sábado, 2 de dezembro de 2017

Pré-campanha: Marília Arraes descarta qualquer possibilidade de aliança com Paulo Câmara



O PT do Bom Jardim-PE, realizou neste sábado (2), uma plenária na sede da Câmara Municipal com a participação da vereadora do Recife, Marília Arraes, pré-candidata de setores do Partido dos Trabalhadores ao Governo de Pernambuco em 2018. "É hora de fortalecer uma candidatura própria, fazer o partido renascer das cinzas como a fênix, diz Tereza Leitão, deputada estadual, ao afirmar que o partido e os militantes foram massacrados nestes últimos quatro anos". Tereza Leitão apoia, embora o PT regional não confirme  como certa a pré-candidatura em movimento.

Pode parecer que é cedo para se falar em eleição, no entanto, nos bastidores da política já há muita movimentação para aquecer a militância, apresentar futuros candidatos, sentir o que o povo pensa, tirar fotografias com simpatizantes, aliados e lógico fazer um discurso contra  adversários. Neste caso, Marília Arraes, foca no discurso para desgastar o  governo Paulo Câmara. No elenco das críticas foram citadas: a falta de ação da gestão atual para resolver o problema da segurança pública, disse que esse governo não sabe pra onde vai, que há uma crise hídrica no estado com a  má distribuição de água, mau gestão; que Paulo Câmara quer privatizar a Compesa; que Bom Jardim não tem banco; que o governador faz discurso fácil, enxuga gelo, joga para plateia para enganar o povo. No plano nacional, Marília afirmou que o Governo Federal promove a destruição  do Estado brasileiro, a venda das nossas riquezas, aprofundou o golpe, o aumento do preço do gás, reformas que afetam o povo.

A vereadora recifense é tida como opositora notável ao PSB. Atritos e descontentamentos  com a legenda do atual governador não são de hoje. 
A ex-socialista é herdeira política do ex-governador Miguel Arraes. Esse é um capital político interessante na visão de segmentos petistas ligados aos sindicatos rurais e da CUT.  Nome novo, com raiz profunda no passado da política estadual.

Marília afirmou em entrevista para o Blog Professor Edgar Bom Jardim, que esses debates no interior do estado são importantes para formulação do "Plano de Governo" com a participação da sociedade. Ao ser perguntada sobre qual a diferença entre seu nome e dos demais pré-candidatos ao Governo de Pernambuco, disse que não queria falar de outras candidaturas, não quer fazer comparações entre seu nome com outros nomes de pessoas  envolvidos na disputa. Insistimos ao citar o nome do governador atual que lidera pesquisas recentes de intenção de votos. Marília disse que não quer fazer comparações com Paulo Câmara. A petista afirmou que o maior problema de Pernambuco é a falta de segurança, o sucateamento da Polícia Civil e Militar.  Por último, afirmou que não há possibilidades de aliança com Paulo Câmara para 2018. 

Vital Cordeiro (PT Bom Jardim), avaliou como positivo o encontro que contou com a presença de Carlos Veras da CUT, do prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, deputada Tersa Leitão, do Vereador Ninha de Tuquinha, Tato Mendes, Marciel Santos e outras lideranças de Bom Jardim, Orobó, João Alfredo e Surubim.
Por
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Sarau EREM Mota Silveira é Destaque Cultural de Bom Jardim

XX Sarau da EREM Dr. Mota Silveira.
Tudo muito bem feito, lindo, participativo, com conteúdo significativo. Todos essas qualidades resumem a realização do XX Sarau da EREM Dr. Mota Silveira em 2017. Estudantes, professores e gestão mergulharam no início da história do Brasil até atualidade para falar da realidade social, cultural, econômica e política do país.
Muitas lições que devem ser encaradas com muita responsabilidades por jovens e toda comunidade bonjardinense. Despertar para a realidade, por mudanças imediatas. Brasil: Um pavilhão de alegrias coberto por lonas de esperança. Evento grandioso.
Professor Edgar Bom Jardim - PE
01/12/17 

URGENTE! Mulher perdida em Umbuzeiro pode ser de Bom Jardim

Mulher perdida em Umbuzeiro pode ser da comunidade de Bela Vista de Bom Jardim - PE. A divulgação foi feita pelo blog Natalcasinhas. Gustavo Braz comentou postagem feita por Gilsamary no Facebook:" Ela é de bom Jardim, da comunidade de várzea alegre. A responsável por Ela se chama Maria, que é liderança comunitária"..
Esta senhora está na cidade de Umbuzeiro -PB: sem Documentos não sabe dizer seu  nome nem endereço, então foi pedido para publicar sua imagem para tentar  localizar sua família. 

Fonte: natalcasinhas.blogspot
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Brasil: em 2017, 15 ministérios praticamente só tiveram dinheiro para pagar salários


O presidente Michel Temer durante reunião
Image captionNova reforma ministerial de Temer parece estar a caminho

Nas últimas semanas, a base aliada do governo Michel Temer deu início a uma disputa ferrenha pela titularidade dos ministérios - até o posto de chefe da Fazenda, a cargo de Henrique Meirelles (PSD), tem sido cobiçado. Ser ministro de uma pasta relevante significa ter nas mãos a "caneta" para contratar obras, criar serviços públicos em suas bases eleitorais e beneficiar aliados. O sonho de todo político que tentará a reeleição.
Mas um levantamento feito pela BBC Brasil mostra que essas expectativas podem não se cumprir. Com a crise econômica e a queda na arrecadação, 15 ministérios (das 19 pastas consideradas) tiveram menos de 2% de seus orçamentos revertidos para investimentos (como obras, compra de equipamentos etc.) em 2017.
Na média, os principais ministérios brasileiros usaram 44% do dinheiro de que dispõem com o pagamento de salários. Se fossem incluídos os trabalhadores terceirizados de cada pasta, o valor seria ainda maior. Nos três anos anteriores, de 2014 a 2016, a média ficou em 34%.
As pastas da Defesa e do Meio Ambiente estão entre as que mais gastaram, proporcionalmente, com funcionários. Na última, de R$ 1,9 bilhão gastos, R$ 1,3 bilhão (70%) foi destinado a pessoal. Nesse cenário, o investimento ficou restrito a 0,4% dos recursos.
Questionado, o ministério reconhece as dificuldades orçamentárias e diz que sofreu um forte contingenciamento no começo do ano, com 43% de seus valores bloqueados. O congelamento atualmente está reduzido a 12,4% do orçamento, o que, de acordo com a pasta, demonstra "a importância da temática ambiental para o governo".

Vista aérea da Esplanada dos Ministérios
Image captionEsplanada dos Ministérios: poucas pastas têm dinheiro para investimentos | Geraldo Magela/Ag. Senado

O Ministério da Defesa repassou R$ 56,2 bilhões (85,4%) dos R$ 65 bilhões já empregados pela pasta a funcionários. E só R$ 2,7 bilhões foram destinados a investimentos, segundo o critério do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), usado pela BBC Brasil nesta reportagem. Ainda assim, é um dos melhores desempenhos percentuais da Esplanada (com 4,1% do orçamento investidos).
A Defesa confirmou os dados da reportagem, mas disse que já tem R$ 6,6 bilhões empenhados (isto é, contratados) para serem pagos em investimentos. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, ele "aguarda liberações de limites financeiros até o fim do mês (de novembro)".
A maior parte do gasto com pessoal é obrigatória, e não pode ser alterada ao sabor da vontade do ministro que chefia cada pasta. A queda dos investimentos já vem acontecendo desde 2015, ainda no governo Dilma Rousseff (PT), após atingir um pico em 2014.

Ministérios que mais gastaram com pessoal

Além disso, os ministérios brasileiros não gastam só com investimentos e pessoal. Também precisam arcar com despesas correntes (aluguéis, taxas, contratação de serviços etc.). É por isso que a soma dos investimentos e dos gastos com pessoal não chega a 100%.
"Sempre que a receita vem abaixo da prevista no Orçamento, o governo é obrigado a contingenciar despesa", diz um trecho da resposta enviada pelo Ministério do Planejamento à BBC Brasil.
"Como, hoje, mais de 90% do orçamento federal corresponde a despesas obrigatórias ou não contingenciáveis, resta ao governo a obrigação de contingenciar os outros menos de 10% que corresponde a despesas de custeio e a despesas discricionárias", informa, reconhecendo o ínfimo valor reservado para investimentos públicos.

Onde há investimento

A situação é melhor em ministérios como os de Transportes, Cidades e Integração Nacional. São pastas que têm entre suas atribuições realizar obras de infraestrutura, o que puxa os percentuais de investimento para cima e as torna especialmente atrativas para os políticos.
O Ministério das Cidades, por exemplo, deixou as mãos do PSDB - que está de saída da base do governo - e passou ao comando do PP, com o deputado Alexandre Baldy (GO). O novo ministro é próximo ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e seu partido é dos principais do chamado Centrão - a base do governo Temer.

Ministérios que mais investiram
Ministérios que menos investiram

O alto índice de investimento é que faz com que Cidades, por exemplo, esteja no foco da disputa política - a pasta é considerada parte do "filé mignon" do governo. É por isso que, embora o ministério tenha ficado sob comando de Alexandre Baldy, a bancada do PMDB na Câmara agora pressione o Palácio do Planalto para indicar os principais cargos de segundo escalão.
Só este ano, pasta já investiu R$ 855 milhões, valor maior que os orçamentos de vários ministérios. Outras gastaram ainda mais: no Ministério dos Transportes, os investimentos somam R$ 3,4 bilhões, e na Saúde, são R$ 666 milhões.

Tabela de ministérios que menos investiram
Image captionMinistérios em que os investimentos não chegaram a 2% do total gasto

Em outros ministérios, o nível de investimentos é baixo porque eles gastam grande parte de seus recursos com transferências para os Estados e prefeituras ou pagamentos de benefícios sociais.
É o caso da Integração Nacional, por exemplo, que repassou R$ 8,2 bilhões em financiamentos para prefeituras, e do Ministério do Desenvolvimento Social, que pagou R$ 70,5 bilhões em benefícios este ano. O pagamento de benefícios também pesou no Ministério do Trabalho.

Quando o corte dá prejuízo

Mas como a queda nos investimentos afeta as pessoas comuns? Os moradores de Cachoeiro do Itapemirim (ES) têm um exemplo na porta de casa.
Em 2007, a prefeitura conseguiu um repasse do governo federal de cerca de R$ 2 milhões para a construção de uma Vila Olímpica, com duas quadras poliesportivas, campo de futebol de areia e uma quadra de futevôlei. Mas, em maio deste ano, só metade do projeto estava pronto, de acordo com um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo o órgão federal e a prefeitura, os atrasos que ocorreram após 2015 se devem à lentidão nos repasses de Brasília, justamente quando se intensificou a queda nos investimentos federais. Ao visitar o local, os técnicos da CGU também anotaram que as obras começaram a sofrer com vandalismo e "destruição e roubo das instalações".
Na prática, se for concluída, a obra custará mais do que o previsto, dada a necessidade de corrigir as destruições de instalações iniciadas, mas não concluídas. Além disso, o investimento feito até agora está ocioso, o que representa uma perda de oportunidade para o país - o dinheiro poderia ter ido para outra finalidade.

Reprodução de fotos do relatório da CGU
Image captionImagens de relatório da CGU sobre a vila olímpica da cidade de Cachoeiro (ES), publicado esta semana

O atraso nas obras da vila olímpica de Cachoeiro representa uma opção a menos de lazer para os moradores da cidade natal do escritor Rubem Braga e do cantor Roberto Carlos. Mas o problema é ainda mais dramático quando se trata de investimentos em áreas que interferem na capacidade do país de competir no exterior por recursos e mercado para os nossos produtos.
É o que explica o economista especializado em Administração Pública e professor da Universidade de Brasília (UnB) José Matias-Pereira.
"Como no Brasil o nível de investimento tem ficado abaixo do que se observa em outras economias de perfil parecido com o nosso, vamos perdendo competitividade. Se a produtividade (das empresas) e dos trabalhadores não cresce, isso acaba por minar a capacidade do país de competir", observa.
Áreas como educação, ciência e tecnologia deveriam ser priorizadas em momentos de crise, diz ele. São esses investimentos que poderão criar condições para que o país supere a crise.
No Amazonas, a falta de dinheiro no governo federal paralisou a maior obra educacional do Estado. O que era para ser a nova sede da Universidade Estadual do Amazonas (UEA) é hoje um amontoado de estruturas de concreto e andaimes abandonados, já mostrando sinais de degradação. A primeira etapa da construção, com a reitoria, a biblioteca e o refeitório, deveria ter ficado pronta em 2015, mas a obra foi interrompida por falta de recursos.

Obra inacabadas em Manaus
Image captionObras da Cidade Universitária, na zona metropolitana de Manaus | Foto: Assembleia Legislativa do Amazonas

Essa primeira fase estava orçada em R$ 81 milhões, e até agora apenas 20% das obras foram concluídas. O governo do Estado também já terminou um trecho da rodovia que liga a cidade universitária ao centro de Manaus, mas o trecho permanece vazio durante todo o dia.
Segundo o governador José Melo (Pros), o Estado, responsável por tocar a obra, só terá folga de caixa para concluir a empreitada depois de vender uma parte das ações da companhia estadual de gás, a Cigás.
A BBC Brasil publicou dias atrás reportagem sobre um estudo da Instituição Fiscal Independente (IFI), ligada ao Senado, mostrando que em 2017 o nível de investimento dos governos estaduais voltou aos patamar da década de 1990. E o mesmo deve acontecer com a União, de acordo com um dos autores da pesquisa, o economista Rodrigo Orair.
Segundo Orair, que estuda o tema desde 2009 no Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o percentual reservado pelo governo para os investimentos atingiu um pico nos anos 1970, durante o regime militar, e declinou desde aquela época.
O pesquisador diz ainda que o investimento começou a se recuperar a partir de 2004. A boa fase durou até 2015, quando a crise econômica se intensificou.

Serie histórica dos investimentos

André Shalders - @shaldim

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Senador da REDE quer o fim do auxílio moradia nos Três Poderes


O senador Randolfe Rodrigues (REDE-AP) apresentou nesta terça-feira (28) uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para extinguir o pagamento de auxílio-moradia a membros de todos os Poderes. Com isso, o senador pretende rever o que considera uma forma de burlar o teto remuneratório e uma distorção de precisa ser corrigida formalmente.
“O auxílio-moradia é uma vantagem que nada mais é, nos dias atuais, do que uma espécie de fraude e de ampliação irregular dos gastos públicos, bem como um aumento de privilégios daqueles agentes públicos que já têm remuneração muito acima da dos brasileiros comuns”, disse o senador.
Agora, Randolfe precisa do apoio popular para que a iniciativa não caia no “limbo legislativo” e consiga tramitar no Congresso Nacional. “Essa legislatura precisa dar respostas às demandas da sociedade” continua.
Segundo o parlamentar, o benefício pago de R$ 4 mil a R$ 4,5 mil individualmente para os membros dos três Poderes, Ministério Público, além de parlamentares, ministros de Estado e secretários estaduais e municipais, custa aos cofres públicos mais de R$ 1 bilhão anuais.
O caminho formal a seguir passa pela análise prévia da Comissão de Constituição e Justiça e plenário do Senado – onde precisa do apoio de ao menos 49 membros da Casa, em dois turnos de votação – e depois pela CCJ, por uma comissão especial e pelo plenário da Câmara, também em duas rodadas deliberativas. E a PEC só é promulgada se o conteúdo aprovado por deputados e senadores for idêntico.
Com informações de redesustentabilidade.org.br 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Limoeiro sedia seminário sobre comunicação e novas tecnologias


O município de Limoeiro, no Agreste, sediará neste sábado (2), o II Seminário da Associação da Imprensa de Pernambuco (AIP). O encontro vai debater sobre a comunicação contemporânea e os desafios das novas tecnologias. A partir das 8h, profissionais da área de comunicação estarão reunidos no auditório da Faculdade de Ciências Aplicadas de Limoeiro (FACAL), na Avenida Jerônimo Heráclio, no Centro. O jornalista Ramos Silva, que integra a diretoria da AIP, informou que o seminário será aberto a jornalistas, blogueiros, empresários, estudantes e outros segmentos da sociedade. O diretor do Jornal A Voz do Planalto também falou que a expectativa é receber comunicadores da Mata Norte, do Agreste Setentrional e da Região Metropolitana do Recife. 

A manhã será marcada por palestras, e entre os convidados estão confirmados Ciro Bezerra (foto), do Sistema Jornal do Commercio de Comunicação, apresentador do programa A Voz do Povo (Rádio Jornal) e O Povo na TV (TV Jornal),  Aderval Barros, apresentador do programa Jogo Aberto PE da TV Tribuna e do programa esportivo Zona Mista da Rádio Globo, Juliana Sampaio, produtora executiva da TV Jornal, jornalista, radialista e com especialização em Jornalismo e Crítica Cultural pela Universidade Católica. Os interessados em participar poderão fazer a inscrição gratuitamente na recepção do evento. 
Blog do Agreste
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Arte:filme sobre a história da Revolução Pernambucana de 1817


A cineasta Tizuka Yamasaki lança o seu novo filme, “1817 - A revolução esquecida”, neste domingo (3), a partir das 19h, em evento no Cine São Luiz. Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quinta-feira (30), na Fundação Joaquim Nabuco, a diretora contou alguns detalhes sobre o documentário produzido para a TV Escola, em parceria com o Ministério da Educação.


“Queríamos colocar no filme a grandiosidade que a revolução teve. Fizemos tudo com o mesmo cuidado que temos quando se trata de um trabalho para o cinema mesmo”, afirma Tizuka. Após a pré-estreia no Recife, a produção chega à telinha no dia 15 de dezembro. 

Com duração de 50 minutos, o documentário é inspirado no livro “A noiva da revolução”, de Paulo Santos de Oliveira. Para retratar o movimento emancipacionista pernambucano, o filme alterna entrevistas com especialistas e encenações. 

Realizadas em julho, as filmagens tiveram como locações lugares como o Forte das Cinco Pontas, Pátio de São Pedro, Ponte Maurício de Nassau e Terreiro de Pai Adão.

O elenco conta com os atores Bruno Ferrari e Klara Castanho nos papéis de protagonistas, além da chef de cozinha Carmem Virginia, e dos atores Arthur Canavarro, Carlos Ferrera, entre outros. Entre os entrevistados, estão o historiador Leonardo Dantas Silva e o arquiteto José Luiz da Mota Menezes. 
Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Cultura no festival REC'n'Play

REC'n'Play é um festival de experiências digitais que, de amanhã até 3 de dezembro, ocupa o Bairro do Recife com mais de 200 atividades gratuitas de estimulo à inovação e ao empreendedorismo. Idealizada pelo Porto Digital, a proposta do evento interliga conhecimentos de diversas áreas, incluindo música, design, fotografia e cinema. Além de debates, oficinas e workshops, o projeto leva ao público exibições de filmes e shows de artistas locais.

No que diz respeito à programação musical, o ponto alto é a série de apresentações realizadas em um palco montado na Rua do Observatório. "A curadoria é do produtor Paulo André Moraes, que coordena o Abril Pro Rock. Ele sugeriu não só as atrações, mas também as ações que colocam a música como um segmento de economia criativa", explica Leonardo Medeiros, gestor de programação e comunicação do festival. Os shows serão realizados nos dias 1º, 2 e 3 de dezembro.

A primeira noite, que tem início às 20h, é comandada pelos cantores Tagore, Aninha Martins e Graxa, o grupo de rap feminino Arrete e a banda RØKR, uma das vencedoras do Let's Play, concurso de bandas promovido pelo evento.

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REC'n'Play terá Tagore, Flaira Ferro, Radiola Serra Alta e competição de LoL
20º Encontro de Sanfoneiros do Recife começa nesta sexta-feira 
No sábado, é a vez do duo Radiola Serra Alta e, nos intervalos do campeonato Porto Digital League of Legends (PDLOL), a banda Ogro Nerd toca clássicos das trilhas sonoras de games e animes. Os músicos voltam ao palco, no domingo, para gravar seu primeiro DVD. Na mesma noite, se apresentam Estesia, Kalouv, Flaira Ferro, Sofia Freire, Pachka e 70 mg, segunda vencedora do Let's Play.
Radiola Serra Alta
Radiola Serra Alta - Crédito: Leonardo Salazar/Divulgação
O tema música será abordado em vários outros momentos. Um exemplo é o bate-papo organizado pelo Sebrae, no domingo, a partir das 15h, sobre o mercado e a utilização da tecnologia e de artefatos digitais para melhorar a performance no palco. Os participantes são Leo Salazar, Paulo André Moraes, André Lira, Estesia, DJ Dolores e Barro. Na quinta-feira, Fabiana Lian e Juliana Magri, da produtora On Stage Lab, comandam um workshop sobre o panorama de shows no Brasil, às 10h, no Centro Cultural Correios.

Em parceria com o Animage - Festival Internacional de Animação de Pernambuco, o evento terá uma sessão de curtas-metragens, no Auditório do Apolo 235, no sábado, às 19h. No mesmo local, a cineasta Katia Mesel exibe o filme "O rochedo e a estrela", em roda de conversa, no domingo, às 14h. A fotografia também tem espaço na programação, como na oficina ministrada por Chico Barros, amanhã, às 9h, no Design Center 235. As inscrições devem ser feitas no site oficial do evento.

Serviço:
Festival REC'n'Play
Desta quinta-feira (30) a domingo (3)
Bairro do Recife (com shows na Rua do Observatório)
Gratuito
Informações: www.recnplay.pe
Com informação de Folha de Pernambuco
Professor Edgar Bom Jardim - PE

'Me senti como um nada': grávida que teve pedido de aborto negado pelo STF diz que irá à Justiça de SP

Rebeca Mendes Silva Leite com seus filhos
Image caption'Eu me sinto desamparada', diz Rebeca Mendes Silva Leite, 30 anos, sobre a decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, de negar o pedido dela para interromper a gravidez | Fonte: Arquivo Pessoal
"Eu me sinto desamparada", diz Rebeca Mendes Silva Leite, 30 anos, sobre a decisão da ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal, de negar o pedido dela para interromper a gravidez.
Estudante de Direito e mãe de dois meninos, um de 9 anos e o outro de 6, Rebeca não transparece dúvida ao falar da decisão de não ter mais um filho.
"Estar sozinha numa gravidez, eu já passei por isso. Eu sei muito bem o que me espera. E porque eu sei muito bem o que me espera é que eu falo que eu não quero ter, não quero continuar com essa gestação", disse à BBC Brasil.
Ela descobriu a gravidez, que vai completar sete semanas, no dia 14 de novembro. Na semana passada, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma liminar (decisão provisória) que a autorizasse a abortar.
A ação foi elaborada pelo PSOL e o Instituto Anis- Instituto de Bioética, que argumentam que a criminalização do aborto fere princípios e direitos fundamentais garantidos na Constituição, como dignidade, liberdade e saúde.
Atualmente a lei só permite aborto em caso de estupro e risco de vida para a mãe. Uma decisão do STF também assegurou a possibilidade de interrupção de gravidez quando o feto apresenta anencefalia.
A ministra Rosa Weber não chegou a analisar os argumentos do pedido. Negou a liminar afirmando que a ação utilizada, a Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), não serve como remédio jurídico para situações individuais concretas, mas sim para questões abstratas.
Rebeca Mendes Silva LeiteDireito de imagemAFP
Image caption'Eu sei muito bem o que me espera. E porque eu sei muito bem o que me espera é que eu falo que eu não quero ter, não quero continuar com essa gestação', disse Rebeca | Foto: Empics
Apesar de a ministra ter negado a liminar a Rebeca, a possibilidade de descriminalizar o aborto quando feito até o terceiro mês de gestação ainda será analisada pelo plenário do STF, em data a ser definida.
A Advocacia-Geral da União (AGU) se manifestou no processo defendendo a legislação atual sobre aborto e afirmando que qualquer mudança teria que ser feita pelo Congresso Nacional, com "amplo debate".
"Eu me senti desamparada, porque infelizmente ela (Rosa Weber) nem olhou o mérito da questão. Eu me senti como um nada. Uma brasileira que fez um pedido e esse pedido não foi ouvido. Eu me senti muito desamparada pelo Judiciário", diz Rebeca.
A estudante informou à BBC Brasil que não vai desistir de tentar fazer um aborto com permissão judicial. Pretende entrar com um habeas corpus no Tribunal de Justiça de São Paulo
"Pretendo continuar tentando judicialmente interromper a gravidez. Nós temos um plano B. Vamos entrar com um HC (Habeas Corpus) em São Paulo, porque eu, como cidadã brasileira que sou, mereço ter uma resposta. Tantas outras mulheres brasileiras merecem uma resposta da nossa sociedade."
Rebeca diz que engravidou num período de troca de método contraceptivo. Em setembro, fez uma consulta pelo Sistema Único de Saúde e pediu para passar a usar DIU (dispositivo intra-uterino), mas o exame de ultrassonografia exigido pelo médico só foi agendado para dezembro.

Planos de estudar e desemprego

Rebeca sonha em ser advogada e está no quinto semestre do curso de Direito, pago com bolsa integral do PROUNI (Programa Universidade para Todos).
"Os meus planos antes eram terminar a faculdade e escolher um ramo no Direito que me atraísse mais. Pretendo trabalhar na área que eu escolher e lutar, batalhar para melhorar a vida da minha família. É por isso que eu acordo e levanto todos os dias."
Rebeca Mendes Silva Leite
Image captionRebeca disse que vai entrar com habeas corpus no TJ-SP por autorização para interromper a gravidez
Atualmente, ela recebe um salário de R$ 1.200 de um emprego temporário no IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) que vai até fevereiro de 2018, e paga um aluguel de R$ 600 pela casa onde que mora com as crianças.
Separada do pai dos dois filhos - que também é o pai do bebê que ela está esperando - recebe uma pensão que varia entre R$ 700 e R$ 1.000 por mês. Rebeca diz achar que, se tiver o terceiro filho, terá que deixar a faculdade.
"Eu já passei por duas maternidades onde, mesmo eles tendo pai, o trabalho sempre foi de mãe solteira. Eu sempre tive que arregaçar as mangas, ir lá e fazer", diz.
"Quando meus filhos eram pequenos eu que olhava, eu que sou a mãe. Eu tive que esperar os dois crescerem um pouco mais para eu poder ir para a faculdade. Ninguém passou a mão na minha cabeça. Ou eu tive que me virar sozinha ou eu tive que pagar pessoas para olharem. Então eu sei o me espera, infelizmente, se nada disso mudar."
Rebeca afirma que optou por pedir à Justiça para permitir a interrupção da gravidez, porque não quer correr o risco de morrer num procedimento clandestino ou de ser punida por aborto ilegal. Hoje, a pena para uma mulher que intencionalmente termine a gravidez é de um a três anos de detenção. Há casos em que a denúncia contra elas é feita pelo médico que as atende em serviços de emergência, quando as pacientes buscam ajuda por complicações decorrentes do aborto clandestino. Como estudante de Direito, Rebeca está ciente desses riscos.

A espera

Quando a ação foi protocolada no STF, no dia 23 de novembro, Rebeca teve o nome divulgado e passou a ser alvo tanto de mensagens de apoio quanto de críticas pela decisão de tentar um aborto.
O debate ganhou as redes e dividiu os usuários. Alguns deles cobravam Rebeca por "engravidar por descuido, e jogar para o STF julgar?" e a acusavam de querer "tirar uma vida", "deveria ter e dar para adoção". Outros a defendiam dizendo que "é engraçado esse discurso pró-vida que fala: 'Não quer o filho, tenha ele e entrega pra adoção...' Como se fosse uma coisa super legal e moral abandonar um filho".
Enquanto via o próprio ventre pautar discussões entre desconhecidos, Rebeca teve que lidar com a 'espera' pela decisão judicial.
"A espera foi difícil. Não foi fácil. As pessoas me julgaram muito sem me conhecer. Então, eu tentei me manter afastada desses comentários."
O principal sentimento na decisão de fazer um aborto, segundo ela, é de solidão.
"Quando eu digo sozinha, eu sei que tive pessoas que estavam do meu lado, que me apoiaram. Mas para toda mulher é uma decisão muito sozinha, porque é muito pessoal, é muito íntimo. É complicado para qualquer mulher que esteja nessa situação. Quem já passou por isso entende."
Segundo a Pesquisa Nacional de Aborto 2016, coordenada pelos professores Débora Diniz e Marcelo Medeiros, da Universidade de Brasília, e Alberto Madeiro, da Universidade Estadual do Piauí, uma em cada cinco mulheres com 40 anos já realizou pelo menos um aborto ao longo da vida. Em 2015, aproximadamente 416 mil mulheres interromperam a gestação por vontade própria.
"As pessoas que me conhecem, mesmo não concordando com o aborto, me apoiaram, porque disseram: 'eu sei quem você é, eu sei a mãe que você é, então eu apoio qualquer decisão que você tomar. O corpo é teu, a decisão é sua e só você sabe qual é a sua batalha diária para trabalhar, para ir para a faculdade, para ser mãe'. Então eu vi que ali eu tenho muitos amigos", diz Rebeca.
Ela diz que recebeu mensagens de brasileiros que moram no exterior e ficou "feliz" em saber que em muitos países as regras de aborto são mais flexíveis. Em grande parte da Europa, o aborto até o terceiro mês é permitido e pode ser feitos nos sistemas públicos de saúde.
"Eu vi muita mensagem de brasileiros falando assim: "Eu sou brasileira, eu moro no exterior, e aqui onde eu moro você não ia dar satisfação a ninguém. Você quer interromper a gravidez, você é livre para ir lá e não tem que dar justificativa nenhuma. Eu fiquei muito feliz em saber que, pelo menos em outros lugares do mundo, é diferente", diz Rebeca.
Fonte:BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE