sábado, 3 de fevereiro de 2018

Ministério Público requer cuidados com carnaval de Bom Jardim



O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) propôs adequações nas festas carnavalescas dos municípios de Bom Jardim e Paudalho. As adequações visam garantir a segurança da população, manter a limpeza urbana e o sossego das cidades durante o carnaval. O MPPE estabeleceu as medidas a partir de apurações de festas passadas, nas quais ocorreram situações de risco devido à falta de controle em relação ao horário de encerramento dos shows, o que proporcionou o acúmulo de pessoas até avançada hora, ocasionando o acréscimo de ocorrências policiais. Outro aspecto que deve ser respeitado é o cumprimento do horário de encerramento da festa. 

Os eventos não devem estender-se além da hora prevista, de modo a não prejudicar o efetivo policial que garante a segurança da população. A PM também deverá realizar diligências para coibir e reprimir a venda de bebidas alcoólicas a crianças e adolescentes. As orientações para os municípios foram feitas por meio de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pelo município de Bom Jardim e de recomendação para Paudalho. Caso as prefeituras venham descumprir quaisquer medidas presentes nos termos, poderão ser tomadas as devidas ações judiciais e extrajudiciais. (Com informações da Assessoria de Comunicação do MPPE 
De  MPE  - Blog do Agreste
Foto @Edgar Severino dos Santos
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Uma foto que envergonha o Brasil diante do mundo


Sem discursos dos políticos, a abertura dos trabalhos do Judiciário conta, nos últimos anos, com a palavra da presidência do Supremo, da Procuradoria-Geral da República e da Ordem dos Advogados do Brasil.
Como em anos anteriores, há sempre palavras sobre a necessidade de maior efetividade da Justiça, punição a criminosos culpados, absolvição de inocentes, pedidos de respeito à magistratura (que hoje vê alguns de seus membros sendo verbalmente atacados em locais públicos) e defesa das prerrogativas dos advogados.
Sentada ao lado de Michel Temer (MDB), que é investigado pela Lava Jato, a presidente do STF, Cármen Lúcia, mesmo sem citar o ex-presidente Lula, mandou um recado ao petista e seu partido.
Disse que todos podem aceitar ou questionar decisões da Justiça e delas recorrer. Mas “é inadmissível e inaceitável […] desacatar a Justiça, agravá-la ou agredi-la”.
Sentada ao lado do presidente do Senado, o também investigado Eunício de Oliveira (MDB), a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, por sua vez, fez um duro discurso: falou da falta de efetividade da Justiça e da necessidade de se punir quem comete crimes, defendendo, inclusive, a prisão após condenações em segundo grau.
"É preciso garantir efetividade: as decisões judiciais devem ser cumpridas, os direitos restaurados, os danos reparados, os problemas resolvidos e os culpados precisam pagar por seus atos. Só assim afasta-se a sensação de impunidade e se restabelece a confiança nas instituições", disse Dodge.
Apesar da força retórica dos discursos, o sistema brasileiro ainda alonga processos em diversas instâncias da Justiça e chega a paralisar o Supremo Tribunal Federal em casos criminais devido ao foro privilegiado.
DE buzzfeed.com

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Parque livre para criança na tarde do município


Antes das 14 horas e 30 minutos, debaixo de sol quente, brinquedos pegando fogo, a garotada iniciava a brincadeira ingnorando a chegada da equipe da prefeitura chegar e organizar o evento na tarde da prefeitura. Alguns condutores de carros e motos passavam na rua cheia de gente.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

Grêmio Lítero Musical Bonjardinense acompanha procissão de São Sebastião

Registr@ Edgar Severino dos Santos. Sexta-feira,  02 de fevereiro, 2018.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Compesa deixa Bom Jardim sem abastecimento no dia da Festa de São Sebastião


 Desde o dia 13 de janeiro que falta água nas torneiras das casas e estabelecimentos comerciais da cidade de Bom Jardim. O descaso deixa a população revoltada. Festa sem água, alimentos vendidos sem  higiene, precariedade, ameaça. Falta planejamento e gestão local e regional. Cacinbão dos 3 cocos (no rio) tem sido utilizado para suprir necessidades de barraqueiros que lavam e manipulam alimentos comercializados na festa.  Quem faz isso quer privatizar a empresa, trabalha contra o povo e Estado. Desde o dia 30 de janeiro a cidade deveria ter o abastecimento normalizado.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

O que é inadmissível é desacatar a Justiça, agravá-la ou agredi-la, diz Cármen Lúcia



Em um recado ao PT e a movimentos de esquerda que pregam a desobediência a decisões do Judiciário, a presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministra Cármen Lúcia, disse nesta quinta (1º) que é inadmissível desacatar decisão judicial.

"Pode-se ser favorável ou desfavorável à decisão judicial pela qual se aplica o direito. Pode-se buscar reformá-la, pelos meios legais e nos juízos competentes. O que é inadmissível é desacatar a Justiça, agravá-la ou agredi-la", afirmou durante discurso de abertura do ano judiciário de 2018.

Dirigentes do PT têm desafiado a Justiça a decretar a prisão do ex-presidente Lula. O petista foi condenado, por unanimidade, por três juízes do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 12 anos e um mês de reclusão.

A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), chegou a dizer que, para cumprir um pedido de prisão do ex-presidente, "vai ter que matar gente". Em seu discurso nesta quinta, a presidente do STF afirmou que "o respeito à Constituição e à lei para o outro é a garantia do direito para cada cidadão". De acordo com a magistrada, "sem liberdade não há democracia" e "sem responsabilidade não há ordem". "Sem Justiça não há paz", acrescentou.

No mesmo sentido, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, afirmou em seu discurso no evento que as decisões judiciais precisam ser cumpridas para acabar com a sensação de impunidade. "Neste dia, é importante registrar que as instituições do sistema de Justiça estão funcionando de modo independente e que trabalham arduamente", afirmou.

Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasil?'Se matarem macacos, mosquitos vão atrás de sangue humano': como massacre de primatas é tiro no pé contra febre amarela


MacacoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image caption'O macaco é quase um mártir (...) Eles nos indicam onde há infecção', diz pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz

Fotos de corpos de macacos têm se espalhado pela internet desde o aumento, nos últimos meses, dos casos de febre amarela em regiões dos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal. E muitos desses animais não morreram por causa do vírus: foram executados com pedras, pauladas ou envenenamento. Além de cruel, a medida tem efeito contrário ao imaginado por muitas pessoas: prejudica o combate à doença.
Classificados por pesquisadores ouvidos pela BBC Brasil como "sentinelas" e "mártires", os macacos são o alvo preferido dos mosquitos silvestres que transmitem a febre amarela, que costumam voar na altura da copa das árvores.
Muitos primatas acabam desenvolvendo a doença e morrem. Ao verificar um volume expressivo de corpos deles em determinada região, autoridades sanitárias e pesquisadores conseguem identificar a presença da febre amarela, traçar o possível trajeto do vírus - conforme os corredores da floresta existente - e planejar ações de imunização das pessoas.
A doença tem tido um impacto tão expressivo na população de macacos da Mata Atlântica que existe o temor, por exemplo, de que todos os bugios desapareçam das florestas do Rio de Janeiro.
Para piorar, os poucos macacos que sobreviveram à febre amarela ou escaparam do vírus estão sendo vítimas da desinformação. Muitas pessoas matam esses animais por acharem que eles são responsáveis pela propagação da doença.

Macacos mortos
Image captionAo contrário de evitar a propagação da febre amarela, matar macacos pode expor mais os seres humanos à doença | Foto: Vigilância Sanitária do RJ

Só este ano, dos 144 macacos mortos recolhidos pela Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio de Janeiro para testes de febre amarela, 69% foram executados - apresentavam várias fraturas ou veneno no organismo.
Em todo o ano passado, dos 602 animais mortos, 42% foram assassinados, segundo dados do órgão.
Nem o mico-leão-dourado escapou. Corpos de animais dessa espécie, ameaçada de extinção, também foram localizados com sinais de execução.

Morte de macacos traz risco para humanos

Mas o que os "caçadores" de macacos não sabem é que, ao contrário de evitar a propagação da febre amarela, matar os bichos expõe os seres humanos a riscos maiores de contrair esse mal grave, que pode matar.
A febre amarela é uma doença infecciosa que é transmitida, no Brasil, principalmente por mosquitos silvestres dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que moram na copa das árvores e têm predileção pelo sangue de primatas.
Essa preferência vem de um processo de adaptação genética, ao longo de anos de evolução das espécies. Segundo o professor Aloísio Falqueto, da Universidade Federal do Espírito Santo, esses dois grupos de mosquitos silvestres se adaptaram, há milhões de anos, a se alimentar do sangue de grandes mamíferos e, depois, de macacos.
A preferência se desenvolveu por causa das características do local onde esses mosquitos viviam - inicialmente na África - e da disponibilidade de alimentos. Ao longo dos anos, essa "memória genética" de preferência por primatas foi se transferindo para as novas gerações de mosquitos, que passaram a se alimentar do sangue das novas gerações e espécies de primatas. Ao chegarem ao continente latinoamericano, eles se adaptaram a sugar o sangue dos macacos que vivem nas copas das árvores, inclusive os de pequeno porte.
Aedes aegypti, que vive em áreas urbanas, também é capaz de transmitir febre amarela, mas até agora não houve contaminação e transmissão por essa espécie de mosquito - desde 1942 que não há epidemia urbana de febre amarela. As pessoas infectadas até o momento teriam contraído a doença em alguma região com mata.

Mosquito Sabethes
Image captionFebre amarela é transmitida no Brasil principalmente por mosquitos silvestres dos gêneros Haemagogus e Sabethes | Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

Segundo o pesquisador Ricardo Lourenço, do Instituto Oswaldo Cruz, tanto o homem quanto o macaco, quando picados, só carregam o vírus da febre amarela em quantidades suficientes para infectar outros mosquitos por cerca de três dias.
Depois disso, o organismo passa a produzir anticorpos e a concentração do vírus diminui. Em cerca de dez dias, macacos e seres humanos terão morrido ou se curado da doença, ficando imunes a ela.
Já o mosquito permanece com o vírus da febre amarela para sempre. Eles podem até passar o vírus para os ovos e, consequentemente, para os filhotes que nascerem.

Mico-leão-douradoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionAté mico-leão-dourado, espécie ameaçada de extinção no Brasil, tem sido alvo de violência por causa do pânico e desinformação sobre a febre amarela

Se muitos macacos começarem a morrer, a tendência é aumentar a chance de contaminação de humanos. Sem ter primatas para picar na copa das árvores, os mosquitos buscarão alimento em outras localidades - e o homem vira a próxima opção como fonte de sangue.
Isso porque o homem é um animal que se assemelha ao macaco. Por isso, naturalmente, se torna alternativa para o mosquito da febre amarela, que buscará instintivamente um bicho geneticamente próximo. O que não significa que outros bichos não possam ser, eventualmente, picados pelos mosquitos silvestres da febre amarela. Há evidências de marsupiais que já foram picados, mas eles não são "receptivos" ao vírus e, portanto, não ficam doentes, nem se tornam hospedeiros.
Nesses casos, o vírus da febre amarela não interage com o material genético da célula hospedeira de outras espécies - todo vírus tem uma "chave", ou molécula sinalizadora, que só é reconhecida pela "fechadura" (membrana plasmática) de algumas espécies. A "fechadura" varia conforme a espécie.
No caso da febre amarela, macacos e humanos possuem essa receptividade ao vírus. No caso da gripe, por exemplo, aves, seres humanos e suínos são receptivos. Ou seja, dependendo do material genético do vírus, ele pode interagir com um ou mais hospedeiros de diferentes categorias.
"Mesmo que acabem todos os macacos de uma aérea, durante algumas gerações o vírus vai ficar ali. E o mosquito vai procurar o ser humano para se alimentar", diz Lourenço, autor de pesquisas sobre mosquitos transmissores.
O médico epidemiologista Eduardo Massad, professor da Universidade de São Paulo (USP) e da britânica London School of Tropical Diseases, reforça esse argumento.
"Suponha que desaparecessem todos os macacos da serra da Cantareira. O mosquito picaria pessoas. Se você diminui a população de macacos, mais gente será picada", disse à BBC Brasil.

Corpos de macacos
Image captionDos 144 macacos mortos recolhidos pela Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio de Janeiro, cerca de 100 foram executados | Fonte: Vigilância Sanitária do RJ

'Sentinelas' da doença

Além de servirem de isca para mosquitos, evitando com isso que mais humanos sejam picados, os macacos alertam para o "trajeto" do vírus pelo país.
Após campanhas de erradicação do Aedes aegypti, o Brasil se livrou da febre amarela urbana na década de 1942 - a doença acabou se concentrando na região amazônica. Nos anos 2000, porém, o vírus começou a "descer" para o leste, alcançado regiões de mata de Minas Gerais, Espírito Santo e, mais recentemente, São Paulo e Rio de Janeiro.

Mosquito silvestre
Image captionSem ter macaco para picar na copa das árvores, os mosquitos buscarão alimento nos humanos | Fonte: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

O pesquisador Aloisio Falqueto, professor do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) acredita que o vírus migrou para a Mata Atlântica por meio do ser humano.
"A minha teoria é o elemento urbano. Muitas pessoas migram para a Amazônia sem tomar vacina. Uma pessoa pegou o vírus na Amazônia e entrou na Mata Atlântica depois, na altura de Montes Claros (MG), e aqui é um barril de pólvora, pela presença de macacos sem anticorpos e seres humanos. A força de transmissão é muito maior", diz.
Já Ricardo Lourenço acredita que os mosquitos acabaram migrando naturalmente para o Sudeste, por corredores de mata e rios. Conforme foram picando macacos e esses animais morreram, teriam descido cada vez mais para o sul do país em busca de alimento.

Macacos mortos
Image captionAlém de servirem de isca para mosquitos, evitando com isso que mais humanos sejam picados, os macacos alertam para o 'trajeto' do vírus pelo país | Foto: Vigilância Sanitária do RJ

"Mosquitos se dispersam por dois motivos: para achar lugar para colocar ovo e para achar fonte de alimentação sanguínea. Se começa a morrer macaco, ele começa a buscar sangue em outro lugar", diz o pesquisador, que explica que o mosquito pode voar 3 km por dia.
A única forma de perceber a chegada de mosquitos infectados é pela morte dos macacos. Desde o início dos anos 2000 que pesquisadores alertam o governo federal e governos estaduais para a necessidade de ampliar ações de imunização em cidades com mata onde foram localizados animais mortos.
"Os macacos nos avisam da iminência do vírus. Quando começam a morrer, sabemos da existência e intensidade do vírus naquela região. Podemos calcular por onde ele vai se alastrar e quem devemos imunizar", afirma Aloísio Falqueto.
"A morte do macaco é um aviso de que devemos imunizar as populações nas áreas de risco", explica.
Ricardo Lourenço compara o animal a um "soldado" que atua como vigia da chegada da febre amarela. "O macaco é quase um mártir. É uma vítima e um instrumento de vigilância e de alerta. É uma sentinela do quartel. Eles nos indicam onde há infecção."
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 29 de janeiro de 2018

APL celebra 117 anos com premiação literária


A Academia Pernambucana de Letras celebrou na noite desta segunda-feira (29) seus 117 anos em uma ocasião com duplo objetivo: a entrega dos Prêmios Literários e a posse da nova diretoria. Margarida Cantarelli foi reeleita para o cargo de presidente para o biênio 2018/2020. "A Academia Pernambucana de Letras é uma jovem de 117 anos. Iremos nos próximos dias, através da coordenação de Cícero Belmar, promover uma ação que irá buscar apresentar os trabalhos de jovens escritores." comentou Margarida.
A presidente também tem planos para ofertar uma sala de vídeo para debates. "O intuito é criar, através do audiovisual, uma maneira de fomentar a discussão de obras literárias". O imortal José Paulo Cavalcanti Filho acredita que o papel hoje da Academia Pernambucana de Letras esteja dentro do papel de implementar uma educação mais popular nas instituições de ensino. "Não existe nada mais vivo e democrático que a educação, e ela deve ser um direito para todos." afirmou.
Manoel Constantino Filho, vencedor na categoria infantil com o livro "A Menina Que Vendia Rosas Encarnadas" não vê a internet como um empecilho ao hábito da leitura. "Através de uma responsabilidade familiar, você dá à criança o hábito de ler e, por muitas vezes, através da internet é que ela conhece várias obras" comenta o escritor. "A ideia do livro vem da década de 80, quando conheci uma criança que mesmo em situação de trabalho infantil não deixou de estudar ou se interessar por literatura. É importante que conheçamos a realidade dessas pessoas". 

Confira os vencedores do Prêmio Literário:
- Álvaro filho (ficção) - "Meu Velho Guerrilheiro"
- Manoel Constantino Filho (infantil) - "A Menina que Vendia Rosas Encarnadas"
- Edson Mendes de Araújo Lima )poesia) - "Quase Poesia, Quase Faina, Quase". 

Nos ensaios, foram três laureados: "Um Centro Educacional Brasileirinho da Silva", de Kelma Fabíola Beltrão de Souza; "Olinda: Entre Poderes, Elites", de Breno Almeida Vaz Lisboa; e "Almas à Venda: Comércio Negreiro na Praça do Recife (1660-1760)", de George Félix Cabral de Souza. FPE
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Mundo:Montadoras alemãs sob suspeita de financiar testes ‘abomináveis’ com macacos e humanos

Manifestante na Alemanha usa uma máscara com os dizeres: "Emissões de combustível matam"
Image captionFabricantes de carros na Alemanha já estiveram no centro de outro escândalo: mentir sobre testes de emissão de poluentes | Foto: EPA
O governo da Alemanha condenou a realização de testes financiados por fabricantes de automóveis do país em que humanos e macacos tiveram de inalar fumaça de escapamento.
Os experimentos, que teriam sido conduzidos com o objetivo de defender o uso de diesel em automóveis, foram noticiados nos últimos dias pelo jornal The New York Times - que veiculou reportagem sobre testes realizados com 10 primatas na cidade americana de Albuquerque, no Estado de Novo México - e pela imprensa alemã, que se concentrou em testes realizados com humanos em um laboratório em Aachen, próximo à fronteira com a Holanda.
Os veículos de imprensa alemães afirmam que a pesquisa foi realizada por um grupo chamado EUGT (Grupo de Pesquisa Europeu sobre Meio Ambiente e Saúde no Setor de Transporte, na sigla em inglês), financiado, por sua vez, pelas empresas Volkswagen, Daimler e BMW.
Em sua defesa, as empresas têm dito que não conheciam os detalhes dos experimentos que financiaram.
O governo alemão declarou não haver motivo para a realização de experimentos dessa natureza e exigiu mais detalhes sobre eles. "Esses testes em macacos ou mesmo em humanos não podem ser justificados do ponto de vista ético, de forma nenhuma", disse o porta-voz do governo Steffen Seibert.
A ministra do Meio Ambiente, Barbara Hendricks, chamou os experimentos de "abomináveis" e se disse chocada que cientistas tenham concordado em conduzi-los.
O político social-democrata Stephan Weil, também membro do conselho de supervisão da Volkswagen, qualificou a pesquisa de "absurda e abominável". "Lobby não pode ser uma desculpa para esse tipo de teste", disse ele.
Escapamento de carroDireito de imagemAFP
Image captionFabricantes de carro estão tentando reduzir as perdas sobre fumaça de combustível

O que se sabe sobre os testes?

Em reportagem publicada na última quinta-feira, o jornal New York Times afirma que a pesquisa do grupo EUGT tinha como objetivo se contrapor uma decisão de 2012 da Organização Mundial da Saúde (OMS) que classificava a fumaça de escapamento de veículos a diesel como cancerígena.
Segundo o jornal americano, em 2014, o grupo EUGT expôs 10 macacos a fumaça de escapamento em uma câmara de ar fechada. O teste ocorreu em um laboratório em Albuquerque, Novo México, nos Estados Unidos. Os veículos usados nos experimentos seriam adulterados para gerarem níveis menores de poluição.
Já neste fim de semana, os veículos jornalísticos alemães Stuttgarter Zeitung e a rádio SWR divulgaram que 19 homens e 6 mulheres inalaram fumaça de diesel em outro experimento da EUGT.
Durante um mês de testes em um laboratório em Aachen, na Alemanha, essas pessoas foram expostas a diversas concentrações de fumaça de diesel, que contém óxido de nitrogênio tóxico. O estudo teria sido publicado em 2016.
Naquela época, as montadoras argumentavam que tecnologias modernas permitiam reduzir a poluição de escapamento de veículos a diesel a níveis seguros. Mas, posteriormente, foi descoberto que a Volkswagen havia instalado dispositivos fraudados nos veículos testados.
Os resultados dos exames eram manipulados - levando a crer que a emissão de gases tóxicos era muito menor do que efetivamente seria na prática. Estima-se que mais de 10 milhões de veículos tenham sido adulterados para evitar um cálculo acurado de emissão de poluentes. A descoberta da fraude ambiental, em 2015, causou um escândalo internacional e derrubou a cúpula da montadora.
No Brasil, veículos do modelo picape Amarok tiveram o dispositivo adulterado instalado. Segundo o New York Times, a Volkswagen já teve que pagar mais de US$ 26 bilhões em multas devido ao escândalo anterior.
Carros produzidos na Alemanha enfileiradosDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDe acordo com o jornal New York Times, a Volkswagen já teve que pagar mais de US$ 26 bilhões em multas devido a escândalo de manipulação de dados sobre emissões de poluentes

O que as montadoras disseram?

Em sua defesa, as empresas têm dito que não conheciam os detalhes da pesquisa que financiaram. A Daimler, fabricante dos carros Mercedes-Benz, disse no domingo estar "consternada pela extensão dos estudos (da EUGT) e sua implementação". "Nós condenamos os experimentos de forma veemente".
Em reação à reportagem do New York Times, a Volkswagen tuitou no sábado dizendo que "se distancia explicitamente de todas as formas de abuso de animais". "Nós sabemos que os métodos científicos usados pela EUGT estavam errados e nos desculpamos sinceramente".
O conselho de supervisão da Volkswagen disse que vai investigar o assunto e chamou os experimentos de "completamente absurdos".

Quais são as mais recentes informações sobre a poluição pelo diesel?

Um estudo recente do pesquisador alemão Ferdinand Dudenhöffer mostrou que os níveis de poluição pelo diesel ainda estão muito altos em dez cidades da Alemanha - assim, o mais provável é que os automóveis sejam banidos de locais com situação crítica, ao menos que os motores sejam aprimorados.
Segundo sua pesquisa, apenas mudanças nos softwares dos veículos não seriam suficientes para lidar com o problema.
Munique, Stuttgart, Hamburgo, Düsseldorf e Colônia estão entre as cidades com níveis graves de poluição.
Funcionários em montadora de automóveisDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionApós denúncias de testes em humanos e macacos, montadoras prometeram investigação

Os testes foram antiéticos?

O governo alemão avalia que sim.
Enquanto isso, dois cientistas independentes que já conduziram testes sobre a poluição do ar com voluntários humanos disseram à BBC que o patrocínio das empresas a estes experimentos é problemático.
"Se a pesquisa não é independente, então há dúvidas sobre sua validade e, portanto, sobre sua ética", diz Frank Kelly, da universidade King's College London.
Kelly diz que centenas de voluntários já participaram de estudos com financiamento público sobre o impacto da emissão do diesel - trabalhos estes que precisaram passar pela aprovação em comitês de ética para prosseguir.
Em um estudo universitário, por exemplo, voluntários com doenças crônicas nos pulmões ou no coração caminhavam por pontos turísticos movimentados de Londres.
"Fazer experimentos com pessoas ou macacos não é por si só antiético", afirma Chris Carlsten, da Universidade de British Columbia, no Canadá.
Carlsten acrescenta ainda que "não é muito comum" fazer testes de poluição do ar com macacos, apesar de alguns terem sido usados para estudar a camada de ozônio.
Ele estudou os efeitos da emissão de diesel em voluntários, que costumam ser pagos em cerca de 14 dólares canadenses (R$ 34) por duas horas de exposição à poluição.
"Esses estudos são essenciais para apoiar políticas que possam proteger a todos", afirmou.BBC.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 28 de janeiro de 2018

Contratação temporária em Bom Jardim


A Prefeitura do Bom Jardim – PE torna público o Edital n° 001/2018 – para contratação temporária em diversas áreas. Estão sendo oferecidas 103 vagas, conforme edital publicado no site oficial da Prefeitura www.bomjardim.pe.gov.br e em seu quadro de avisos na sede desta municipalidade. As inscrições começam nesta segunda-feira dia 29/01 conforme o Edital.
https://drive.google.com/file/d/1RB-KQC83KKpfz392OrILal4TgepMourL/view
Fonte: Prefeitura do Bom Jardim
Professor Edgar Bom Jardim - PE