Mais uma Câmara de Vereadores é ocupada pelo povo

Manifestantes cobram gratuidade nas passagens e políticas de moradia.
Presidente da Casa cedeu espaço para grupo se pronunciar sobre o ato.

Com informações do G1.

Vereadores de Maceió tentam negociar com os
manifestantes durante tumulto
(Foto: Jonathan Lins/G1)

Com faixas e cartazes, representantes dos movimentos Passe Livre e Sem Teto invadiram, na tarde desta quinta-feira (1), a Câmara Municipal de Maceió e ocuparam o plenário para pedir que os vereadores coloquem na pauta do dia a apreciação do Projeto Passe Livre na cidade de Maceió, além de projetos que beneficiem moradias populares.

A invasão à Casa Legislativa municipal ocorreu após os manifestantes percorrerem ruas do centro de Maceió em um ato acompanhando pela Polícia Militar, que não teve contigente suficiente para impedir que centenas de pessoas entrassem no prédio e ocupassem o plenário. Apesar do tumulto, não houve maiores incidentes.

"Viemos dispostos para buscar nosso direito e queremos que os vereadores coloquem na ordem do dia a apreciação do projeto 'Passe Livre' para garantir gratuidade nas passagens para estudantes. Assim, queremos sair daqui no mínimo com uma redução no atual valor da passagem", expôs a representante da Assembleia Nacional dos Estudantes Livres (Aneel), Luciane Araújo.

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Já a desabrigada Vera Lúcia, que foi despejada de um terreno particular no bairro da Santa Lúcia, disse que as famílias participam da manifestação para cobrar moradia.

"Hoje são centenas de famílias em Maceió que não têm onde morar. Viemos reivindicar moradia e pedir que os vereadores coloquem as necessidades da população em pauta. Nós não somos marginais, nem bandidos, estamos apenas cobrando qualidade de vida, moradia, saúde e educação. Tudo isso está na Constituição Brasileira", acrescentou a manifestante.

Famílias que foram expulsas de um terreno particular na Santa Lúca, em Maceió, também estiveram na Câmara (Foto: Jonathan Lins/G1)

O presidente da Casa Legislativa de Maceió, Chico Holanda (PP), disse que a Câmara é a casa do povo e está aberta a debates que busquem soluções para os problemas da população. "Ouvimos as reivindicações. É importante que saibam que a câmara está do lado de vocês, mas não temos como resolver determinadas questões. Temos que obedecer o trâmite legal. Se assim não for feito, nossos atos não terão validade", disse o presidente.

O centro de gerenciamento de crises da PM se posicionou na frente da câmara para evitar eventuais tumultos
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