sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Eduardo: “Damázio cometeu um erro, pediu desculpa pelo erro, que é uma coisa que mostra humildade".


Wilson Damázio (SDS) entregou o cargo após declarações em entrevista.
Para governador, decisão do ex-secretário evita danos ao Pacto pela Vida.

Com Informações do G1 PE.

Governador e secretário de Defesa Social comemoram feito (Foto: Renan Holanda / G1)Governador e secretário de Defesa Social em foto de abril
deste ano (Foto: Renan Holanda / G1)
O governador de Pernambuco,Eduardo Campos (PSB), comentou, nesta sexta-feira (20), o pedido de exoneração do secretário de Defesa Social, Wilson Damázio, que deixou a pasta após uma polêmica envolvendo declarações dadas em entrevista ao Jornal do Commercio. “Damázio cometeu um erro, pediu desculpa pelo erro, que é uma coisa que mostra humildade. Eu acho que todos nós estamos sujeitos a errar [...] E, além da desculpa, ele tomou um ato que vai além da desculpa pessoal, que é a desculpa institucional”, disse o socialista em entrevista a Rádio Jornal.
Campos destacou que Damázio colocou o cargo à disposição para evitar que o Pacto pela Vida, política de segurança tocada pelo governo estadual desde 2007, fosse atingido. O agora ex-secretário foi o titular da Defesa Social que mais tempo ficou no comando da pasta: quase quatro anos.

“Vocês sabem que não é justo fazer o julgamento de Damázio enquanto policial e enquanto pessoa humana por esse episódio. Ele tem mais de 30 anos de serviços prestados a Polícia Federal, com vários momentos servindo aqui em Pernambuco, outros servindo no Brasil afora, de forma limpa, nunca teve envolvimento em qualquer coisa errada”, ponderou o governador, citando que, na vida pública, há questões que não se pode transigir.
Na entrevista, o governador voltou a criticar o governo Dilma e ressaltou a importância de contribuições dadas pelas gestões de Fernando Henrique Cardoso e de Lula. Para Campos, os dois ex-presidentes souberam preservar conquistas e, ao mesmo tempo, construíram avanços importantes para o país. Na ótica dele, FHC trouxe a estabilidade econômica e manteve a democracia, enquanto Lula preservou as conquistas no campo da economia e avançou com políticas sociais.
“O Lula tinha feito, agora era a hora de deixar esse legado institucionalizado, e o que nós percebemos é que, na economia, o Brasil passou a crescer a metade. Na política, se reclamou sempre de debate, de conversa, de entendimento”, explicou Campos. “O governo vai para uma aliança ainda mais ampla e mais conservadora do que tinha sido feita. A atual é mais conservadora, o governo de Lula tinha muito mais gente progressista”, completou.
Sucessão estadual
Perguntado sobre o possível candidato do PSB a governador no pleito de 2014, Eduardo Campos afirmou que ainda não abriu conversas sobre o assunto, alegando que as circunstâncias do quadro político para o próximo ano ainda eram incertas. “Agora que estamos terminando o ano com o desenho do quadro nacional feito, isso vai me permitir começar uma série de conversas com todos os aliados, com as forças políticas, fazer os levantamentos de pesquisa qualitativa, quantitativa, para ir afunilando para uma decisão”, afirmou.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

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