quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Cultura:Quatro importantes museus brasileiros que fecharam as portas por problemas estruturais

Museu da Língua PortuguesaDireito de imagemGILBERTO MARQUES/A2IMG/GOVERNO DE SÃO PAULO
Image captionDesde 2016, o Museu da Língua Portuguesa, que também pegou fogo, está em reforma
As chamas que atingiram e destruíram o Museu Nacional do Rio de Janeiro, no domingo, trouxeram à tona os problemas encontrados por museus em todo o país. Dificuldades financeiras, falhas estruturais e ausência de servidores capacitados estão entre as reclamações mais comuns no segmento.
Durante a criação do Ministério da Cultura, em março de 1985, foram estabelecidas iniciativas para a área do patrimônio, incluindo os museus. Em 2003, foi lançada a Política Nacional de Museus, destinada a unidades de todas as esferas.
Seis anos depois, foi sancionado o Estatuto dos Museus, regulamentado em 2013. Tais medidas garantiriam, em tese, a segurança e a conservação aos locais que guardam parte da história do país ou do mundo.
Na prática, porém, as iniciativas não costumam ser seguidas. De acordo com o Conselho Federal de Museologia (Cofem), o orçamento público destinado aos museus é precário e não garante quesitos considerados fundamentais para preservar os acervos.
"A conservação e a segurança são questões sérias e nem sempre aparecem em primeiro lugar nas prioridades das instituições responsáveis pela liberação das verbas públicas para os museus. As equipes técnicas, em especial os museólogos, são incansáveis em relatar e denunciar essas questões. O que se tem hoje é resultado de anos de descaso com o patrimônio público", afirma a entidade, por meio de nota encaminhada à BBC News Brasil.
No país, há 3.879 museus catalogados no Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Destes, há diversos relatos de unidades que tiveram que encerrar suas atividades por falta de recursos para se manter ou dificuldades estruturais. Não existe um levantamento oficial sobre museus fechados no Brasil.
Museu de Arte de Brasília passa por obrasDireito de imagemVALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL
Image captionMuseu de Arte de Brasília passa por obras
Além daqueles que encerraram as atividades de modo permanente ou temporário - em muitos casos reabrindo mais de cinco anos depois -, há aqueles que passam a limitar suas atividades à pesquisa e deixam de atender o grande público.
Para o diretor do Museu Nacional da República - localizado em Brasília -, Wagner Barja, a falta de incentivo por parte do poder público faz com os museus tenham de optar entre fechar as portas ou funcionar de modo precário.
"A situação é complicada, porque as instituições precisam manter o patrimônio, cuja manutenção não é barata, com verbas reduzidas. O poder público precisa entender que o acervo é uma fortuna, com um imenso valor histórico e valor pecuniário altíssimo. É preciso valorizar os museus", diz.
Outra dificuldade, segundo o Cofem, é a burocracia nos repasses feitos às unidades. "As instituições culturais públicas estão presas à estrutura administrativa governamental e, por isso, não são independentes. Quando a verba chega, já desgastada pela burocracia e pelo contingenciamento, nem sempre conseguem administrá-las adequadamente porque já chegam insuficientes", pontua.

Dificuldades financeiras

Grande parte dos museus brasileiros são públicos e relacionados a uma esfera - municipal, estadual ou federal. O órgão superior responsável por cada unidade é quem encaminha as verbas para a instituição. Museus particulares também costumam receber verba pública, por meio de leis de incentivo.
Museu do IpirangaDireito de imagemFRANCISCO EMOLO/JORNAL DA USP
Image captionFachada do Museu do Ipiranga, fechado desde 2013 por risco de desabamento
Cada museu público encaminha um planejamento anual à esfera responsável, no qual aponta a verba necessária para o seu funcionamento. Conforme o Cofem, normalmente os repasses feitos às unidades são abaixo dos valores solicitados.
No caso do Museu Nacional do Rio de Janeiro, que possuía acervo de 20 milhões de itens, cabe à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) fazer os repasses para a entidade, por meio de verba do Ministério de Cultura. A instituição de ensino superior, porém, vem sofrendo com corte de verba e o valor que repassa ao museu, segundo o Conselho Federal de Museologia, não é suficiente. Em razão disso, atividades prioritárias, como a segurança e a conservação do espaço cultural, acabaram prejudicadas.
O Museu Nacional havia gastado neste ano, até a data em que sofreu o incêndio, R$ 268,4 mil. Um levantamento feito pela BBC News Brasil apontou que o montante equivale, por exemplo, a menos de 15 minutos de gastos do Congresso Nacional em 2017 - Câmara e Senado custaram R$ 1,16 milhão por hora no ano passado, segundo levantamento da Ong Contas Abertas, especializada em acompanhar os gastos do governo.
O Cofem ressalta que as verbas repassadas aos museus são destinadas somente às atividades básicas para funcionamento do local. "É necessário também haver recursos para o desenvolvimento de novos projetos, visando à adequação das áreas, especialmente para a salvaguarda de acervos que exigem condições especiais de armazenamento."
Diretor do Museu de Zoologia da Universidade de São Paulo (USP), Mário de Pinna lamenta o modo como o poder público lida com o segmento no país. "Os Museus são tratados do mesmo modo como a educação e ciência em geral, ou seja, como algo sem importância. É um descaso."

Falhas estruturais

As dificuldades financeiras enfrentadas pelos museus acarretam falhas estruturais. Segundo o Cofem, a ausência de condições de segurança do prédio está entre os motivos que levam unidades a fecharem as portas ou suspenderem suas atividades.
Pinna afirma que grande parte dos museus não recebem a manutenção adequada, em razão da falta de recursos financeiros. "A condição dos museus varia. Entre os grandes, posso afirmar que nenhum deles está em condições de manutenção de primeiro mundo em infraestrutura. Há diferentes graus, mas nenhum está em plenas condições de manutenção. Isso não quer dizer que estejam abandonados ou esquecidos, porque as pessoas vão fazendo o que podem."
Especialista em combate a incêndios e tenente-coronel da reserva do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Cássio Armani acompanhou o controle do incêndio no Museu da Língua Portuguesa, em São Paulo, em 2015. Ele relata que o principal motivo para que o fogo atinja estruturas como o Museu Nacional é a ausência de projetos ou instalações de segurança contra incêndios.
"É preciso haver medidas que permitam a saída das pessoas em condições seguras, que possibilitem a preservação da construção e, sobretudo, dos materiais que nelas existem. Além da gestão adequada, no caso dos prédios públicos, é preciso haver vontade política para priorizar este tipo de necessidade e não apenas contar com a sorte", diz à BBC News Brasil.
Segundo ele, em casos de construções históricas que possuem acervos de valores incalculáveis, é importante haver, além do sistema de proteção contra incêndio, medidas preventivas. "É fundamental que esse local tenha sistemas automáticos de detecção de fumaça e de supressão de incêndio. Existem várias tecnologias disponíveis no Brasil", relata.

Ausência de profissionais

Outro ponto que figura entre os motivos para os fechamentos de museus no país é a ausência de profissionais capacitados nos locais.
Para Pinna, a ausência de uma equipe maior de segurança auxiliou a propagação do fogo no Museu Nacional do Rio de Janeiro. "Não devemos nos preocupar apenas com recursos financeiros. Devemos nos importar com os humanos também. No Museu Nacional, havia quatro seguranças para todo aquele lugar. Era claramente insuficiente. Deveria haver, no mínimo, quatro vezes mais que isso", diz.
"Se houvesse mais pessoas trabalhando na hora do incêndio, com certeza não teria atingido aquela proporção, porque perceberiam o fogo logo no início e conseguiriam controlá-lo. É importante ter pessoal, equipamento e outros itens que o museu precisar para funcionar. É o mesmo problema que acomete ciência e ensino no Brasil. Não é uma prioridade", completa.
Além dos mais conhecidos, há centenas de pequenos museus que também fecharam as portas ao redor do Brasil, por falta de recursos para se manter.
A BBC News Brasil conta, abaixo, as situações de quatro importantes museus brasileiros que não estão abertos ao público atualmente:

Museu da Língua Portuguesa

Inaugurado em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa foi criado com o objetivo de valorizar o idioma. Localizado na Estação da Luz, o espaço recebeu 3,9 milhões de visitantes durante os anos em que esteve em funcionamento. Era um dos museus mais visitados do Brasil.
Restauração do telhado do Museu da Língua Portuguesa é finalizada (18/07/2018)Direito de imagemROVENA ROSA/AGÊNCIA BRASIL
Image captionObras para restauração do telhado do Museu da Língua Portuguesa
Em suas exposições, utilizava tecnologia para apresentar o seu acervo. Para atrair a atenção do público, o local recorria a recursos como filmes, áudios e atividades interativas.
Em 21 de dezembro de 2015, três andares e a cobertura do museu foram atingidos por chamas. Era segunda-feira e o local estava fechado para o público. Um bombeiro civil, que atuava no museu, morreu no incêndio.
"A situação do Museu Nacional foi semelhante ao da Língua Portuguesa. Os dois casos poderiam ser evitados se houvesse uma prevenção melhor contra os incêndios", afirma o tenente-coronel da reserva do Corpo de Bombeiros de São Paulo, Cássio Armani.
Desde 2016, o espaço passa por obras de reconstrução. A previsão é de que volte a funcionar no próximo ano.

Museu do Ipiranga

O Museu Paulista, mais conhecido como Museu do Ipiranga, está fechado desde 2013, após um laudo apontar riscos de desabamento do forro. O lugar, cujo acervo histórico conta com mais de 450 mil obras, é mantido pela Universidade de São Paulo.
Museu Paulista, mais conhecido como Museu do IpirangaDireito de imagemJOSÉ ROSAEL / USP IMAGENS
Image captionPrevisão é que o Museu do Ipiranga seja reaberto em 2022
Desde que suspendeu suas atividades, o museu encaminhou suas obras para imóveis alugados especialmente para conservar os itens. A previsão é de que o lugar volte a funcionar no bicentenário da independência do Brasil, em 2022.

Museu de Arte de Brasília

Criado em 1985, o Museu de Arte de Brasília (MAB) era considerado um dos mais relevantes museus de arte moderna e contemporânea do Brasil. As obras do local, produzidas a partir da década de 50, eram caracterizadas pela diversidade de técnicas e materiais, com pinturas, gravuras, desenhos, fotografias, esculturas e objetos.
MABDireito de imagemJÚNIOR ARAGÃO / SECDF
Image captionMuseu de Arte de Brasília antes da reforma
O espaço foi fechado por recomendação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, em 2007. O órgão apontou que o local apresentava precariedade em sua estrutura. Desde então, o acervo do lugar foi encaminhado ao Museu Nacional da República, também em Brasília.
Por quase uma década, o espaço foi um canteiro de obras. Segundo a Secretaria de Cultura do Distrito Federal, a reconstrução do museu foi retomada em outubro de 2017 e está orçada em R$ 7,6 milhões. Os recursos foram obtidos por meio de financiamento do Banco do Brasil e da Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap).
MAB em reformaDireito de imagemASCOM/SECDF
Image captionMuseu de Arte de Brasília se reduziu a um canteiro de obras por quase uma década
A previsão, segundo o Governo do Distrito Federal, é que o espaço seja reaberto no primeiro semestre do ano que vem.

