteceu em Panmunjom", diz Madden, referindo-se às conclusões do encontro entre Kim e o líder sul-coreano em abril.
O melhor resultado possível, na opinião de Kang, é que os EUA e a Coreia do Norte falem em detalhes sobre como irão manter suas relações e que Pyongyang dê alguns passos a mais em direção à desnuclearização.

O mundo será um lugar mais seguro após esse encontro?

Embora ambos os líderes sejam bastante imprevisíveis e Trump tenha dito que abandonará a reunião caso as coisas não saiam bem, são poucas as chances de que a situação piore, diz Kang.
Para o diretor do Instituto de Assuntos Coreanos, já foram alcançados resultados inimagináveis ​​há seis meses.
"Se eu tivesse dito que a Coreia do Norte pararia voluntariamente seus testes de mísseis e testes nucleares, que desmontaria seus locais desses testes e estaria disposta à desnuclearização em seus termos, que iria aos Jogos Olímpicos de inverno realizados na Coreia do Sul, e que falaria de se abrir para o mundo, as pessoas teriam rido de mim!", diz ele. "E foi isso que ela fez, são grandes concessões (...) Então, mesmo que (a reunião) dê errado, teremos uma situação diferente da anterior."
Há também aqueles que são mais pessimistas.
"Trump e Kim não têm uma relação. O problema no caso da cúpula de Kim e Trump é que eles não têm um ponto para onde voltar", diz Nikolai Sokov, que trabalhou para o Ministério das Relações Exteriores da antiga União Soviética e participou de negociações com os EUA sobre as armas nucleares da Rússia. "Se eles falharem, será ruim."
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 10 de junho de 2018

Marina Esperança de um Brasil melhor. Datafolha revela que Marina vence no segundo turno


A ex-senadora Marina Silva (Rede) e o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) estariam à frente de Jair Bolsonaro (PSL) nas simulações de segundo turno propostas pelo instituto Datafolha a quase 3.000 eleitores em todo o Brasil, entre os dias 6 e 7 desta semana. Entre os dois, no entanto, apenas Marina tem vantagem superior à margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
A pesquisa, divulgada pelo jornal Folha de S. Paulo na madrugada deste domingo, 10, mostra que a pré-candidata da Rede teria 42% das intenções de voto, contra 32% do deputado do PSL em uma eventual disputa direta. O instituto mostra que brancos, nulos e indecisos, neste cenário, somariam 26%.
Já a vantagem de Ciro sobre Bolsonaro é de apenas dois pontos percentuais (36 a 34%) e, portanto, eles estão tecnicamente empatados. Caso os pré-candidatos do PDT e do PSL estivessem na segunda etapa, um número próximo ao da intenção de voto de ambos, 31%, não optaria nem por um nem pelo outro.
Ciro Gomes e Marina são os dois são os pré-candidatos que, de acordo com o levantamento do instituto, disputam vaga para enfrentar Jair Bolsonaro em um eventual segundo turno, nos cenários em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não consta da lista apresentada aos eleitores. Condenado em segunda instância, Lula está tecnicamente impedido de disputar a eleição, segundo o atual entendimento da Lei da Ficha Limpa.
Com informações de veja.abril.com.br
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Justiça manda retirar notícias mentirosas contra Marina Silva

REDE obtém do TSE a primeira decisão histórica contra o uso político criminoso da internet

