Chuvas de janeiro em Bom Jardim, Surubim, Casinhas, João Alfredo, Orobó. Walter Borges registrou o momento:
"Pois é recordar é preciso! Eu meu Filho e o lendário pitota. Há mais de 30 anos que desfrutava eu e alguns amigos dessa maravilha e hoje uma das novas gerações passa a saber o que era uma infância feliz" *Walter Boreges. Veja foto antiga aqui em LEIA MAIS
Fotos: Walter Borges.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
O que tem a ver a luta pelos botos-cor-de-rosa do rio Amazonas com vendedores de peixes em cidades a centenas de quilômetros, ou com crianças que sofrem por tremores e dores de cabeça agudas?
A resposta é: muito. Na vasta Amazônia (que vai além do Brasil e inclui Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, Suriname, Venezuela, Guiana e Guiana Francesa), a luta pela conservação pode abrir uma verdadeira "caixa de Pandora", segundo o biólogo colombiano Fernando Trujillo, uma das principais autoridades do mundo em botos-cor-de-rosa.
Diretor científico da Fundação Omacha, Trujillo falou recentemente sobre seu trabalho na Royal Geographic Society, a Sociedade Real Geográfica de Londres, e mostrou como o uso de carne de botos como iscas traz luz à complexa realidade da região amazônica - uma área de 7 milhões de quilômetros quadrados e cerca de 34 milhões de habitantes - dos quais apenas 3,5 milhões são indígenas.
Além de terem gerado um documentário premiado, prestes a ser exibido pela Netflix, as pesquisas do cientista contribuíram para que o governo colombiano proibisse, neste ano, o consumo de um tipo de peixe contaminado por mercúrio da região.
Mas qual é a conexão entre o peixe e os botos?
'Deuses da água'
Fernando Trujillo estudou Biologia Marinha e chegou à Amazônia em busca de botos por conselho do explorador francês Jacques Cousteau.
"Os golfinhos me interessavam muito. Nesta época, meus professores na Colômbia me diziam que no país não havia botos ou golfinhos e que eu deveria buscá-los nos Estados Unidos", relatou o biólogo à BBC Mundo (o serviço de notícias em espanhol da BBC).
"Mas tive a sorte de conhecer o comandante Cousteau quando ele fez uma conferência na Colômbia na década de 1980. Ele me disse que não havia ninguém no país estudando os botos do Amazonas e perguntou: 'Por que você não vai?".
Trujillo acabou se mudando definitivamente para o pequeno povoado amazônico de Puerto Nariño. "Quase não tinha dinheiro, mas os indígenas me davam comida, emprestavam embarcações e começaram a me chamar de Omacha".
Trujillo deu esse nome à fundação que criou na Amazônia colombiana, como uma metáfora para o que significa "colocar-se no lugar de outra espécie".
Para os indígenas, os botos são animais sagrados. A grande ameaça à esta espécie, segundo o especialista, vem da pesca comercial.
"Quando os grandes bagres começaram a ficar escassos na Amazônia, começamos a notar no Brasil a pesca de um peixe carniceiro chamado piracatinga (Calophysus macropterus, também conhecido como douradinha, no Brasil, e mota, na Colômbia). Ninguém pescava a piracatinga na Colômbia, porque todo mundo sabe que ele come animais mortos - inclusive cadáveres humanos."
O pesquisador continua: "Até o ano 2000, havia um peixe muito consumido na Colômbia que se chamava 'el capaz'. Era um peixe do rio Magdalena. Mas quando este peixe começou a sumir, os comerciantes começaram a vender a piracacinga fingindo que era o 'el capaz'."
Assim começou a pesca maciça do peixe carniceiro - e a matança de botos cor de rosa, cuja carne e gordura se transformaram em iscas.
"Com apenas um boto morto usado como isca, os pescadores conseguiam pescar 250 quilos de picaratinga, o que gerou críticas em vários países", diz Trujillo.
No Brasil, estima-se que a pesca comercial mate 1,5 mil botos a cada ano.
Proibições
Um vídeo da matança gravado em 2014 gerou tal comoção que o governo brasileiro proibiu a pesca do peixe carniceiro por cinco anos.
Como efeito colateral deste controle no Brasil, a caça a botos se intensificou em países como Peru, Bolívia e Colômbia.
"Por toda a minha vida eu trabalhei com botos. Mas então me dei conta: agora o tema não são mais os golfinhos, e sim a pescaria", explica o pesquisador.
Trujillo começou então a investigar o consumo da piracatinga, suspeitando que, pelo fato de se tratar de um peixe carniceiro, seu organismo poderia ter altos índices de mercúrio.
"Começamos a colher amostras com Fundo Mundial para a Natureza, da ONG WWF", conta.
Após estudos oficiais, o governo colombiano condenou em 2015 o consumo do peixe e, em setembro de 2017, proibiu permanentemente sua captura e comercialização.
Trujillo disse à BBC Mundo que ainda é muito cedo para se analisar o impacto da proibição sobre a população de botos. Mas, segundo ele, ficou clara a conexão entre a conservação do Amazonas e a exploração ilegal de ouro, de onde provém o mercúrio.
O Mercúrio e o ouro
"Para um quilo de ouro é necessário 1,32 quilo de mercúrio. Muitas vezes, entretanto, usa-se até 10 quilos de mercúrio para isolar 1 quilo de ouro. O desperdício de mercúrio é enorme."
Quando os peixes carniceiros comem outros peixes contaminados, o mercúrio vai se acumulando, já que seu organismo não é capaz de eliminá-lo.
"O mercúrio ataca o sistema nervoso central, fígado, rins, causa temores e dores de cabeça agudas", diz Trujillo.
"Além disso, o mercúrio é uma substância que em altas concentrações pode ser teratogênica, ou seja, pode ocasionar malformações congênitas", diz.
"Houve uma época no Brasil em que começaram a confundir estes sintomas com ataques graves de malária", conta.
A Fundação de Trujillo e vários institutos e governos pesquisam alternativas econômicas para a Amazônia como o turismo, os cultivos de cacau orgânico e aquicultura - a criação de espécies nativas em fazendas aquáticas. A ideia é evitar assim o garimpo ilegal que usa grandes quantidades de mercúrio, assim como a pesca predatória.
Ameaças
Um documentario sobre este trabalho e a luta pelo boto-cor-de rosa abriu o festival de Tribeca, em Nova York, e em breve estará disponivel na Netflix.
"Há algumas décadas, se tivessem me falado de aquicultura no Amazonas eu teria dado risada", afirma. "Hoje é uma necessidade."
Nos últimos 20 anos, houve um crescimento exponencial na população na Amazônia, graças à exploração de petróleo, à mineração, aos grandes cultivos de soja, ranchos de gado e às hidrelétricas, com a expansão de bairros nos arredores de estradas.
"Há um aspecto socioeconômico neste caso. Já existem 34 milhões de seres humanos vivendo na amazônia, dos quais apenas 3,5 milhões são indígenas."
Trujillo sofreu ameaças após a proibição da pesca da piracatinga na Colômbia e chegou a usar um colete a prova de balas e proteção especial para voltar à região onde trabalhou por décadas.
"Foi um momento muito triste. Mais que medo, foi triste, porque eu trabalhei 30 anos de minha vida para ajudar as pessoas no Amazonas e nunca pensei que este tipo de estudos abriria uma caixa de Pandora que me renderia ameaças" , lamenta.
"Estou comprometido a buscar alternativas econômicas para a região. Não estou interessado em acabar com a economia da área, mas sim fortalecê-la e torná-la sustentável."
A luta de Trujillo para proteger os botos deixou um grande ensinamento.
"Os cientistas ensinam que temos que estudar uma espécie e publicar artigos científicos, mas me dei conta que nossos políticos não leem artigos científicos."
Segundo o pesquisador, a principal lição foi perceber que "além da perspectiva científica, é preciso abordar temáticas políticas e socioeconômicas" nos estudos.
"Estamos em um mundo complexo, e não podemos simplificar as coisas a partir do nosso próprio interesse", diz. "É preciso trabalhar com economistas, sociólogos, antropólogos, cientistas políticos, comunicadores, criando redes de trabalho para a busca de soluções para a Amazônia."
Quando os biólogos marinhos se depararam com ele na rede de pesca, viram de cara que não se tratava de um animal comum.
Não se parecia com nada que haviam visto antes. Tinha uma cabeça redonda e uma longa fileira de 300 dentes finos e afiados, típicos de um predador.
Em pouco tempo, constataram que estavam diante do Chlamydoselachus anguineus, chamado popularmente de tubarão-enguia, uma espécie pré-histórica pouco conhecida.
O animal foi capturado, em agosto, próximo a Algarve, no sul de Portugal.
'Fóssil vivo'
Embora seja considerado um "fóssil vivo", o tubarão-enguia é uma espécie que se encontra bem distribuída geograficamente. Está presente de Angola ao Chile, da Guiana à Nova Zelândia, da Espanha ao Japão.
Mas pouco se sabe sobre seus hábitos e o tamanho da sua população. Eles costumam viver a muitos metros de profundidade, o que torna difícil encontrá-los e monitorá-los.
No caso do tubarão capturado em Portugal, o animal foi apanhado por uma rede lançada a 700 metros de profundidade.
Mas o que o torna tão especial?
Sobrevivente
"Esse tubarão pertence à única espécie sobrevivente de uma família de tubarões em que todos os outros foram extintos", disse à BBC Margarida Castro, professora e pesquisadora do Centro de Ciências Marinhas da Universidade de Algarve.
"Alguns acreditam que essa espécie remonta ao período Jurássico tardio. Pode ser um pouco mais recente, mas, de qualquer jeito, estamos falando de dezenas de milhares de anos. Por isso, é muito antigo em termos evolutivos. Está na Terra certamente antes do homem", acrescenta.
Castro faz parte do projeto MINOUW, uma iniciativa para minimizar o desperdício de animais que são descartados nos navios de pesca europeus, o que explica a presença de pesquisadores em um barco de pesca comercial.
Predador
Embora a maioria dos tubarões tenha uma cabeça chata, e a do tubarão-enguia seja redonda, as barbatanas e toda parte inferior do corpo não deixam dúvidas de que se trata de um tubarão, e não de uma espécie de enguia.
Mas, segundo a pesquisadora, o que é realmente único neste animal são os dentes.
"Ele tem uma grande fileira de dentes perpendiculares à mandíbula. São muito afiados, finos e apontam para dentro. Isso permite a ele pegar presas grandes e não deixá-las escapar, os dentes as impedem de sair", explica Castro.
"Claramente se trata de um predador muito agressivo", completa.
A espécie capturada em Portugal era um macho adulto de 1,5 metro de comprimento. Quando o animal foi retirado do mar, já estava morto.
"A partir dessa profundidade, a maioria dos peixes chega morta. A rede sobe muito rápido, e eles não sobrevivem à súbita mudança de pressão", esclarece.
Risco de extinção?
A escassez de informação sobre a espécie dificulta saber, inclusive, se ela corre risco de extinção.
A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN, na sigla em inglês) classifica o tubarão-enguia como uma espécie "quase ameaçada", devido ao receio de que a expansão da pesca em águas profundas aumente os casos de captura acidental.
Para Castro, no entanto, ainda é muito difícil responder se é realmente uma espécie ameaçada.
"Não sabemos qual é a proporção de captura. Se a taxa de pesca é proporcional ao quão rara é sua presença no oceano, então estamos diante de uma espécie ameaçada de extinção, mas não temos essa informação neste momento", aponta.
Dois anos depois do rompimento da barragem de Fundão, na região de Mariana (MG), biólogos, geólogos e oceanógrafos que pesquisam a bacia do rio Doce afirmam que o impacto ambiental do desastre, considerado o maior do país, ainda não é totalmente conhecido.
Em 5 de novembro de 2015, 34 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro jorraram do complexo de mineração operado pela Samarco e percorreram 55 km do rio Gualaxo do Norte e outros 22 km do rio do Carmo até desaguarem no rio Doce. No total, a lama percorreu 663 km até encontrar o mar, no município de Regência (ES).
Ainda não é possível mensurar completamente a dimensão do impacto na natureza porque boa parte da lama continua nas margens e na calha do rio, dizem especialistas consultados pela BBC Brasil. E, ainda, parte dos rejeitos que chegou ao oceano continua sendo carregado pelas correntes marinhas.
Também não há ainda análises definitivas do monitoramento que vem sendo feito dos peixes e animais que voltaram a aparecer nos últimos dois anos. Não há dados seguros, por exemplo, que apontem se eles estão contaminados ou se são apropriados para consumo.
O plano de manejo do rejeito de minério de ferro elaborado pela Fundação Renova, que hoje responde pelas ações de reparação da mineradora Samarco e de suas controladoras, Vale e BHP Billiton, foi aprovado apenas em junho deste ano pelo Comitê Interfederativo (CIF). Presidido pelo Ibama, o CIF orienta e valida as decisões da fundação.
O projeto dividiu a área afetada em 17 trechos, que terão soluções diferentes, estudadas caso a caso. Em algumas regiões o rejeito será de fato removido, em outros, serão feitas intervenções corretivas e ele ficará onde está.
Nas áreas agricultáveis dos primeiros 60 km do percurso, por exemplo, a lama será aterrada e coberta por uma camada de areia, onde os produtores poderão voltar a cultivar.
"Essa é a parte mais otimista da coisa", diz o professor do departamento de engenharia agrônoma da Universidade Federal de Viçosa (UFV) Carlos Schaefer, cuja pesquisa se concentra nas estratégias para recuperação ambiental do solo dessa região.
Ele estima que em aproximadamente cinco anos as áreas ribeirinhas do primeiro trecho atingido estarão restabelecidas.
Espécies 'invasoras'
Os pesquisadores concordam que é inviável retirar todo o rejeito que se espalhou ao longo da bacia, mas ponderam que, quanto mais tempo as ações de recuperação demorarem, maior o risco de que o rio volte a ser contaminado pela lama que ainda está nas margens, especialmente nos períodos de chuva.
Para evitar que isso acontecesse, diz Schaefer, a recuperação da mata ciliar - a vegetação que recobre as margens do rio e evita que a chuva leve sedimentos para o leito - deveria ter sido priorizada.
A restauração florestal prevista pela Renova, de acordo com o Ibama, ainda não começou. Por ora, o que estão sendo feitas são ações emergenciais para tentar evitar que a lama desça para o rio, com a plantação de gramíneas e leguminosas que teriam a função de manter a terra mais firme.
Para Carlos Sperber, professor do departamento de biologia da UFV, e Frederico Ferreira, ambos do grupo que pesquisa a regeneração da mata ciliar e do habitat aquático do rio Doce, a estratégia pode tornar ainda mais difícil a recuperação da vegetação devastada pela lama. "Essas são espécies 'invasoras' que podem se espalhar pelo curso do rio", pondera Ferreira.
A equipe também monitora em expedições periódicas a fauna do alto do rio Doce, mais próxima do local do desastre. A tragédia dizimou todas as 26 espécies de peixes que habitavam aquele trecho, diz Ferreira. "Praticamente todos os peixes morreram durante a avalanche".
Mais de um ano depois, em janeiro de 2017, apenas o lambari estava de volta. Passados alguns meses, o número de espécies subiu para quatro, provavelmente trazidas pelos afluentes.
