terça-feira, 7 de novembro de 2017

'Fui uma das 11 esposas de um milionário saudita', conta empresária americana

Jill DoddDireito de imagemJILL DODD
Image captionJill Dodd tinha apenas 20 anos quando conheceu o bilionário saudita
Hoje empresária e dona da marca internacional de roupas esportivas Roxy, a ex-modelo americana Jill Dodd viveu nos anos 80 uma estranha experiência quando conheceu um magnata Arábia Saudita em uma das muitas festas para as quais foi convidada quando trabalhava como modelo na Europa.
Ela tinha apenas 20 anos quando sua empresária a chamou para comparecer a uma festa em Montecarlo.
O lugar era a boate Le Pirate, e a festa contava até com uma fogueira de seis metros de altura.
"Tudo era muito selvagem e decadente. Queria dançar e vi um homem sentado a uma mesa que parecia inofensivo. Na verdade, lembrava o pai de uma amiga. Começamos a dançar em volta da fogueira", conta Dodd à BBC.
Enquanto dançavam, a empresária se aproximou e lhe contou que ela estava dançañdo com Adnan Khashoggi.
"Eu não entendi coisa alguma".
Jill Dodd com KhashoggiDireito de imagemJILL DODD
Image captionKhashoggi era 24 mais velho que a americana
Khashoggi era um milionário saudita, comerciante de armas e conhecido por sua participação em um dos mais famosos escândalos dos anos 80 - o Irã-Contras, em que o governo americano vendeu secretamente armas para o Irã e financiou guerrilhas na Nicarágua, ignorando uma proibição do Congresso.
Khashoggi foi um dos principais intermediários nas operações.

Pacto de sangue

"Quando sentamos, ele escreveu "Te amo" em meu braço, com letras grandes e vermelhas", conta Dodd.
"Não me dei conta no começo, mas depois vi que ele tinha usado sangue. Ao final da noite, ele me convidou para tomar café da manhã em seu barco. Eu disse que queria dormir. Ele me mostrou seu barco. Parecia um transatlântico".
Iate de KhashoggiDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNos anos 80, o iate de Khashoggi era o maior do mundo e foi até usado em um filme de James Bond. O iate acabou vendido para ninguém menos que Donald Trump
Jill combinou, então de jantar com o magnata no dia seguinte.
"Adnan parecia querer saber quem eu era e meus interesses. Conversamos por horas, mas ele me contou depois que já sabia tudo sobre mim, porque precisava investigar por razões se segurança".
"Ele me deixou uma boa impressão porque não tentou me beijar. Isso me fez pensar mais nele".
E a relação continuou assim por um bom tempo, sem nada físico.
Jill Dodd em ParisDireito de imagemJILL DODD
Image captionJill Dodd ganhava a vida como modelo em Paris

"Esposa de prazer"

"Uma vez estávamos na Espanha e ele que convidou para um banho de espuma. Tentei beijá-lo, mas ele disse que eu só poderia fazer isso se aceitasse um contrato. E me explicou que homens poderosos na Arábia Saudita podiam ter três esposas legais e onze 'esposas' de prazer".
Certas interpretações do Corão permitem a poligamia para muçulmanos.
"'Ele me ofereceu um contrato de cinco anos e disse que cuidaria de mim. Mandaria um avião me buscar quando quisesse vê-lo e que eu poderia sair com outros homens".
Com um beijo, o contrato verbal foi selado. E, sempre que estava com Khashoggi, Dodd desfrutava de seu estilo de vida: vivia em seus palacetes e de presentes.
"Mas não larguei tudo para viver com ele. Continuava pagando aluguel, morava sozinha e trabalhava.

Armas

A americana só não sabia que o "marido" era comerciante de armas.
"Nem sequer sabia seu sobrenome. Não havia internet, como encontrar essa informação? Ele me interessava e queria passar mais tempo com ele".
"Em uma viagem para a Las Vegas, ele explicou do que se tratava. Disse para ele que armas eram máquinas de guerra, mas ele respondeu dizendo que os países tinham direito de se defender".
Jill DoddDireito de imagemJILL DODD
Image captionDodd hoje é dona da grife esportiva Roxy

As "outras"

"Conhecia as outras esposas em jantares e reuniões. Tratávamo-nos com respeito, mas ficávamos distantes uma das outras. Eu sentia que era especial para ele. Mas uma noite ele me trouxe uma joia que era para outra pessoa. Disse que tinha entrado em meu quarto por engano, mas que eu podia ficar com o presente".
"Fiquei arrasada.

Separação

"Comecei a estudar e não tinha tampo tempo quanto. Dei-me conta de que ele estava procurando outra mulher. Foi horrível: Andan e eu estávamos em seu quarto quando um homem entrou, trazendo uma pasta preta com fotos de modelos".
"Quando questionei o que estava fazendo, os dois começaram a rir".

Fim

Dodd foi embora, mas permaneceu em contato com Khashoggi por vários anos.
"Ele ligou várias vezes pedindo para eu voltar. Teria considerado se alguma vez ele tivesse dito que me amava o que queria estar só comigo", lembra a americana.
Em junho deste ano, Dodd publicou um livro de memórias, A Moeda do Amor. No mesmo dia do lançamento, Khashoggi morreu.
Capa de Direito de imagemJILL DODD
Image captionKhashoggi morreu no mesmo dia em que o livro de memórias foi lançado
"A morte dele foi um choque. Tenho memórias boas dele. Por mais que pareça louco, foi uma das relações mais sãs que já tive com um homem".
"Ele nunca foi agressivo comigo. Tenho 57 anos e estou casada há 20, mas me lembro de tudo como uma bela amizade".
Ainda assim, Dodd não quer que nenhuma de suas duas filhas entre em uma relação deste tipo.
"Ficaria horrorizada", afirma.
BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A jovem porteira de Cuiabá que virou modelo internacional

Roza Figueira
Image captionRoza Figueira foi descoberta por acaso; hoje, viaja o mundo em desfiles e sessões de fotos (Foto: Divulgação)
O emprego na portaria de um prédio em Cuiabá (MT) é uma das lembranças mais recentes da jovem Rosangela Figueira da Silva Santos, de 23 anos. Durante dois anos, a rotina dela era a mesma: saía de casa às 4h, pegava dois ônibus, chegava ao serviço às 6h e só saía dali às 18h. Então voltava para casa, na periferia da capital mato-grossense, onde só conseguia pôr os pés por volta das 20h.
Desde maio, porém, sua rotina mudou. A jovem cuiabana foi descoberta por um olheiro de uma agência de modelos e chamada para participar de um workshop sobre moda. Em junho, deixou o emprego - que lhe pagava um salário mínimo - e começou a viajar o mundo fazendo desfiles e fotos.
Rosangela tornou-se Roza Figueira, cortou o cabelo, deixou a família em Cuiabá e foi atrás do antigo sonho de ser modelo, que tinha deixado de lado após uma série de rejeições em concursos de beleza. Seu primeiro destino foi Nova York, onde ficou por três meses. Depois, seguiu para Milão, então Paris e agora Londres, onde vive atualmente.
Filha mais nova de cinco irmãos, a jovem parou de estudar no primeiro ano do ensino médio, aos 16 anos - deixou a escola para trabalhar e ajudar a mãe, que é faxineira. Vivia com ela e o padrasto em uma casa simples.
Atuou como babá e apontadora de obras antes de conseguir o emprego como porteira. Foi indicada pela irmã, que trabalhava no local havia seis anos.
"Eu estava precisando muito de emprego. Já havia entregado muitos currículos e não havia aparecido nenhuma oportunidade quando me chamaram para ser porteira. Em um mês no emprego, me adaptei e aprendi muita coisa. Foram os melhores anos da minha vida até aqui", conta.
Trabalhava em regime de 12 por 36 horas. "Eu amava o meu serviço, fazia por prazer. Sempre fui muito bem acolhida pelas pessoas."
Mas em uma manhã de maio, enquanto atuava na portaria de um prédio, Roza foi descoberta pelo caça-talentos Jocler Turmina, que estava hospedado em um dos apartamentos do local.
Roza com os antigos colegas de portaria
Image captionRoza com os antigos colegas de portaria: 'Foram os melhores anos da minha vida até aqui'
"Quando a vi na recepção, sugeri que ela participasse de uma palestra sobre moda que eu estava ministrando em Cuiabá. Ela foi. Nesse dia, eu fiz fotos com meu celular, apresentei as imagens dela para os meus sócios, Murylo Lorensoni e Mariana Rotta, e todos a adoraram."
Roza relembra que se surpreendeu com a resposta positiva para ingressar no mundo da moda.
"Eu nunca imaginei que um dia fosse me tornar reconhecida, que as pessoas fossem enxergar em mim coisas que eu não via. Eles viram meu potencial e a minha beleza. Nunca pensei que eu pudesse representar o Brasil e que alguém pudesse me achar bonita, pois nunca me enxerguei assim."

Carreira internacional

Em junho, Roza iniciou a preparação para seguir carreira como modelo. No mês seguinte, embarcou para Nova York, onde fez seus primeiros trabalhos no mundo da moda.
Ela não chegou a atuar no Brasil. Seu sucesso internacional - atualmente é vinculada a agências nos Estados Unidos, Itália, França e Inglaterra - surpreendeu Turmina. "Ela teve uma aceitação muito rápida nos principais mercados, onde concorrência é brutal", afirma o caça-talentos.
Roza já trabalhou com a prestigiada estilista inglesa Vivienne Westwood e fotografou para revistas internacionais como The Squad, Paper Magazine e Interview. Neste mês, tornou-se capa da edição brasileira da revista Happer's Bazaar, cujas fotos foram feitas em Nova York.
Sua vida tem sido movimentada. A jovem passou a viver em constante ponte aérea entre diversos países, onde participa de seleções e é apresentada a clientes do mundo da moda. Nos próximos meses, deve fixar moradia nos Estados Unidos, em um apartamento cedido pela agência, e permanecer viajando pela Europa. "A fase agora é de muita disciplina", diz Turmina.
Roza Figueira na capa da Harper's Bazaar
Image caption'Nunca pensei que eu pudesse representar o Brasil e que alguém pudesse me achar bonita, pois nunca me enxerguei assim'
O idioma foi um dos maiores entraves enfrentados por Roza ao deixar o Brasil. A jovem nunca estudou inglês, e temeu que a falta de conhecimento sobre a língua a prejudicasse.
"Eu tive dificuldades para aprender a lidar com o inglês. Logo que descobri que iria para os Estados Unidos, não tive condições de pagar aulas particulares. Tive que assistir a vídeos na internet, procurei dicionários e comprei alguns livros para aprender mais. Eu me esforcei ao máximo."
Com pouco tempo de carreira, ela diz que ainda não tem dinheiro para ajudar a família em Cuiabá. Mas planeja voltar a estudar, concluir o ensino médio, se formar em psicologia e se consolidar no mercado da moda.
E mantém a disciplina que tinha para sair de casa às 4h da manhã e não chegar atrasada na portaria.
"Prefiro acreditar que a minha rotina atual é a mesma de sempre. Acordo cedo para fazer as fotos ou os desfiles, e não tenho hora para voltar para casa. Para mim, é um trabalho como qualquer outro, mas a diferença é que estou fazendo aquilo que mais amo. Estou vivendo um sonho."
BBC Vinicius Lemos
Professor Edgar Bom Jardim - PE

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Novo vazamento global revela offshores de Henrique Meirelles no Caribe


Ministro Henrique Meirelles concede entrevista
Image captiono ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, filiado ao PSD | foto: José Cruz/Agência Brasil

Pelo menos dois ministros do governo de Michel Temer são mencionados em um grande vazamento de informações do escritório de advocacia Appleby, especializado em empresas offshores. Além de Henrique Meirelles (Fazenda), há também informações sobre uma empresa ligada ao ministro da Agricultura, Blairo Maggi.
O vazamento está sendo chamado de "Paradise Papers", e envolve figuras importantes do governo do presidente norte-americano, Donald Trump.
Antes de se tornar ministro de Temer, Meirelles presidiu o Banco Central brasileiro (de 2003 a 2010), durante o governo do ex-presidente Lula (PT). Na semana passada, Meirelles disse em entrevista à revista Veja que pretendia se candidatar à presidência da República.
Os dados - cerca de 1,4 terabytes de informações - foram encaminhados por uma fonte anônima ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung, de Munique, e compartilhados com jornalistas de todo o mundo organizados pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ, na sigla em inglês). No caso do Brasil, as informações são do site Poder360, do jornalista Fernando Rodrigues.
Cidadãos brasileiros possuem o direito de manter empresas offshores - e as contas bancárias associadas a elas - no exterior. A única exigência da lei é que os recursos sejam devidamente declarados à Receita, para que os impostos sejam pagos. Menções a pessoas e empresas na série "Paradise Papers" não significam necessariamente que tais pessoas estejam envolvidas em irregularidades.
Meirelles enviou à reportagem do Poder360 cópia de sua declaração de Imposto de Renda, provando que a offshore dele está devidamente registrada.
Embora a prática seja legal, empresas offshore podem ser usadas também para cometer crimes, como sonegação de impostos, ocultação de patrimônio (no caso de pessoas que deixam de pagar dívidas) e evasão de divisas. Podem ser usadas também para criar "fundos paralelos" em empresas, possibilitando o pagamento de propinas sem que estas apareçam na contabilidade oficial da companhia. E ainda, para esconder dinheiro de origem ilícita.
Para o Ministério Público Federal, empresas offshores em países como Bahamas, as ilhas Cayman e Bermudas foram usadas pela empreiteira Odebrecht para viabilizar pagamentos a políticos, por exemplo.

"Propósitos de caridade"

Uma das offshores registradas em nome de Meirelles chama-se "The Sabedoria Trust". A documentação da empresa diz que foi estabelecida "a pedido de Henrique de Campos Meirelles, especificamente para propósitos de caridade", segundo um documento mencionado pelo Poder360.
"O objetivo é que, na eventualidade da morte (do ministro) os administradores do trust renunciarão aos seus direitos e apontarão novos beneficiários, cujos nomes estão indicados no testamento datado de 9 de dezembro de 2002", diz o texto.

Reprodução de documento de Meirelles
Image captionO documento de registro da offshore de Meirelles (crédito: Poder360 / ICIJ)

O dispositivo sugere que a offshore de Meirelles foi criada para fins de sucessão - isto é, para facilitar e garantir a transmissão de uma herança após a morte do proprietário. É uma finalidade comum para o uso de offshores. A data de criação da offshore (23 de dezembro de 2009) coincide com a semana anterior à chegada dele ao Banco Central.
Meirelles também aparece nos arquivos vazados da Appleby relacionado a outra offshore, chamada "Boston - Administração e Empreendimentos Ltda". Esta última foi criada em 1990 e encerrada em 2004. Na década de 1990, Meirelles chegou ao posto máximo no Bank of Boston, dos EUA, cargo que ocupou entre 1996 e 1999.
O ministro enviou à reportagem do Poder360 uma cópia de sua declaração de imposto de renda, na qual aparece o Trust Sabedoria. Em nota, o ministro disse ainda que o trust foi criado para que, na eventualidade de sua morte, uma parte de seus bens possa ser doado a entidades beneficentes da área de educação.

Blairo Maggi

O ministro da Agricultura aparece relacionado a uma offshore chamada Ammagi & LD Commodities SA. De acordo com os registros da Appleby, o ministro da Agricultura é diretor da offshore, junto com outros familiares.
A empresa tem o mesmo nome de uma empresa registrada no Brasil, da qual a empresa da família Maggi é sócia. Trata-se de uma joint venture entre os Maggi e o grupo multinacional de origem holandesa Louis Dreyfus Company, especializado na produção e comercialização de matérias primas, principalmente grãos.
A joint venture brasileira é a controladora da offshore em Cayman.

Blairo Maggi discursa em um evento
Image captionO ministro da Agricultura, Blairo Maggi | foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Maggi - que já foi governador de Mato Grosso (de 2003 a 2010), é senador licenciado pelo PP, cargo para o qual foi eleito em 2010. A empresa da família chegou a ser a maior produtora mundial de soja, nos anos 1990 e começo dos 2000. Em 2014, a revista Forbes publicou que Blairo Maggi era o segundo político mais rico do país, com uma fortuna estimada em R$ 960 milhões, pela mesma revista.
Segundo o Poder360, a Louis Dreyfus Company e a empresa dos Maggi firmaram uma parceria em 2009 com o objetivo de atuar no mercado de grãos na Bahia, Maranhão, Piauí e Tocantins. O objetivo seria a exportação.
Ao Poder360, o ministro negou qualquer tipo de irregularidade. Ele diz não ter recebido pagamentos diretos da empresa nas ilhas Cayman, e sim da empresa em solo brasileiro.

Vazamento global

A Appleby é uma das maioreNovo s empresas de criação de offshores do mundo. Conta com dez escritórios espalhados pelo globo, e cerca de 200 advogados para atender aos clientes. O vazamento deste domingo traz dados sobre milhares de pessoas - aparecem nos arquivos 31.180 endereços nos Estados Unidos, 14.434 no Reino Unido e 5.924 na China, por exemplo.
A investigação também encontrou offshores relacionadas a pessoas próximas ao presidente dos Estados Unidos, o republicano Donald Trump. Entre os citados estão o secretário de Comércio, Wilbur Ross.
Ao todo, participaram da reportagem 382 jornalistas de 67 países, atuando em 96 veículos de mídia. A BBC participou das investigações por meio do programa Panorama, do canal de TV britânico BBC One.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Temos um Congresso e um presidente desmoralizados, diz Coelho

Ao participar do "Debate" apresentado por  Geraldo Freire, na Rádio Jornal, na manhã desta segunda (06/11), o deputado federal Daniel Coelho, PSDB/PE, avaliou que temos na atualidade um" Congresso e um Presidente (Temer) desmoralizados",  ao justificar o caos político e a revolta da população brasileira com a política e com os políticos. Avaliou que Paulo Câmara não tem a liderança suficiente para governar o estado., no entanto, disse que Paulo Câmara, acerta na condução responsável dos recursos públicos. O deputado Tadeu Alencar rebateu Daniel Coelho, mostrando dados e avanços na educação e dos investimentos feitos na área de segurança pública. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 5 de novembro de 2017

Aos gritos de 'Fora Temer', Daniel Coelho abandona convenção do PSDB


O deputado federal Daniel Coelho (PSDB) abandonou neste domingo a convenção da Executiva Estadual do PSDB. Ele acusou os caciques tucanos de perseguição por conta de sua posição nacional, contrária à participação do partido no governo Temer. 

Em seu discurso, durante o evento, o parlamentar surpreendeu os caciques tucanos, ao acusar os correligionários de excluir seu nome na formação da chapa única e de perseguição por sua postura anti-Governo Temer. Após as acusações, o legislador pediu a exclusão do seu nome da Executiva estadual e deixou o palanque, aos gritos de "Fora Temer" da militância presente.

"A convenção está ocorrendo e até o momento ainda não foi divulgada a composição da Executiva. Estão me excluindo da chapa e não estão respeitando a minha proporcionalidade, eu que fui o deputado federal mais votado de Pernambuco, com 138 mil votos", afirmou Daniel.

Segundo Daniel Coelho, a perseguição ocorreu por conta de sua posição nacional, contrária à aliança do PSDB com o governo Temer. Quatro integrantes do partido ocupam cargos de ministério na gestão federal. 

"Votei pela abertura de inquérito contra Temer. Dentro do PSDB, foram 23 foram a favor e 20 foi contra. Foi um erro. O PSDB devia ter se colocado ao lado do povo brasileiro. O que ocorre hoje é um veto às minhas posições nacionais, ao voto que dei contra Temer. Me posicionarei sempre no que for a favor da população. Não me peçam para fazer acordo. Lamento até este momento não estar divulgada a chapa, lamento", criticou.

Durante o discurso, Daniel foi interrompido várias vezes aos brados de "Fora, Temer!", por parte da militância. Ao final, Daniel pediu a exclusão de seu nome da Executiva estadual do partido. "Me excluam da executiva estadual. Militarei dentro do partido, continuarei na Executiva nacional, mas não quero participar de um acordo desta maneira como está colocada".
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Tiroteio em igreja no Texas deixa pelo menos 27 mortos

Letreiro da Primeira Igreja Batista em Sutherland
Image captionO letreiro da igreja onde ocorreram os disparos, no Texas (KSAT / Twitter - reprodução)
O ataque ocorreu na Primeira Igreja Batista de Sutherland Springs, no condado de Wilson.
Um policial presente ao local confirmou que há pelo menos 27 pessoas mortas. Muitas outras estão feridas, de acordo com o policial. A mídia local menciona pelo menos 24 feridos.
O braço do FBI na cidade de San Antonio disse ter enviado agentes para atuar no caso, mas não há indicação das motivações do atirador.
Uma emissora de TV local, fiiada à rede ABC, disse que o atirador entrou na igreja por volta de 11h30 (hora local, ou 7h30 no horário de Brasília). Ainda segundo a imprensa local, ele foi morto no tiroteio que se seguiu.
Mapa do Texas mostrando a localização da cidade de Sutherland
Image captionA localização de Sutherland no Texas (BBC News Online)
Fotos e vídeos da cena mostram a área cercada pelas forças de segurança locais. Helicópteros foram empregados para transportar os feridos, segundo a mídia local.
"Nossas orações estão com aqueles que foram atingidos por estes atos de maldade. Agradecemos às forças de segurança por sua resposta", disse o governador do Texas, Greg Abbot.
Com BBC
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Foto da Semana

Cachorro tira soneca no banco da praça em Bom Jardim.
Foto:Edgar Santos.
Professor Edgar Bom Jardim - PE