sexta-feira, 15 de junho de 2018

Brasil é o segundo pior em mobilidade social em ranking de 30 países

Rio de JaneiroDireito de imagemDABLDY/GETTY
Image captionDesempenho do Brasil só é pior que o da Colômbia em estudo sobre mobilidade social da OCDE
A chance de uma criança de baixa renda de ter um futuro melhor que a realidade em que nasceu está, em maior ou menor grau, relacionada à escolaridade e ao nível de renda de seus pais. Nos países ricos, o "elevador social" anda mais rápido. Nos emergentes, mais devagar - no Brasil, ainda mais lentamente.
O país ocupa a segunda pior posição em um estudo sobre mobilidade social feito pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) com dados de 30 países e divulgado nesta sexta-feira.
De acordo com o estudo O elevador social está quebrado? Como promover mobilidade social, seriam necessárias nove gerações para que os descendentes de um brasileiro entre os 10% mais pobres atingissem o nível médio de rendimento do país. A estimativa é a mesma para a África do Sul e só perde para a Colômbia, onde o período de ascensão levaria 11 gerações.
O indicador da OCDE foi construído levando em consideração a "elasticidade intergeracional de renda". Ou seja, quanto o nível de rendimento dos filhos é determinado pelo dos pais. A instituição ressalta no estudo que a simulação tem finalidade ilustrativa - para dar dimensão da dificuldade de ascensão social - e que não deve ser interpretada como o tempo preciso para que um domicílio de baixa renda atinja a renda média.
Na média entre os países membros da OCDE, a chamada "persistência" da renda intergeracional é de 40%. Isso significa que, se uma família tem rendimento duas vezes maior o que de outra, o filho terá, em média, renda 40% mais alta que a da criança que veio da família de menor renda.
Garoto ao lado de escadaDireito de imagemRICHVINTAGE
Image captionBrasil ocupa segunda pior posição em estudo sobre mobilidade social feito pela OCDE com dados de 30 países
Nos países nórdicos, a persistência é de 20%. No Brasil, de 70%, conforme a pesquisa.
Mais de um terço daqueles que nascem entre os 20% mais pobres no Brasil permanece na base da pirâmide, enquanto apenas 7% consegue chegar aos 20% mais ricos. Na média da OCDE, 31% dos filhos que crescem entre 20% mais pobres permanecem nesse grupo e 17% ascendem ao topo da pirâmide.

Pai pobre, filho pobre

Isso é o que o estudo chama de "chão pegajoso" (sticky floor): a dificuldade das famílias de baixa renda de sair da pobreza.
Filhos de pais na base da pirâmide têm dificuldade de acesso à saúde e maior probabilidade de frequentar uma escola com ensino de baixa qualidade.
A educação precária, em geral, limita as opções para esses jovens no mercado de trabalho. Sobram-lhes empregos de baixa remuneração, em que a possibilidade de crescimento salarial para quem tem pouca qualificação é pequena - e a chance de perpetuação do ciclo de pobreza, grande.
Cartão Bolsa FamíliaDireito de imagemJEFFERSON RUDY/AG. SENADO
Image caption'O Brasil fez um bom trabalho tirando milhões de famílias da extrema pobreza, com o Bolsa Família, por exemplo. Falta agora fazer a 'segunda geração' de políticas', diz diretor da OCDE
Nesse sentido, a desigualdade social e de renda, destaca o levantamento, é definidora do acesso às oportunidades que podem fazer com que alguém consiga ascender socialmente.
"Além do chão pegajoso, países como o Brasil têm também tetos pegajosos (sticky ceilings)", acrescenta Stefano Scarpetta, diretor de emprego, trabalho e assuntos sociais da OCDE, referindo-se às famílias de alta renda.
O nível elevado de desigualdade também se manifesta sobre a mobilidade no topo da pirâmide. Aqui, é pequena a probabilidade de que as crianças mais abastadas eventualmente se tornem adultos de classes sociais mais baixas que a dos pais.
Scarpetta pondera que, ao contrário da tendência global de aumento da desigualdade, o Brasil conseguiu reduzir suas disparidades na última década, até o início da recessão. O país fez pouco, entretanto, para corrigir os problemas estruturais que mantêm em movimento o ciclo da pobreza - a qualidade precária da educação e da saúde e a falta de treinamento para os milhões de trabalhadores de baixa qualificação.
"O Brasil fez um bom trabalho tirando milhões de famílias da extrema pobreza, com o Bolsa Família, por exemplo. Falta agora fazer a 'segunda geração' de políticas", disse o economista à BBC News Brasil.

A classe média

Quando se analisa a mobilidade apenas do indivíduo, e não de uma geração a outra, o estudo da OCDE verifica que, de forma geral, a classe média é o estamento com maior flexibilidade - para cima e para baixo.
No Brasil, a mobilidade da base da pirâmide para a classe média é maior do que em vários emergentes. Essa ascensão, contudo, é frágil.
A estrutura do mercado de trabalho, com uma participação elevada do emprego informal, intensifica os efeitos negativos das crises sobre a população mais vulnerável. Como aconteceu com parte da "nova classe média" durante a última recessão, o desemprego pode ser um caminho de retorno à pobreza.

Mobilidade social e crescimento econômico

O nível baixo de mobilidade social tem implicações negativas sobre o crescimento da economia como um todo, diz o estudo da OCDE. Talentos em potencial podem ser perdidos ou subaproveitados, com menos iniciativas na área de negócios e menos investimentos.
Favela de Paraisópolis, em São PauloDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDesigualdade social e de renda é definidora do acesso às oportunidades que podem fazer com que alguém consiga ascender socialmente, diz estudo
"Isso debilita a produtividade e crescimento econômico potencial em nível nacional", ressalta o texto.
Um elevador social "quebrado" também se manifesta sobre o bem-estar social.
A percepção de que a oportunidade de ascensão depende de fatores que estão fora do alcance - como a renda dos pais ou o acesso a educação - gera desesperança e sentimento de exclusão. Isso aumenta a probabilidade de conflitos sociais, diz a pesquisa.

Tendência global

O problema não é exclusivo dos países emergentes. Mesmo países ricos, com desempenho expressivamente superiores ao do Brasil nos indicadores de educação - França, Alemanha - estão acima da média da OCDE entre as estimativas do número de gerações necessário para que os 10% mais pobres atinjam a renda média.
"Por mais que esses países tenham bom desempenho no PISA (avaliação global do desempenho escolar), esses índices são uma média. Países como a França, por exemplo, são bastante heterogêneos", ressalta Scarpetta.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Lenilson do Posto garante vitória de Jotinha para presidência da Câmara do Bom Jardim



Todos esperavam uma vitória tranquila, bem sossegada de Valéria  Lira, candidata da Chapa 1, nas eleições da Câmara de Bom Jardim, para o biênio 2019/2020. A manhã desta sexta, dia 15 de junho 2018, pode ser muito significativa para o futuro político do município. Pouca gente presenciou  a vitória da Chapa 2, encabeçada pelo edil José Gomes Medeiros (Jotinha) que venceu a disputa pelo placar de 7 a 6, contrariando os planos do prefeito João Lira (PSD), esposo da atual presidente.  Muita gente só acreditou porque acompanhou a votação feita por Duda, via rede social. Muitos populares não sabiam da eleição no Poder Legislativo Municipal.


A vitória foi sacramentada pelo vereador Lenilson do Posto, membro da base governista. Desde muito Lenilson vem insatisfeito com o tratamento dado pelo prefeito e seus aliados no Distrito de Umari.  João e Valéria Lira(PSD) esperavam fidelidade do vereador. O vereador Lenilson também espera fidelidade do chefe do governo municipal nas parcerias. É o que se comenta nos bastidores político. Como não houve atenção de ambos os lados, também não houve fidelidade neste momento. A votação foi nominal, os votos eram declarados em ordem alfabética, conforme nome do edil. Quando chegou na letra "L" de Lenilson, a bomba explodiu: "Chapa 2, Jotinha". Aí tudo mudou. Reviravolta no placar.

ESTRATÉGIA:A oposição fez um teatro ao registrar anteriormente outra chapa liderada por Rufino Filho. "Chapa Camaleão", mudou e confundiu a situação. Jotinha sempre teve o desejo de ser presidente, já sofreu uma derrota em outra eleição na disputa para presidência da Casa Dirceu Borges. A Chapa eleita é composta por Jotinha, Roberto Lemos e Ana Nery.

Na rua ficou aquela falação: " Jotinha vai querer ser candidato ao cargo de prefeito na próxima". Perguntamos ao presidente eleito se ele estava feliz? Respondeu: "muito feliz, muito mesmo." Perguntamos se o próximo passo será para prefeito? Respondeu:"Ainda está cedo. Só o tempo dirá"

O que vai acontecer no futuro próximo? O que vai acontecer nestas eleições de 2018? Quantos votos terão os candidatos apoiados por João Lira? Quantos votos terão os candidatos apoiados por Jotinha? Como será a votação de Miguel para deputado? Quem é que vai ganhar com tudo isso: o povo ou os políticos? Será teremos 6 candidatos para prefeito nas eleições de 2020? Será que todos da oposição estarão unidos com uma candidatura única para derrotar o prefeito João Lira?
LEIA TAMBÉM:
https://professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com/2018/06/camara-de-bom-jardimvaleria-lira-sera.html?spref=fb
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Câmara de Bom Jardim:Valéria Lira será eleita?


Será nesta sexta-feira (15) a partir das 9 horas, a sessão extraordinária para a eleição para a renovação da mesa diretora da Câmara Municipal do Bom Jardim-PE, relativa ao biênio 2019/ 2020. O Edital de Convocação nº 01/2018, que disciplina a realização do citado pleito, foi publicado durante a última sessão ordinária  do segundo período legislativo  realizada na última terça-feira (11). 

Até o presente, duas chapas estão inscritas para a disputa. A chapa 1 é composta pelos vereadores Valéria Barbosa Miranda de Lira (presidente), Josilene Vicente Pereira Cadête (1ª secretária) e José Vitor da Silva (2º secretário); a chapa 2 é formada pelos edis Sebastião Rufino Ribeiro Filho (presidente), Ana Nery de Lima Cavalcanti (1ª secretária) e Agenildo Marcos de Oliveira (2º secretário). 

Para ser protocolada, uma chapa precisa contar com três componentes. De acordo com o Regimento Interno, um vereador não pode se inscrever em mais de uma chapa. As inscrições poderão ser feitas até às 08h30min do dia 15 de junho do corrente ano, ou seja, 30 minutos antes do início da sessão extraordinária convocada para a realização do pleito. A atual presidente Valéria Lira (PSD), candidata à reeleição, comandará o processo eletivo cuja votação será por chamada nominal de cada vereador que pronunciará o seu voto em aberto. 

Com informações de Dimas Santos
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Diários de Einstein revelam racismo e xenofobia desconhecidos


Albert Einstein escrevendo em um quadro negroDireito de imagemAFP/GETTY
Image captionAlbert Einstein escreveu os diários entre outubro de 1922 e março de 1923
"Pessoas industriosas, imundas e obtusas."
Diários de viagens recentemente publicados revelam visões racistas e xenofóbicas do físico alemão Albert Einstein, cientista mais famoso do mundo e "pai" da Teoria da Relatividade - que chegou a se engajar, contraditoriamente ou não, na luta contra o racismo que enxergava, no século 20, nos Estados Unidos.
Escritos entre outubro de 1922 e março de 1923, os diários registram as viagens que fez com a mulher, Elsa, por países da Ásia e do Oriente Médio, mostrando generalizações negativas que usava para descrever povos e áreas que encontraram nessas regiões, com particular crueldade quando se refere aos chineses.
"São pessoas industriosas, imundas e obtusas", escreveu sobre eles em um dos trechos.
Einstein defenderia mais tarde os direitos civis nos Estados Unidos, chamando o racismo de "doença de pessoas brancas".
Esta é a primeira vez que os diários são publicados como um volume independente em inglês.
Publicado pela Princeton University Press, The Travel Diaries of Albert Einstein: The Far East, Palestine, and Spain, 1922-1923 (Os Diários de Viagem de Albert Einstein: O Extremo Oriente, Palestina e Espanha, 1922-1923, em tradução livre) foi editado por Ze'ev Rosenkranz, diretor assistente do Projeto Einstein Papers, do Instituto de Tecnologia da Califórnia.
Einstein viajou da Espanha para o Oriente Médio, passando depois pelo Sri Lanka - na época chamado de Ceilão - a caminho de China e Japão.
Albert Einstein em navio com a mulher dele, Elsa, em 1921Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEinstein embarcou para a viagem que registra nos diários junto com sua mulher, Elsa

Comentários impróprios

O físico descreve a chegada a Port Said, no Egito, dizendo ter deparado com "levantinos de todas as tonalidades ...", se referindo a pessoas de uma grande área do Oriente Médio chamada Levante, "como se fossem vomitados do inferno" e entrassem em seu navio para vender mercadorias.
Também descreve seu tempo em Colombo, no Ceilão, afirmando que o povo "vive com uma grande imundície e considerável fedor no chão" e "faz pouco e precisa de pouco".
Seus comentários mais ferozes têm como alvos, porém, o povo chinês.
De acordo com uma reportagem do jornal britânico The Guardian sobre os diários, Einstein descreve crianças chinesas como "sem espírito e obtusas", e diz que seria "uma pena se os chineses suplantassem todas as outras raças".
Em outros registros, ele chama a China de "nação peculiar, com cara de rebanho" e "(com a população) mais parecida com autômatos do que com gente", antes de afirmar que há "pouca diferença" entre homens e mulheres chineses e questionar como os homens são "incapazes de se defender" da "atração fatal" feminina.
Reconhecido por seu brilhantismo científico e seu humanismo, Einstein emigrou para os EUA em 1933, após a ascensão de Adolf Hitler e do partido nazista na Alemanha.
O cientista judeu descreveu o racismo como "uma doença de brancos" em um discurso que fez em 1946 na Universidade Lincoln, na Pensilvânia.
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Diários refletem mudanças de opinião

O correspondente da BBC News em Washington, Chris Buckler, observa que a Teoria da Relatividade mudou a forma de as pessoas pensarem sobre o espaço e o tempo, e que "esses diários demonstram como as próprias opiniões do cientista sobre raça parecem ter mudado ao longo dos anos".
"Os escritos podem ter sido concebidos como reflexões pessoais, privadas, mas sua publicação deve incomodar algumas correntes na América, onde ativistas ainda celebram Albert Einstein como uma das vozes que ajudaram a lançar luz sobre a questão da segregação (racial)", diz Buckler.
O jornalista lembra que, quando se mudou para os EUA em 1933, o alemão foi surpreendido por escolas e cinemas separados para negros e brancos.
Posteriormente, ele se juntou à Associação Nacional para o Progresso de Pessoas de Cor, uma das mais antigas e influentes instituições americanas com o objetivo de garantir igualdade de direitos políticos, educacionais, sociais e econômicos para todos, buscando eliminar a discriminação racial no país.
Conta-se que Einstein dizia ver semelhanças entre a forma como os judeus eram perseguidos na Alemanha e como os afro-americanos estavam sendo tratados em sua nova pátria.
Ele escolheu a Lincoln University, na Pensilvânia, uma universidade historicamente negra, para fazer um de seus discursos mais contundentes apenas um ano após o fim da Segunda Guerra Mundial.
Pesquisadores que estudam seus escritos da década de 1920 podem argumentar que suas crenças relacionadas à questão possivelmente se baseassem em seus próprios sentimentos.
"Seus diários estão repletos de reações instintivas e visões pessoais. No contexto do século 21, são pensamentos que podem manchar a reputação de um homem reverenciado quase tanto como humanitário quanto como cientista", analisa Buckler.
Ele pondera, no entanto, que tais palavras foram escritas antes que o alemão visse o que o racismo poderia provocar na América e na Alemanha - um país de onde havia efetivamente fugido.
Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Marina Silva:Preparada para unir o Brasil