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu, em caráter liminar, a retirada de cinco postagens mentirosas que associam Marina Silva com as investigações da Operação Lava Jato. A decisão proferida pelo ministro relator Sérgio Banhos confirma o que todos os documentos da Justiça (http://bit.ly/2JnnSJu) já comprovaram: que a pré-candidata da REDE à presidência não é investigada pela Operação Lava Jato e jamais recebeu propina ou caixa 2 em suas campanhas.
O ministro Gerson destacou que “é inegável que tais postagens podem acarretar graves prejuízos” e relembrou que as fake news não são um expediente novo, mas que foram sofisticadas com a utilização das redes sociais.” A decisão do ministro ressalta os riscos para a regularidade do processo eleitoral neste momento em que as mídias sociais multiplicaram a velocidade da comunicação, fazendo com que qualquer informação sem fundamento e maliciosa seja disseminada de forma rápida, fácil, barata e em escala exponencial, podendo se tornar desastrosa e enfraquecer candidaturas.
Citando a Era da Pós-Verdade e o mundo de incertezas do filósofo polonês Zygmunt Bauman, diga-se de passagem notadamente citado por Marina em muitas ocasiões, o ministro afirma na decisão que a intervenção da Justiça Eleitoral nas eleições de 2018 deve ser firme, mas cirúrgica, em função da relevância do papel das mídias sociais, para que se possa garantir todos o direito de votar de forma consciente, a partir de concepções fundadas na verdade dos fatos.
O ministro observa que as informações não têm comprovação e se limitam a afirmar fatos desprovidos de fonte ou referência, com o único objetivo de criar comoção a respeito da pessoa da pré-candidata.
Para a REDE, essa decisão é uma vitória histórica e emblemática contra a veiculação de notícias falsas. Nesta semana, o partido foi o primeiro a assinar o Termo de Compromisso contra as fake news, em reunião no Tribunal Superior Eleitoral. A advogada da REDE, Dra Carla Rodrigues, afirma que a decisão do TSE é um leading case, um caso pioneiro no país sobre fake news nas eleições de 2018 e que essa ação é só o começo.
Clique aqui e confira a decisão na íntegra
Fonte:redesustentabilidade.org.br/2018/06/07/tse-manda-retirar-fake-news-sobre-marina-na-lava-jato/
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Sexo e violência:Prostitutas de Bruxelas fazem greve em protesto após assassinato de colega


Profissional do sexo se exibe em vitrine próxima à estação Nord, em BruxelasDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionVitrines onde prostitutas se exibem e oferecem seus serviços amanheceram fechadas em Bruxelas
Ao chegar à estação Nord de Bruxelas nesta quarta-feira, os passageiros dos trens não verão pelas janelas as luzes de neon que caracterizam a "zona vermelha", a região central da capital belga onde se concentram bordéis e cabines de prostituição.
As prostitutas declararam greve e prometem manter fechadas as vitrines onde costumam expor seus corpos à espera de clientes.
Com o movimento inédito, querem protestar contra a crescente falta de segurança para exercer seu trabalho, regularizado como profissão pela legislação belga.
A decisão foi tomada depois do assassinato de uma colega na madrugada de terça-feira.
A vítima, uma imigrante nigeriana de 23 anos, foi apunhalada várias vezes em uma rua do bairro e ainda não há pistas sobre os autores do crime.
"Pedimos a todos os trabalhadores do sexo que podem permitir-se que parem de trabalhar ou expliquem a seus clientes o motivo de sua comoção", convocou o sindicato do setor (UTSOPI).

'Polícia não está nem aí'

Segundo a organização, as prostitutas de origem africana se sentem discriminadas e abandonadas pela polícia local.
'Zona vermelha' de BruxelasDireito de imagemMARCIA BIZZOTTO/BBC BRASIL
Image captionProfissionais do sexo querem mais segurança
"Quando acontece alguma coisa, nós ligamos e a polícia aparece uma hora depois, quando já é tarde demais. A polícia não está nem aí porque somos negras", acusou uma delas, que pediu para não ser identificada, em entrevista à televisão pública RTBF.
A emissora denunciou, no início do ano, os abusos que sofrem as trabalhadoras do sexo originárias da Nigéria, muitas delas obrigadas a prostituir-se para reembolsar dívidas contraídas para chegar à Europa.
"Elas têm que trabalhar sem parar porque têm dividas de até 20 mil euros para pagar. Se não, colocam em risco suas vidas e a de suas famílias", afirma Sarah De Hovre, diretora do centro Pag-Asa, que ajuda vítimas de tráfico humano.
Nos últimos meses, a polícia belga multiplicou as batidas de fiscalização e desmantelou várias redes de tráfico e de proxenetismo na capital, principalmente na "zona vermelha".
Se a prostituição como atividade privada é legal na Bélgica, beneficiar-se da prostituição alheia é um crime.
UTSOPI se reunirá nos próximos dias com as autoridades belgas para discutir como melhorar a segurança dos trabalhadores do sexo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE