segunda-feira, 21 de agosto de 2017

ANTÔNIO MORAES, ALVARO PORTO, BOTAFOGO, CLAUDIANO MARTINS FILHO, CLODOALDO MAGALHÃES, JOÃO EUDES, JOAQUIM LIRA, JULIO CAVALCANTI, MARCANTONIO DOURADO, ROMARIO DIAS, TAMBÉM SE UTILIZARAM DE EMPRESAS CONSIDERADAS FANTASMAS PELO TCE PARA JUSTIFICAR GASTOS COM VERBA INDENIZATÓRIA DA ALEPE



Ex-juiz de Direito, deputado Guilherme Uchoa,
do PDT, preside a ALEPE há quase 12 anos com o
apoio do PSB. É considerado muito influente
junto a algumas figuras do Judiciário
Por Noelia Brito.
Ao apreciar a denúncia do advogado Antônio Campos contra o Professor Lupércio, o TCE findou por abrir uma verdadeira "Caixa de Pandora" (Leia a decisão AQUI) que vinha sendo utilizada pelos deputados estaduais de Pernambuco, para justificar gastos da verba indenizatória utilizando-se, para tanto, de empresas que a equipe técnica considerou como inexistentes de fato, ou seja, em linguagem popular, "empresas fantasmas". Algumas dessas empresas teriam sido utilizadas por 13 deputados, outras, por 14 deputados.

Em nota distribuída à imprensa, entretanto, o Professor Lupércio afirma que pelo menos 22 deputados estaduais teriam se utilizados dessas empresas para justificar gastos da verba indenizatória e o que é mais grave nas declarações do ex-deputado, hoje prefeito de Olinda, para justificar suas atitudes é que a indicação das empresas teria partido do próprio presidente da ALEPE, o deputado estadual Guilherme Uchoa, à frente da Casa há quase doze anos.





Levantamentos feitos por nosso Blog no Portal da Transparência da ALEPE não encontra 22 nomes de deputados utilizando os serviços das empresas flagradas nessa primeira investigação realizada pelo TCE. Encontramos um total de apenas 17 nomes, o que nos leva a crer que ex-deputados também podem ter se utilizado dos serviços dessas empresas fantasmas ou que outras empresas na mesma situação estejam sendo utilizadas para justificar gastos inexistentes ou emitindo notas por serviços não prestados ou material não fornecido, para utilizar os mesmos termos  de que os técnicos do TCE lançaram mãos para definir o que ocorreu nas situações flagradas com as empresas e os parlamentares mencionados. Eis os deputados:

ALVARO PORTO (PSD)
ANTONIO MORAES (PSDB)
CLAUDIANO MARTINS FILHO (PP)
CLEITON COLLINS (PP)
CLODOALDO MAGALHÃES (PSB)
FRANCISMAR PONTES (PSB)
GUILHERME UCHOA (PDT)
JOÃO EUDES (PDT)
JOAQUIM LIRA (PSD)
JOEL DA HARPA (PODEMOS)
JOSÉ HUMBERTO CAVALCANTI (PTB)
JÚLIO CAVALCANTI (PTB)
MANOEL BOTAFOGO (PDT)
MARCANTÔNIO DOURADO (PSB)
ODACY AMORIM (PT)
ROMÁRIO DIAS (PSD)
VINICIUS LABANCA (PSB)


Além das empresas já citadas em postagens anteriores, quais sejam a S & Silva entregas Rápidas e a Shirleidy Osny Dantas Papelaria - ME, o TCE também reconheceu como "fantasma" a empresa individual Alexsandra Carneiro Farias dos Santos. Levantamos que os seguintes deputados estaduais também se utilizaram dessas empresas "fantasmas" para justificar gastos da chamada verba indenizatória: Clodoaldo Magalhães, Álvaro Porto, Antônio Moraes, Botafogo, João Eudes, Joaquim Lira, Júlio Cavalcanti, Marcantônio Dourado, Romário Dias e Claudiano Martins Filho. Confiram:



















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Circo para todos em Bom Jardim: Projeto Hoje é Dia de Circo


Nos dias 22, 23 e 24 de agosto, às 15, na Quadra Dr. Osvaldo Lima, o Projeto Hoje é Dia de Circo chega ao nosso município!
Circo Mágico Alakazam, através do Funcultura, Fundarpe, Governo de Pernambuco e Prefeitura do Bom Jardim estarão promovendo três dias de atividades circenses em nossa cidade e o melhor tudo grátis!
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Jornal da Cultura ao Vivo| 21/08/2017 .Aqui em Leia Mais.




Professor Edgar Bom Jardim - PE

PM prende quadrilha que roubou carro forte


Após três dias de operação, a Polícia Militar desarticulou a quadrilha que explodiu um carro-forte em Santa Cruz da Baixa Verde, no Sertão pernambucano, na última sexta-feira (18). A ação contou com equipes do 14° Batalhão e do Batalhão Especializado de Policiamento do Interior (Bepi), que chegaram a dormir e fazer as refeições dentro da caatinga durante as buscas. Houve pelo menos três confrontos entre policias e criminosos, que resultaram na morte de dois suspeitos e na prisão de sete pessoas, além da recuperação do valor roubado, pouco mais de R$ 219 mil - exatos R$ 219.280.

Segundo o tenente-coronel do 14° Batalhão, Girley Figueiredo, a quadrilha estava em duas caminhonetes e disparou com fuzis contra o carro-forte, que passava na PE-365, em direção à cidade de Serra Talhada. Após a fuga dos vigilantes, os homens usaram quatro dinamites para ter acesso à parte interna do veículo e levaram o dinheiro (assista ao vídeo abaixo). 

Logo após a explosão, os assaltantes foram abordados num bloqueio montado pelo Grupo de Apoio Tático Itinerante (Gati) e pela Ronda Ostensiva Com Apoio de Motocicletas (Rocam), a cerca de 300 metros do local da ação, e houve troca de tiros. Um dos assaltantes foi atingido e morreu no local. O morador de Santa Cruz da Baixa Verde Luis Carlos Pereira Lima, tomado como refém durante o crime, também foi atingido e morreu em um hospital de Serra Talhada.

Neste primeiro confronto, alguns criminosos fugiram pela caatinga, deixando para trás duas espingardas calibre 12, um fuzil Ruger mini, um fuzil 722, um revólver calibre 38, um colete a prova de balas e grande quantidade de munições. Foi neste momento que chegaram agentes do Bepi. “Quando o Bepi chegou, adentrou na caatinga e, usando as técnicas de rastreamento, conseguiu localizar um dos bandidos. Esse veio a confrontar com o efetivo e foi alvejado. Ele chegou a ser socorrido, mas veio a óbito”, explicou o tenente-coronel do Bepi, Jamerson Pereira.



Segundo o tenente-coronel, a polícia encontrou no celular do suspeito que morreu informações que levaram à prisão de dois suspeitos, que indicaram o local onde a quadrilha iria se esconder após o roubo. O lugar foi abordado na noite entre sexta e sábado, e um segundo elemento reagiu e também foi baleado.

A operação continuou no sábado, com policias do 14° Batalhão bloqueando a rodovia estadual e do Bepi na mata. Na manhã de domingo, o 14º Batalhão prendeu mais quatro suspeitos, e um deles confirmou onde os agentes poderiam prender o sétimo elemento. 

Durante a operação, que resultou na recuperação do valor roubado, os policiais ainda apreenderam armas de grosso calibre, munições, dinamites e os veículos utilizados na investida ao carro-forte. “É uma quadrilha de atuação interestadual, e nessa ação foi desarticulada toda a organização criminosa, composta por nove criminosos. Sete foram presos e dois abatidos durante o confronto com a Polícia Militar, que reagiu à injusta agressão”, disse o chefe da Polícia Civil, Joselito Kehrle.

Kehrle informou que os sete presos foram autuados por organização criminosa, roubo qualificado e porte ilegal de arma de fogo, com a qualificação de arma de uso restrito das Forças Armadas. 
Professor Edgar Bom Jardim - PE

A esquina do desemprego: os pedreiros que esperam por trabalho todos os dias no centro de SP

Pedreiros desempregados se reúnem em esquina do centro de SPDireito de imagemLEANDRO MACHADO/BBC BRASIL
Image captionSegundo o IBGE, apenas no 2º trimestre deste ano a construção civil cortou 683 mil vagas
Um pedreiro resume o que pensa sobre a esquina do desemprego no centro de São Paulo: "Olho para nós, para cada um esperando por uma obra, e lembro daquela letra dos Racionais: 'Aqui tem um coração ferido por metro quadrado'".
O trecho da música fala do Capão Redondo, na zona sul da cidade, mas a vida pode ser igualmente louca na esquina das ruas Barão de Itapetininga e Dom José de Barros. Toda manhã, dezenas de desempregados da construção civil se reúnem ali: estão famintos de alguma obra que pague as contas do mês.
Em outros tempos a vida era melhor. O fã dos Racionais MC's explica: "Uns anos atrás, a gente vinha aqui e não demorava em conseguir emprego, patrão buscava pedreiro nessa rua. Parava ônibus para levar peão".
Na semana passada, o IBGE enumerou essa queda do trabalho sentida pelos pedreiros: no segundo trimestre de 2017, a construção civil cortou 683 mil vagas no Brasil em relação às que existiam no mesmo período do passado - nos primeiros três meses, foram fechadas outras 719 mil. Hoje, o setor tem 6,7 milhões de trabalhadores - no final de 2013, eram 8,1 milhões. No total, o Brasil tem cerca de 14 milhões de desempregados.
"Os empregos saíram daqui e fugiram para longe", diz o pintor Aristides dos Santos, de 42 anos, parado desde 2016 e saudoso do tempo em que conseguia obra facilmente. "Eles não foram para longe, não, foram é para lugar nenhum", corrige.
Os peões da esquina, com mais de 40 anos, têm pouca qualificação formal: a maioria que conversou com a BBC Brasil não terminou o ensino fundamental. Grande parte saiu há décadas de cidades de Minas Gerais, do Norte e do Nordeste. Buscavam uma vida boa em São Paulo, mas às vezes ela pode virar uma decepção.
O pedreiro fã dos Racionais até conseguiu se dar bem por anos, mas tem uma visão crítica de sua trajetória. Saiu do norte de Minas, onde deixou dois filhos, viveu de bicos, por uns tempos caiu no excesso de bebida e, agora, despencou na crise econômica. Hoje, vai diariamente à esquina do centro, esperando que apareça alguma sorte.
Ele prefere não revelar seu nome nesta reportagem, por medo de ser reconhecido pelos parentes. "Meu irmão, eu moro num albergue, almoço no Bom Prato (restaurante popular que cobra R$ 1 por refeição). O trem está ruim para qualquer lado que eu pego", diz, emocionado. "Você quer que minha filha me veja assim, fodido e mal pago?"
Trabalhadores na esquena das ruas Dom José de Barros e Barão de ItapetiningaDireito de imagemLEANDRO MACHADO/BBC BRASIL
Image captionOs trabalhadores desempregados esperam na esquina por alguma oportunidade
Ninguém sabe como esse ponto de encontro surgiu. Os mais velhos dizem que ele existe desde a década de 1970, mas que já foi em outros locais do centro de São Paulo, como o Brás e a Luz. Um dia, ninguém lembra quando, ele se mudou para o cruzamento da Barão com a Dom José de Barros, um calçadão.
Essa região é cheia de agências de empregos temporários, subempregos, pequenos bicos. Toda manhã, na frente de alguns prédios, formam-se filas com pessoas de envelope na mão.
Na área dos pedreiros, porém, pouca gente leva o currículo. A experiência está nas mãos calejadas, nas botinas sujas de tinta e nas conversas que revelam a construção de um grande prédio.

