quarta-feira, 8 de julho de 2020

Mary Trump: 5 revelações do livro da sobrinha do presidente dos EUA



Fotos dos pais de Donald Trump no Salão Oval da Casa BrancaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionFotos dos pais de Donald Trump no Salão Oval da Casa Branca

Um livro de memórias escrito pela sobrinha do presidente americano Donald Trump afirma que ele é um "narcisista" que ameaça a vida de todos os americanos.

O livro de Mary Trump, Too Much and Never Enough: How My Family Created the World's Most Dangerous Man (Demais e nunca suficiente: como minha família criou o homem mais perigoso do mundo, em tradução livre), descreve seu tio como uma fraude e alguém que intimida os outros.

A Casa Branca rechaça as alegações feitas no livro. Trechos da obra foram vazados para a mídia americana.

A família Trump processou a publicação para barrar seu lançamento no dia 14 de julho.

"Mais que narcisismo"

Mary Trump, de 55 anos, escreve que, para seu tio, "nada é suficiente" e que o presidente dos EUA exibe todas as características de um narcisista.

"Donald não é simplesmente fraco, seu ego é uma coisa frágil que deve ser reforçada a todo momento, porque ele sabe no fundo que não é nada do que afirma ser", escreve a sobrinha, que possui doutorado em psicologia clínica, sobre Trump.

Ela diz que o presidente foi influenciado por assistir a seu proprio pai, Fred Trump, intimidar o pai dela, Fred Trump Jr - que morreu de uma doença relacionada ao consumo de álcool quando ela tinha 16 anos.

Os irmãos da família TrumpDireito de imagemTRUMP CAMPAIGN
Image captionUma foto dos irmãos Trump, da esquerda para a direita: Robert, Elizabeth, Fred, Donald e Maryanne

Mary Trump escreve que seu avô era extremamente severo com o filho mais velho, Fred Jr, quem ele queria que assumisse o negócio imobiliário da família. Mas, como o pai de Mary se afastou dos negócios, o avô não teve escolha a não ser recorrer ao segundo filho, Donald.

Não foi uma escolha feliz, insinua a sobrinha. "Quando as coisas pioraram, no final da década de 1980, Fred não podia mais se separar da ineptidão brutal de seu filho; o pai não tinha escolha a não ser se comprometer", ela escreve sobre a atitude do avô em relação ao futuro 45º presidente dos EUA.

"Seu monstro havia sido libertado."

A Casa Branca rejeita a alegação de que o pai de Trump tenha sido rígido e duro, dizendo que o presidente "descreve o relacionamento que teve com seu pai como caloroso, e que seu pai era muito bom com ele".

"Tinha que derrubar Donald"

No livro, Mary Trump descreve como ela forneceu documentos fiscais ao jornal americano The New York Times, que os usou para publicar uma reportagem investigativa de 14 mil palavras sobre os "duvidosos esquemas fiscais de Trump durante os anos 90, incluindo casos de fraude descarada, que aumentaram bastante a fortuna que ele recebeu dos pais".

Mary Trump disse que foi abordada por jornalistas em sua casa em 2017 e inicialmente relutou em ajudar.

Donald e seu pai, Fred, em 1988 no Plaza Hotel em Nova YorkDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDonald e seu pai, Fred, em 1988, no Plaza Hotel em Nova York

Ela esperou um mês, assistindo a como "Donald destruiu normas, ameaçou alianças e pisou nos mais vulneráveis", antes de decidir entrar em contato com o repórter do New York Times.

Depois de contrabandear 19 caixas de documentos legais para fora do escritório de advocacia onde estavam guardadas, ela as entregou a repórteres. Ela descreve como os abraçou, chamando aquele de o momento "mais feliz que vivi em meses".

"Não me bastava ser voluntária em uma organização que ajuda refugiados sírios", ela escreve. "Eu tinha que derrubar Donald."

Trapaceiro da universidade

Mary Trump afirma que seu tio pagou um amigo para fazer o teste SAT para ele - um exame padronizado feito por estudantes americanos depois do ensino médio, que influencia a aceitação em universidades - porque ele estava "preocupado com o fato de sua média de notas, que o colocava longe do topo de sua classe, atrapalhar seus esforços para ser aceito".

Ele contratou "um garoto inteligente, com a reputação de ser bom em testes, para fazer os SATs por ele", escreve ela, acrescentando: "Donald, a quem nunca faltou dinheiro, pagou bem ao amigo".

Trump estudou na Universidade Fordham, em Nova York, mas depois foi transferido para a Escola de Negócios Wharton, na Universidade da Pensilvânia.

A Casa Branca nega que o presidente tenha trapaceado no vestibular.

Donald seria 'incapaz de experimentar emoções

Mary Trump culpa o patriarca da família Trump, Fred Trump, por grande parte da suposta disfunção familiar. Ela diz que o avô Trump, um magnata imobiliário de Nova York, "destruiu" Donald Trump, interferindo em sua "capacidade de desenvolver e experimentar todo o espectro das emoções humanas".

"Ao limitar o acesso de Donald a seus próprios sentimentos e tornar muitos deles inaceitáveis, Fred perverteu a percepção do filho sobre o mundo e afetou sua capacidade de viver nele", escreve ela.

"A suavidade era impensável", para o avô Trump, ela escreve, acrescentando que ele ficava furioso e zombava sempre que o pai dela - conhecido como Freddy - pedisse desculpas por qualquer erro.

O patriarca queria que seu filho mais velho fosse "matador", diz a autora.

Donald Trump, sete anos mais novo que seu falecido irmão, "teve muito tempo para aprender assistindo a Fred humilhar" seu filho mais velho, escreve Mary Trump.

"A lição que ele aprendeu, na sua forma mais simples, foi que era errado ser como Freddy. Fred não respeitava o filho mais velho, assim como Donald."

Problema com mulheres

Mary Trump escreve que seu tio pediu a ela que escrevesse um livro sobre ele, chamado "Art of the Comeback" (arte do retorno), e forneceu "um compêndio de mulheres que ele esperava namorar, mas que, ao recusá-lo, eram subitamente as piores, mais feias e gordas mulheres que ele já havia conhecido".

Mais tarde, ele mandou alguém demiti-la e nunca a pagou por seu trabalho, ela alega.

Ela diz que Trump fez comentários sugestivos sobre seu corpo quando ela tinha 29 anos, embora ela fosse sua sobrinha e Trump estivesse casado com Marla Maples, que foi sua segunda mulher.

Segundo ela, Trump disse a sua atual esposa Melania que sua sobrinha havia abandonado a universidade e consumido drogas na época em que a contratou para o projeto do livro. É verdade que Mary Trump deixou a faculdade, mas ela diz que nunca usou drogas e diz acreditar que seu tio inventou a história para se apresentar como seu "salvador".

"A história era para seu benefício tanto quanto para qualquer outra pessoa", escreve ela, que diz que "ele provavelmente já acreditava em sua versão dos eventos".

Quem é Mary Trump?

Mary Trump, 55 anos, é filha de Fred Trump Jr, irmão mais velho do presidente, que morreu em 1981 aos 42 anos.

Ele lutou com o alcoolismo durante grande parte de sua vida e sua morte prematura foi causada por um ataque cardíaco ligado ao consumo de álcool.

O presidente Trump citou os problemas pessoais de seu irmão como incentivo para a pressão de seu governo para combater a crise de saude ligada aos opioides nos EUA.

Em uma entrevista no ano passado ao Washington Post, Donald Trump disse que lamentava ter pressionado o irmão mais velho a ingressar no negócio imobiliário da família.

Mary Trump evitou amplamente os holofotes desde que seu tio se tornou presidente, embora ela tenha sido crítica a ele no passado.

Depois que Trump venceu as eleições, em 2016, ela descreveu a experiência como a "pior noite" de sua vida, segundo o Washington Post.

"Deveríamos ser julgados duramente", ela tuitou. "Eu lamento pelo nosso país."

BBC

Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 7 de julho de 2020

Como os EUA lucraram com tráfico de africanos escravizados para o Brasil


Ilustração de navio americano que transportava escravizadosDireito de imagemSLAVERYIMAGES
Image captionEntre 1831 e 1850, navios com a bandeira norte-americana corresponderam a 58,2% de todas as expedições negreiras com destino ao Brasil

Com cerca de 450 africanos da região do rio Congo, a escuna norte-americana Mary E Smith foi a última a tentar desembarcar escravizados no Brasil. No dia 20 de janeiro de 1856, ela foi capturada em São Mateus, no Espírito Santo, em uma operação que deixou claro que a Lei Eusébio de Queiroz, aprovada em 1850 proibindo a entrada de escravos, de fato pretendia acabar com o tráfico de escravos no país. Antes dela, tratados assinados por pressão da Inglaterra após a Independência ficaram conhecidos como "leis para inglês ver", pois na prática as próprias autoridades locais eram coniventes com o contrabando.

Pesando 122 toneladas e com um valor estimado em US$ 15 mil dólares, a Mary E. Smith foi construída em Massachusetts especificamente para o tráfico negreiro. Antes mesmo de deixar Boston rumo à África, no dia 25 de agosto de 1855, a escuna chamou a atenção das autoridades britânicas e norte-americanas. Houve até uma tentativa de prisão na saída, mas o capitão, Vincent D. Cranotick, conseguiu expulsar os intrusos e partir.

Poucas embarcações do tráfico foram tão monitoradas quanto a Mary E. Smith. A Marinha no Rio de Janeiro, ao receber a correspondência dos EUA, alertou oficiais britânicos, brasileiros e americanos sobre a chegada iminente da escuna. Ao se aproximar da costa, foi abordada pelo navio de guerra Olinda e levada para Salvador, na Bahia.

A situação era preocupante. Majoritariamente jovens com entre 15 e 20 anos, os africanos padeciam de diversas doenças — nos 11 dias de viagem entre São Mateus e Salvador, mais 71 morreram. Quando os oficiais baianos condenaram a Mary E. Smith e levaram os sobreviventes para a cidade, a população teria entrado em pânico: desde agosto do ano anterior, Salvador enfrentava uma epidemia de cólera, e acreditava-se que a presença dos africanos doentes pioraria a situação. Mais africanos morreram nas semanas seguintes. No dia 14 de fevereiro, dos 213 que sobreviveram, 88 continuavam muito doentes, inclusive de cólera.

O capitão também morreu na chegada da Mary E. Smith a Salvador, escapando da acusação por tráfico ilegal de escravos. No dia 30 de junho de 1856, 10 membros da tripulação foram julgados — destes, 5 eram cidadãos norte-americanos. As penas variaram de 3 a 5 anos de prisão, além do pagamento de uma multa de 200 mil réis (algo em torno de US$ 112 mil) para cada africano que teria entrado no Brasil.

Recursos indiretos

A história da Mary E. Smith é simbólica não só por marcar o fim do tráfico de escravos no país, mas por indicar a participação dos Estados Unidos na atividade ilegal. Entre 1831 e 1850, navios construidos nos EUA corresponderam a 58,2% de todas as expedições negreiras com destino ao Brasil. Muitos deles não chegaram a usar a bandeira americana e foram comandados por traficantes de outras nacionalidades. A estimativa é de que tenham transportado quase 430 mil africanos — foi o Camargo, um brigue americano, aliás, que em 1852 desembarcou com sucesso os últimos escravizados no país.

Ao contrário dos africanos da Mary E. Smith, que foram emancipados e submetidos à tutela do Estado por 14 anos, os cerca de 500 que chegaram ao porto do rio Bracuí, na região de Angra dos Reis, não tiveram o mesmo destino. "Após desembarcarem, pela proximidade da Serra do Bananal onde havia plantações de café, os senhores começaram a escondê-los na senzala", diz a professora de História Martha Campos Abreu, da Universidade Federal Fluminense (UFF).

As autoridades locais chegaram a tentar reaver os escravizados, decretando pela primeira vez uma busca pelas fazendas, em uma demonstração do que estaria por vir com a Mary E. Smith. Mas a tentativa foi quase em vão: segundo a professora de História Beatriz Mamigonian, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), somente cerca de 70 foram recuperados. O comandante do brigue, Nathaniel Gordon, por sua vez, conseguiu escapar. Após atear fogo no Camargo, fugiu para os EUA — uma década depois, foi enforcado por sua participação no tráfico, único norte-americano a sofrer pena capital pelo crime.

Ilustração de navio americano com escravoDireito de imagemSLAVERYIMAGES
Image captionNavios com bandeiras americanas eram dos poucos imunes à fiscalização inglesa

Em 1896, o sociólogo W.E.B. Du Bois chamou a atenção para as relações entre os EUA e o Brasil no período do tráfico ilegal. "O tráfico americano de escravos finalmente passou a ser conduzido principalmente por capital dos Estados Unidos, em navios dos Estados Unidos, comandados por cidadãos dos Estados Unidos e sob a bandeira dos Estados Unidos", escreveu Du Bois.

Autor de O Sul mais distante: os Estados Unidos, o Brasil e o Tráfico de Escravos Africanos (Companhia das Letras, 2010), o historiador Gerald Horne engrossa o coro de críticos americanos ao papel do país na escravidão brasileira. "O governo brasileiro deveria buscar reparação, porque esses traficantes de escravos estavam violando as leis do Brasil e praticando uma atividade ilegal. O fato de que aconteceu 170 anos atrás não diminui a reclamação, não existe um estatuto de limitação na legislação internacional por crimes contra a humanidade, e o contrabando era um crime contra a humanidade", disse Horne em entrevista à BBC News Brasil. "Mas há relutância em trazer justiça para, pelo menos, os brasileiros que são descendentes dos escravos trazidos por navios norte-americanos."

O historiador da UFF Leonardo Marques, um dos maiores pesquisadores brasileiros da participação dos EUA na escravidão brasileira, aponta algumas ressalvas. Para Marques, os recursos norte-americanos estiveram mais presentes a partir de 1820, mas de forma indireta e ainda muito ligados a grupos específicos de contrabandistas portugueses. "Por muito tempo, acharam que eram americanos, mas hoje sabemos que muitos eram portugueses que chegaram a adquirir a cidadania para conduzir o tráfico", explica o professor, que teve a tese de doutorado sobre o assunto na Universidade Emory, The United States and the Transatlantic Slave Trade to the Americas 1776-1856, transformada em um livro publicado pela Yale Press em 2016.

Segurança da bandeira

O interesse nos Estados Unidos se dava por um conjunto de fatores. O primeiro era a qualidade das embarcações. Desde o período colonial, a região da Nova Inglaterra fortaleceu a tradição de construção naval, competindo com os próprios britânicos, e as guerras contra os colonizadores também contribuíram para o desenvolvimento dos barcos. "A qualidade deles era muito alta, eles eram a vela, mais rápidos, e aos poucos foram desbancando a própria frota britânica", conta Marques. Além de economizar tempo nas viagens, as embarcações eram consideradas capazes de despistar perseguidores da Marinha Britânica e piratas.

A bandeira americana era também uma das poucas imunes a vistorias a bordo. A partir de 1807, a Inglaterra começou a fechar o cerco contra o tráfico de escravos — mais do que razões humanitárias, havia diferentes interesses econômicos por trás da pressão, entre os quais criação de mercado consumidor para produtos industrializados. Embora internamente tanto abolicionistas quanto escravistas (que acreditavam já ter uma população de africanos interna suficiente e autossustentável) tenham concordado com as medidas, os EUA se recusaram a autorizar vistorias em seus barcos, acusando os britânicos de ferirem a soberania da ex-colônia.

Para os criminosos, a situação era perfeita: navios rápidos e com uma bandeira imune à fiscalização inglesa. Não à toa, conta Marques, no período havia várias companhias dos EUA que vendiam navios para traficantes no Rio de Janeiro. "No Jornal do Comércio, havia anúncios de navios como 'excelentes para transporte de escravatura'", diz o historiador.

A situação chegou a gerar alguns incidentes diplomáticos, dividindo as autoridades entre as que acreditavam que a venda dos barcos e o uso da bandeira era legítima, e os que achavam que não. Em 1844, Henry Wise foi nomeado ministro dos EUA no Brasil e, em conjunto com o cônsul George Gordon, buscou eliminar a bandeira do país do tráfico. Entre as medidas, passaram a enviar envolvidos no tráfico para serem julgados nos EUA e promoveram o desmantelamento de esquemas de cidadãos norte-americanos que vendiam ou fretavam embarcações para traficantes brasileiros.

Consumo financiado pela escravidão

Ilustração mostra configuração de um navio negreiro americanoDireito de imagemSLAVERYIMAGES
Image captionIlustração mostra configuração de um navio negreiro americano

Um dos esquemas envolvia a companhia Maxwell Wright & Co, que combinava duas atividades que acabaram interligadas ao longo da década de 1840: de um lado, vendiam os navios para traficantes de escravos; de outro, exportavam o café produzido pelos mesmos escravos de volta para os Estados Unidos, onde o mercado consumidor crescia. Neste sentido, observa Marques, a participação dos EUA na escravidão brasileira transcende a questão econômica. "A identidade nacional que estava sendo construída no país, do americano tomador de café em vez de chá, está amarrada com a escravidão", diz.

A professora Mamigonian, cuja pesquisa se concentra na abolição do tráfico e nas transformações da escravidão no século 19, complementa o raciocínio: "vemos um elemento muito próprio do capitalismo do século 19, quando a ascensão do consumo vai na contramão do abolicionismo." O problema, neste caso, não era restrito aos EUA. O próprio Reino Unido, que em 1833 aboliu a escravidão, continuou consumindo produtos brasileiros produzidos com mão de obra escrava e fornecendo itens industrializados para o comércio ilegal na África.

O crescimento do mercado consumidor para os produtos brasileiros, ao mesmo tempo em que vinculou os americanos ainda mais profundamente à escravidão no Brasil, corrobora a tese de que o tráfico existiria com ou sem a presença dos EUA. Em suas pesquisas, Marques observa que, embora uma cláusula no acordo entre EUA e Inglaterra permitindo a revista das embarcações possivelmente diminuiria a presença dos norte-americanos no tráfico, o controle da compra e venda de navios permaneceria ambíguo. Não à toa, traficantes portugueses acabaram criando suas próprias redes, principalmente em Nova York, adquirindo inclusive a cidadania do país.

A conclusão dos especialistas é que, enquanto houvesse demanda pelos produtos do trabalho escravo no mercado mundial e a escravidão se mantivesse um mercado lucrativo (um escravo comprado na África por US$ 40 valia em terras brasileiras algo entre US$ 400 a US$ 1.200, em torno de US$ 48 mil), haveria criminosos dispostos a manter o sistema ativo. Tanto é que, quando a captura do Mary E Smith finalmente sinalizou que o tráfico para Brasil não era mais um bom negócio, muitos traficantes voltaram as atenções para Cuba, que adotou medidas semelhantes somente em 1862.

O fim do tráfico nas Américas, por sua vez, só ocorreu de fato com a abolição da escravidão no Brasil, em 1888, último país do Ocidente a libertar africanos escravizados.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Bolsonaro provavelmente está passando o coronavírus para outras pessoas, diz infectologista



Nos últimos dias, presidente esteve com ministros, apoiadores, jornalistas e embaixador dos EUA no Brasil

O presidente Jair Bolsonaro confirmou, nesta terça-feira 07, que está contaminado com o coronavírus. O resultado positivo levanta agora outras problemáticas além do teste: Bolsonaro teria infectado outras pessoas com as quais teve contato nos últimos dias?

De acordo com a agenda da segunfa-feira 06, Bolsonaro se encontrou com o presidente do Inmetro, Marcos de Oliveira Junior, com o vice-presidente de assuntos de segurança da NTC&Logística, Roberto Mira. Também cumpriu agenda com os ministros Paulo Guedes (Economia), Braga Netto (Casa Civil), Jorge Oliveira (Secretaria-Geral), Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional) e José Levi (Advocacia-Geral da União), além de encontro com o secretário especial de Cultura, Mario Frias.

Já no final de semana, a agenda foi mais cheia. Sem respeitar as recomendações de distanciamento social, Bolsonaro se reuniu com ministros e com o embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Todd Chapman, para comemorar a data de independência dos EUA. Nenhum deles usava máscaras. O encontro foi registrado por diversas fotografias oficiais.

BOLSONARO NO ALMOÇO DE COMEMORAÇÃO DA INDEPENDÊNCIA DOS EUA (FOTO: ISAC NÓBREGA/PR)

 

O PRESIDENTE ABRAÇA O EMBAIXADOR AMERICANO TODD CHAPMAN (FOTO: CLAUBER CLEBER CAETANO/PR)

Na sexta-feira 03, o presidente também teve um encontro com empresários ligados à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), incluindo Paulo Skaf, presidente da Federação. Imagens da reunião mostram uma sala repleta de empresários, ministros e demais representantes sem máscaras.

FOTO: MARCOS CORRÊA/PR

Durante esse tempo, o presidente também não parou de cumprimentar apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, apesar do uso da máscara nessas ocasiões. Na segunda-feira 06 de manhã, Bolsonaro chegou a tirar fotos com crianças. No fim da tarde, porém, afirmou que estava retornando do Hospital das Forças Armadas.

“Eu vim agora no hospital, fiz uma chapa de pulmão. Tudo está limpo. Faça um exame covid agora há pouco, mas está tudo bem”, afirmou ele. “Não pode chegar muito perto não, tá. Recomendação para todo mundo”, disse aos eleitores.

No momento do anúncio de que estava contaminado, que foi transmitido ao vivo por uma pequena coletiva de imprensa no Palácio, Bolsonaro tirou a máscara, em certa hora, para falar com os jornalistas, que usavam o adereço de proteção.

“Ele provavelmente está passando para outras pessoas”, diz médico

O infectologista Marcos Boulos, que trabalha no Centro de Contingenciamento de Coronavírus do estado de São Paulo, afirmou que o período de incubação do coronavírus varia de um a quatro dias, podendo chegar até a uma semana para que a pessoa contaminada comece a sentir sintomas.

Desse tempo, o presidente poderia começar a transmitir o vírus sem saber. “Ele [o vírus] começa a ser transmitido um pouco antes dos sintomas estarem claros”, afirma o médico, enfatizando que essas chances são maiores um dia antes dos sintomas sentidos por Bolsonaro. No entanto, o médico observa que não havia essa preocupação por parte do presidente. “Ele provavelmente está passando para outras pessoas, mas ele nunca se isentou de fazer isso.”, diz Boulos.

Agora, será necessário rastrear os últimos contatos do presidente para a realização de testes de covid-19, explica o infectologista.

“O que a gente não tem feito no País e deveria ter sido feito desde o começo é que, quando você tem um caso positivo, de cada 5 pessoas que você rastreia, deve encontrar outras 2 que são positivas. Normalmente, [a chance] é de 40%. Por isso que é importante fazer os testes, porque as vezes as pessoas não sabem e continuam passando.”, diz o médico.

Carta Capital

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Secult-PE e Fundarpe anunciam novo calendário para os editais do Funcultura Audiovisual



A Secult-PE e a Fundarpe, responsáveis pela execução do 12º e do 13º Funcultura Audiovisual, definiram novos prazos para o cronograma dos dois editais. Construído em diálogo com o Conselho Consultivo do Audiovisual de Pernambuco, o calendário – aprovado pela Comissão Deliberativa do Funcultura, na manhã desta quinta-feira (2) – aponta o dia 14 de novembro de 2020, como a data para a divulgação final dos resultados dos dois editais.

O ajuste representou a redução em um mês da proposta inicial apresentada pela Superintendência do Funcultura, que previa incialmente como data limite para o resultado final das aprovações o dia 11 de dezembro de 2020. Além do novo prazo, o cronograma contempla a previsão do início das assinaturas do termo de compromisso ainda em 2020, conforme descrito abaixo:

*17/08/2020 a 11/09/2020 - Reuniões da Comissão Deliberativa do Funcultura com os representantes das Comissões Técnicas e Temáticas para definição dos projetos que irão para defesa oral em cada uma das categorias contidas neste edital (que serão realizadas integralmente em ambiente virtual disponibilizado pela Fundarpe).

*Até 11/09/2020 - Divulgação no site oficial da Secult-PE/Fundarpe e convocação – via e-mail – dos selecionados para a defesa oral (por categorias).

*De 14/09/2020 a 02/10/2020 - Defesa oral dos projetos aprovados na segunda fase de seleção e reuniões dos Grupos de Assessoramento Técnico e Temático com a Comissão Deliberativa do Funcultura para discussão dos projetos a serem selecionados (que serão realizadas integralmente em ambiente virtual disponibilizado pela Fundarpe).

*Até 17/10/2020 - Anúncio e publicação no site da Secult-PE/Fundarpe do Resultado Preliminar dos projetos selecionados, com seus respectivos valores, no 13º Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco – Funcultura.

*De 19/10/2020 a 23/10/2020 - Prazo para apresentação de recursos referentes aos projetos selecionados e divulgados no resultado preliminar.

*Até 14/11/2020 - Anúncio e publicação, no Diário Oficial e no site da Secult-PE/Fundarpe do resultado final dos projetos selecionados, com seus respectivos valores, no 13º Edital do Programa de Fomento à Produção Audiovisual de Pernambuco – Funcultura.

*A partir de 16/11/2020 - Análise orçamentária dos projetos aprovados e entrega das exigências e atualização das documentações.

*A partir de 04/12/2020 - Início da elaboração e assinatura dos termos de compromisso dos projetos selecionados.

http://www.cultura.pe.gov.br/

Professor Edgar Bom Jardim - PE

'Reabrir agora é suicídio': os donos de bares e restaurantes que decidiram continuar fechados



Bar vazioDireito de imagemAGÊNCIA BRASIL
Image captionComo fez o Rio de Janeiro na semana passada, bares e restaurantes de São Paulo puderam reabrir as portas na segunda-feira

Um grupo de donos de bares e restaurantes de São Paulo decidiu manter as portas dos estabelecimentos fechadas mesmo com a autorização do governo do Estado para a reabertura. Entre os motivos alegados, estão a falta de segurança para funcionários e clientes, expectativa de baixo movimento e receio de falência.

A partir de segunda-feira (6/7), a gestão do governador João Doria (PSDB) passou a autorizar que estabelecimentos do setor voltem a funcionar depois de quase quatro meses de quarentena por causa da pandemia de covid-19, doença causada pelo novo coronavírus.

Para isso, os locais precisam seguir algumas regras, como horário fixo (das 11h às 17h), lotação de até 40% da capacidade, proibição de mesas nas calçadas e exigência de uso de termômetros e máscaras, além de distanciamento entre os clientes.

O governo classificou esse cenário — de flexibilização gradual da economia com restrições — de "amarelo". A condição "verde" traria "abertura parcial", e a "azul" seria o "normal controlado".

Segundo o Ministério da Saúde, o Estado de São Paulo tinha no domingo (5/7) cerca de 320 mil infectados por coronavírus, além de pouco mais de 16 mil mortes por covid-19.

"Achamos os protocolos (de reabertura) vagos e, em alguns casos, sem sentido. Por que abrir apenas para o horário do almoço e fechar à noite? Não há nenhuma pesquisa mostrando que o coronavírus se propaga mais à noite", diz Gabriel Pinheiro, dono da pizzaria Villa Roma, que tem duas unidades na capital: uma na região da avenida Paulista e outra no Tatuapé.

Segundo ele, a maior parte do faturamento do restaurante antes da pandemia vinha do período noturno, no jantar. O almoço, no entanto, reunia clientes que trabalham em prédios comerciais e de escritórios — hoje, em boa parte, fechados.

"Não faz sentido para nós abrir só de manhã se nossos clientes estão trabalhando em home office", explica. "Ninguém vai sair de casa para almoçar fora nesse momento. As pessoas estão cozinhando ou pedindo por delivery."

O empresário Gerson Higuchi, dono do restaurante Apple Wood, no bairro da Anália Franco, também tem a maior parte do seu faturamento à noite. "Quem vai vir almoçar se as pessoas não estão trabalhando nos escritórios?", questiona.

'Reabrir é suicídio'

Empresários ouvidos pela BBC News Brasil, que atendem hoje apenas por delivery, dizem temer que a reabertura dos restaurantes signifique um prejuízo financeiro ainda maior — e até a falência diante do aumento de gastos sem retorno no faturamento.

"Nós hoje operamos de maneira enxuta, com poucos funcionários. Suspendemos os contratos de 70% do nosso pessoal. Se reabrir, teria de trazê-los de volta sem perspectiva de que o faturamento iria aumentar novamente", explica Gabriel Pinheiro, da pizzaria Villa Roma.

Segundo o empresário, a atual operação por delivery rende apenas 20% da arrecadação do restaurante antes da pandemia, volume que não paga nem os custos fixos de suas duas unidades, como aluguel, salários e fornecedores. "Hoje temos um prejuízo semanal de R$ 10 mil em cada pizzaria", diz.

Já Gerson Higuchi, do Apple Wood, concorda que a reabertura do espaço criaria mais gastos sem garantia de retorno financeiro diante do movimento fraco.

"Teríamos que recontratar os funcionários, aumentar o estoque e outros gastos, além de reformular a operação sem garantia de que o movimento volte a crescer. Vi pesquisas mostrando que a grande maioria das pessoas não está disposta a sair de casa ainda", diz ele, que durante a pandemia demitiu 17 dos antigos 20 funcionários.

Bar vazioDireito de imagemDIVULGAÇÃO
Image captionPara empresários paulistanos, reabertura pode causar ainda mais prejuízos financeiros

"Nós ainda não atingimos o pico da pandemia. Agora, no inverno, os casos podem aumentar e, possivelmente, o governo terá de fechar novamente o comércio. Entendo quem está desesperado, também estou. Mas preferi esperar do que reabrir agora e ter de fechar de novo daqui a 30 dias. Qualquer movimento que eu tome sem planejar muito bem pode ser fatal para minha empresa. Reabrir agora é suicídio, significa falência", explica.

Para Percival Maricato, presidente da seção paulista da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), muitos estabelecimentos da cidade não têm capacidade financeira para reabrir nesta semana.

"Mesmo para reabrir, os proprietários precisam recontratar o pessoal e renovar estoque. Nem todo mundo consegue fazer isso hoje, então prefere ficar quietinho, fechado. Muita gente que reabrir terá mais prejuízo ainda", diz.

Segundo ele, a Abrasel tem negociado uma flexibilização ainda maior, com aumento do horário permitido até o período noturno e o fim da restrição do uso de mesas nas calçadas — algo bastante popular em São Paulo e que foi proibido pela nova norma do governo do Estado.

Para Renato Yada, dono do bar e restaurante de comida japonesa Izakayada, na região central de São Paulo, reabrir o local colocaria os clientes e funcionários em risco de infecção por coronavírus.

"Nosso espaço é pequeno, as pessoas ficam bem juntas. Pela norma de 40% da capacidade, poderíamos receber só seis pessoas durante seis horas. Não vale a pena colocar as pessoas em risco. Tenho familiares idosos, não posso levar a doença para casa", diz.

O Izakayada tem funcionado apenas por delivery — e o dono é quem faz as entregas, sem auxílio de profissionais de aplicativos. Para continuar funcionando, o bar demitiu quatro funcionários e hoje apenas os sócios trabalham na unidade.

"Nosso faturamento caiu 80%. Hoje não conseguimos nem pagar as contas, às vezes precisamos vender algumas coisas para compensar o prejuízo. Só estamos de pé porque somos pequenos e porque temos esperança de que em breve a situação vá melhorar", diz.

'Vitória mutilada'

Para o empresário Facundo Guerra, dono de bares e baladas como o Riviera e o Cine Joia, a reabertura do setor é uma "vitória mutilada". "Abrir agora significa expor meus funcionários, meus cliente e eu mesmo. Os números estão aí. Não achatamos a curva de infecções nem chegamos no pico da pandemia", diz.

"Os shoppings reabriram e continuam vazios. Já os bares são locais de celebração, e hoje não temos nada para celebrar. Entendo as pessoas que querem retomar os negócios, mas acho uma decisão equivocada. Não há garantia de que o investimento para a reabertura agora será recompensado", afirma.

A empresária Ana Massochi, dona do restaurante de comida argentina Martín Fierro, na Vila Madalena, conta que também preferiu continuar atendendo apenas por delivery para proteger seus funcionários.

Homem caminha de máscara diante de lojas fechadasDireito de imagemREUTERS
Image captionGoverno de São Paulo decidiu flexibilizar a abertura da economia depois de quase quatro meses de quarentena

"O momento é crítico, a curva de infecção não baixou. A maioria dos meus funcionários usa transporte público para vir trabalhar. Não posso e não vou expô-los ao coronavírus", diz.

Para ela, que suspendeu contratos e reduziu salários em 50%, também não há garantia de que todos os clientes vão sempre respeitar as normas, como uso de máscaras.

"Imagina uma pessoa que tomou duas caipirinhas e passa a não seguir as regras. Como meu garçom vai resolver essa situação? Chama a polícia? E se houver violência?", questiona.

A empresária afirma que o delivery cobre apenas 50% da operação do Martín Fierro. "Estamos há quatro meses com prejuízo. As contas continuam chegando… Tudo está funcionando, menos o crédito para o pequeno empresário. Não tivemos um tostão do governo", reclama.

Para Percival Maricato, da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, o poder público também deveria olhar para o setor. "Tão importante quanto a reabertura do comércio seria fazer com que o crédito chegue na ponta. Muitos pequenos empresários estão frágeis financeiramente e não têm capacidade de reabrir", diz.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

MPF pede afastamento urgente de Ricardo Salles, "o rei da boiada" do Ministério do Meio Ambiente


Procuradores acusam ministro de improbidade administrativa

O Ministério Público Federal (MPF) pediu afastamento de Ricardo Salles da chefia do Ministério do Meio Ambiente, em representação divulgada nesta segunda-feira 6. O órgão acusa Salles de cometer improbidade administrativa, por “desestruturação dolosa das estruturas de proteção ao meio ambiente”.

Em ação na Justiça, 12 procuradores da República pedem o afastamento em caráter de urgência. Além disso, a ação reivindica punições previstas na lei, como a perda da função pública, a suspensão dos direitos políticos, o pagamento de multa e a proibição de contratação com o poder público e de recebimento de benefícios e incentivos fiscais.

O pedido tramita na 8ª Vara da Justiça Federal. Em documento de 128 páginas, o MPF diz que a gestão de Salles percorre direção contrária à efetivação do projeto constitucional para o meio ambiente.

“Por meio de ações, omissões, práticas e discursos, o ministro do Meio Ambiente promove a desestruturação de políticas ambientais e o esvaziamento de preceitos legais, mediante o favorecimento de interesses que não possuem qualquer relação com a finalidade da pasta que ocupa”, escrevem.

Os procuradores sustentam que o comando de Salles age no sentido de “fragilizar a atuação estatal na proteção do meio ambiente” e que, analisados de forma contextualizada, os atos promovem a “fragilização do arcabouço normativo e institucional”.

“Os efeitos da fragilização da estrutura administrativa, por sua vez, são imediatos, como mostram os dados sobre o aumento do desmatamento e o avanço de atividades econômicas ilegais sobre áreas de floresta nativa, incluindo áreas especialmente protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação. A desregulamentação de medidas proibitivas, a desmobilização de servidores e o desmonte da fiscalização consistem em frentes permanentes de fragilização dos órgãos ambientais federais. Em muitos casos, os efeitos podem se tornar irreversíveis”, diz a ação.

Os procuradores elencam quatro frentes em que Salles teria praticado improbidade administrativa: desestruturação normativa, desestruturação dos órgãos de transparência e participação, desestruturação orçamentária e desestruturação fiscalizatória.

A ação lembra um dos episódios mais escandalosos da trajetória recente de Salles, quando incentivou o governo a aproveitar a pandemia para “ir passando a boiada” em medidas ambientais. A declaração ocorreu durante a reunião ministerial de 22 de abril, gravada em vídeo divulgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para o MPF, o caso expõe, de forma clara, um verdadeiro “encadeamento premeditado” de atuar contrário à proteção ambiental.

“Se havia dúvidas quanto à sua configuração, a manifestação do requerido na reunião ministerial de 22 de abril de 2020 escancarou os propósitos de sua gestão e o desvio de finalidade nos atos praticados. Naquela ocasião, o ministro declarou que considerava a pandemia decorrente do novo coronavírus uma ‘oportunidade’ para modificar normas e adotar atos. Também sugeriu fazer uma ‘baciada’ de alterações e ‘passar a boiada'”, afirmam.

Em resposta, o Ministério do Meio Ambiente alegou que os argumentos dos procuradores não procedem.

“A ação de um grupo de procuradores traz posições com evidente viés político-ideológico em clara tentativa de interferir em políticas públicas do governo federal. As alegações são um apanhado de diversos outros processos já apreciados e negados pelo Poder Judiciário, uma vez que seus argumentos são improcedentes”, declarou a pasta.

Com informação de Carta Capital

Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 6 de julho de 2020

Cultura é tema de Live em Bom Jardim nesta segunda-feira, às 19:30 no Facebook




Nesta segunda feira, dia 06.07, às 19:30hs, na  Fanpage,  de Maciel Santos, via programa Dialogando para Construir abordará o tema, Cultura, a vivência de um povo.

Convidados: o Produtor Cultural Edgar S dos Santos, o Coreógrafo Wagner Lima e  o Assessor Parlamentar André Ricardo, para uma conversa sobre as formas de fortalecimento da cultura em nosso município.

Você é nosso convidado, participe conosco, vamos dialogar e propor alternativas para o fortalecimento de nossa cultura.
Professor Edgar Bom Jardim - PE