sábado, 7 de julho de 2018

Brasil de verdade: Sarampo, pólio, difteria e rubéola voltam a ameaçar após erradicação no Brasil


Criança toma vacinaDireito de imagemMARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Image captionEspecialistas alertam para a necessidade de reforço à atenção com as vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação
O sarampo era considerado uma doença erradicada no Brasil desde 2016, quando a Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que o país estava havia um ano sem registro de casos do vírus. Mas isso mudou neste ano: boletins recentes da entidade advertem que está em curso um surto da doença, altamente contagiosa e que pode levar à morte de crianças pequenas ou causar sequelas graves.
Entre 1º de janeiro e 23 de maio deste ano, foram registrados 995 casos de sarampo no país (sendo 611 no Amazonas e 384 em Roraima), incluindo duas mortes, segundo a OMS.
A terceira foi confirmada nesta quinta-feira: um bebê de sete meses morreu em Manaus em 28 de junho depois de apresentar febre, manchas na pele, tosse e coriza. A Secretaria de Saúde local investiga agora se a morte de uma bebê de nove meses também foi por sarampo.
Ainda no mês de junho, o Ministério da Saúde também informou haver alto risco de retorno da poliomielite em pelo menos 312 cidades brasileiras. A doença era considerada erradicada no continente desde 1994, após décadas provocando milhares de casos de paralisia infantil.
Os alertas acima colocam em evidência doenças que estavam controladas graças à vacinação em massa, mas que ameaçam provocar estragos na saúde pública brasileira caso a imunização sofra baixas.
"A volta da poliomielite, doença que não tínhamos há mais de 20 anos, poderá significar uma situação grave para o Brasil", disse à BBC News Brasil a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues.
A preocupação com a polio se dá pelo fato de que, embora não tenha havido casos recentes no Brasil, identificou-se um registro da doença na vizinha Venezuela e a circulação do vírus em 23 países nos últimos três anos.
Em abril, a OMS também notificou surtos na Venezuela e no Haiti de difteria, que causa dificuldade de respirar. Na Venezuela, 142 pessoas já morreram da doença desde 2016. No Brasil, seis casos suspeitos da doença relatados neste ano aguardam confirmação.
Vacina sarampoDireito de imagemSEMCOM MANAUS
Image captionComo o sarampo é de alto contágio, é preciso que pelo menos 95% das pessoas tenham sido vacinadas no Brasil para que a doença não se espalhe
"Entre as doenças já controladas no país, destaco preocupação com a poliomielite, a rubéola congênita e, como estamos vendo, o sarampo, que poderá se espalhar para outras regiões do Brasil" afirma o diretor da Divisão de Ensaios Clínicos e Farmacovigilância do Instituto Butantan, Alexander Roberto Precioso. "É preciso aumentar a cobertura vacinal da população contra essas doenças."
A seguir, traçamos um panorama dessas doenças, do que pode estar por trás de seu retorno e quais precauções são necessárias para que elas sejam controladas:

O sarampo

Desde abril de 2018, a OMS emite alerta sobre a volta do sarampo em dez países das Américas: Brasil, Argentina, Equador, Canadá, Estados Unidos, Guatemala, México, Peru, Antígua e Barbuda, Colômbia e Venezuela.
E não é só nas Américas - em 2017, a Europa registrou mais de 21 mil casos de sarampo, com 35 mortes, um aumento de quase 400% nos casos em relação ao ano anterior.
"Casos de sarampo têm sido relatados novamente nas Américas, principalmente na Venezuela, que deixou de vacinar a sua população por questões políticas e econômicas", explica o pesquisador do Serviço de Bacteriologia do Instituto Butantan, Paulo Lee Ho.
Em 2017, com o surto da doença nos países vizinhos, o Ministério da Saúde alertou a população para a importância de tomar a tríplice viral, vacina que protege contra o sarampo, a caxumba e a rubéola.
A tríplice viral é uma das 14 vacinas oferecidas de graça pelo Programa Nacional de Imunizações. Ela deve ser tomada na infância e em duas doses, a primeira com 12 meses e a segunda com 15 meses. Na segunda dose, a vacina recebe um reforço contra uma quarta doença, a varicela, infecção viral altamente contagiosa que causa a catapora.
De acordo com os dados do Datasus analisados pela BBC News Brasil, coberturas vacinais com doses de reforço estão muito abaixo da meta esperada para todas as vacinas do Calendário Nacional de Imunização.
No caso da tríplice viral, a segunda dose da vacina não bate a meta de vacinação, de 95%, desde 2012. Em 2016, apenas 76,74% das crianças com 15 meses de vida foram imunizadas.
Dos três vírus combatidos nessa vacina, o sarampo é considerado o mais perigoso. "Por ser de alto contágio, é preciso que pelo menos 95% das pessoas tenham sido vacinadas no Brasil para que o sarampo não se espalhe. Caso contrário, basta ter uma única pessoa não vacinada em uma cidade para que o vírus trazido por um infectado consiga (chegar a ela)", afirma Carla Domingues, do Ministério da Saúde.
Mulher toma vacinaDireito de imagemVENILTON KÜCHLER
Image caption"Poucas intervenções da medicina foram tão eficazes como as vacinas, capazes de erradicar doenças que antes matavam muitas pessoas", diz pesquisador
Isso explica por que a doença foi a única dos três vírus que voltou ao país até o momento. "Mas pode ocorrer que essas demais doenças prevenidas na tríplice viral voltem caso a população não esteja se imunizando", afirma Precioso.
Caso não tenha sido imunizada na idade correta, qualquer pessoa até os 49 anos poderá tomar a tríplice viral em uma única dose. Porém, para Precioso, não tomar a tríplice viral na infância é prejudicial a toda a população brasileira, uma vez que irá expor essas crianças e futuros jovens a infecções que antes estavam controladas no país.
Segundo Domingues, não há explicação para a diminuição da cobertura vacinal da tríplice viral nos últimos anos no Brasil, uma vez que não houve redução da oferta ou desabastecimento da vacina no país.
Para a coordenadora, a explicação pode estar em um possível esquecimento das pessoas sobre algumas doenças, antes frequentes no país, mas hoje controladas e menos visíveis.
"A população de adultos de hoje precisa lembrar que sarampo e poliomielite matam. E se não matarem, deixarão sequelas graves para o resto da vida, como a paralisia infantil, a surdez, a cegueira, problemas neurológicos, etc."
"É urgente a vacinação daqueles que não foram imunizados, porque é a imunização que interrompe um ciclo de transmissão em todo um meio, além de proteger o indivíduo da infecção", explica Lee Ho.

A poliomielite

Neném toma vacinaDireito de imagemCESAR BRUSTOLIN/SMCS
Image captionSão duas as vacinas que previnem a poliomielite: a VOP, Vacina Oral Poliomelite, aplicada via oral aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços entre 15 e 18 meses
Além da volta do sarampo, Domingues conta que a preocupação do Ministério da Saúde em 2018 é com o retorno da poliomielite para o Brasil. Antes dos casos registrados neste ano, a doença não ocorria no país desde a década de 1990.
Todos os municípios brasileiros são considerados lugares de risco, com exceção apenas dos localizados em Rondônia, Espírito Santo e do Distrito Federal. Das mais de 300 cidades em que se estuda a confirmação dos casos, 44 estão no Estado de São Paulo.
No alerta emitido no dia 28 de junho, o Ministério da Saúde explicou que municípios que não conseguiram atingir nem 50% da cobertura vacinal nos últimos anos estão na lista de maior risco para a volta da pólio. Cidades da Bahia e do Maranhão são as que menos imunizaram seus moradores nos últimos anos, tendo vacinado apenas 15% da população.
Segundo o Datasus, as vacinas contra poliomielite não alcançam a meta de vacinação no Brasil desde 2011. Em 2016, os municípios tiveram menor taxa de vacinação: apenas 43,1% das cidades atingiram a meta.
Além disso, das vacinas que crianças de dois meses e quatro meses de idade devem tomar, a poliomielite tem sido a única que não consegue ultrapassar 85% de vacinados, seja na primeira ou na segunda dose.
São duas as vacinas que previnem a poliomielite: a VOP, Vacina Oral Poliomelite, aplicada via oral aos 2, 4 e 6 meses de vida, com reforços entre 15 e 18 meses e entre 4 e 5 anos de idade; e a VIP, Vacina Inativada Poliomielite, que tem injetada uma dose aos 15 meses e outra aos 4 anos de idade. Ambas as vacinas são oferecidas nas Unidades Básicas de Saúde.
Criança toma vacinaDireito de imagemCESAR BRUSTOLIN/SMCS
Image captionA segunda dose da vacina contra polio, a VIP, Vacina Inativada Poliomielite, que tem injetada uma dose aos 15 meses e outra aos 4 anos de idade
Em agosto, o Ministério da Saúde realizará campanha de vacinação nacional contra pólio.

O perigo do "vírus importado"

A volta do vírus do sarampo ao território brasileiro tem sido relacionada com a imigração venezuelana para a região Norte, iniciada em 2014, o que explica a incidência do vírus no Amazonas e em Roraima, que fazem fronteira com o país em grave crise sociopolítica.
Vírus trazidos por fluxos migratórios de uma população que não o erradicou para um local que o havia erradicado são chamados de "vírus importados".
"Pessoas infectadas de países vizinhos que vivem surtos infecciosos estão migrando para o Brasil", explica Domingues. "No caso do sarampo, o alerta de surto é mundial. Tem casos de sarampo tanto em países subdesenvolvidos como em desenvolvidos, como na Europa e nos Estados Unidos. Com maior circulação de pessoas viajando, seja pelo turismo ou pelo comércio, vivemos a possibilidade de espalhar vírus antes controlados por todo o território brasileiro."
De acordo com especialistas em imunização, o "vírus importado" só tem efeito quando encontra um indivíduo não imunizado.
Assim, a volta do sarampo ao Brasil ocorreu também porque parte da própria população brasileira deixou de tomar as vacinas do Calendário Nacional nos últimos anos.
Crianças venezuelanas em ManausDireito de imagemMARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL
Image captionPor serem os locais do surto do sarampo no Brasil estados que fazem divisa com a Venezuela, a volta do vírus ao território brasileiro tem sido relacionada com a imigração venezuelana para a região Norte
"Todas as doenças consideradas erradicadas no Brasil, mas que não estejam erradicadas no mundo podem voltar se a população não continuar vacinada", afirma Paulo Lee Ho.
Outro fator que ajuda explicar a volta de doenças que o Brasil já havia conseguido erradicar é o "efeito rebanho".
"A proteção oferecida pelas vacinas ocorre de duas maneiras: ela pode ser direta, pela imunização do indivíduo, ou por efeito rebanho pelo ambiente vacinado, por meio da vacinação de uma população", explica Lee Ho.
O "efeito rebanho" acontece quando a taxa de imunização de uma população é tão alta que, mesmo que um indivíduo não se vacine, ele estará protegido vivendo naquele meio em que a maioria é vacinada. É o efeito rebanho que prevenirá a ocorrência de surtos, epidemias e pandemias, pois é a maioria de uma população vacinada que impedirá a circulação dos agentes infecciosos naquele local, e não a vacina isolada em si.
Do mesmo modo, quanto mais pessoas deixarem de se imunizar em uma mesma região, menos força terá o efeito rebanho - e doenças antes já controladas ali poderão voltar a ocorrer.
A varíola é a única doença considerada totalmente erradicada no mundo. Atualmente, o vírus que transmite a doença não circula mais entre as populações mundiais, e as únicas amostras que ainda existem estão armazenadas em poucos laboratórios autorizados, para serem usadas em estudos e pesquisas.