Esperando Toninho

O ajudante Evaldo Gonçales, de 50 anos, conta que as últimas grandes construções das quais participou foram uma fábrica da Fiat em Betim (Minas Gerais) e um edifício da Monsanto em Campo Verde (Mato Grosso), em 2015. Nessa, ele era "fichado" - como os peões chamam as vagas com carteira assinada. Hoje, sobrevive de bicos esporádicos.
Ainda há agências de emprego que contratam a mão de obra na esquina - elas são chamadas de "tempero", por oferecerem vagas temporárias. Uma delas é de um empresário conhecido como "Alemão", um homem de cerca de 1,90 de altura e com cabelos um pouco grisalhos.
O problema é que Alemão não aparece com frequência: em quatro manhãs, ele passou duas vezes pelo cruzamento, gerando grande expectativa entre os peões, que se viravam para vê-lo. O "salvador" apenas acenava com a cabeça para conhecidos, trocava duas ou três palavras com alguém e ia embora.
Não é assim com Antonio Rodriguez Gonzalez, o Toninho, um espanhol de 66 anos, dono de outra agência. Ele passa parte da manhã entre os pedreiros, conversando, sondando-os.
Parece que todos esperam pela presença do homem baixinho, de bigode, e que sempre usa uma boina preta. Toninho, que trabalha no ramo desde 1975, quando fundou sua empresa, também é saudoso dos bons tempos em que eram abundantes os empregos na construção civil. "Diminuiu bastante, com certeza. Antigamente o sujeito chegava aqui e não saía sem uma obra", conta.
Ele diz que chegou a ter 300 peões empregados pelo Brasil no começo da década. Hoje, em meses bons, consegue colocar 80.
Em 2016, o piso salarial de um empregado da construção civil era R$ 1.362, segundo o sindicato da categoria em São Paulo.
O empresário Antonio Rodriguez Gonzalez, dono de agência de empregos temporáriosDireito de imagemLEANDRO MACHADO/BBC BRASIL
Image captionAntonio Rodriguez Gonzalez recruta pedreiros para trabalharem em obras Brasil afora

Barrigudinha

Até hoje, funciona assim: a agência recebe um pedido de "X" funcionários. Toninho, por exemplo, vai até a esquina e escolhe alguns. Na semana passada, ele estava selecionando trabalhadores para a construção de um supermercado em Aracaju. Os escolhidos devem viajar na segunda-feira.
Enquanto a BBC Brasil entrevistava os homens, rodinhas se formavam no entorno do repórter. Alguém sempre perguntava: "É boca?", como os trabalhadores apelidaram as vagas de emprego.
Toninho explica como recruta: "Converso, vejo como o sujeito está. Se eu te disser que, aqui, só dá para chamar uns 30% desses homens você acredita?", questiona. "Sim, tem um problema sério de alcoolismo: o homem até começa a trabalhar, mas no primeiro salário desaparece para beber", diz.
De fato, a bebida alcoólica é presença constante no ponto de encontro. Mas poucos são os que exageram - bebem pinga 51 ou uma cachaça mais barata, conhecida como "barrigudinha" por ter o frasco redondo e pequeno.
"O peão está desempregado, mora em albergue, não tem família, não tem perspectiva. Dá para entender porque muitos bebem tanto. Aqui tem mestre de obras que caiu em desgraça na bebida", diz Toninho. O ajudante Evaldo concorda. "Quando a turma não consegue nada, divide uma garrafa de 51 para espairecer", diz.
O ajudante de pedreiro Evaldo GonçalesDireito de imagemLEANDRO MACHADO/BBC BRASIL
Image captionAjudante de pedreiro Evaldo Gonçales participou de grandes obras, mas hoje sobrevive de bicos

'Pedreirão'

Apesar de tudo, há entre os pedreiros um clima de agradável amizade. Eles não vão ali apenas pela possibilidade de emprego, mas também porque existe um sentimento de pertencimento a um grupo. E a nostalgia: passam a manhã em rodinhas contando histórias de viagens pelo Brasil atrás das obras.
Um deles brincou com a operação que atingiu as maiores construtoras do país: "Essa Lava Lato acabou foi com tudo, não tem mais emprego nenhum. O único que tem dinheiro aqui é esse repórter aí".
Em outro grupo, Joselito Bispo dos Santos, de 52 anos, é um dos poucos que não dependem de um emprego para viver, pois recebe um benefício do governo. "Venho aqui mais é para passar o tempo com as amizades", diz.
Ele é orgulhoso da função que exerceu por décadas, desde que saiu de Madre de Deus (BA), para buscar a sorte em São Paulo. "Você sabe quanto de areia precisa para fazer um saco de cimento?", questiona ao repórter. "Meu irmão, ergui foi casa, prédio, ponte. Sou um pedreirão. Sou igual ao joão-de-barro, carrego tijolo no bico."
Professor Edgar Bom Jardim - PE

domingo, 20 de agosto de 2017

Temer e o ataque criminoso aos servidores e ao serviço público



Depois de uma semana de notícias acerca da mudança da meta fiscal para os anos de 2018 e 2019, Temer anuncia um pacote de redução de gastos no serviço público federal, atacando especialmente as condições de acesso, remuneração e carreira para os seus servidores. Nesse processo, mais uma vez, manipula números, omite até informações oficiais e joga a população comum contra o servidor público.
Qual o objetivo desse pacote agora anunciado? O que se pretende fazer com as eventuais economias a serem obtidas caso tais medidas sejam aprovadas? Se há déficit público e rombo fiscal, quais são as causas disso? Será que o pacote de Temer as enfrenta de forma concreta e contundente? Nada disso. Sejamos claros e diretos. As despesas de pessoal civil e militar, ativos e inativos da União, não são as causas do desequilíbrio entre receitas e despesas, muito menos do falado rombo.
Os números oficiais contidos no Boletim Estatístico de Pessoal do Ministério do Planejamento confirmam isso. Há necessidade de se intervir no serviço público? Há, é óbvio que há, mas com mais investimentos para melhorar sua qualidade e sua amplitude no universo de cidadãos atendidos. Porém, isso não ocorrerá com corte de verbas em salários, concursos e carreiras no serviço público.
O rombo tão debatido nos últimos dias precisa ser explicado. Sua alteração de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões, por si só, não explica sua natureza nem resolve a conta.  Apenas a agrava. Por que há esse rombo? Quais são as parcelas do gasto público que mais o provocam?  É importante esclarecer que esse rombo fiscal é exatamente o valor da conta que falta ser paga quando as receitas são insuficientes para o pagamento de toda a conta de juros da dívida pública a cada ano. Por isso o rombo também se chama déficit primário. Porque a primeira despesa em ordem de prioridade no gasto público desde 1999 é aquela.

Agência Brasil
"O rombo tão debatido nos últimos dias precisa ser explicado"
Para isso, se busca formar, ano a ano, uma economia específica, o superávit primário, para garantir que aquelas despesas, com juros, sejam pagas na frente de quaisquer outras. Assim, o peso da dívida pública como parte do PIB ficaria sempre estável ou declinante. Por isso Temer propôs a PEC 241, que virou Emenda Constitucional 95. Acontece que, ainda com essas medidas conservadoras, a conta da dívida pública pode seguir crescendo independente disso, quando a taxa básica de juros, a SELIC, sobe ou se mantém elevada em termos reais no processo de combate à inflação.
Esses gastos não são dissecados na mídia nem comparados com os demais, não se informa quem ganha com eles, não se admite sua revisão, mesmo sabendo que crescem ano após ano, retirando tantas receitas do tesouro e impondo, para seu pagamento regular, cortes no serviço público e no financiamento dos direitos sociais. Por isso vemos tanto interesse dos grupos econômico-financeiros que ganham com a dívida pública na aprovação desse novo pacote, bem como nas demais reformas que tiram receitas de outros fins públicos para serem aplicadas na redução da conta do rombo fiscal.
As causas reais do rombo, porém, são outras. Estão na mistura explosiva da elevada sonegação fiscal das grandes empresas com os ralos da corrupção, com as desonerações tributárias e da contribuição previdenciária, vindas desde FHC e ampliadas por Lula e Dilma, com os impactos da política monetária e suas ainda elevadas taxas de juros reais nas despesas do tesouro nacional.
Temer não mexe em nada disso. Mantém privilégios e age gastando dinheiro público para impedir investigações sobre suas relações com a corrupção, partindo agora para o ataque criminoso aos servidores e ao serviço público. Vamos, por isso, rejeitar esse pacote do mal e da manipulação, apontando outros caminhos para um serviço público de melhor qualidade para a população.
CongressoemFoco

Por Paulo Rubens Santiago
Publicado em 20/08/2017.
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Meia Maratona do Rio é de Pernambuco em 2017.



O pernambucano da cidade de Brejão venceu a XXI Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro. Parabéns, José Márcio da Silva! Você fez meu coração bater mais forte com sua emoção na chegada
Professor Edgar Bom Jardim - PE

sábado, 19 de agosto de 2017

Nossas manifestações da cultura popular, nosso patrimônio

Veja Exposição de fotos:
                                            Maracatu Águia da Paquevira no palco;

Cartaz com Catirinas de Freitas e Torto;

   
Maracatu Águia da Paquevira; 
                                              
                                                       
 Caboclinho Alto São José;
                                           Criança posa  para foto do Carnaval;

                                          Ornamentação do Palco Levino Ferreira;
                                       
Balé Popular desfila nas ruas. (Fotos:Edgar Santos).

Semana do Patrimônio Cultures
Manifestações da Cultura Popular - Carnaval Levino Ferreira, Bom Jardim - PE.
Encontro de Burrinhas, Caboclinhos,Catirinas e Maracatus de Pernambuco.
Fotografia:Edgar Santos
Manifestações:Passistas do Balé Popular,Caboclinhos, Burrinhas, Orquestras de Frevo, Maracatu, Catirinas, Boi, Blocos Carnavalescos, Músicas...
Fonte:https://www.facebook.com/estcebomjardimpe/

Professor Edgar Bom Jardim - PE

15 países condenaram a atitude da Assembleia chavista em assumir as funções do Legislativo eleito em 2015 que tinha maioria formada pela oposição


O Parlamento da Venezuela, de maioria opositora, organizou uma sessão neste sábado (19), depois que a Assembleia Constituinte do ditador Nicolás Maduroassumiu as funções de legislar no país. A nova composição, que retira os poderes do Legislativo eleito em 2015, provocou repúdio internacional.
“Esta fraudulenta decisão é nula, esta Constituinte é nula. Terão esta Assembleia Nacional com maior firmeza impedindo qualquer violação à Constituição”, disse o vice-presidente do Parlamento, Freddy Guevara, em uma entrevista coletiva antes da sessão.
Na sexta-feira, Assembleia Constituinte, que rege a Venezuela com poderes absolutos, acordou, por unanimidade, assumir as funções do Parlamento para legislar nas áreas de segurança, soberania, economia, finanças, bens do Estado, entre outros.
O deputado afirmou que o principal objetivo da Constituinte ao assumir as funções da Assembleia Nacional (Parlamento) é aprovar contratos e obter financiamentos de outros países, em meio à severa crise econômica da Venezuela, agravada pela queda dos preços do petróleo, fonte de 96% das divisas do país.
“Não vamos avalizar contratos que violem a Constituição”, advertiu Guevara. A parlamento, contudo, não tem poder de decisão desde que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) o declarou em situação de desacato.
Um dos líderes da oposição, Henrique Capriles, pediu à Organização dos Estados Americanos (OEA) e “demais instâncias internacionais (…) assumir que na Venezuela há um autogolpe continuado”. Ao mesmo tempo, o constituinte chavista Diosdado Cabello negou a dissolução do Parlamento.
A sessão deste sábado (19) tem a presença de representantes do corpo diplomático, a convite dos deputados opositores.
“O mundo com o povo e com a Assembleia (…). Hoje tomaremos várias decisões importantes, abrir uma investigação contra todas as pessoas que estão usurpando funções, além de estimular a pressão internacional em apoio à democracia”, disse Guevara.
A decisão da Constituinte provocou um forte repúdio internacional. O secretário-geral da OEA, Luis Almagro, a considerou ilegítima e inconstitucional. Ele pediu uma reunião especial do organismo.
O chamado grupo de Lima – Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru – expressou em um comunicado a enérgica condenação à decisão da Constituinte de “usurpar as funções” do Parlamento. O Mercosul, Estados Unidos, Espanha e Inglaterra também criticaram a medida.
Ao mesmo tempo que a Constituinte anunciou sua polêmica decisão, a ex-procuradora-geral Luisa Ortega desembarcou em Bogotá, burlando a proibição de deixar o país, acompanhada de seu marido, o deputado Germán Ferrer, ambos chavistas dissidentes.
O novo procurador designado pela Constituinte, Tarek William Saab, abriu uma investigação contra Ferrer, que o governo acusa de integrar uma rede de extorsão.
Luisa Ortega se afastou de Maduro no fim março, ao classificar de ruptura da ordem constitucional decisões com as quais o TSJ despojou de competências o Parlamento.
(Com AFP)
Professor Edgar Bom Jardim - PE

Lula declarou que investigações o 'infernizam'


No último dia da passagem de sua caravana pela Bahia, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de um evento com agricultores familiares e o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) em Feira de Santana (BA).
Na cidade, segundo maior colégio eleitoral baiano e governada por um prefeito do DEM (José Reinaldo), Lula não tratou diretamente das eleições de 2018, mas falou como candidato ao dizer que quer “consertar” um “país quebrado”. “Se tem uma coisa que eles sabem é que nós podemos consertar esse país”, declarou petista, em um palco montado na casa de shows Estação da Música.
Ao lado do governador da Bahia, Rui Costa (PT), e da senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, entre outros petistas, Lula lembrou os feitos de seu governo na área social, sobretudo no campo e na educação, e atacou o governo do presidente Michel Temer“Nós não temos governo. Esse governo não representa o povo, representa uma parte da imprensa e os deputados picaretas que votaram o impeachment da Dilma“, disse o ex-presidente.
Além de questionar a legitimidade de Temer, o petista criticou a reforma da previdência proposta pelo governo do peemedebista, que ele acusou de querer “acabar com a aposentadoria do trabalhador rural”. “Eles têm que saber que aposentadoria é um pagamento que a nação tem para com o povo que trabalhou e produziu a vida inteira nesse país”, discursou.
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Falta abrigo noturno para moradores de rua no Recife


Das 7h às 14h deste sábado (19), na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, um mutirão atendeu pessoas em situação de vulnerabilidade. A ação foi realizada para marcar o Dia Nacional de Luta do Povo da Rua. O evento organizado pelo coletivo Unificados pelas Pessoas em Situação de Rua, rede formada por 20 instituições que trabalham nesta mesma causa, ofereceu atendimento médico, odontológico e estético para a população de rua, além de um café da manhã. 

As defensorias públicas da União e do Estado também estiveram presentes com o objetivo de encaminhar essas pessoas para os órgãos responsáveis pela retirada e regularização de documentos. A ação destacou a necessidade de um abrigo noturno e expôs a alta demanda para auxílios deste tipo. 

De acordo com os organizadores do evento, o planejamento era receber 150 pessoas. A expectativa, porém, foi superada e mais de 250 foram atendidas. O que causou a desistência de alguns interessados no serviço. “Esse pessoal aqui é muito bom, mas isso é muito pouco, porque falta incentivo do governo. Nossos governantes deviam fazer mais coisas assim como a que esse pessoal fez. Ao invés de colocar polícia na rua para prender as pessoas, deviam colocar mais gente para cuidar das pessoas”, observou o morador de rua Arlindo Alves dos Santos, 51 anos. 

“Infelizmente para a quantidade de gente que tem na rua, isso é muito pouco. Não deveria ser uma vez ou outra, deveria ser algo constante, algo de verdade, não só para comemorar data. Porque alimentação mesmo, você come hoje, mas e amanhã como vai fazer para comer?”, completou o morador de rua. A preocupação dele é real. Segundo um levantamento dos abrigos da Prefeitura do Recife, de novembro de 2016, 1040 pessoas foram identificadas em situação de rua, destas, 10% vivem há mais de dez anos na rua. 

Arlindo mora na rua desde que foi expulso de sua casa por traficantes no meio do ano passado. Assim, ele foi ao mutirão em busca de receber a ajuda da defensoria pública, e conseguir reaver seu imóvel. Apesar de ter chegado no início do ato, ele não usufruiu de todos os serviços ofertados. “Desde manhã cedo estou aqui e não consegui tomar banho nem comer, porque tinha muita gente. Só consegui cortar meu cabelo, mas a barba eu mesmo que fiz. Vim aqui mais para receber um encaminhamento da defensoria pública, e consegui”, contou.

O intuito da ação foi também chamar atenção para a construção de um Abrigo Noturno, algo que não existe no Recife. “Hoje, a gente tem no Recife abrigos integrais, mas não atende a demanda, que é bem maior, inclusive, do que a prefeitura informa. Mas a demanda maior é mesmo para um abrigo só noturno. Porque muitas das pessoas que vivem na rua, durante o dia, têm ocupação. Ou seja, eles tem uns bicos ou trabalhos informais que deixam ocupados nesse turno. Assim eles não demandam um abrigo durante o dia”, explicou Rafael Araújo, coordenador do grupo Samaritanos, que participou da ação na Praça do Arsenal.

Apesar da cidade conter abrigos de média e longa permanência, o funcionamento ocorre só até o início da noite. Mas o período noturno é o mais perigoso para quem mora na rua, como explica Rafael Araújo. “Muitas das pessoas que vivem na rua, durante o dia, tem ocupação. Ou seja, eles tem uns bicos ou trabalhos informais que deixam ocupados nesse turno. Assim eles não demandam um abrigo durante o dia”. 
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