A equipe espera ter os primeiros resultados a respeito da saúde dos peixes até o início de 2018.
O biólogo Dante Pavan, que faz parte do Grupo Independente para Avaliação do Impacto Ambiental (Giaia) e percorreu pelo menos duas vezes os mais de 600 km atingidos pela lama, lembra que o rio ficou seis meses sem luz, por causa da dissolução de parte do rejeito de minério de ferro, que coloriu a água de laranja. "Houve quase uma implosão do ecossistema".
Carlos Sperber e Frederico Ferreira ponderam que, ainda que o rejeito em si não tivesse uma concentração elevada de metais pesados, a avalanche de lama pode ter levantado muito material contaminado que estava depositado no fundo do rio, fruto de séculos de exploração da mineração na região, local do primeiro garimpo de ouro no Brasil.
Um mar de interrogações
Essa é uma das hipóteses levantadas para explicar a contaminação por arsênio, chumbo e cádmio de camarões e peixes na foz do rio Doce observada pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e divulgada pelo Ministério Público Federal em abril do ano passado.
O impacto do desastre no ambiente marinho também não é totalmente conhecido, diz o geólogo Alex Cardoso Bastos, do departamento de oceanografia da Universidade Federal do Espírito Santos (UFES). Isso porque a chamada pluma do rejeito - os sedimentos trazidos pelo rio - continua em movimento.
Parte da lama, ele diz, se depositou na região da foz, criando uma camada de 3 ou 4 cm de material no fundo. Em condições normais, o Doce deposita 1 cm no mar em um ano.
Outra parte, muito fina, ficou em suspensão na água, está sendo carregada pelas correntes marinhas e pode chegar a regiões de ecossistemas frágeis, como os corais.
"Tem muita coisa ainda para ser diagnosticada, como a situação dos manguezais ao norte e as áreas de corais ao sul da foz", diz o geólogo.
Nesse sentido, ele destaca o estudo divulgado recentemente que mostrou a presença de micropartículas de ferro no arquipélago de Abrolhos, habitat das baleias jubarte que chegam ao Brasil, no sul da Bahia.
O rejeito de minério de ferro tem pelo menos três impactos ambientais na foz, explica o biólogo Ângelo Fraga Bernardino, que também é professor do departamento de oceanografia da UFES e estuda o impacto do desastre no ecossistema marinho.
A parte mais densa soterra o fundo e prejudica a vida dos organismos que vivem ali, como os bentos. A parcela mais fina, que chega a ter a consistência de um gel, diminui a penetração de luz e afeta o processo de fotossíntese do plâncton, ao mesmo tempo em que altera as condições químicas da água.
Bastos lembra que, ainda que tenham passado dois anos do desastre, o rio pode continuar trazendo sedimentos para o mar, já que há uma quantidade relevante de lama depositada na calha do rio Doce.
"Quando a gente sobrevoa o rio hoje, ele está limpo. Mas se venta forte, por exemplo, o material do fundo ressuspende", ressalta o pesquisador.
O rio mais monitorado do país
A presidente do Ibama, Suely Araújo, afirma que a Agência Nacional de Águas (ANA) faz um monitoramento sofisticado do rio Doce e que os dados garantem a potabilidade da água no decorrer de todo o seu percurso. "Hoje o Doce é o rio mais bem monitorado do país", diz.
Além da qualidade da água, ela destaca que a primeira fase do processo de reparação ambiental que será feita pela Renova se concentrou na área onde aconteceu o desastre, na região das barragens de Candonga e Santarém, para mitigar o risco de novas tragédias.
"Essa etapa emergencial foi superada. Há programas mais avançados do que outros, mas nós estamos nos empenhando para que a recuperação seja feita", explica a presidente do Ibama.
Estão em curso agora os programas de recuperação de nascentes e o de manejo de rejeitos, com plantio de espécies para contenção da lama nas margens. O horizonte de recuperação florestal, ela diz, é de uma década.