Medo e esquecimento

"Por não termos mais contato com algumas doenças infecciosas, a percepção é que elas deixaram de existir e que a vacinação é inútil", avalia Lee Ho. "Mas poucas intervenções da medicina foram tão eficazes como as vacinas, capazes de erradicar doenças que antes matavam muitas pessoas."
Segundo o pesquisador, a proteção oferecida pela imunização é menos visível, fazendo com que as pessoas não confiem nas vacinas do mesmo modo que confiam nos remédios.
"É importante que os pais dessas gerações mais jovens, que foram beneficiados pela criação do Programa Nacional de Imunizações na década de 1970 - por meio do qual havíamos conseguido controlar diversas doenças gravíssimas na época - tenham a mesma responsabilidade que os pais deles tiveram e vacinem seus filhos."
"Mais que isso, que esses pais mantenham toda a caderneta de vacinação dos filhos sempre atualizada", alerta Domingues.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Depois da festa, o acaso ou o desmonte?

Resultado de imagem para multidão

A Copa movimenta. Há paralisações, mesas de bares repletas, concentrações etílicas. Sem dúvida, muitos esquecem que a vida passa e a barra pesa. Os políticos se aproveitam para fazer sua farra. Mas como anular o divertimento? Também, curto. É preciso cuidado e luz acesa. Não desligar a televisão e profetizar sofrimentos. Essa é minha escolha. as polêmicas são muitas. É inegável que os grandeseventos confundem e trazem enganos. As contradições evidenciam que as dores não se acabaram, que a lei da gravidade permanece. Não há sossego.
As multidões se mobilizam. Não é apenas no Brasil. O que muda é o tamanho da manipulação. Não comparemos. Há singularidades culturais.A tradição do futebol não é a mesma. Os peruanos ficaram tristes com a eliminação. E como reagiram os alemães? Se a seleção verde-amarela multiplicará aflições? As notícias se espalham pela mídia com sentidos diversos. Newmar é uma figura exaltada,  mas com frustrações evidentes. As manchetes são globais. Enchem espaços. Distraem. Carregam medidas inexatas e dissonâncias. Choros e risos se entrelaçam  em encontros esquisitos.Tudo se toca nesse  tempo das informações velozes.
Do outro lado, as pesquisas eleitorais assinalam apatias. Há energias estagnadas. Lula continua preso, Alckmim não se recupera, Marina parece um anjo do bem. Sente-se que falta grana para agitar os delírios daquelas propagandas fabulosas. Espera-se um tempo com mistura nada saudáveis. O Brasil se veste de autoritarismos históricos, mostra-se dono de uma pedagogia que mantém preconceitos. A acontecem entusiasmos que não se firmam. Todos tremem assustados com a incerteza. Tudo se balança, com se não houvesse o futuro. Quem aciona a memória? Os atores política jogam com estratégias pragmáticas.
As muitas desigualdades ferem quem se indigna com a exploração. Debate-se. Como torcer com a miséria assumindo ares de violência? Não é fácil. A sociedade está fragilizada, os projetos não se consolidam. Há golpes cotidianos. Em 1970, as discussões aconteciam, a tortura intimidava, Brasil ganhou a Copa, com um futebol maravilhoso. Estava lá. O governo não se omitiu, quis construir sua vitrine para se superar. Mais tarde, a rebeldia cresceu. A ditadura se quebrou. Hoje, os privilegiados fingem, transformam-se em cidadãos democratas. A história continua.  Quem se parte? O trapézio da história  é curvo e escorrega. A astúcia de Ulisses.
Por Paulo Rezende
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Copa:Prefeito de Bruxelas cria polêmica ao postar imagem de estátua belga famosa urinando em Neymar



Tuíte de Philippe CloseDireito de imagemREPRODUÇÃO TWITTER
Image captionPiada após jogo rendeu críticas a prefeito da capital belga

"Sem mais."
Para comemorar a vitória por 2 a 1 da Bélgica contra o Brasil na Copa do Mundo, o prefeito de Bruxelas, Philippe Close, resolveu publicar esta frase junto a uma montagem que mostra uma estátua urinando sobre uma foto de Neymar caído no chão e chorando.
A imagem controversa foi publicada no Twitter pelo prefeito na noite da vitória e já havia sido compartilhada mais de mil vezes até o fechamento desta reportagem.
A estátua que aparece na montagem fica em Geraardbergen, cidade belga de pouco mais de mil habitantes.
Mas a principal escultura a retratar um menino urinando no país está na capital, comandada por Close.

