quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Palestra da solidariedade sobre inclusão vai angariar recursos para o Colégio Sant'Ana

CONVITE

Na Semana Nacional da Pessoa com Deficiência, Bom Jardim vai receber uma palestra muito interessante e construtiva: "Conscientizar para Incluir"!
Além disso, todo o valor arrecadado será doado para a reforma do telhado do Colégio Sant'Ana.
Será próximo sábado, dia 26 de agosto, às 14h, no Centro Cultural Marineide Braz, no centro de Bom Jardim.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Prefeita de João Alfredo faz vistoria na construção da unidade básica de saúde de Brejinhos

 A obra está em fase de acabamento e, em breve, será entregue a população.  Maria Sebastiana firmou parceria com o Fundo Nacional de Saúde para garantir um espaço amplo, moderno e confortável às famílias da comunidade. 
Fonte: Maria Sebastiana.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Governo do Bom Jardim decreta luto oficial

DECRETO Nº 041/2017 de 22 de agosto de 2017.

EMENTA: Decreta LUTO OFICIAL em todo território Municipal, em virtude do falecimento do Senhor Manuel Pessoa Mendes.

O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE BOM JARDIM, Estado de Pernambuco, no uso de suas atribuições legais, conferidas pela Constituição Federal e pela Lei Orgânica do Município;
CONSIDERANDO o falecimento do Senhor Manuel Pessoa Mendes, ocorrido em 22 de agosto de 2017 na capital federal;
CONSIDERANDO que o Senhor Manuel Mendes sempre foi um exemplo de cidadão Bonjardinense, foi também um dos pioneiros da fundação de Brasilia, Escritor, Jornalista, havia completado 91 anos em abril passado.
RESOLVE:
Art. 1 ° – Fica declarado LUTO OFICIAL, por 03 (três) dias, em todo o território Municipal, em virtude do falecimento do Senhor Manuel Pessoa Mendes;
Art. 2° – Este decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário.
Gabinete do Prefeito, 22 de agosto de 2017
João Francisco de Lira
Prefeito do Bom Jardim – PE
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O que essa foto significa?

Exemplo de vida e esperança.

"Deus realiza tudo em seu devido tempo, foram muitos sacrifícios para que eu pudesse realizar esse sonho, noites em claro, muitas lágrimas, cada obstáculo sendo ultrapassado.Essa vitória não conquistei sozinha foram muitos os que me ajudaram, especialmente minha mãe BERNADETE e meus irmãos Marta Moura e Ezequias Moura que em todos os momentos estiveram sempre comigo, mesmo quando eu dizia que não aguentava mais as dificuldades e não seria capaz, mesmo assim eles nunca deixaram de acreditar que eu conseguiria me tornar nutricionista.Sou a primeira na minha família a ter um curso superior isso graças aos sacrifícios que minha mãe e meus irmãos fizeram para que eu realizasse meu sonho obrigada por tudo,amo vocês". *Késia Vastí.
Parabéns!



História do Cotidiano. 
Registro/Divulgação do Face. Professor Edgar Bom Jardim - PE

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Assista ao vivo Jornal da Cultura | 22/08/2017


Acesse; https://professoredgarbomjardim-pe.blogspot.com.br/2017/08/assista-ao-vivo-jornal-da-cultura.html

Professor Edgar Bom Jardim - PE

Trocas de ofensas entre Jean Wyllys e família Bolsonaro dominam Conselho de Ética



Os deputados Jean Wyllys, Eduardo e Jair BolsonaroDireito de imagemCÂMARA DOS DEPUTADOS/AGÊNCIA BRASIL
Image captionCuspes, ofensas e vídeos editados fazem parte dos processos que chegaram ao Conselho de Ética na legislatura atual

Em meio à escalada das acusações de corrupção da operação Lava Jato, que lança suspeitas sobre mais de 50 deputados federais, o Conselho de Ética da Câmara - responsável por avaliar a conduta dos representantes populares - tem passado ao largo das investigações nos últimos três anos.
Na atual legislatura, o órgão foi monopolizado por picuinhas e ofensas que envolvem, principalmente, dois sobrenomes: Bolsonaro e Wyllys. Seis dos 14 processos que tramitaram no Conselho de Ética têm como acusados Jean Wyllys (3), Eduardo Bolsonaro (2) e Jair Bolsonaro (1).
Ao mesmo tempo em que lidera como deputado sobre o qual recaiu o maior número de acusações, Wyllys é citado como alvo de ofensas em três processos - dois em que o acusado era Eduardo Bolsonaro e uma, o Delegado Éder Mauro.

Foco nas ofensas



O Plenário da CâmaraDireito de imagemJOSÉ CRUZ/AGENCIABRASIL
Image captionApenas dois dos 13 processos já deliberados pelo Conselho de Ética da Câmara levaram a algum tipo de punição

Ofensas e agressões entre adversários políticos correspondem à maioria das representações apresentadas no Conselho de Ética: oito entre 14 processos. Duas envolvem a edição de vídeos onde foi constatada a manipulação de falas de Wyllys; outras duas dizem respeito a acusações de corrupção; por fim, mais duas referem-se a supostos discursos de intolerância.
O resultado das deliberações do conselho frequentemente é nulo. Um levantamento feito pela BBC Brasil mostra que, dos 13 processos já deliberados (há um 14º ainda em tramitação), apenas dois levaram a algum tipo de punição aos deputados: a cassação de mandato do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e uma censura escrita direcionada a Jean Wyllys. Os outros foram arquivados.
Para Sérgio Praça, cientista político e professor da FGV CPDOC, destaca-se no levantamento o foco em questões relacionadas à retórica, em detrimento de aspectos éticos "propriamente ditos". "Também, se fosse colocar todo mundo que está na Lava Jato no conselho, ele não conseguiria trabalhar", diz.
Enquanto o foco na retórica evidencia, para Praça, um funcionamento apenas "simbólico" do Conselho de Ética, recai sobre outras instituições - como o Ministério Público e a própria imprensa - a responsabilidade por apurações sobre os esquemas de corrupção. "Ao mesmo tempo, é impensável não ter um Conselho de Ética", aponta.
Criado em 2001, o colegiado surgiu em meio a uma sequência de revelações de esquemas de corrupção. Em seus primeiros anos de trabalho, foi justamente nos casos rumorosos de corrupção, como nos achados da CPI dos Correios ou das investigações do mensalão, que o colegiado se concentrou.
O cientista político Murillo de Aragão lembra que o Conselho de Ética já recomendou punições severas e emblemáticas, como a perda do mandato de Roberto Jefferson e José Dirceu, envolvidos no escândalo do mensalão, e o próprio caso de Cunha.
Aragão explica que o grau de punição imposto pelo conselho varia, mas que um fator é determinante: a pressão externa. "Sem uma atuação permanente da opinião pública e, em especial, da sociedade civil, tais denúncias vão terminar sempre no arquivo. Não há uma cultura de reprimendas a colegas no Congresso Nacional", aponta.


Eduardo Cunha teve mandato cassadoDireito de imagemANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL
Image captionProcesso que levou à perda do mandato de Eduardo Cunha passou pelo Conselho de Ética

'Vagabunda' e 'maconheiro'

Em uma das contendas que tramitou no Conselho de Ética a partir de 2015 e que levou à censura escrita, Wyllys foi julgado por ter cuspido em Jair Bolsonaro durante votação da admissibilidade do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff na Câmara.
Em outros processos, que foram arquivados, Wyllys era acusado de associar a atuação dos deputados Eduardo Bolsonaro, Jair Bolsonaro e Marco Feliciano ao atentado à boate gay Pulse, nos Estados Unidos; e de atentar à "moral" do deputado João Rodrigues.
Já Eduardo Bolsonaro viu arquivadas duas acusações contra si: uma de um vídeo editado que manipulava a fala do deputado do PSOL e outra de um cuspe.
Laerte Bessa (PR) também acumulou duas representações contra si. Foi acusado de ofensas proferidas contra o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.
"Eu tenho falado que o governador de Brasília é um grande maconheiro, um bandido que está acabando com o Distrito Federal. Esse governador, além da incompetência que tem, porque ele não sabe gerir, ele é preguiçoso, é um cara que não trabalha", disse Bessa em plenário.
Em outra ocasião, o deputado chamou a "maioria" dos petistas de ladrões, além de referir-se à ex-presidente Dilma Rousseff como "vagabunda".
Por outro lado, o processo que recaiu sobre Jair Bolsonaro - já arquivado - o acusava de fazer "apologia ao crime de tortura" ao homenagear o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra na votação pela admissibilidade do impeachment de Dilma.
Ustra foi considerado pela Comissão Nacional da Verdade responsável por perpetrar torturas durante a ditadura militar.
Procuradas, as assessorias de Wyllys, Jair e Eduardo Bolsonaro não enviaram posicionamento até a publicação desta reportagem.
Já a equipe de Laerte Bessa ressaltou que as representações foram arquivadas e que "não houve nenhum atentatório ao decoro parlamentar". "O intuito foi de criticar, não de injuriar", escreveu a assessoria de Bessa em nota, acrescentando que o deputado estava no pleno exercício de suas funções.

Acusações de partidos políticos



O deputado Wladmir CostaDireito de imagemNILSON BASTIAN/CÂMARA DOS DEPUTADOS
Image captionWladimir Costa deve enfrentar o segundo processo no Conselho de Ética nesta legislatura

Representações contra deputados podem chegar ao Conselho de Ética por autoria de partidos políticos ou por obra da Mesa Diretora da Casa - que pode atender à provocação de parlamentares, comissões ou cidadãos.
Neste caso, a Corregedoria da Câmara avalia a procedência da acusação - em caso positivo, encaminha para o Conselho de Ética.
Aqueles apresentados por partidos políticos vão direto para o conselho, e é o PT que mais recorreu a esse mecanismo: entre 2015 e 2017, o partido abriu quatro representações. O Partido Comunista Brasileiro (PCB) vem em seguida, com dois processos.
Em caso da deliberação, no conselho, por penalidades graves - como a suspensão ou a perda do mandato -, o processo deve seguir para o plenário da Câmara. Foi o que aconteceu com Cunha, que teve o mandato cassado em 2016. A representação, aberta pelo PSOL e pela Rede, concluiu que ele mentiu em depoimento à CPI da Petrobras, em 2015, ao afirmar que não tinha contas no exterior.
O Conselho de Ética avalia acusações contra deputados com base no Código de Ética e no Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Esses documentos tipificam uma série de condutas "incompatíveis com o decoro parlamentar", como perturbar a ordem das sessões da Casa, praticar ofensas físicas ou morais, usar o cargo para constranger e aliciar funcionários, além de relatar matérias de interesse de eventuais financiadores de campanhas eleitorais.
As acusações contra os parlamentares na Lava Jato poderiam facilmente se enquadrar nessas duas últimas condutas.
Por Mariana Alvim
Professor Edgar Bom Jardim - PE

O lado ruim de ter inúmeras opções de carreiras



EscaladaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionTer sucesso na carreira não é mais sinônimo de atingir o topo, mas como planejar o próximo passo profissional?

