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quinta-feira, 14 de maio de 2015

O dia seguinte ao fim da escravidão

Por Douglas Belchior

Imagine um amigo seu ou um parente que fosse tratado como um animal. Imagine as pessoas que você ama vivendo sem ter nenhum direito, podendo ser vendidos, trocados, castigados, mutilados ou mesmo mortos sem que ninguém ou nenhuma instituição pudesse intervir em seu favor. Imagine você, seu pai, sua mãe ou seu filho sendo tratados como coisa qualquer, como um porco, um cavalo, ou um cachorro. Imagine sua filha sendo levada ou mesmo ao seu lado, estuprada, todos os dias e depois, grávida à serventia do negócio de seu dono.

Clóvis Moura (Moura, 1989, p.15-16), faz o relato sem personagens. Eu os incluí para pedir que imagine.

Você que já chorou diante das cenas que remetem o sofrimento de Jesus Cristo na sexta feira da paixão; Você que fechou os olhos frente às fortes imagens deDjango Livre; Você que se emocionou com 12 anos de escravidão, imagine.

Imagine – e saiba – que teu país e as riquezas que o conformam existem em função de 4 séculos de escravidão. E de tudo que deste período e deste sistema decorreu a partir de então.

Mas enfim, a escravidão acabou: 13 de maio, princesa Isabel e muita festa! Festa e promessa de abonança, tal qual desrespeitosamente a amiga Globo nos lembrou.

E no dia seguinte tudo seria diferente.

Desde que acompanho o movimento negro, aprendi que dia 14 de maio, o dia seguinte ao fim da escravidão, foi o dia mais longo da história. Aliás, dizem outros, é o dia que não terminou.

Depois de séculos de sequestros, escravidão e assassinatos, o que se viu nos anos pós-abolição foi a formação e o desenvolvimento de um país que negou e ainda nega à população negra condições mínimas de integração e participação na riqueza.

Sem terra, sem empregos, sem educação, sem saúde, sem teto, sem representação. Sequer a mais liberal das reformas, a agrária, fora possível no país das capitanias hereditárias. Vamos olhar para o campo e observar as fileiras ou os acampamentos de Sem Terra, maioria negras e negros. Vamos buscar na memória os rostos de quem conforma o pelotão que estremece São Paulo na justa luta por moradia capitaneada pelos movimentos de Sem-Teto nos dias de hoje: negras e negros! Bora olhar para as filas dos hospitais, para os que esperam exames e tratamentos, para os analfabetos ou para as crianças em idade escolar que estão fora da escola. Vamos olhar para a população carceráriae suas condições de existência. Vamos olhar para as vítimas de violência policial, para os números de desaparecimentos e homicídios. Vamos olhar para os dependentes do bolsa-família ou da previdência social. Vamos olhar para a pobreza. De fato, ela atinge a todos. Mas a presença de negras e negros nas condições narradas aqui, tem sido desproporcional e pouco se alterou desde 1888.

O dia seguinte, a década seguinte, os 127 anos seguintes ao fim da escravidão não foram suficientes para nos livrar de uma herança racista, reafirmada cotidianamente pelos descendentes dos colonizadores que sempre dirigiram o Brasil. Estes mantém a posse do latifúndio, hoje rebatizado agronegócio. Mantém o domínio dos grandes meios de comunicação, são donos das grandes empresas, bancos, conglomerados educacionais-empresariais, além de dirigir politicamente as maiores Igrejas. Com isso garantem o poderio econômico a supremacia política e a representação eleitoral de maneira a manter intocáveis seus interesses.

Nada diferente do que tem sido os últimos 127 anos. Ou os últimos 515?

E nesse dia seguinte ao 13 de maio, nesse dia depois do “fim da escravidão”, resistimos! E em saraus, cursinhos comunitários, coletivos negros, nas rodas de samba e candomblé, nos bondes funkeiros, no hip-hop, na poesia, na literatura, nas artes, na internet, no movimento negro, e aos pouquinhos, nas universidades, existimos.

E sendo assim, dotados de tamanha resiliência, imaginem a revolta!

negrobelchior.cartacapital.com
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 14 de março de 2015

Jornal da Festa - Bom Jardim 1964.

VEJA O JORNAL DA FESTA DE SÃO SEBASTIÃO NO DIA 25.01.64 - TEMOS TODOS OS JORNAIS EM CD DO DIA 25.01.64 A 02.02.64


Divulgação:
Francisco BarbosaProfessor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 4 de março de 2015

Mandíbula de 2,8 milhões de anos é fóssil mais antigo do gênero Homo. Fósseis foram encontrados em 2013 na Etiópia. Leia Mais.

Uma mandíbula com dentes de 2,8 milhões de anos, encontrada na Etiópia, é o fóssil mais antigo do gênero Homo encontrado até agora e, segundo pesquisa publicada na revista "Science", sua descoberta antecipa em 400 mil anos a origem da nossa espécie.
A descoberta, anunciada nesta quarta-feira (4) na edição digital da revista, lança luz sobre a origem do gênero Homo, ao qual pertence a espécie humana, explicam os cientistas na "Science".
"A época da qual data a mandíbula inferior reduz a brecha na evolução entre o Australopiteco - a célebre Lucy, que data de 3,2 milhões de anos - e as primeiras espécies do tipo Homo como o erectus ou o habilis", explicam os cientistas.
"Este fóssil é um excelente exemplo de uma transição de espécies em um período chave da evolução humana", acrescentam.
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 Pesquisador segura mandíbula encontrada na Etiópia  (Foto: Kaye Reed/Divulgação)Pesquisador segura mandíbula encontrada na Etiópia (Foto: Kaye Reed/Divulgação)
Esta mandíbula foi encontrada em 2013 em uma zona de rastreamento denominada Ledi-Geraru, na região Afar, na Etiópia, por um grupo internacional de pesquisadores chefiado por Kaye Reed, da Universidade do Arizona, e Brian Villmoare, da Universidade de Nevada.
Há décadas, cientistas buscam fósseis na África para encontrar indícios da linhagem Homo, embora com sucesso limitado, pois eles descobriram muito poucos fósseis do período entre três milhões e 2,5 milhões de anos atrás.
"Os fósseis da linhagem Homo com mais de dois milhões de anos são muito raros e o fato de ter um esclarecimento sobre as primeiras fases da evolução da nossa linhagem é particularmente emocionante", disse Brian Villmoare, principal autor do artigo.
No entanto, os cientistas alertam que não estão em condições de dizer, com esta única mandíbula, se se trata ou não de uma nova subespécie dentro do tipo Homo.
Professor Edgar Bom Jardim - PE/ G1.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

O dúbio caminho do sucesso

Paulo Ezende.
Não fica perdido o apelo que ouvimos, pequenos, de que trilhemos o caminho do sucesso. É preciso ser gigante para enfrentar as competições que nos cercam, dizem os donos de sabedorias. O capitalismo pede movimento de grana ágil e astúcia para sair de labirintos. É uma regra: busque se promover e se mostrar capaz. Já ouvi, muitas vezes, que vale a sutileza manhosa nas manobras da vida. A corrida é grande e a velocidade não tem limites. A fama atrai, fabrica discursos, inventa ambições desmedidas. O eco das escolhas mal feitas destrói existências, desenha demônios nos negócios. Os ruídos contraditórios confundem e acendem debates.
Nem tudo garante a subida da ladeira. As quedas acontecem, é importante não se achar imbatível. As surpresas ampliam seus espaços. A sociedade estimula concorrências, brinca com as imagens, lança no mercado maldições e abonos. Difícil é esclarecer e festejar transparências. Na política, as frustrações visitam lugares que pareciam inexpugnáveis e as descrenças aumentam aceleradamente. Há controles, mas o jogo é forte com máscaras nunca destruídas. Ninguém está livre de um voo desfigurado, de uma denúncia repentina. Como afastar a dubiedade num mundo tão complexo e tenso?
A bolsa de valores fotografa instabilidades. Os milhões se evaporam ou a riqueza se espalha envolvida pela esperteza.Há quem conheça as idas e vindas das manipulações e aposte nas profecias do mercado. É confuso entrar no circo, onde os acrobatas escondem habilidades e deixam o público desconfiado. Contar as histórias das ações é um risco. As verdades têm pernas curtas e as incertezas não fogem. Quem consegue sintetizar o tamanho das imagens das felicidades? Os espelhos não estão gastos?A moda traz fanatismos. Espera-se que os deuses desfilem, sem o peso do pecado original.
Quando os fracassos surgem, muita gente some e descobre que as vacilações diminuem o fôlego. Não se pode negar que se  industrializam comportamentos e modelos. Os exemplos são amplos e discutíveis. Sarney viveu a política com uma eternidade de faraó; Anderson Silva tropeça na própria sorte ou enganação dos esquemas; Xuxa se foi da Globo depois de séculos; as religiões usam propagandas para firmar a fé dos seus adeptos. As estradas curvas garantem que a vida passa e o perigo sempre está próximo. O sucesso é uma armadilha, desde a história de Adão e Eva.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Cai na PROVA do ENEM - Brasil, 200 Milhões - Matéria de Capa. Assista ao Vídeo em LEIA MAIS




Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Estude vai cair na Prova do ENEM - Matéria de Capa - 50 anos do golpe. Assista o vídeo em LEIA MAIS.




Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 1 de novembro de 2014

Assista, Estude para ENEM e VESTIBULAR Matéria de Capa - 50 anos do golpe




Pode cair na PROVA do ENEM. Assista ao Vídeo.Click em LEIA MAIS.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 11 de março de 2014

Não esqueça sua história e sua ousadia

O cerco das informações não é acidental. Ele tem seus objetivos e refaz, constantemente, os valores do mundo das mercadorias. Toda atenção é pouca. Os anúncios trazem dizeres que ficam colados na memória. Consagram-se como verdades cotidianas. É a conexão direta que não dispensa muito esforço. O humor é refinado. Não é surpresa. O capitalismo tem que mover sua produção e divulgar seus fascínios. Há admiradores persistentes e animados. O perigo é que o envolvimento não é crítico. Nada é feito só para tornar a vida mais leve e viajar no tapete mágico.
Os poderes da dominação se lançam com sedes secretas, mas eficazes. Portanto, comentamos tanto o que está fora de nós que desprezamos emoções que nos conduzem na intimidade. Uma atitude ingênua, às vezes, que adquire uma permanência nas conversas. Tomamos sustos com as aventuras eleitas pela imprensa e naufragamos nos mares internos. Carregar novidades nos faz ganhar destaque nos colóquios sociais. Não é a aparência que promove sucesso?  Não é preciso aprimorar a inteligência basta saber reproduzir e soltar o riso que não lhe pertence. As identidades sempre se multiplicam. Elas têm rostos e máscaras. procuram espelhos, festeja êxitos na acumulação.
O movimento é grande, porém não há justificativas para tanto adormecimento ou quem seduz concentra magias impenetráveis? As histórias circulam, não poderia ser diferente. Elas devem, no entanto, articular-se com o que foi vivido. Quando quebramos o deslocamento das memórias, o risco de perder-se é imenso. Está na história é ousar. Exaltamos sonhos, definimos felicidades, nos confundimos com as coisas que estão na vitrine. Tudo isso apaga contrariedades e descarta o desejo de não se curvar diante de tantas imagens programadas.
Se a aldeia global nos aproxima de culturas diferentes, não dá para vê-las, apenas, como exotismos. Quando nos ligamos na história não sacudimos fora as experiências, mas as socializamos buscando trilhas nunca percorridas. Quem engana não é indestrutível. Há fragilidade. O labirinto da grana possui suas idealizações, sofistica medos, dificulta convivências. Há distâncias entre as situações, porém os toques de semelhança atravessam séculos. Não delire com as informações, nem se sinta um porta-voz dos noticiários.
Observe sua história e compreenda as imagens que atraem e traçam seu estar no mundo.Olhar o outro não é fugir de si. As identidades precisam de contrapontos. As massificações totalitárias arrastam culpas, prometem salvações, firmam-se como mensageiras de divindades. As religiões dialogam com a política e usam seus artifícios. Estamos na era do profissionalismo utilitário. Se a história que está sendo curtida pela maioria merece seus encantamentos, dê uma analisada no seu cotidiano.
Não esqueça que o estudo do passado faz parte dos conhecimento mínimos. Não adiantam livros, teorias, pesquisas, contudo, se  o saber se reduz a discussões acadêmicas brilhantes e passividade das exibições. O mundo do espetáculo diverte e aprisiona. Não custa um pouco de sossego. Qual o meu território, até posso onde esticá-lo? Quem não pergunta desconhece as possibilidades da história e nunca desconfia de que há quedas que oprimem e outras que sacodem a apatia. astuciadeulisses.com.br

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Congresso faz devolução do mandato presidencial a Jango



A presidente da República, Dilma Rousseff, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, além de ministros de Estado participam da sessão solene do Congresso Nacional, coordenada pelo presidente do Senado, Renan Calheiros.
Deputados e senadores estão reunidos, neste momento, no plenário do Senado para a sessão solene destinada a devolver simbolicamente o mandato presidencial a João Goulart (1919-1976). Um golpe de Estado depôs Jango em 1964, dando início ao regime militar, que durou até 1985.
Participam da solenidade os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), na presidência dos trabalhos; da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN); a presidente da República, Dilma Rousseff; o vice-presidente, Michel Temer, além de ministros e integrantes das Forças Armadas, entre outros. Da parte da família de João Goulart, está presente o filho, João Vicente Goulart.
Antes da sessão, Renan afirmou que esta sessão “é uma reparação histórica”. Para Henrique Eduardo Alves, “é com muita honra que a Câmara participa ao lado do Senado desse momento histórico. É um momento de resgatar direitos e a honra do presidente João Goulart”.
No dia 21 de novembro, por proposta dos senadores Pedro Simon (PMDB-RS) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), foi anulada a sessão de 2 de abril de 1964, na qual o então presidente do Congresso, Auro de Moura Andrade, declarou vaga a Presidência da República, tornando possível o afastamento de João Goulart do poder.

“A história comete erros, sim. Por isso, para reparar um erro e deixar claro que o movimento de 1964 foi um golpe, o Congresso anulou a sessão, que de forma ilegal e inconstitucional decretou vaga a presidência da República.” A frase foi dita na sexta-feira (6), em São Borja (RS), pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS) em diálogo com o comandante militar do Sul, general Carlos Bolivar Goellner.Com Informações da Agência Senado
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 15 de dezembro de 2013

Mandela descansa ao lado de seus filhos


O corpo do ex-presidente da África do Sul e líder antiapartheid Nelson Mandela foi enterrado neste domingo (15) em seu vilarejo ancestral de Qunu, na África do Sul, após dez dias de homenagens e funerais. Mandela morreu no dia 5 de dezembro aos 95 anos, e foi enterrado ao lado dos restos mortais de três de seus filhos.
O ganhador do Nobel da Paz, que ficou preso durante o Apartheid por 27 anos, antes de emergir para pregar o perdão e a reconciliação no país, foi colocado para descansar na casa de seus ancestrais em Qunu, depois de uma despedida que misturou pompa militar e os ritos tradicionais de seu clã Xhosa abaThembu.
O enterro foi acompanhado por cerca de 450 convidados – familiares de Mandela, integrantes da comunidade de Qunu e amigos pessoais e alguns dignitários.
mapa qunu mandela (Foto: 1)
O presidente sul-africano, Jacob Zuma, ficou de pé no momento em que o caixão foi colocado no túmulo. Helicópteros militares e aviões de combate sobrevoaram a região e disparos de canhão foram realizados, antes de uma cerimônia tradicional privada, que não teve a presença da imprensa.
"A sua foi realmente uma longa caminhada até a liberdade, e agora você conseguiu a liberdade definitiva no seio de seu criador", disse um capelão militar durante a cerimônia no jazigo da família, onde três dos filhos de Mandela já estão enterrados.
Antes do enterro, foi realizada uma cerimônia de três horas na qual amigos, familiares e líderes mundiais fizeram discursos relembrando a vida e o trabalho de Mandela.
A cerimônia de Estado foi acompanhada por cerca de 4,5 mil pessoas.
Estiveram em Qunu o reverendo americano e ativista dos direitos civis Jesse Jackson, o magnata britânico Richard Branson, o ex-primeiro-ministro francês Lionel Jospin, o político norte-irlandês Gerry Adams, a apresentadora de televisão americana Oprah Winfrey e os atores Forrest Whitaker e Idris Elba, que interpreta Mandela no cinema, além do príncipe Charles.
Diversos discursos foram realizados – todos eles com toques pessoais sobre a personalidade de Mandela e lembranças da vida do líder. "A melhor lição que nos deixou foi: fazer o bem, e também que dentro de cada um de nós está a capacidade de fazer o que queremos na vida", disse Nandi Mandela, uma das netas Mandela.
"Sentiremos saudades de sua voz severa, de quando estava aborrecido, seu riso, porque tinha um grande senso do humor, e de suas histórias; era um grande contador de histórias", lembrou.
Zuma expressou seu agradecimento Mandela por ser e representar “o que toda uma nação necessitava em um momento tão crítico”, na luta contra o regime racista do Apartheid.
O atual líder, que antes entoou uma canção política sobre a opressão, assegurou que a  África do Sul vai continuar o caminho que Mandela trilhou aplicando as lições que ainda se extraem de “tão extraordinária vida”.
As ruas próximas à tenda onde foi realizada a cerimônia – em uma propriedade da família Mandela – e ao local do enterro foram bloqueadas - mesmo assim, dezenas de pessoas foram até a região para tentar participar, em vão.
Ao fim da cerimônia de Estado, o corpo de Mandela seguiu em um cortejo acompanhado de uma banda militar. A bandeira da África do Sul que envolvia o caixão foi retirada, e caças da Força Aérea sul-africana sobrevoaram o local para homenageá-lo.
Na noite anterior ao enterro, o corpo de Mandela ficou sob a guarda de sua família e dos anciãos de Qunu. Diversos rituais tribais haviam sido anunciados antes do funeral - incluindo o sacrifício de um boi. Não se sabe se eles ocorreram antes das cerimônias deste domingo ou durante o enterro, quando as imagens do local deixaram de ser transmitidas para preservar a intimidade da família.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Congresso anula deposição do presidente João Goulart feita pela ditadura de 1964


Afastamento em 2 de abril de 1964 abriu caminho para o regime militar.
Ato de restituição do cargo tem valor simbólico e não afeta legislação.


Professor Edgar Bom Jardim - PE

O Congresso Nacional aprovou na madrugada desta quinta-feira (21), por votação simbólica, um projeto de resolução que anula a sessão legislativa que destituiu o ex-presidente da República João Goulart do cargo em 1964. A decisão abriu caminho para a instalação do regime militar e a posse do marechal Castelo Branco na Presidência.

O projeto aprovado nesta quarta pelo Congresso torna nula a declaração de vacância da Presidência da República, feita em 2 de abril de 1964 pelo então presidente do Congresso Nacional, senador Auro de Moura Andrade. Na época, Andrade usou o argumento de que João Goulart tinha viajado para o exterior sem autorização dos deputados e senadores.

Jango, contudo, estava no Rio Grande do Sul em busca de apoio de aliados, uma vez que estava na iminência de ser detido por forças golpistas, segundo relata o projeto. Segundo o senador Randolfe Rodrigues (Psol-AP), um dos autores do projeto, a sessão que depôs o presidente foi convocada "ao arrepio" da Constituição às 2h40 da madrugada.

"Queremos anular essa triste sessão que declarou vaga a Presidência com o presidente em território nacional", disse o senador amapaense.

A anulação da sessão que depôs Jango tem um valor simbólico e não reflete juridicamente na legislação atual. Na prática, devolve o mandato de presidente e "tira os ares de legalidade" do golpe militar de 1964, conforme Randolfe Rodrigues.

"Trata-se do resgate da história e da verdade, visando tornar clara a manobra golpista levada a cabo no plenário deste Congresso Nacional e corrigir, ainda que tardiamente, uma vergonha da história para o poder Legislativo brasileiro", disse o senador.

De acordo com Pedro Simon (PMDB-RS), que assina o projeto juntamente com Rodrigues, o ex-deputado Tancredo Neves, durante a sessão de 1964, leu uma mensagem da Casa Civil informando sobre o paradeiro de Jango.

"A sessão foi convocada de última hora no grito pelo presidente do Senado e pura e simplesmente caçou o mandato do presidente, embora houvesse uma carta do chefe da Casa Civil dizendo que ele estava em Porto Alegre, no comando do terceiro Exército", disse Simon.

Durante a votação desta quarta, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) discursou na tribuna da Câmara para criticar a anulação da sessão que depôs Goulart. Ele citou que a sessão de deposição do então presidente da República teve a presença de personalidades tidas como democratas, como Ulysses Guimarães, que presidiu a Assembleia Nacional Constituinte, e o ex-presidente da República Juscelino Kubitschek.

"Não podemos apagar a história. Não estamos num regime comunista. Não é Stalin que está presidindo. Passamos 20 anos não de ditadura, mas um regime de autoridade, onde o Brasil cresceu, tinha pleno emprego. Nenhum presidente militar enriqueceu", disse.

Exumação
O projeto aprovado pelo Congresso foi apresentado na mesma semana em que o corpo de Jango foi exumado, no dia 13 de novembro. O objetivo da exumação, que durou 15 horas, é submeter os restos mortais à perícia da Polícia Federal para identificar a causa da morte do ex-presidente, deposto pelo golpe militar.

Os restos mortais do ex-presidente foram velados em Brasília, no último dia 14, com honras militares fúnebres concedidas a chefes de Estado, às quais não teve direito quando morreu.

A cerimônia que recebeu o caixão com os restos mortais de Jango durou cerca de 25 minutos e teve a participação da presidente Dilma Rousseff e dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Collor de Mello e José Sarney. Fernando Henrique Cardoso não compareceu, pois se recupera de uma diverticulite. Também estavam presentes ministros de Estado.

Morte ocorreu em exílio na Argentina
Deposto no golpe militar de 1964, Jango morreu em 6 de dezembro de 1976 em sua fazenda em Mercedes, na Argentina. Cardiopata, ele teria sofrido um infarto, mas uma autópsia nunca foi realizada. Na última década, novas evidências reforçaram a hipótese de que o ex-presidente pode ter sido envenenado por agentes ligados à repressão uruguaia e argentina, a mando do governo brasileiro.

A principal delas foi o depoimento dado pelo ex-espião uruguaio Mario Neira Barreiro ao filho de Jango, João Vicente Goulart, em 2006. Preso por crimes comuns, ele cumpria pena em uma penitenciária de Charqueadas, no Rio Grande do Sul, quando disse que espionava Jango e que teria participado de um complô para trocar os remédios do ex-presidente por uma substância mortal.

Em 2007, a família de Jango solicitou ao Ministério Público Federal (MPF) a reabertura das investigações. O pedido de exumação foi aceito em maio deste ano pela Comissão Nacional da Verdade (CNV). Tanto o governo federal quanto membros da família Goulart acreditam que há indícios de que o ex-presidente possa ter sido assassinado. Com informações de Priscilla Mendes e Nathalia Passarinho
Do G1.

Haddad foi vaiado em ato político da Consciência Negra


Prefeito participou de ato político no Vale do Anhangabaú.
'É um ano de protesto, tem que se acostumar', disse Haddad.


Netinho de Paula (e) e o prefeito Fernando Haddad (d), durante comemoração do Dia da Consciência Negra no Anhangabaú no centro de São Paulo, SP, nesta quarta-feira (20). (Foto: Dário Oliveira/Futura Press/Estadão Conteúdo)Netinho de Paula e Haddad durante comemoração do Dia da Consciência Negra. (Foto: Dário Oliveira/Futura Press/Estadão Conteúdo)
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), foi vaiado durante discurso no Vale do Anhangabaú, no Centro de São Paulo, durante ato político em comemoração ao Dia da Consciência Negra nesta quarta-feira (20). O político falava a respeito da data quando foi hostilizado e também alvo de objetos lançados no palco. Garrafas, camisas e outros itens foram arremessados.
Ao lado do prefeito, o secretário municipal de Promoção da Igualdade Racial, Netinho de Paula, fez gestos pedindo compreensão do público. Mesmo hostilizado desde antes de começar a falar, o prefeito continuou no palco e fez um breve discurso.
Se eu precisei criar, se nós precisamos cobrar um pouquinho de IPTU de quem tem muito para levar para quem tem pouco na periferia, nós não vamos nos intimidar. Não é a desinformação de programa popular que vai nos intimidar"
Fernando Haddad,
prefeito de São Paulo
"Se eu precisei criar, se nós precisamos cobrar um pouquinho de IPTU de quem tem muito para levar para quem tem pouco na periferia, nós não vamos nos intimidar", afirmou Haddad durante o discurso. "Não é a desinformação de programa popular que vai nos intimidar", afirmou, pouco antes de encerrar seu pronunciamento.
Haddad chegou a afirmar que não deveria ser recebido nem com vaias nem com aplausos, e fez referência ao aumento do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) como motivo da insatisfação popular.
A primeira reação contra o a presença de Haddad ocorreu logo após ele ser anunciado pelo secretário Netinho de Paula. Enquanto parte do público fazia sinal de negativo, Netinho defendeu Haddad, dizendo que era a primeira vez que ato do tipo ocorria em São Paulo e que ele não teria sido realizado sem apoio da Prefeitura.
"O ano é esse, é o ano de protesto, tem que se acostumar", disse Haddad aos jornalistas após o evento. O prefeito afirmou ainda que houve muita desinformação relacionada ao aumento do IPTU e que a situação vai mudar quando os boletos chegarem às casas dos contribuintes.
"Acho que tem muita desinformação, estão achando q o IPTU da periferia vaio subir e vai cair, mas como a população está desinformada, na hora que chegar o carnê, tudo muda", disse.
10ª Marcha 
Haddad participou do ato que encerrou a 10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo. A caminhada reuniu cerca de 800 pessoas, segundo a Polícia Militar (PM). Os manifestantes saíram do Masp, na Avenida Paulista, em direção ao Vale do Anhangabaú, no Centro, onde acompanharam um ato político e shows musicais.
Stencil lembra frase de Douglas, morto pela PM no Jaçanã (Foto: Lais Cattassini/G1)Stencil lembra frase de Douglas, morto pela PM
no Jaçanã: 'Por que o senhor atirou em mim'
(Foto: Lais Cattassini/G1)
A marcha começou às 14h, com concentração no Masp. Após ocupar faixas da Avenida Paulista e da Rua da Consolação, o grupo chegou ao Vale do Anhangabaú às 16h30. O objetivo da manifestação é despertar a necessidade de reflexão sobre a questão racial em São Paulo e no Brasil. Ao final da marcha, o grupo participou de evento no Vale do Anhangabaú.
Contra violência policial
Em cartazes ou stencil aplicados durante a marcha, manifestantes pedem a desmilitarização da polícia e citam casos de violência cometidos por agentes de segurança. O assassinato do a morte do estudante Douglas Rodrigues, no Jaçanã, cometido por um policial militar, foi lembrada.
Além das faixas citando Douglas, a frase que ele disse antes de morrer foi lembrada na aplicação de stencil em lixeiras: “Por que o senhor atirou em mim?”.
Ato político e shows
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT) tinha participação prevista no ato político no Vale do Anhangabau. Estavam previstos ainda shows dos grupos Os Danados, Menor do Chapa, Menor HM, Negra Soul, Mc Pet, Mc Leo da Baixada e Mc Thauane.  Em seguida, estava previstoo o baile black e apresentação dos grupos Turma do Pagode, Dexter, Keith Sweat e Emicida. G1.
10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)
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10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo é acompanhada pela PM (Foto: Lais Cattassini/G1)10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo é acompanhada pela PM (Foto: Lais Cattassini/G1)
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10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)10ª Marcha da Consciência Negra em São Paulo (Foto: Lais Cattassini/G1)
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 17 de novembro de 2013

O capitalismo convive com a degradação e a novidade(!)



Por Antônio Rezende.
No cotidiano nos defrontamos com situações que nos chocam. Estamos, muitas vezes, apressados e vamos adiante. As imagens terminam se diluindo. A substituição é rápida. Deixamos o quadro de desconforto de lado. A perplexidade não ganha lugar. Ela foge, o dia passa. Guardamos as lembranças com certo descuido. O desprazer não é uma boa companhia. A concentração de insensatez, de notícias pesadas, de amizades frustradas pode inviabilizar o que resta numa sociedade tão pouco cordial e competitiva. Há quem nem pergunte a razão dos  desgovernos que se se movem historicamente com se fossem apatias permanentes.
Não vivemos apenas de lembranças ou de passeios avulsos. O que deixamos no passado pode retornar com outro significado. Cenas que registramos com indiferença assumem,então, espaços especiais. O capitalismo, sobretudo, por essas bandas, não é calmaria. Não cultiva espetáculos contínuos de diversões apaziguadoras. A miséria se mistura com os carros de último modelo. Busca-se uma assepsia que não consegue vingar. As grandes cidades não se cansam de fundar problemas.Estão soltas politicamente ou, fazem eleições para manter os costumes? Não faltam discursos que exaltam compromissos e anulam descuidos. São efêmeros e mentirosos.
Quando a imprensa revela, com reportagens de destaque, o que compõe o cotidiano tomamos sustos. Indignações são registradas. A própria imprensa encarrega-se de refazer os julgamentos. As notícias ultrapassam fronteiras sociais, invadem as páginas dosfacebooks. O susto é geral. É interessante o impacto e também a manipulação. É denúncia que passa a ocupar as conversas da coletividade. Todos se sentem convocados, tocados pelos mandamentos da cidadania. Mais ainda: o poder público sacode-se como vítima de incompreensões e coloca máquinas na rua, numa metamorfose esquizofrênica. Há alguma mudança na estrutura do sistema? As explorações foram para a lata do lixo? A produção da desigualdade foi interrompida?
O capitalismo com seus projetos de acumulação, beneficiando as minorias e atrelados ao sucesso da gigante especulação imobiliária, vende jornais e apresenta alternativas, pede urgência nas ações para sossegar certas inquietudes.  Com o tempo a notícia perde  força, a conversa se banaliza e a história se abraça com a continuidade. O capitalismo fabrica astúcias, enriquece-se com o descartável, gosta de brincar de 007. Ocorre um vazio que logo será preenchido com algum escândalo ou uma corrupção esperada pela maioria. O vaivém das informações sustenta dominações poderosas. Mas como sepultar a indignação e desmanchar os sinais de solidariedade? Restam ruídos, méritos para quem construiu a reportagem, não vamos silenciá-los.
Há desobediências. As desconfianças entram no jogo, encurralam ordens, intimidam autoridades. A velocidade tem seus movimentos surpreendentes. Resolve hecatombes, provoca ilusões, transforma valores sem grandes constrangimentos. Não é estranho que se naturalize o desperdício e que se comente os excessos do individualismo. As teorias explicam que há rupturas nas histórias, revoluções fantásticas, conquistas científicas magníficas.  Costura-se a filantropia com paciência. É tanta coisa para afirmar e a confusão se espalha pela memória. No mundo das novidades, as pessoas contam numericamente até mesmo as desgraças que as cercam. Já pensou se faltar assunto?
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 16 de novembro de 2013

Chegada do Trem em Bom Jardim na década de 1930

Era sempre uma festa na Cidade de Bom Jardim.


Foto:Facebook do Manoel Souto.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Modelos tiram a roupa em ato pela Consciência Negra


Cerca de 40 modelos fizeram o ato no em frente ao Píer Mauá.
Primeira noite de desfiles da temporada acontece nesta quarta-feira.

Professor Edgar Bom Jardim - PEDurante ato, mulheres tiraram a roupa e ficaram só com calcinhas cor da pele (Foto: Giovana Sanchez / G1)Durante ato, mulheres tiraram a roupa e ficaram só com calcinhas cor da pele (Foto: Giovana Sanchez / G1)
Um grupo de cerca de 40 artistas e modelos fez um ato na Zona Portuária, em frente ao Píer Mauá, onde ocorre a primeira noite de desfiles da temporada outono/inverno do Fashion Rio, na noite desta quarta-feira (7). Segundo o diretor do grupo Palco dos Mil Sonhos, Leonidas Lopes, a apresentação é uma celebração pelo mês da consciência negra.
A apresentação ocorre um dia após a assinatura de um termo de compromisso por parte da empresa que realiza o evento, a Luminosidade, e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, recomendando uma cota de 10% de modelos negros nos desfiles.

"O termo de compromisso é uma celebração de um passo conjunto que pode trazer um espaço que ainda não há no Rio. O desenho estético vendido pela moda não atende a proposta de consumo da maioria da população brasileira", disse Moisés Alcuña, coordenador de políticas públicas da Educafro. Giovana Sanchez
Do G1 Rio
Modelos ficam nuas em ato na Zona Portuária (Foto: Giovana Sanchez / G1)Modelos ficam nuas em ato na Zona Portuária (Foto: Giovana Sanchez / G1)
Um dia após a assinatura de um termo de compromisso por parte da empresa que realiza o Fashion Rio, a Luminosidade, e a Defensoria Pública do Rio de Janeiro, recomendando uma cota de 10% de modelos negros nos desfiles, um grupo de cerca de 40 artistas e m (Foto: Giovana Sanchez / G1)Ato foi realizado um dia após a assinatura de um termo de compromisso recomendando uma cota de 10% de modelos negros nos desfiles (Foto: Giov

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Quem (se) educa na sociedade do espetáculo capitalista?

www.astuciadeulisses.

 Tudo tem um preço. É uma máxima ouvida em cada esquina. A gratuidade é coisa do passado. Pertence a tradições já carcomidas pela volúpia das novidades. Mas importam , ainda, as simulações. Ninguém quer se desfazer das bondades. Os generosos andam com discursos bem articulados, exaltando perdões e prometendo mundo de igualdade. Não esqueça que os mensageiros não moram em sociedades distantes. Podem ser seus vizinhos, estimularem convívios afetivos, mostrarem senhores de delicadeza surpreendente. O jogo é imenso e incansável. As verdades e as mentiras não conseguem legitimar fronteiras, porém não se ausentam, divulgam pedagogias. As regras estão aí. Existem numa multiplicidades crescentes. Os defensores das proibições se sentem, profundamente, oprimidos. Não há como pensar a anulação das leis, uma sociedade solta, sem limites. Os espaços da transgressão não desapareceram. O mundo caiu num sono interminável, vive numa agitação sem ponto final. A força do espetáculo não reside na sua dimensão estética. Hoje, é importante se mobilizar, divulgar informações, desprezar memórias, mergulhar nas invenções rentáveis. As contradições mudam suas cores e não se esquecem de reformar suas máscaras. Não nega que o capitalismo atravessa crises, que os apertos financeiros se avolumam. A questão é acertar o tamanho das imagens. Nada de lamentações extensas, mas não custa praticar filantropias avulsas. Elas enganam, sossegam os mais ingênuos, organizam instituições que gastam o dinheiro público exaltam princípios cristãos. Campanhas contra seca, apelos para coletivizar certos desgovernos a acudir vítimas miséria. Isto produz espetáculo sai na televisão, cria ídolos, garantem audiência. O capitalismo é esperto, não abandona o direito de se flexibilizar. Derruba princípios e regue outros dentro um pragmatismo eficiente. A Europa passa por momentos pouco simpáticos. No entanto, os clubes de futebol não deixam de gasta milhões de euros com ajuda dos ricos árabes e da chamada máfia russas. Globalizaram suas competições. Chelsea, Barcelona, Real Madrid possuem torcidas no Brasil, ocupam a atenção de programas esportivos. O Brasil perde prestígio, fracassa naquilo que seria a sua vaidade maior. Neymar se foi e levou sua magia para dividir com Messi. Portanto,as crises introduzem malabarismos desconhecidos, diluem valores, buscam convencimentos. A sedução anestesia, desenha paixões, aproxima pessoas com histórias diferentes. As culturas convivem com singularidades, sem perder toques de solidariedade na gestão do prazer. O capitalismo retoma seu fôlego, distrai os incomodados, transforma desastres em espetáculo. É a sociedade do videogame, do celular,das brincadeiras eletrônicas poderosas. O cartão de crédito é uma varinha mágica que comanda ilusões e assanha espertezas. É preciso não anular as rebeldias, nem afirmar que a fatalidade da mercadoria está reinando num paraíso indiscutível. Subestimar as sutilezas da dominação, porém, é um erro que se repete. Não faltam corrupções, concentração de riquezas, fetiches fascinantes e contínuos. Há quem se sinta confuso e termine sacralizando a exploração como condutora da natureza humana. O capitalismo promove a inquietude, constrói lucros., mas a história nunca foi a embriaguez por uma só coisa.O labirinto possui saídas e a possibilidade de mudar assusta as minorias controladoras. O equilíbrio é instável, como o espetáculo. Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Meios de Transportes

O Palanquim.
O palanquim de base firme , recosto e rebordo protector, onde se ia sentado -  de pernas estendidase sobre almofadas, abrigado de olhares indiscretos por cortinas de fino acabamento.
Este meio de transporte foi de pouca dura. Usado exclusivamente na cidade para o transporte de damas e doentes, não conseguiu resistir tanto tempo à evolução dos tempos como a rede,sua parente mais próxima.



Um Medico visita um doente
A Rede » não tinha rival nos percursos mais escabrosos. Pobre e sem conforto, ou rica e com coxins e cobertores,  foi tantas vezes o único meio acessível aos doentes a caminho do hospital.
A rede tanto podia ser rica com almofadas e rendas, como pobre com um simples cobertor e desconfortável tudo dependia da classe social a que o transeunte pertencesse
Madeira em 1935
A rede » transportando a senhora no Terreiro da Luta. Ano 1936.
«  A rede no Terreiro da Luta» "Madeira ". Em 1936
Madeira em 1950
" A Rede"
por vezes o único meio de transporte como: no Curral das Freiras e outras vertentes mais  viradas a norte da Ilha da Madeira
A rede no Jardim Municipal do Funchal
A Rede » Curral das Freiras. único meio de transporte  existente neste local 
http://transportes_antigos.web.simplesnet.pt/index_R.htm

Ma.xam.bom.ba
  1. (Brasil) pequena locomotiva que puxava vagões de dois andares com cabine sem coberta para os maquinistas

BONDE
Um bonde  ou elétricotrâmuei ou tranvia (ou, ainda, trólebus quando se move sobre rodas compneus) é um meio de transporte público tradicional em grandes cidades da Europa como VarsóviaBasileiaZuriqueLisboa e Porto, ou das Américas, como São FranciscoRio de Janeiro e Toronto.
Movimenta-se sobre carris (trilhos) que, em geral, encontram-se instalados nas partes mais antigas das cidades, uma vez que a sua implantação data, também em geral, da segunda metade do século XIX. Faz um percurso tipica, mas não obrigatoriamente, turístico.
Destinado sobretudo ao transporte de passageiros, actualmente constitui-se em um meio de transporte rápido, já que geralmente tem prioridade sobre o restante trânsito. Em Portugal obedece às regras de trânsito como qualquer outro veículo motorizado.
Hoje em dia, por razões de economia de energia e de preservação do meio ambiente, vem sendo sucedido pelo Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), cuja utilização se encontra em expansão em várias cidades do mundo. Os eléctricos ou Bondes têm grandes vantagens em relação aos ônibus, entre as quais a menor poluição, tanto sonora quanto atmosférica. http://pt.wikipedia.org/wiki/El%C3%A9trico


Metrô

1863: Londres inaugura o primeiro metrô do mundo

No dia 10 de janeiro de 1863, começaram a circular regularmente os metrôs em Londres. Um exemplo logo seguido por várias outras metrópoles, que também canalizaram o transporte público para debaixo do solo.

Placa na estação de Notting Hill
O primeiro metrô do mundo foi criado por pura necessidade. No começo do século 19, as ruas da capital britânica estavam completamente entupidas de carroças, carruagens e ônibus de dois andares puxados a cavalos. O criador do trem subterrâneo em Londres, Charles Pearson, disse certa vez que a única solução para os constantes engarrafamentos era transferir o transporte coletivo para cima de viadutos ou para debaixo da terra.
A administração pública decidiu-se pela segunda opção. O trem passaria por um túnel cavado entre os fundamentos de uma fileira de prédios. O engenheiro "sir" John Fowler chefiou as obras. Sob suas ordens, 3.500 operários começaram a arrancar casebres e barracos, deixando sem teto 12 mil pessoas, justamente da camada mais pobre da população. O sistema de dutos só se tornou possível graças à grossa camada de argila, que permitia escavações durante certo período de tempo sem que o túnel desabasse.
Movidos a vapor
Outro desafio era a forma de tração. Como ainda não havia sido inventada a energia elétrica, os trens subterrâneos de Londres começaram sendo movidos a vapor. Os gases eram recolhidos num vagão especial e só liberados fora do túnel. O sistema, entretanto, não era ideal, conforme noticiou o jornalObserver de 12 de janeiro de 1863:
"Apesar da excelente ventilação, os funcionários já começaram a sentir os efeitos negativos. Dois homens intoxicaram-se com o ar contaminado e tiveram que ser hospitalizados. (...) Infelizmente, é preciso reconhecer que o sistema de ventilação ainda não está apurado o suficiente. (...) Os passageiros terão que calcular com grandes desconfortos."
Por esse motivo, o primeiro traçado do metrô de Londres não era totalmente subterrâneo. Em alguns locais, os trilhos estavam abaixo do nível do solo, mas a céu aberto. Só a partir de 1890, com o advento da eletricidade, o traçado passou a ser todo debaixo da terra, pois não havia mais problemas de ventilação. Não demorou para que o metrô (ou "tubo", como era chamado) se tornasse a "menina dos olhos" dos londrinos.
Intervalos regulares
Logo foi desenvolvido um horário regular para os trens. O trecho principal, entre Paddington e o centro, tinha 6,5 quilômetros. Entre as 6 e 8 horas da manhã, havia um metrô a cada meia hora. Depois, a cada 15 minutos. Na primeira classe, a passagem custava 6 pence, na segunda, quatro, e, na terceira, três pence.
O sistema de Pearson e Fowler, inaugurado a 10 de janeiro de 1863, demonstrou tanta eficiência que, dois anos mais tarde, a passagem para pedestres por debaixo do Rio Tâmisa começou a ser usada pelo metrô.
A partir daí, não demorou para que a rede fosse ampliada dentro de Londres e área metropolitana. Outras metrópoles seguiram o exemplo. Budapeste, Paris e Berlim aplicaram os conhecimentos dos pioneiros britânicos no transporte subterrâneo. http://www.dw.de/
Professor Edgar Bom Jardim - PE