Museu do Índio

Criado com o objetivo de contribuir para a preservação do patrimônio cultural indígena, o Museu do Índio, no Rio de Janeiro, está fechado ao público desde julho de 2016.
A instituição é responsável por administrar os acervos das maiores sociedades indígenas do país. O local possui 18 mil peças etnográficas e 15 mil publicações nacionais e internacionais relacionadas às questões indígenas. O museu é considerado referência para estudos sobre o tema.
Atividade em comemoração ao Dia do Índio, no Museu do Índio, em Botafogo, no Rio (12/04/2014)Direito de imagemAGÊNCIA BRASIL/ TOMAZ SILVA
Image captionAtividade em comemoração ao Dia do Índio, no Museu do Índio, no Rio de Janeiro, em 2014
O espaço está fechado para visitantes após iniciar obras de adequação de segurança do seu acervo e do patrimônio arquitetônico, incluindo projeto de prevenção e combate ao incêndio.
Por meio de comunicado enviado à BBC News Brasil, a diretoria do museu informou que a reabertura do local foi atrasada em razão do "contingenciamento no orçamento do Governo Federal". A expectativa é de que o lugar reabra ainda neste ano.
Segundo a diretora substituta do Museu do Índio, Arilza de Almeida, o local continua atendendo pesquisadores, incluindo indígenas. No entanto, visitantes e grupos escolares, que costumavam ir ao lugar para estudo de questões indígenas, estão suspensos há dois anos.
"O Museu do Índio está fechado à visitação pública a seus espaços expositivos, porém, permanece funcionando em suas tarefas de preservação, conservação, pesquisa e divulgação do acervo junto ao público através de mídias e exposições fora do Museu", informa a diretora do lugar.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 4 de setembro de 2018

Dica de Saúde:Pare de fazer essas 10 coisas – Elas estão acabando com seus rins




Os rins são um dos órgãos vitais do corpo e sua missão é eliminar as toxinas organismo através da urina.
Fazendo isso, eles regulam os níveis de minerais, como cálcio e fosfato.
Além do mais, podem regular a pressão sanguínea enquanto produzem hormônios essenciais, que são indispensáveis para o bom funcionamento do organismo.
Os rins também ajudam na formação de células vermelhas do sangue, que são responsáveis pelo transporte de oxigênio e nutrientes através do corpo.
Quando os rins estão doentes, podemos detectar sintomas, como vômito, mau hálito, mudança da cor da urina, tonturas, comichão na pele, problemas respiratórios, dor súbita, anemia, fadiga ou cansaço e sensação de frio o tempo inteiro.
Se você notar algum desses sinais de alerta, é bom procurar seu médico.
Mas o que causa a destruição da função renal?
São vários fatores.
Os mais comuns são:

1. Consumir pouca água
A falta de água no organismo pode levar a uma lesão renal significativa.
O sangue fica tão concentrado que o fluxo para os rins é reduzido.
Dessa forma, a capacidade dos rins de eliminar as toxinas do corpo é impedida, causando muitos problemas de saúde.
A quantidade recomendada de água por dia é de pelo menos 2 litros, no caso de uma pessoa adulta.
No entanto, certifique-se de não exagerar, pois o excesso de água pode dificultar a função renal.
E é importante também consumir uma água de boa qualidade.
Substâncias como cloro e flúor em excesso, por exemplo, são bastante prejudiciais.
2. Segurar o xixi
Esta é uma das causas mais comuns de danos aos rins.
Segurar a urina por muito tempo acaba acumulando bactérias na bexiga.
Essas bactérias nocivas causam infecções no sistema urinário. Além disso, manter a urina na bexiga, causa pressão nos rins e leva à insuficiência renal.
3. Fumar
O cigarro é muito prejudicial e todo mundo sabe disso.
Ele danifica todos os órgãos do corpo, incluindo os rins.
Vários estudos têm encontrado uma ligação entre tabagismo e doença renal, e de acordo com a Associação Americana de Pacientes Renais (AAKP), o tabagismo é a principal causa de insuficiência renal terminal (doença renal em estágio final).
Esse mau hábito aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, reduzindo o fluxo de sangue nos vasos sanguíneos dos rins.
4. Consumir muita proteína
O consumo de quantidades excessivas de alimentos à base de proteínas, como a carne vermelha, aumenta o risco de doença renal.
Portanto, você deve limitar a ingestão de proteínas e, no caso de problemas renais, verificar com seu médico qual deve ser o percentual do consumo delas em sua dieta, a fim de evitar complicações posteriores.
5. Ingerir sal em exceso
O uso regular de quantidades elevadas de sal danifica os rins e causa diversos problemas de saúde.
Este órgão metaboliza até 95% do sódio consumido através dos alimentos.
No caso de quantidades excessivas de sal, os rins precisam trabalhar muito mais para eliminá-lo, diminuindo sua função e aumentando a pressão sanguínea.
6. Dormir pouco
Muita gente ignora a importância do descanso.
No entanto, uma boa noite de sono de 7 a 8 horas é essencial para o corpo.
Os tecidos dos órgãos se renovam durante esse período. Se isso não acontece, muitas complicações surgem, principalmente nos rins.
Numerosos estudos têm mostrado que o sono inadequada leva a um aumento da obstrução das artérias (aterosclerose) e a pressão arterial alta, que elevada a probabilidade para o desenvolvimento de doenças renais.
7. Tomar frequentemente analgésicos
Muita gente usa analgésicos e medicamentos para tratar a dor, reduzir a inflamação e curar vários problemas de saúde.
No entanto, essas drogas danificam os rins e outros órgãos do corpo.
Se você não sabe, os analgésicos podem reduzir o fluxo de sangue para os rins e obstruir a sua função.
Assim, o uso a longo prazo destas drogas pode causar doenças renais crônicas, como a insuficiência renal aguda.
8. Consumir muita cafeína
Excesso de cafeína aumenta a pressão sanguínea e a pressão sobre os rins, provocando problemas renais.
O consumo exagerado de cafeína está diretamente ligado a cálculos renais.
Ressalte-se, porém, que o consumo moderado de café ou chá (com cafeína) não é prejudicial.
Mas você deve evitar a ingestão de bebidas energéticas e refrigerantes com essa substância.
9. Abusar de bebidas alcoólicas
Estas bebidas levam toxinas para os rins e fígado, em excesso, causam danos renais.
Se você costuma beber muito álcool, saiba que o ácido úrico é armazenado nos túbulos renais, conduzindo à obstrução tubular que eleva o risco de insuficiência renal.
Além disso, o álcool desidrata o corpo e, assim, prejudica a atividade normal dos rins.
10. Menosprezar o tratamento de infecções comuns
Danos nos rins também podem ser o resultado de negligência.
Se você está com tosse, resfriados, gripe, amigdalite e faringite, então deve procurar se tratar.
O desleixo por uma infecção não tratada pode causar danos nos rins.
Então cuide do seu corpo: fortaleça a imunidade com antibióticos naturais e procure consultar-se com um bom profissional.
Por Christianne
maisvistas.tk
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Federação de Trabalhadores da Agricultura Familiar declara apoio a Paulo Câmara


De volta ao município de Vitória de Santo Antão para participar do ato de lançamento da candidatura de João Santos a deputado estadual, a caravana da Frente Popular de Pernambuco recebeu, na tarde deste domingo (02), o apoio da Federação dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (FETRAF). O evento, que reuniu representantes de sindicatos ligados à entidade em vários municípios da Mata Sul de Pernambuco, também se tornou um grande ato em defesa da candidatura do ex-presidente Lula. Além do governador Paulo Câmara, a candidata a vice-governador Luciana Santos (PCdoB) e o senador Humberto Costa também participaram da atividade.

Ao público formado por trabalhadores rurais, Paulo Câmara pontuou ações realizadas em Pernambuco nas áreas essenciais, como educação, saúde, segurança e infraestrutura hídrica, e falou sobre as ações para o fortalecimento da população do campo nos últimos anos. Paulo citou a continuidade de programas sociais importantes, como o Chapéu de Palha, além da entrega de 10 mil títulos de posse. O governador também comentou sobre novas propostas, como a criação de uma pasta voltada para Agricultura Familiar e a instituição do 13º salário para os beneficiários do Bolsa Família.

Paulo elencou as dificuldades de administrar Pernambuco na crise econômica e destacou que será possível fazer mais com a parceria de Lula e Fernando Haddad na Presidência da República. “Todos nós acompanhamos o que aconteceu com o Brasil nos últimos anos. Um governo ilegítimo, um presidente que perseguiu Pernambuco, que não deu acesso a crédito. Mas fizemos o que precisava ser feito. Tenho compromisso de fazer mais. Com Lula e Haddad, vamos fazer obras que essa crise não deixou. Esse lado que participamos é o lado do bem. O outro lado vocês sabem quem representa”, enfatizou o socialista.
Blog do Agreste
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Tragédia:Fogo destrói Museu Nacional. Veja fotos do arcervo

Muita tristeza, o trabalho, um acervo de duzentos anos ser consumido pelo fogo. Parte da história da humanidade ser consumida  pela falta de cuidado dos governantes. Uma violência sem tamanho. A educação, cultura e a ciência tiveram uma perda gigante. A incompetência do Estado, a corrupção de seus  governantes, o corte de verbas públicas para educação, cultura, ciência e arte resultam nesta precariedade. Uma tragédia. Destruição da Universidade, destruição da educação, da cultura e da ciência brasileira.

Um dos maiores meteoritos do Brasil, uma coleção de História Natural sem par na América Latina. Fósseis de dinossauros, múmias trazidas do Egito por D. Pedro II. Luzia, o esqueleto humano mais antigo já encontrado nas Américas, com mais de doze mil anos.
Tudo isso no Palácio Real que fica num parque que é e foi quintal de toda criança suburbana, a Quinta da Boa Vista.





Com informações de Guilherme Braga.

Museu Nacional do Rio pegou fogo na noite de domingoDireito de imagemREUTERS
Image captionMuseu Nacional do Rio pegou fogo na noite de domingo

O Museu Nacional do Rio de Janeiro, consumido por um incêndio na noite deste domingo, conta com um dos maiores acervos de antropologia e história natural do país - são cerca de 20 milhões de itens.
Localizado na Quinta da Boa Vista, em São Cristóvão, é o museu mais antigo e uma das instituições científicas mais importantes do Brasil.
Fundado por Dom João 6º no dia 6 de agosto de 1818, o museu acabou de completar 200 anos.
Atualmente, era administrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e, por ser universitário, tinha caráter acadêmico e científico.
Muitas peças do acervo são exemplares únicos - de esqueletos de dinossauros a múmias egípcias, passando por milhares de utensílios produzidos por civilizações ameríndias durante a era pré-colombiana.

1. Luzia

Entre os itens provavelmente destruídos pelo fogo, está uma das principais atrações do museu: o fóssil humano mais antigo encontrado no Brasil, batizado de Luzia.
Descoberto em 1974, pela arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire, em Minas Gerais, teria 11.300 anos.

2. Sala dos dinossauros

Um dos grandes destaques da coleção de paleontogia, é o esqueleto Maxakalisaurus topai, o primeiro dinossauro de grande porte a ser montado no Brasil. A ossada foi encontrada em Minas Gerais.
Após um ataque de cupins na base de sustentação, em 2017, o Maxakalisaurus topai foi desmontado e guardado em caixas em um canto da sala de dinossauros, que foi fechada. O espaço foi reaberto em julho deste ano, após uma campanha de financiamento coletivo na internet.

Incêndio no Museu Nacional do Rio de JaneiroDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionHidrantes próximos ao Museu Nacional não estavam funcionando, segundo os bombeiros

De acordo com seus catálogos, o Museu Nacional possui uma das mais importantes coleções paleontológicas da América Latina, totalizando 56 mil exemplares e 18,9 mil registros.
A coleção consiste principalmente de fósseis de plantas e animais, do Brasil e de outros países, além de reconstituições e réplicas.

3. Meteorito Bendegó

A coleção conta ainda com o meteorito Bendegó, encontrado em Monte Santo, na Bahia, em 1794. Com 5.260 kg, a peça está na instituição desde 1888.
Por se tratar de um objeto metálico pesado, pode ser um dos poucos itens do museu que tenha sobrevivido às chamas.

4. Caixão de Sha Amun en su

Com mais de 700 peças, a coleção de arqueologia egípcia do Museu Nacional é considerada a maior da América Latina e a mais antiga do continente - com múmias e sarcófagos.
O caixão de Sha Amun en su é uma das atrações mais populares da seção. Trata-se de um presente que Dom Pedro 2º recebeu, em 1876, em sua segunda visita ao Egito.

5. Trono de Daomé

Outra raridade do acervo é o trono do rei africano Adandozan (1718-1818), doado pelos embaixadores do rei ao príncipe regente Dom João 6º, em 1811.

6. Coleção de arqueologia clássica

Uma das coleções mais valiosas do museu é a de arqueologia clássica, composta por 750 peças das civilizações grega, romana e etrusca.
Devido ao tamanho e ao valor, foi considerada o maior do gênero na América Latina.

7. Artefatos de civilizações ameríndias

O acervo de etnologia tinha artefatos da cultura indígena, como objetos raros do povo Tikuna, e afro-brasileira, além de itens de culturas do Pacífico. Havia pelo menos 1.800 artefatos de civilizações ameríndias da era pré-colombiana.
Segundo a historiadora Heloísa Bertol Domingues, o museu foi concebido nos moldes de instituições europeias. Na época da inauguração, quando o local ainda se chamava "Museu Real", Dom Pedro 1º escreveu que o objetivo era "propagar os conhecimentos e estudos das ciências naturais no Reino do Brasil".

'Tragédia para o Brasil e para o mundo'

Em nota, o Museu Nacional afirmou que ainda está mensurando os danos ao acervo.
"É uma enorme tragédia. A hora é de união e reconstrução. Infelizmente, ainda não conseguimos mensurar o dano total ao acervo, mas precisamos mobilizar toda a sociedade para a recuperação de uma das mais importantes instituições científicas do mundo", afirmou Alexander Keller, diretor do Museu Nacional, no texto.
A doutora em antropologia Alba Zaluar, que estudou no museu, classificou o incêndio como "uma imensa tragédia para o Brasil e para o mundo".
"O acervo do Museu Nacional é uma coisa única no Brasil, não tinha nada igual no país", afirmou Zaluar à BBC News Brasil.
"O prédio foi residência da família real. Tinha uma biblioteca da área de antropologia importantíssima. Estamos arrasados."
O presidente Michel Temer (MDB) disse, em nota, que o incêndio causou uma perda "incalculável ao Brasil".
"Foram perdidos duzentos anos de trabalho, pesquisa e conhecimento. O valor para nossa história não se pode mensurar, pelos danos ao prédio que abrigou a família real durante o Império. É um dia triste para todos os brasileiros", escreveu.

Prédio não teria alvará, segundo bombeiros

O incêndio começou às 19h30, quando o museu estava fechado, e só havia quatro seguranças no interior. Não foram registradas vítimas.
A reportagem da BBC News Brasil esteve no local. Em meio a um cenário de desespero, cidadãos ofereciam ajudam aos bombeiros para tentar debelar o fogo. Por volta das 23h20, o incêndio ainda não estava controlado.

Incêndio no Museu Nacional do Rio de JaneiroDireito de imagemREUTERS
Image captionBombeiros disseram que os hidrantes próximos ao museu não estavam funcionando

Segundo o coronel Roberto Bobadey, comandante-geral do Corpo de Bombeiros, membros da corporação tiveram problemas para encontrar água em hidrantes da região.
"Os dois hidrantes mais próximos estavam sem carga. Estamos usando o lago da Quinta da Boa Vista e de carros-pipa", disse.
O coronel também afirmou que o prédio não tinha alvará dos bombeiros para funcionar.
As causas do incêndio ainda são desconhecidas.
*Com reportagem de Júlia Dias Carneiro e Leandro Machado.BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 2 de setembro de 2018

Sport precisa ganhar mais 9 jogos para continuar na Série A



Não foi uma grande atuação, mas na atual fase do Sport, o 1x0 aplicado no Paraná, neste domingo (02), na Ilha do Retiro, foi comemorado como goleada. Após 11 jogos sem vencer, num jejum que começou ainda antes da Copa do Mundo, o Leão voltou a vencer no Brasileirão 2018. Apesar do triunfo, os rubro-negros não conseguiram deixar a zona de rebaixamento, somando agora 23 pontos. Já o Paraná permanece na lanterna da competição, com apenas 15 pontos conquistados. Os leoninos voltam a campo nesta quarta-feira (05/09), diante do Bahia, na Fonte Nova.
Dentro de campo, a necessidade da vitória por parte das duas equipes fez com que o ritmo de jogo fosse acelerado desde os primeiros minutos de bola rolando. Com mudanças na zaga e meio de campo, o Sport não conseguia segurar o ataque do Paraná. Tanto que logo aos cinco minutos de jogo os visitantes quase abriram o placar. Após falta cobrada, Magrão espalmou e Cléber Reis cabeceou no travessão, com a zaga afastando a bola em seguida. Passado o susto, o Leão respondeu da melhor forma possível: com gol. Aos 14 minutos, em descida pela esquerda, Rogério cruzou rasteiro e Gabriel pegou de primeira, tocando no canto do goleiro e abrindo o placar.
Apesar de pular na frente do marcador, os rubro-negros voltaram a mostrar falhas defensivas, levando sorte pela má qualidade de finalização do Paraná. E quando o erro não aconteceu com os jogadores, o assistente tratou de limpar a barra dos pernambucanos. Aos 23, em posição legal, Grampola marcou de cabeça, mas Marcus Vinícius Gomes anulou o tento equivocadamente. O Sport respondeu novamente, com Andrigo perdendo duas boas chances. Com uma marcação frouxa dos rubro-negros no meio de campo, os paranaenses também conseguiam criar. Aos 40, Nonoca errou passe forçado, gerando contra-ataque para Magrão salvar ao sair nos pés de Carlos.
Na etapa final, Nonoca sentiu o cansaço e Neto Moura foi o escolhido para a vaga. A alteração melhorou a saída de jogo do Leão, mas continuou gerando espaços na marcação. Tanto que aos seis minutos Júnior teve liberdade para ajeitar e mandar uma bomba de fora da área, acertando o travessão de Magrão. Novamente, o Sport respondeu rápido, com Rogério também acertando lindo chute para o goleiro Richard fazer linda defesa. Um dos melhores em campo, Rogério se esgotou fisicamente e aos 25 minutos deu lugar a Marlone, que não conseguiu acrescentar muita coisa ao jogo.
Aos 32 minutos, Eduardo Baptista resolveu se fechar de vez tirando o meia Gabriel para acionar o zagueiro Ronaldo Alves, passando a atuar com três homens na zaga. Com o risco de “chamar” muito o Paraná, o comandante leonino quase foi castigado aos 41 minutos, quando Nádson limpou de Cláudio Winck e mandou um lindo chute para uma grande defesa de Magrão. No rebote, Carlos mandou para fora, cravando a vitória leonina após 11 jogos de jejum.
FICHA TÉCNICA
SPORT 1x0 PARANÁ 
Sport 
Magrão, Winck, Ernando, Durval e Sander; Nonoca (Neto Moura), Fellipe Bastos e Andrigo; Gabriel (Ronaldo Alves), Rogério (Marlone) e Hernane Brocador. Técnico: Eduardo Baptista.
Paraná 
Richard; Junior, René Santos, Cleber Reis e Igor; Jhonny Lucas (Wesley), Alex Santana (Rodolfo) e Caio Henrique; Nadson, Silvinho (Carlos) e Grampola. Técnico: Claudinei Oliveira.
Local: Ilha do Retiro (em Recife). Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (MG).
Assistentes: Celso Luiz da Silva e Marcus Vinicius Gomes (ambos de MG). Gol: Gabriel (aos 14 do 1ºT). Cartões amarelos: Cláudio Winck, Magrão e Fellipe Bastos (Sport). Johnny Lucas e Júnior (Paraná). Público: 13.966. Renda: R$ 88.950,00.
Com informação de Folha de Pernambuco
Foto: Anderson Stevens/Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE