sábado, 5 de agosto de 2017

No meio do mundo: as verdades e as mentiras


Há insistência na busca de verdade, desde o início da história.Existem os contrapontos. Não há uma verdade absoluta, embora muitos cantem o eterno. As suspeitas não desaparecem. As concepções de mundo se transformam de forma veloz, sobretudo no tempo que vivemos. Há dúvidas e subterrâneos  inundados por fantasias. A quantidade de meios de informações cria guerra invisíveis que tumultuam iludem. A política fala de uma democracia que não se firma nunca. A fragmentação se constrói e assusta. Como evitar os pesadelos iluminados pelo sul?
Um mundo homogêneo não tem tamanho. Há sempre conflitos e desacertos. As crenças religiosas se abraçam com  salvacionismos. No entanto, não esqueçamos das mercadorias. A força do capitalismo é avassaladora. Como pensar  em mudar a lógica da acumulação? Há pertencimentos estranhos, bandidagem sofisticadas. Não são novidades. As manipulações constantes fermentam desconfianças. As redes sociais agilizam emboscadas e boatas. As ciências vendem fórmulas e os assaltos aos cofres públicos desmontam planejamentos.
Nota-se a dissonância. O fascismo reaparece incentivando o corporativismo. Sobra espaço para violência e falta controle, ordem, regras que possam ser discutidas.  Não entre no trem que não respeita as fronteiras, porque os desenhos do apocalipse transcendem fronteiras diplomáticas. Portanto, as perguntas dizem do medo e não ouvem respostas. Diante da multiplicidade da cultura a globalização é frustante e não celebra a paz. As discordâncias crescem e empurram os fantasmas da instabilidade.
Não se trata, aqui, de forjar cenas bélicas com palavras vazias. A história prometeu revoluções, os socialismos queriam igualdade e a ciência alimentar o fim dos preconceitos. Infelizmente, os profetas, às vezes, acertam. Leiam o que Marx escreveu sobre o capitalismo, o que Darwin elaborou sobre a evolução das espécies, as teses de Freud sobre o desejo e sonho. Aquela racionalidade encantadora se perde com os golpe cotidiano que pouco explicam. Será possível esconder o animal que persegue e se vinga? Sera que Nietzsche conhecia a loucura?
O mundo dividido esperneia, grita, busca soluções. Muita gente sem moradia, andando pelas ruas, fugindo dos desertos, preparando terrorismo. Difícil é apontar o equilíbrio tão elogiado pelos gregos. Talvez, um dia, as palavras possam assumir outros significados e verdade e mentira não provoquem assédios ao poder. O que está na vitrine é a incerteza, o massacre das informações, as astúcias dos cínicos. Porém, o silêncio incomoda. As reflexões inquietam. As rachaduras do mundo já estavam abertas no paraíso. Adão e Eva não se enganaram. Escreveram a história.
Por Paulo Rezende.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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