sábado, 10 de março de 2012

Politécnica de Pernambuco planeja mandar robô a Marte

Projeto é desenvolvido junto com agência espacial americana.
Alunos de engenharia da faculdade têm lugar certo no mercado de trabalho.

Do G1 PEPor:http:// professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com
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No ano em que completa cem anos, a Escola Politécnica de Pernambuco tem planos ambiciosos. A “Polí”, como é conhecida, tem planos de enviar um robô a Marte, em parceria com a Agência Espacial Norteamericana (Nasa). Para viabilizar uma expansão, também pretende se transferir para a Cidade da Copa, em São Lourenço da Mata, na Região Metropolitana do Recife.
O centenário é comemorado com muitas conquistas. A escola tem 3.115 alunos em sete cursos de graduação. O momento nunca foi tão favorável para os cursos de engenharia. Construção civil, estaleiro, refinaria... Hoje falta mão de obra. "É uma procura intensa. Nós não temos condições de aumentar o quadro por limitações físicas e o mercado já absorve até o sétimo período das nossas engenharias, como estagiários", diz Pedro de Alcântara, diretor da Poli.

Para onde se olha, tem gente pesquisando. Em um dos laboratórios, experiências de conversão de energia. Transformação de casca de mamona, por exemplo, em biodiesel. Em outro, o interesse é em robôs. A Poli tem um circo de robótica, projeto que já foi levado a 13 municípios do interior do estado. "Nós fazemos oficinas de robôs e palestras sobre robótica. O intuito é divulgar a robótica no interior de Pernambuco, nas cidades onde o acesso a esse tipo de tecnologia é mais difícil", explica Kenia Carvalho, coordenadora do circo de robótica.
Em outro laboratório, os alunos estudam formas de melhorar o desempenho de um veículo baja. Criam, testam, participam de competições... O professor Bruno Fernandes passou um mês e meio numa base da Nasa, nos Estados Unidos, e desenvolve um projeto com um cientista de lá que está vindo dar um curso para os alunos daqui. "A gente tá tentando evoluir um robô para verificar a possibilidade dele fazer exploração de terrenos em Marte. Faz um mapeamento tridimensional e que ele possa funcionar de forma autônoma, sem ter problemas de que o robô quebre lá, caia num buraco ou entre numa caverna e não consiga sair sozinho devido ao tempo de transmissão de informação que a gente leva da Terra para Marte", conta Bruno Fernandes.
Intercâmbio
O alemão Tobias Jordan, 24 anos, veio cursar duas disciplinas no mestrado de Engenharia da Computação e nem sabe mais se quer voltar para casa. "Estou impressionado com o desenvolvimento do Brasil e na universidade também. Tem possibilidades perfeitas para trabalhar aqui", analisa. Os intercâmbios começaram em 2005 e vêm crescendo muito. Hoje, 15 alunos da Poli estão em universidades de três países – Alemanha, França e Itália – e cinco estrangeiros estão estudando aqui.
Pela internet, Renato, Andressa, Adalgisa e Múcio, alunos da Poli, contam como está sendo a experiência na Universidade de Turim, na Itália. Eles vão ter aulas práticas na fábrica da Fiat. "A gente está numa das maiores universidades do mundo na área automotiva, com os melhores professores que a gente podia ter", conta Renato. "A gente espera poder aplicar [os conhecimentos] nesse novo ramo que está se estabelecendo no nosso estado e que a gente até então não tinha possibilidade de trabalhar nessa área", afirma Múcio.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

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