Pré-candidata veio para o pré-lançamento da candidatura do pastor Jairinho, à frente. Foto: Aline Moura/DP
Pré-candidata veio para o pré-lançamento da candidatura do pastor Jairinho, à frente. Foto: Aline Moura/DP

“Neste momento, a pessoa que está preparada para unir o Brasil sou eu”. Com essa frase, a pré-candidata ao Palácio do Planalto pela Rede, Marina Silva, deu o tom do seu discurso, na noite desta terça-feira (13), após chegar ao Recife para cumprir uma agenda com os aliados. A declaração foi uma resposta indireta aos defensores do ex-presidente Lula que, na última sexta-feira, disseram que Lula era o único capaz de “pacificar” o país nas eleições de 2018. Sem citar nomes, Marina fez críticas indiretas aos que estão no confronto com a Justiça e também aos que querem que se distribua armas à população para que se combata a violência. “Não vamos melhorar a violência do Brasil distribuindo armas”, declarou.

Marina afirmou que vai combater as ideias dos adversários, sem destruir suas biografias, e se mostrou disposta a atrair os eleitores que querem fugir da polarização existente entre Lula e o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL). Para ela, as principais legendas do país, a exemplo do próprio PT e do PSDB, perderam seus projetos políticos no projeto de reeleição e precisam tirar “férias” para se reconstruírem. 

A pré-candidata disse que, na gestão de Lula, o Brasil chegou a viver um momento de pleno emprego, mas, já em 2010, as políticas que levaram a esse crescimento começaram a ser desconstruídas em nome da eleição daquele ano. “Quando as coisas vão bem, se dizia que era fruto da ação do governo. Quando vai mal, a culpa é de alguma coisa que aconteceu na Europa, na China, na cochinchina”. 

“Eu não tenho ódio do PT, do PSDB, do PMDB... Todos os partidos deram sua contribuição ao país”, afirmou, citando, por exemplo, as políticas sociais do governo Lula, o Plano Real de FHC e o guarda-chuva do MDB oferecido à sociedade durante a ditadura militar. “Na democracia, a gente não quer destruir ninguém. Na democracia, a gente quer que quem errou, pague”, declarou, acrescentando ter sido uma das primeiras a combater o foro privilegiado. "Vou combater desrespeito com respeito", prometeu a presidenciável.

O evento de Marina Silva foi realizado numa das torres do Empresarial RioMar, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife, e contou, curiosamente, com a presença do ex-prefeito João Paulo, que se desfiliou do PT e agora está no PCdoB. João Paulo está num partido que apoia a reeleição de Paulo Câmara e recebeu afagos tanto dos filiados da Rede como da própria Marina ao sentar-se na primeira fila. João Paulo negou ter prestigiado o evento como um gesto de bandeira branca com Marina - articulado por Paulo Câmara. "Nao, não. Eu fui lá porque eu conheci Antônio Souza quando estava na superintendência da Sudene. Eu falei da minha história e ele resolveu entrar na política e virar pré-candidato ao Senado. Sempre que posso, vou aos atos dele", declarou o ex-prefeito.

O ato político também contou com a presença de representantes do PTC e do PRP. A chegada de ambas as legendas foi considerada pelo ex-deputado Roberto Leandro como um sinal de crescimento da pré-candidata, que começou a sair do isolamento. 
Segundo Marina, os projetos políticos partidários foram prejudicados pelo processo de reeleição, o qual ela promete acabar. Foto: Aline Moura/DP
Segundo Marina, os projetos políticos partidários foram prejudicados pelo processo de reeleição, o qual ela promete acabar. Foto: Aline Moura/DP
O pano de fundo do evento de Marina foi o pré-lançamento da candidatura do pastor Jairinho (Rede) ao Senado. Mas o ex-prefeito de Petrolina Julio Lóssio marcou seu espaço. Apresentou os pontos mais fortes de sua gestão como prefeito da principal cidade do Sertão pernambucano, a exemplo do programa com 15 mil moradias - “o maior programa de habitação do país – e 193 unidades do Nova Semente. Lóssio lembrou ter sido o primeiro prefeito a implantar, na região sertaneja, uma escola para pessoas com deficiência visual. Inclusive um grupo do Instituto de Cegos mantido pela Santa Casa Misericórdia fez a recepção de Marina, tocando forró. 

Quem chamou a atenção no ato, também, foi a porta-voz feminina da Rede, Milena Reis. Ela iniciou o discurso dizendo que, no país, atualmente, discute-se muito projetos de segmentos (sem coletividade) e não projetos para o país. “As pessoas têm lutado e só temos visto bandeiras, cores, cada um com suas necessidades, enquanto o Brasil está invisível. O que se vê são grupos levantando cores, magoando os outros, querendo tocar fogo... Quem está lutando a luta do brasileiro, da mulher com tripla jornada, do desempregado que está vendendo pipoca nos metrôs?”, indagou. Milena acrescentou que a Rede está disposta a ouvir todos os discursos com sensibilidade, inclusive o do público LGBT, dentro de um contexto de coletividade. 

O ex-deputado estadual Roberto Leandro (Rede), o único que rejeitou o jeton quando exercia mandato, lembrou que se passaram várias campanhas sem que tenham descoberto “máculas” no currículo de Marina. “Isso deveria ser uma coisa comum no país e não é. Mas o processo está começando agora e é preciso fazer a diferença”. Roberto Leandro não é candidato e tem ajudado Marina na comunicação. A Rede tem apenas dois deputados federais e um senador e é um dos partidos com menor fundo eleitoral para 2018.  
Com informações do Diario de Pernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Queda de 22,49% no número de homicídios em Pernambuco


Em maio de 2018, Pernambuco contabilizou 355 assassinatos ao longo dos 31 dias do mês. O número, segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), representa uma redução de 22,49% em relação a maio do ano passado, quando foram registrados 458 Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs).

Abril e maio deste ano tiveram a menor incidência desse tipo de crime em 22 meses, perdendo apenas para julho de 2016 (com 346 mortes). Maio de 2018 foi ainda o sexto mês consecutivo em que os homicídios apresentaram queda quando levamos em consideração o mesmo mês de 2017. 

No acumulado dos primeiros cinco meses de deste ano, a retração foi de 22,12% no comparativo com o mesmo período de 2017: caiu de 2.496 para 1.944 CVLIs. A queda se deu em todas as regiões do Estado e, no acumulado dos cinco primeiros meses do ano, 552 vidas foram poupadas.

Queda - Na análise da distribuição dos CVLIs, verificou-se retração em todas as regiões do Estado, no comparativo maio 2018/maio 2017: - 28% no Agreste (de 99 para 71), -24,54% no Sertão (57 para 43), -20% na Zona da Mata (115 contra 92) e -21,88% na Região Metropolitana do Recife (passou de 128 para 100). O Recife apresentou declínio de 16,95% (59 para 49). Quando levamos em consideração os 5 primeiros meses de 2018, em relação aos mesmo período de 2017, os homicídios continuam caindo em todo o território pernambucano: -26,35% no Agreste (foi de 554 para 408), -14,04% no Sertão (292 para 251), -20,25% na Zona da Mata e -19,97% na RMR. Nessa mesma metodologia, o Recife teve 29,11% menos CVLIs (371 para 263).

Homicídio zero - Segundo a SDS, dos 185 municípios pernambucanos, 95 não registraram CVLIs e outros 70 apresentaram queda na modalidade criminosa. No dia 2 de maio, não houve nenhum homicídio em toda a Região Metropolitana do Recife. O CVLI zero também se verificou em sete datas do mês de maio (dias 2,3,9,10,13,17 e 31) nas 61 cidades do Sertão cobertas pela Diretoria Integrada do Interior 2. Entre esses municípios, estão Petrolina, Salgueiro, Arcoverde, Serra Talhada, Afogados da Ingazeira, Ouricuri e Araripina. 
Com Informações da Folha dePernambuco

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Polícia Civil faz operações contra quadrilhas em PE


Duas operações foram deflagradas pela Polícia Civil na manhã desta quinta-feira (14) em Pernambuco. A primeira operação teve mandados cumpridos nas cidades do RecifeCarpina e Paudalho- estas últimas na Zona da Mata Norte de Pernambuco. Já a segunda, ocorreu na cidade de Petrolina, no Sertão do Estado. As duas ações visavam associações criminosas suspeitas de homicídios e tráfico de drogas, sendo que a primeira delas, também é suspeita de associação para o tráfico de drogas, comércio de arma de fogo e munições e associação criminosa armada.

O chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle do Amaral, falou sobre a primeira operação, na qual foram cumpridos 17 mandados de prisão preventiva - sendo sete deles contra detentos, nas cidades do Recife, Carpina e Paudalho; e 13 mandados de busca e apreensão domiciliar. “Vários homicídios são atribuídos ao grupo e eles são motivados pelo tráfico de drogas. Hoje foram apreendidos cocaína, maconha e armas de fogo. A organização foi completamente desarticulada”, afirma.

A investigação começou em novembro de 2017 e foi nomeada como Intramuros. Na execução, foram empregados 80 policiais civis. Esta foi a 22ª operação de Repressão Qualificada do ano, vinculada à Diretoria do Interior I - DINTER1, sob a presidência da Delegada Bárbara Fort. Os presos e os materiais apreendidos foram encaminhados para sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, Zona Oeste do Recife.A investigação começou em novembro de 2017 e foi nomeada como Intramuros. Na execução, foram empregados 80 policiais civis. Esta foi a 22ª operação de Repressão Qualificada do ano, vinculada à Diretoria do Interior I - DINTER1, sob a presidência da Delegada Bárbara Fort. Os presos e os materiais apreendidos foram encaminhados para sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, Zona Oeste do Recife.

Operação Desmonte II

A segunda operação, nomeada como Desmonte II, foi a segunda fase de uma investigação ocorrida em junho de 2017, na cidade de Petrolina, e prendeu uma organização criminosa atuante no tráfico de drogas e homicídios na cidade. Nessa nova fase da operação, o foco foi finalizar o trabalho e retirar das ruas os traficantes.

Foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão domiciliar e três de prisão preventiva. A Delegacia de Homicídios também executou outros três mandados de prisão, fruto de relevante investigação para a cidade. A Operação Desmonte II já contava com outros três alvos presos por tráfico de drogas e outros delitos. 

A ação é a a 23ª operação de Repressão Qualificada do ano e contou com a participação de 45 policiais civis, 20 policiais militares e 23 viaturas. Ela foi coordenada pelo Delegado Magno Neves, em parceria com a 12ª Delegacia de Polícia de Repressão ao Narcotráfico- DPRN , coordenada pelo delegado Dark Blaker de Andrade. Os presos e os materiais apreendidos foram encaminhados para sede da 214ª Delegacia de Polícia de Petrolina.
Com informação da Folha de pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE