Deputados estaduais tiram o voto secreto da pauta de votação

Diario de Pernambuco 

Deputados discutiram bastante até chegarem a uma decisão sobre votação. Foto: Breno Laprovitera/Assembleia Legislativa

Um acordo de lideranças retirou da pauta de votação, desta terça-feira (13), a proposta que extinguia o voto secreto na Assembleia Legislativa. A decisão ocorreu depois de muita discussão entre os deputados antes e durante a sessão plenária. Os integrantes do Legislativo vão se reunir para discutir a elaboração de emendas de consenso para serem apresentadas após a realização da primeira votação, prevista para a próxima semana.

O deputado Tony Gel (DEM) sugeriu a apresentação de uma emenda para que o voto secreto seja mantido, mas que possa ser substituído por votação aberta caso dois terços dos deputados aprovem a medida. Essa é a proposta que tem maior aceitação entre os deputados estaduais. Até mesmo Silvio Costa Filho (PTB), que defendia o voto aberto para todas as ocasiões, disse ser favorável à emenda.

Saiba mais...

 Voto secreto gera impasse entre deputados estaduais

A chamada PEC do Voto Secreto foi colocada em pauta pelo presidente da Assembleia, Guilherme Uchoa (PDT), mas vários deputados defenderam que a proposta só deveria ser votada depois que a Casa chegasse a um consenso. A deputada Teresa Leitão (PT), por exemplo, afirmou pelo Twitter que essa era uma "questão de acordo na Assembleia, como foi para o fim do auxílio-paletó e do pagamento do jeton". Uchoa chegou a dizer, nesta segunda-feira (12), que não retiraria a PEC da pauta. Mas foi vencido pelo acordo das lideranças.

Desde antes do início da sessão, os deputados se reuniam em pequenos grupos para decidir como a votação seria conduzida. O texto aprovado na Comissão de Constituição e Justiça prevê que o voto secreto seja mantido para a eleição da mesa diretora da Casa e para a cassação de mandatos. Neste caso, o voto poderia ser aberto se dois terços da Assembleia aprovassem a abertura da votação. Atualmente, o voto secreto é previsto nesses dois casos e na análise de vetos do governo do estado. 

www.professoredgar.com