Quando terminou a faculdade, há menos de uma década, Nina Cheng não poderia imaginar que estaria agora vendendo capas para iPhone de pele de raposa por valores superiores a US$ 350 (R$ 1,1 mil).
Antes de começar seu próprio negócio, ela já tinha trabalhado em três diferentes setores - bancário, consultoria e moda. Mas, cansada do que chamou de "falta de liberdade", decidiu se lançar em uma nova empreitada para ter maior controle sobre sua carreira.
"Quando comecei a trabalhar (durante a recessão), me considerava agradecida por ter um emprego", diz Cheng, fundadora da Wild and Woolly, uma empresa com sede em Nova York que vende capas para celulares e brincos.
Mas depois, diz ela, "passei a sentir que precisava de uma liberdade completa para explorar outras opções".
Cheng acabou trocando o mundo corporativo pelo empreendedor. Mudar de profissão pode parecer cansativo no início, mas ter tido experiência em diferentes setores permitiu a ela lidar melhor com eventuais frustrações.
Para muitos, o conceito tradicional de carreira está morto. Agora, movimentos laterais são tão importantes para o crescimento profissional quanto salários ou cargos mais altos.
O problema é, a cada dia que passa, parece mais difícil lidar com a imensa quantidade de oportunidades.


Emmanuel Macron e Arnold SchwarzeneggerDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDe halterofilista a estrela de cinema e, finalmente, governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger soube fazer transição de carreira

'Teia ou labirinto'

"Em vez de subir degrau por degrau", a estrutura tradicional das carreiras passou a ser "uma teia ou labirinto", opina Katy Tynan, estrategista-chefe de desenvolvimento de talento na Coreaxix, uma consultoria que presta serviços para multinacionais.
Muitas pessoas veem essa mudança com otimismo porque "a maneira como encaramos a carreira hoje em dia força todo mundo a perseguir uma única posição no topo - e essa é a receita para a frustração", acrescenta ela.
As gerações mais novas de profissionais tendem muito mais a fazer movimentos laterais em suas carreiras, segundo um relatório do banco britânico Barclays publicado em 2016.
Segundo o estudo, 24% dos entrevistados que tinham menos de 34 anos disseram já ter trabalhado em quatro setores diferentes, comparado com 59% dos que tinham mais de 65 anos e a experiência de "apenas" três diferentes setores no currículo.
A pesquisa acrescenta que nesse ritmo os mais jovens vão mudar de cargo sete vezes mais do que seus pais ao longo de suas vidas profissionais.
Para navegar nessa nova estrutura de carreira, as gerações mais novas vão ter que priorizar obter habilidades intangíveis em diferentes tipos de setores, argumenta Tracy Williamson, diretora de marketing do Barclays.
Segundo ela, as empresas focam hoje menos na experiência em um determinado setor e mais na capacidade de o candidato adaptar-se a mudanças no ambiente de trabalho, assim como em se comunicar por diferentes plataformas e em solucionar problemas.
Neste sentido, o novo contexto acaba com o antigo dilema de que, para crescer em determinada empresa, seria preciso esperar seu chefe - ou o chefe do seu chefe - morrer.
Mas ainda que esse novo cenário possa parecer, a princípio, libertador, ter de se reinventar a todo momento requer muito mais energia.


Mulher trabalha no escuroDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionMovimentos laterais, como, por exemplo, sair de uma vaga em vendas para trabalhar como consultor independente, aumentaram na última década

Exaustão

Os movimentos laterais, como por exemplo sair de uma vaga em vendas para trabalhar como consultor independente, aumentaram na última década.
Mas também trouxeram muita confusão, diz Tynan.
Com cada vez mais pessoas trabalhando como autônomos, ter sucesso na carreira não é sinônimo de atingir o topo.
"Pensar em todas essas opções é realmente desgastante", diz Evan Polman, professor-assistente de marketing da Universidade de Wisconsin-Madison (EUA) que estuda a fadiga da decisão.
Além disso, mover-se constantemente pode dificultar a progressão na carreira, uma vez que, segundo a especialista, impede o profissional de ter um pensamento mais abrangente, necessário para crescer profissionalmente.
Mas o que fazer se você se sente sobrecarregado pela necessidade constante tanto de analisar suas opções de carreira quanto de considerar seu próximo passo profissional? Afinal, a resposta já não é mais tão óbvia quanto no passado.
Impor-se limites é um bom começo. Tynan recomenda a seus clientes que não se façam a pergunta "o que eu quero ser?" como forma de progredir na carreira.
Em sua opinião, os profissionais devem deixar de lado a indecisão e, em vez disso, descobrirem quais tipos de habilidades querem aprimorar, além de focarem no tipo de trabalho e problemas que querem solucionar.
"Algumas pessoas ficam se sentindo muito mal porque, na verdade, não fazem qualquer exercício de introspecção", diz ela.
Em vez de analisar possíveis movimentos de carreira toda semana, os profissionais devem optar por rever seus planos a cada ano, ao mesmo tempo em que mantêm um objetivo maior a médio prazo, defende Tonushree Mondal, consultora de recursos humanos na Filadélfia.
Assim, limitar o número de vezes que você pensa em ampliar suas metas pode ajudá-lo a superar essa sensação constante de que "as opções são infinitas", acrescenta.
Segundo ela, criar um plano de carreira de longo prazo ajuda a cumprir objetivos menores.
Cheng diz que mudou de ideia sobre suas possibilidades profissionais ao ter experimentado diferentes empregos e ao fazer contatos profissionais frequentes com pessoas que trabalham em setores variados.
Antes de criar seu próprio negócio, ela passou dois anos como gestora de projetos nos setores farmacêuticos e de varejo, além de estabelecer contatos na indústria da moda.
A agora empresária chegou, inclusive, a fazer um estágio não remunerado em uma revista de moda.
"Fui bastante aguerrida para tentar absorver o conhecimento de outras pessoas", lembra ela.


Mulher confusaDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionSegundo a consultora Tonushree Mondal, criar um plano de carreira de longo prazo ajuda a cumprir objetivos menores

Evite a paralisia

Identificar marcas claras de sucesso na medida em que você restringe suas opções de carreira também pode ajudá-lo a administrar a pressão e o cansaço de planejar os próximos passos, diz Polman.
Por exemplo, comemorar uma nova habilidade aprendida ou mudar de banda salarial seriam formas de fazê-lo se sentir como se estivesse progredindo sem a necessidade de uma promoção tradicional.
"Você precisa ter uma sensação de progresso para que você possa se sentir mais seguro para escolher alguma coisa", conclui.

Professor Edgar Bom Jardim - PE

'Já atingiram meu olho, mas não vão me calar': professora agredida por aluno denuncia mensagens de ódio



Professora mostra resultado de agressão em sala de aulaDireito de imagemREPRODUÇÃO/ FACEBOOK
Image captionMarcia Friggi conta ter sido agredida por aluno de 15 anos

O sangue que escorria de uma abertura do supercílio manchava o rosto de Marcia Friggi, de 51 anos. Do olho esquerdo brotavam lágrimas já que o direito, atingido por um soco, estava tão inchado que a professora de língua portuguesa e literatura de Indaial, em Santa Catarina, mal conseguia abri-lo. Era o primeiro dia de aula de Friggi para aquela turma. E também o primeiro dia do aluno agressor ali.
Os ferimentos físicos, causados por um aluno de 15 anos e documentados em foto, impressionam. Mas as agressões à professora não se encerraram aí. A exposição do caso nas redes sociais de Friggi desencadeou uma nova onda de ataques contra ela, conforme relatou a professora à BBC Brasil:
"Estou estarrecida. Certas pessoas estão escrevendo que eu merecia isso, por meu posicionamento político de esquerda, de feminista. Já atingiram o meu olho, mas não vão me calar. Na sala de aula é uma coisa, mas nas redes sociais tenho todo o direito de me expressar", afirmou a professora, que se desdobra em dois empregos, nas redes municipal e estadual, para sustentar a família.
Com a voz embargada, Friggi definiu sua condição:
"Exerço uma das profissões mais dignas do mundo, com um salário miserável".
A escola onde Friggi foi agredida, na qual leciona há quatro anos, dedica-se ao ensino de jovens e adultos.
"Somos agredidos verbalmente de forma cotidiana. Fomos [os professores] relegados ao abandono de muitos governos e da sociedade. Somos reféns de alunos e de famílias que há muito não conseguem educar. Esta é a geração de cristal: de quem não se pode cobrar nada, que não tem noção de nada", lamenta.

Socos na escola

Conforme relatou em uma postagem no Facebook, já compartilhada mais de 321 mil vezes, Friggi foi agredida por um estudante durante a aula.
Ao pedir que o aluno colocasse um livro que estava entre as pernas sobre a mesa, a professora conta que foi xingada. Depois, o aluno jogou o livro em sua direção.
Ao encaminhar o jovem para a direção escolar, Friggi acabou alvo de socos e agressões.
"Ele, um menino forte de 15 anos, começou a me agredir. Foi muito rápido, não tive tempo ou possibilidade de defesa. O último soco me jogou na parede", escreveu a professora.
À BBC Brasil, a delegacia da Polícia Civil de Indaial confirmou ter registrado a ocorrência ainda na manhã da última segunda-feira. Por ser menor de idade, o adolescente teve a atitude anotada em um ato infracional por lesão corporal e deve ser levado a depor ainda esta semana.
Em 2016, o mesmo jovem já havia sido denunciado por lesão corporal contra a própria mãe e, em 2017, por ameaça contra um Conselheiro Tutelar, que acompanha o desenvolvimento do rapaz. Na ocasião, o jovem havia afirmado que daria um soco no rosto do profissional, tal como acabou fazendo com Friggi.
O adolescente continua regularmente matriculado na escola. A Prefeitura de Indaial informou que a Secretaria Municipal de Educação e o Juizado de Infância e Adolescência vão avaliar como proceder.

Ataques nas redes sociais

Junto com manifestações de solidariedade, a professora foi alvo de uma enxurrada de mensagens de ódio de pessoas que a culparam pelo incidente. Os internautas acusaram-na de ter feito comentários elogiosos à uma ovada desferida contra o deputado federal Jair Bolsonaro.
Nos comentários, ela leu que "apanhou pouco" e que "se a senhora e vários outros professores se preocupassem em ensinar ao invés de imbecilizar os alunos, cenas como essa não existiriam nas escolas. Você é cupada por incentivar o desrespeito, a falta de educação, o vitimismo e o coitadismo".
Em resposta, a professora fechou suas páginas nas redes sociais para comentários. Antes disso, no entanto, afirmou em uma mensagem: "dilacerada ainda, mas em paz".


Gotas de sangue no chão da escolaDireito de imagemREPRODUÇÃO/ FACEBOOK
Image caption"Somos reféns de alunos e de famílias que há muito não conseguem educar", diz professora

Experiência cotidiana

A situação vivida por Friggi nesta segunda-feira é, segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), uma experiência vivida por muitos professores brasileiros. Uma pesquisa de 2014, feita em 34 países, revelou que 12,5% dos educadores brasileiros disseram sofrer agressões verbais ou intimidações de alunos ao menos uma vez por semana. A média entre todos os países foi de 3,4%.
"Estou dilacerada por ter sido agredida fisicamente. Estou dilacerada por saber que não sou a única, talvez não seja a última. Estou dilacerada por já ter sofrido agressão verbal, por ver meus colegas sofrerem", desabafou Friggi.
Além da falta de segurança para exercer a profissão, professores brasileiros são comprovadamente mal-remunerados. Outro levantamento da OCDE, de 2016, mostrou que os docentes dos ensinos fundamental e médio do país recebem menos da metade do que a média dos profissionais da educação dos 35 países membros da organização.
Por Amanda Rossi e Mariana Alvim
Professor Edgar Bom Jardim - PE