Reações

A publicação rendeu piadas, mas também gerou uma onda de critícas vindas de brasileiros e dos próprios belgas.
"Não havia outras maneiras melhores de comemorar do que compartilhar insultos ao oponente?! É uma vergonha para o prefeito da capital", escreveu um belga.
"Que maneira triste de festejar", disse outro, em francês.
A provocação do prefeito da capital também difere da cordialidade vista entre vitoriosos e derrotados após a partida desta sexta-feira em Kazan, na Rússia.
Nas ruas do centro histórico da cidade, brasileiros e belgas dividiram os mesmos restaurantes e bares e posaram juntos para fotos.
"Pelo menos o belga está me pagando cerveja para eu me sentir melhor", brincou um brasileiro enrolado na bandeira adversária já no início da madrugada.
A publicitária brasileira Mariana Alencar, que vive há cinco anos em Bruxelas, disse à reportagem que lamenta a derrota como torcedora da seleção, mas também entende a sua importância para os belgas.
"Claro que eu queria ganhar e vou sofrer no trabalho e com outros amigos na segunda-feira", afirmou a brasileira. "Estou brava, óbvio, mas entendo a importância disso para eles."
"A Bélgica não é um país unido, é dividido, e até o governo é superfragmentado por conta das diferenças linguísticas. Há um movimento separatista forte e a Seleção faz o país esquecer um pouco disso", avalia.

Estátua do Manneken Pis em BruxelasDireito de imagemREUTERS
Image captionEstátua foi vestida com uniforme da seleção belga no início da semana passada, antes de o país enfrentar o Brasil nas quartas-de-final

Ela explica: "É uma seleção diversa, com jogadores de Flanders (região do norte onde se fala holandês) e Wallonia (região do sul onde se fala francês), de Bruxelas (oficialmente bilíngue) e também filhos de imigrantes".
"Fora o separatismo, existe bastante racismo com muçulmanos e filhos de congoleses, como Lukaku, que já deu entrevistas sobre isso."
Foi o artilheiro belga quem deu o passe para De Bruyne marcar o segundo gol do país contra o Brasil, que reagiu no segundo tempo, mas não conseguiu reverter o placar.
"Nós já temos cinco estrelas, eles não têm nenhuma", conclui a brasileira que vive em Bruxelas.

Garotinho urinando

A célebre "Manneken Pis" - algo como "menininho urina" - tem pouco mais de 60 centímetros e há gerações é, junto ao chocolate e à cerveja, um dos maiores símbolos de Bruxelas.
Principal ponto turístico da cidade, a estátua foi colocada no centro histórico há mais de quatro séculos, mas, de tanto ser vandalizada e alvo de roubos e reproduções, foi substituída por uma réplica nos anos 1960.
Há reproduções dela inclusive no Brasil. Uma das mais conhecidas está no Rio de Janeiro, em frente à sede do clube Botafogo, no bairro homônimo.
Quando o time vence um campeonato, um dos primeiros gestos dos torcedores é vestir o menino com uma camisa alvinegra.
As explicações sobre o significado da escultura, no entanto, são conflitantes.
Para alguns, trata-se da representação de uma criança nobre urinando sobre inimigos da família. Mas a principal lenda local sugere que o pequeno conseguira apagar os pavis de uma pilha de explosivos que detonariam a cidade ao fazer o gesto imortalizado em bronze.
Séculos depois, na arena de Kazan, na Rússia, o time belga, que nunca ganhou uma Copa do Mundo, conseguiu apagar a faísca que movia a seleção brasileira, tida como uma das principais favoritas, em sua busca pelo hexacampeonato.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Abacaxi raro é atração entre os feirantes de Bom Jardim

ABACAXI RARO
Nado do abacaxi, especialista em vender o delicioso fruto rico em  minerais, vitamina C, potássio e manganês. A novidade da feira de hoje é este fruto com aparência especial, bem peculiar.  A foto deixa bem clara a diferença. "Este fruto é raro, é uma anormalidade da natureza, no entanto, tem o mesmo sabor," garante Nado.

Bom Jardim já liderou no passado, a produção de abacaxi do agreste de Pernambuco, na década de 1930/ 1940, depois declinou. Nós anos 1980/ 1990, tivemos um outro levante na produção e  novamente declinou por causa de pragas, secas, a falta de apoio técnico e financiamento  para o cultivo. Outros  agricultores ficaram endividados com as perdas da lavoura, aumento de dividas por conta dos juros bancários elevados.

Visite a  feira livre de Bom Jardim. Venha comprar o melhor abacaxi da região na banca de Nado. 

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 5 de julho de 2018

COPA:Exames médicos são cancelados em dias de jogos: 'Ouvi os funcionários do laboratório torcendo'


Cartaz em posto de Pinheiros, em SP, anuncia fechamento de unidade três horas antes do jogo Brasil e Bélgica pela Copa da Rússia
Image captionPosto de saúde em São Paulo vai seguir decreto de governador: fechará três horas antes do jogo Brasil e Bélgica
A bióloga Cristiane Pestana agendou a realização de três exames de ultrassom para a manhã do dia 22 de junho. Seguiu a orientação do laboratório e chegou com 30 minutos de antecedência a uma unidade no Meier, zona norte do Rio de Janeiro. Porém, deu de cara com a porta trancada. Nenhum sinal de que, àquela hora, alguém estava sendo atendido.
Do lado de fora, ela conseguia ouvir os funcionários do laboratório particular Sérgio Franco gritando com os lances da Seleção Brasileira, que enfrentava um jogo duríssimo contra a Costa Rica na Copa do Mundo da Rússia.
A partida terminou em 2 a 0 para o Brasil, e Pestana ficou sem seus exames. "Ninguém me avisou que ele seria cancelado por causa do jogo", conta Pestana à BBC News Brasil.
A bióloga não foi a única a enfrentar esse tipo de situação. Nas redes sociais e em sites de reclamações, como o Reclame Aqui, são inúmeras as pessoas que relataram remarcações e cancelamentos de exames e consultas por causa dos jogos da seleção de Neymar e Tite.
Pestana conta que não recebeu nenhuma informação do laboratório sobre novas datas para seus exames. "Liguei na central de atendimento e eles disseram que só haveria vaga para meados de julho", conta.
O laboratório não respondeu aos contatos da BBC News Brasil sobre o caso da bióloga.
"Sei que a Copa é um evento especial, de quatro em quatro anos, eu até gosto. Mas acho um absurdo você parar o sistema de saúde por causa dos jogos", diz Pestana, de 35 anos.
Cristiane Pestana foi até o laboratório, mas jogo do Brasil na Copa impediu o procedimentoDireito de imagemARQUIVO PESSOAL
Image captionA biológa Cristiane Pestana conseguiu ouvir funcionários de laboratório assistindo ao jogo do Brasil
Situação parecida ocorreu com a secretária acadêmica Meire Palma, de 52 anos. Ela havia marcado um exame de raios-x para sua tia, Cina Posi, de 82 anos, para as 15h do último dia 27. No mesmo horário, o Brasil entraria em campo contra a Sérvia pela última partida da primeira fase do Mundial.
"Por volta das 10h, o laboratório me mandou uma mensagem de celular, dizendo que o exame da minha tia seria remarcado. Não deram nenhuma justificativa", conta Palma.
O exame foi pedido por um médico que pretende operar Posi para tratar uma hérnia. A cirurgia, no entanto, vai atrasar em virtude da remarcação do exame.
O laboratório Centro de Diagnósticos Brasil (CDB) ligou para remarcar o procedimento, mas só havia vagas para o fim de julho. "Me senti perdida, é a saúde de uma pessoa idosa que está em jogo. A gente paga um convênio que não é barato e eles desmarcam um exame por causa de uma partida de futebol", diz Palma.
Em mensagem à família, o laboratório CDB afirmou que "lamenta" o ocorrido e estava trabalhando para solucionar o problema.

Rede pública

Tite e Neymar em jogo do Brasil contra o México, pelas quarta de final da Copa da RússiaDireito de imagemEMMANUEL DUNAND / AFP
Image captionJogo do Brasil contra o México fez laboratório adiar exame de raios-x da aposentada Cina Posi, de 82 anos
Mas não é só na rede particular que remarcações e cancelamentos estão ocorrendo. O autônomo Sérgio Santa Rosa, de 60 anos, passou pelo problema em um posto do Sistema Único de Saúde (SUS), em Saquarema (RJ).
Ele tinha uma ultrassonografia agendada para as 8h da última segunda-feira, duas horas antes do jogo entre Brasil e México. Na partida, Neymar e Firmino marcaram gols para o Brasil, mas, em Saquarema, Santa Rosa ficou sem exame.
"Um dia antes, um funcionário me ligou e disse que o posto de saúde estaria fechado por causa do jogo", conta ele. A secretaria de Comunicação da Prefeitura de Saquarema não atendeu às ligações da reportagem.
Resultado: o autônomo terá de esperar até o próximo dia 16 para fazer o exame. "É muito desagradável. Vou precisar esperar mais duas semanas para descobrir o que tenho", diz. O autônomo diz estar sofrendo de fortes dores abdominais. "Estou me automedicando enquanto não consigo fazer o exame."
Jogos do Brasil também alteraram o atendimento da saúde pública em São Paulo.
Na manhã desta quinta, um cartaz no portão avisava que um posto estadual em Pinheiros, zona oeste da capital paulista, só vai funcionar até o meio-dia nessa sexta-feira, data da partida entre Brasil e Bélgica, marcada para três horas depois, às 15h.
Um segurança da unidade ainda avisou à reportagem: "Se o Brasil passar para a semifinal, vai ser a mesma coisa na terça."
Neymar em jogo da Copa da Rússia, em 2018Direito de imagemFABRICE COFFRINI/AFP
Image captionBrasil enfrenta a Bélgica pelas quartas de final da Copa da Rússia
Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, os hospitais vão funcionar normalmente, mas centros ambulatoriais podem ter alterações de horário. A pasta diz que pacientes com exames ou consultas marcados para a hora do jogo já foram avisados de novas datas.
O funcionamento do sistema de saúde segue o decreto assinado pelo governador do Estado, Márcio França (PSB). Em caso de jogos à tarde, repartições públicas só funcionam até as 12h. Quando os jogos ocorreram pela manhã, elas abriram às 15h.
O mesmo vai ocorrer na rede municipal: hospitais abrem normalmente, mas postos de saúde ficarão fechados durante a partida. A gestão do prefeito Bruno Covas (PSDB) afirma que também avisou pacientes e remarcou procedimentos agendados para o horário do jogo.

Cabe processo?

Para José Cláudio Ribeiro Oliveira, presidente da comissão de estudos de planos de saúde da OAB-SP, pacientes da rede privada de saúde podem processar laboratórios privados que se recusaram a fazer exames por causa de jogos da seleção.
"Se o paciente conseguir provar que isso ocorreu, ele tem boas chances de vencer na Justiça", explica o advogado à BBC News Brasil. "É normal que a iniciativa privada dispense funcionários por causa da Copa, mas não é recomendável que serviços de saúde façam isso."
Para a professora Ana Maria Malik, coordenadora da área de gestão de saúde da Fundação Getúlio Vargas, as paralisações durante os jogos da Copa não precisam ser considerados um problema, necessariamente. "É melhor que os atendimentos ocorram com a atenção completa do funcionário, não pela metade", explica.
"E o trabalhador tem direito aos seus momentos de diversão, tanto na rede pública quanto na particular. É claro que a saúde é um tema mais complexo, pois gera mais expectativa nas pessoas", diz Malik. Ela acrescenta, ainda, ter ouviro relatos de pacientes que também pediram para remarcar exames para poderem assistir aos jogos do Brasil.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Fenearte 2018: Marcos e Arnóbio representam artesanato de Bom Jardim


A 19ª edição da Feira Nacional de Negócios do Artesanato (Fenearte) abriu nesta quarta  e seguirá até o próximo dia 15, no Centro de Convenções de Olinda. Evento aguardado por todos que gostam de arte e cultura, neste ano a Fenearte conta com doze dias de duração (um a mais que as edições anteriores) e vai expor materiais de mais de cinco mil participantes, em 800 estandes de todos os estados brasileiros e também de outros 22 países. A previsão é de que seram gerados mais de R$ 43 milhões em negócios. 



"A feira está linda, recheada de várias linguagens e produtos de gastronomia, arte, dança e música", adianta Thiago Angelus. Entre as novidades que vão estar expostas na Fenearte, quatro novos países vão trazer produtos para a feira: Itália, Egito, Polinésia Francesa e Países Baixos.

Além de peças feitas por artesãos de Pernambuco e de outros estados, haverá o Salão de Arte Popular Ana Holanda e a Alameda dos Mestres Janete Costa (reunindo 64 artistas pernambucanos que simbolizam a resistência de nossa identidade), com palestra dos mestres convidados Juão de Fibra (GO), que faz objetos trançados com caoim colonião, e Lupércio dos Anjos (MT), que cria e pinta lamparinas artesanais. 


Entre as atrações musicais, que se apresentam diariamente, à tarde e à noite, pode-se destacar a abertura com o Maracatu Piaba de Ouro (comandado pela família Salustiano) e as apresentações do mestre Galo Preto, Maracatu Porto Rico e Afoxé Alafin Oyó, entre outros. Para as crianças também haverá opções, como o Baú da Camilinha e as histórias africanas Luanda Ruanda.

Colocada no viaduto do Pina, uma estátua imensa de Mestre Salustiano, que está sendo homenageado pela feira, convoca os recifenses e os turistas que circulam pela Zona Sul a comparecerem ao evento, que este ano traz muitas novidades, a começar pela maior facilidade de acesso (uma queixa recorrente em outras edições).

Segundo o coordenador da Fenearte, Thiago Angelus, desta vez os ingressos podem também ser comprados pela internet através do site www.ticketfolia.com, otimizando um tempo que era perdido na fila das bilheterias. A entrada da feira agora está mais larga e o tráfego nos corredores, melhor organizado.

O translado para quem quiser vir de ônibus foi modificado: haverá um serviço de microônibus gratuitos, saindo a cada 15 minutos dos Shoppings Tacaruna e RioMar diretamente para o Centro de Convenções. O pagamento do estacionamento nos shoppings não será progressivo, e o ponto final dos microônibus está localizado bem próximo às bilheterias.

Quem, ainda assim, preferir ir de carro, poderá contar com um estacionamento de 3,5 mil vagas, a um custo fixo de R$ 7,50 (válido das 7h às 0h). Para mais comodidade, a dica é baixar o aplicativo desenvolvido por alunos da rede pública de Pernambuco: ele inclui a localização dos expositores, programação e orientação sobre translado, mapas e palestras, além de possibilitar a compra online de ingressos. O aplicativo já está disponível para download para aparelhos Android, iOS e Windows Phone no endereço m.app.vc/fenearte.

   Opções gastronômicas

Foi construído um mezanino especial, com diversas opções gastronômicas, inclusive mostra de cervejas artesanais pernambucanas. Haverá transmissão ao vivo dos jogos da Copa, e o consagrado Bar de Seu Luna vai vender pratos típicos regionais (entre os quais, seu famoso chambaril).

Uma ampla estrutura de alimentação será montada, com 12 restaurantes distribuídos em uma área de 2.418m², além de estandes, quiosques, foodbikes e foodtrucks comercializando guloseimas (Acarajé da Bahia, China in Box, Burgogui Coreano, Casa da Macaxeira, República dos Pastéis, Rei das Coxinhas de Gravatá, MyBurguer, Manthara, Plim Pizzas e Massas, Casa do Pará, Massa Delas Cone Pizza e Bar da Fava). Na Passarela Fenearte, estudantes de moda e criadores locais vão exibir seus trabalhos para o público, com desfiles às 18h e 19h.

Serviço:
19ª Fenearte
Quando: De 4 a 15 de julho, das 14h às 22h (segunda a sexta-feira); 10h às 22h (sábado e domingo)
Onde: Centro de Convenções de Pernambuco
Quanto: : R$ 10 e R$ 5 (meia-entrada) - Segunda a sexta
R$ 12 e R$ 6 (meia-entrada) - Sábado e domingo
Pontos de venda de ingressos: shoppings Tacaruna, RioMar, Boa Vista, Recife, Guararapes; Centro de Artesanato de PE e bilheterias do evento
Venda online: www.ticketfolia.com
Com informações da Folha de Pernambuco.
Fotos de Arquivo professor Edgar/Marcos/Arnóbio.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quarta-feira, 4 de julho de 2018

Nenhum vereador de Bom Jardim apoia Miguel para deputado estadual


Miguel Barbosa, ex-prefeito de Bom Jardim, pretende ser candidato a deputado estadual pelo PP (Progressistas). O pré-candidato não recebeu até o presente momento apoio de nenhum dos 13 vereadores do seu município de origem. Nas eleições de 2016, Miguel Barbosa(PP), obteve 10.820 votos para prefeito. João Lira(PSD), foi eleito com 12.070 votos. Vereadores aliados do ex-prefeito foram eleitos com ajuda indireta, durante a gestão. O prestígio obtido, os eventuais favorecimentos políticos do tipo indicações para cargos no serviço público, indicações para contratos de pessoal, pedidos para realização  de pequenas obras, ações em comunidades, privilégio de fala e atenção durante a campanha não foram suficientes para lhe garantir o apoio político neste momento. Como fazer decolar seu projeto político? Só o povo poderá responder nas urnas. Mas...  

Qual a explicação para Miguel Barbosa vivenciar o ostracismo político de seus aliados? Há várias razões, entre as quais: O ex-prefeito Miguel, se acomodou, não manteve o vínculo com seus aliados, lideranças, bases, e políticos eleitos(vereadores); Miguel ficou chocado, "deprimido politicamente" com a derrota nas urnas em 2016; Vereadores reclamam do seu afastamento do grupo com mandato,  que cobram empenho, orientação de um líder; Miguel não tem dinheiro suficiente para manter um grupo político ativo para atender as demandas e necessidades de seus eleitores;  Miguel é visto por uns como imaturo, não tomou uma postura de líder da oposição ao atual prefeito; É visto por outros, como político que ainda tem fortes ligações com o atual prefeito eleito, João Lira; Os vereadores sentiram-se livres para "negociar" apoio político com outros futuros candidatos a deputado; As eleições funcionam no Brasil como um balcão de negócios, onde nem sempre os interesses são republicanos. Miguel não "chegou junto", não terá apoio dos eleitos nesta eleição. Será que terá estes apoios em 2020?

Muitos eleitores bonjardinenses manifestam uma certa revolta e decepção com os vereadores. Afinal, deveriam pensar melhor a conjuntura política que o município, o estado e o país vivenciam. Há quem diga que é uma covardia não apoiar Miguel na hora que ele mais precisa. Há também uma história de que o ex-prefeito foi orientado no sentido de não procurar os vereadores. Será essa uma estratégia de João Lira? Será que João Lira quer de fato um novo grupo político, pretende dividir a oposição local de olho na eleição de 2020? Será que os vereadores irão lançar outra candidatura em 2020?

Dos três super-secretários municipais, Airton Barbosa é o único que acompanha seu irmão, o pré-candidato para Casa de Joaquim Nabuco. Célio Borges, já assumiu o papel de articulador da pré-candidata Juliana, esposa do prefeito de Orobó. Deoclécio Bino, faz assessoria para o atual prefeito da cidade. Miguel deu muita força para estes três secretários e esqueceu de potencializar o trabalho de outras pastas que carregava sua administração nas costas. O ex-prefeito está sendo punido pelos erros políticos e administrativos que cometeu na sua gestão. Deu apoio excessivo para uns e de menos para os que mais levantaram sua bandeira. Agora está vendo o lado real das coisas, comendo do próprio roçado que plantou.

A eleição da nova mesa diretora da Câmara Municipal mexeu com a engenharia política. O prefeito João Lira, perdeu espaço e Miguel Barbosa pode ganhar outros concorrentes para o pleito municipal. Neste caso, João Lira, pode se fortalecer com a divisão das "oposições" em 2020. Será que esse é o jogo? Será que essa investida de Juliana de Chaparral (esposa do prefeito de Orobó) em Bom Jardim é uma forma de enfraquecer a "oposição oficial"? Será que João Lira(PSD) e Miguel(PP) poderão se juntar se um outro grupo político se formar com os vereadores puxados por Jotinha e Companhia? Será que Orobó vai se tornar de fato a capital política  de Bom Jardim?

Miguel Barbosa continua no PP(Progressistas), um partido estragado por sua história vinculada a direita, um partido conservador (ex-Arena/PDS), com lideranças nacionais e regionais envolvidas em escândalos de corrupção. Miguel Barbosa  é um político novo que vai ficar velho ao permanecer no centro de uma política partidária ultrapassada. Seu mentor político foi João Lira, hoje seu adversário. Caso o progressista faça dobradinha política com Eduardo da Fonte(PP), vai se complicar muito mais diante do eleitorado local. Eduardo da Fonte é defensor das reformas de Temer. Faz parte da mesma cartilha política de Ricardo Teobaldo(Podemos) no Congresso Nacional, ambos são defensores do governo impopular do presidente Temer.

Muitos eleitores afirmam que Miguel terá mais de 8 mil votos em Bom Jardim,  mesmo sem o apoio de nenhum vereador. Uma pesquisa feita por Celinho e não divulgada no final do ano passado, revelou que o ex-prefeito (Miguel) terá quase o dobro de votos do atual  deputado Joaquim Lira (PSD), apoiado aqui, no município, pelo  prefeito João Lira. 

Durante todo esse período de pré-campanha o eleitorado não conheceu nenhuma proposta dos pré-candidatos que desejam ser votados no município. É uma pobreza política muito grande. Há uma falta de compromisso com o estado, o país e com o cidadão que vota. O eleitor não é respeitado, a cada eleição é envolvido pela emoção infantilizada, sem criticidade, fazendo parte de um "comércio" onde o voto é uma "mercadoria" que tem valor no momento atual. Depois das eleições vem muitas decepções, acompanhada da falta de educação, saúde, segurança, geração de empregos e renda. Não há uma discussão sincera, honesta de propostas, não se realiza diagnósticos sobre a realidade local, regional e nacional. É só uma briguinha tipo pastoril, onde de um lado está o cordão azul, do outro lado, o cordão encarnado. Será que o povo vai continuar nessas manobras mais uma vez? Será que continuaremos ao deus-dará?

Será que mais uma vez famílias, escolas, professores, estudantes, igrejas irão silenciar, fechar os olhos para o real sentido da política? Será que o pecado da omissão vai aprofundar mais o buraco que o país vive mergulhado? Seremos de fato cidadãos, protagonistas de importantes mudanças na vida política no Brasil? Será que as eleição municipal  de 2020 já começou?

Jerônimo Cisneiro(Psol) e Jonas do Conselho(PRB) também figuram como pré-candidatos ao cargo de deputado estadual neste ano de 2018.

Foto/Divulgação:Internet
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mano de Baé está pronto para te receber na Fenearte 2018

Começou a 19ª Fenearte

Feira Nacional de Negócios do Artesanato 
Considerada a maior feira de artesanato da América Latina, a 19ª edição da  Fenearte  será realizada de 04 a 15 de julho de 2018 no Centro de Convenções de Pernambuco.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Eleita a dona da Tapioca nº 1 de Olinda, Maria José é espécie de 'patrimônio não tombado' da Cidade Alta


Foto: Nando Chiappetta/DP
Foto: Nando Chiappetta/DP
Ali na Sé de Olinda, tem um freguês que nem precisa falar a tapioca que quer. Basta chegar e fazer um trejeito diferente na boca. Dona Zeinha, tapioqueira que ganhou fama muito antes de virar garota propaganda de telefônica em 2010 e estampar outdoors por aí, entende logo o código do cidadão. “Ele diz que gosta daquela que queima a boca”. Feita: saindo uma tapioca estilo cartola, com banana, queijo e canela. Mais pernambucana, impossível. Estrangeiro que não fala em português, pega na barraca dela o cardápio com 60 sabores e aponta para o sabor dos desejos. Vai no palpite. Antes, era só coco. Mas o polo gastronômico da Sé pluralizou-se. Dona Zeinha atende turistas e nativos com um sorriso que cobre os coqueiros de Olinda e um tantinho do mar do Recife. “E quem volta, torna”, repete ela.
Nascida com o nome de Maria José Moreno da Silva, dona Zeinha é tão querida na cidade e entre aqueles que a visitam que ganhou no final de 2017 o primeiríssimo lugar e troféu de melhor tapioca da cidade, mesmo sem nunca ter se candidatado. Conquistou a honraria, concedida pela Prefeitura e parceiros, após votação popular. “Foi pela internet, minha filha!”, explicou ela, que não usa Google nem redes de relacionamentos. “Quando eu soube foi porque essa menina ali me disse: ‘Zeinha, você foi primeiro lugar’. Eu nem sabia o que era mas fiquei muito feliz”, contou esta semana a tapioqueira. 
“Graças a Deus, sou muito querida aqui. Todo mundo chega e pergunta qual é o segredo de minha tapioca. Tem não. Eu mesma compro a massa, os recheios e todo dia chego aqui às 15h e saio perto da meia noite”. Ok, admite: “O carvão pode ser uma coisa que dá um sabor diferente daquela tapioca feita em casa”.
Então, como se ganha um concurso sem se lançar candidata? “Ah, acho que é porque sei lidar com o público. Creio que seja o tratamento que eu dou para as pessoas. Busco ficar sempre alegre. Não adianta estar com maior raiva e se vingar em ninguém. Problema de casa deve ficar em casa”, explica, como numa aula de bom atendimento. À venda de tapioca, Zeinha se dedica desde 1972. 
Toda a história de vida dela é misturada à da tapioca que faz para vender. “Eu tenho carro, casa, tudinho. Criei meu filho com dinheiro da tapioca e ele foi até para o Canadá morar lá”, conta, falando do filho único, o mestre de capoeira, Mário Sérgio, o Azeitona. 
Começou atendendo ao convite de um amigo, que tinha o ponto comercial, e lhe convidou para trabalhar durante a semana. Um dia, convocou: “Você vai ficar no meu lugar”. Já se foram 46 anos de Sé, ao lado de tapioqueiras por quem tem sentimento de família. “Mudou foi tudo”, diz ela. “Para começar antes era só tapioca de queijo. Agora tem charque, calabresa, goiabada, frango e até Nutella”. E, quando a quantidade de sabores não é suficiente, ela ainda deixa margens para invenções. “Tem gente que quer fazer na hora e eu sigo a receita”.
Trinta e cinco anos depois da chegada dela na Sé, em 2010, apareceu um produtor convidando-a para ir a São Paulo gravar um comercial e fazer umas fotos. “Era tanta da dificuldade pra ver se eu aceitaria. Me perguntaram se eu pintaria meu cabelo de qualquer cor, se poderia participar da campanha até no Carnaval e tudo. Eu topei”. Assim, Zeinha embarcou com barraquinha e repetiu para as câmeras a frase “Moro na rua, mas falo de qualquer lugar”. 
Residente da Rua do Amparo, referência para qualquer carnavalesco que se preze, dona Zeinha diz que ama a cidade. “Gosto de tudo. Só não brinco mais por causa da idade, mas gosto de tudo”. Tira folga quando quer. Quando se dá o luxo, viaja com sobrinhas ou amigas em excursões para estados nordestinos, como Rio Grande do Norte e a Bahia. Mas assegura que o maior prazer da vida dela é trabalhar. 
“Dizem que eu poderia estar aposentada porque tenho pensão. Mas eu já decidi. Só vou parar quando morrer, porque a convivência daqui, com o pessoal que compra tapioca e com o pessoal da Sé, é a melhor coisa que eu poderia ter”.
Não é de reclamar, mas, diante da insistência sobre sua avaliação de como anda o público diante da crise econômica recente, dona Zeinha, a tapioqueira premiada, desabafa: “Eu só queria que as pessoas acabassem com essa história de que a Sé de Olinda é perigosa. Não é. Tem gente que passa muito tempo sem vir aqui matar a saudade. Pois venham porque tem muita coisa para se ver por aqui”.
Zeinha é espécie de atração da cidade. Quase um patrimônio vivo imaterial de Olinda não tombado.
De: Diario de pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE