sábado, 18 de abril de 2015

A política começou no paraíso?

Por Antônio Rezende.
Adão e Eva continuam como mitos que guardam segredos indecifráveis. Há muitas leituras possíveis para traduzir tantos significados. Não podemos negar que as necessidades existem e que a sociedade não consegue aproximar-se de práticas mais leves. Sobra tensão. Ela é globalizada. Aqueles que acreditam no pecado original lembram-se da desobediência. Perdeu-se o paraíso. Consumou-se o castigo, com um perdão sempre instável. As religiões terminam se parecendo. Não esquecem da culpa, das orações, das onipotências selecionadas.
Quem não curte as peripécias de Adão e Eva procuram explicações ditas científicas. Há quem observe um grande vazio cercando os sentimentos, um desamparo que dói, um delírio que promove ideias. A razão constrói seus argumentos, possui desejos iluministas, porém as astúcias do inconsciente alimentam idas e vindas. A história é mudança ou existe compulsão à repetição? A origem mora em algum lugar ou está envolvida pelo acaso? Os anjos e os demônios disputam lugares nos imaginários pouco se importando com verdades. Criam-se ordens. Inventam-se disciplinas.
Maquiavel segue fazendo cabeças. Simula-se a política. Há utopias que não cessam e  muitas contradições nas teorias que governam as culturas. Será que tudo se toca ou a fragmentação nos impede de sonhar com outras alternativas para riscar os descontroles? Penso na incompletude, nas dimensões trágicas, nas aventuras das lágrimas e da alegrias. É chato, porém as ambiguidade tiram qualquer possibilidade de um equilíbrio duradouro.A política torna-se, aceleradamente, um grande negócio. Serão as serpentes que fugiram da clemência que ainda agitam e pedem rebeldias? As respostas são muitas, talvez infinitas. Os conflitos não estão só nas ruas, nem nas cidades mais sofisticadas do ocidente.
Existem pausas, momentos de paciências e deslealdades inquietas. Não há como deixar de lado as lamentações. No entanto, as hierarquias se mostram. Há sociedades que vivem no limite. Nem podem imaginar sombras de paraíso. Quem afirma o valor da notícia? O que atrai? Por que a violência se expande? O paraíso faliu de vez? A lógica capitalista afirma que falta gestão descomprometida com a corrupção, eficiências, consultoria mais especializadas. Meu computador se aborrece quando duvido de certas verdades… Parece que o paraíso se mudou para o posto ipiranga.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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